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Deck Tech Pioneer: Izzet Control

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No artigo de hoje analisamos o Izzet Control, deck do Pioneer que conseguiu duas colocações no Challenge do último fim de semana, utilizando um dos cards mais poderosos de Innistrad: Crimson Vow!

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revisado por Tabata Marques

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Um dos pontos mais interessantes dos eventos do último fim de semana foi a completa ausência do Izzet Phoenix no Top 8 do Challende de ambos os dias do fim de semana, além do surgimento de decks que estavam relativamente em baixa no formato no Top 32, ou até mesmo estratégias e arquétipos novos surgindo nos eventos.

Dentre esses arquétipos, e um que encontra-se também na combinação de Izzet, foi um arquétipo que conseguiu duas vagas no Top 8 do Pioneer Challenge de Sábado, com uma estratégia já muito bem conhecida no Standard: O Izzet Control.

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Portanto, hoje estarei analisando como o arquétipo se comporta, e quais são suas vantagens e desvantagens perante o Metagame do formato, os rumos que o deck pode tomar, e o que mais podemos esperar do Pioneer daqui adiante.

Entendendo o Izzet Control

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Ambas as listas são muito parecidas, mas com apenas algumas diferenças pontuais no Sideboard (com a inclusão de Mazemind Tome merecendo uma menção honrosa, já que adiciona outro elemento de card advantage em partidas de atrito), mas o Izzet Control funciona essencialmente com a mesma base que o arquétipo utiliza no Standard, mas com inclusões e adaptações para o Metagame do Pioneer.

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A combinação de Temporal Trespass com Galvanic Iteration é o que torna do arquétipo altamente viável, ao lado da sua wincondition que mencionaremos em breve.

A combinação de Turno Extra + Efeito de copiar mágicas já é bem conhecido em Magic: The Gathering faz mais de uma década, e Alrund’s Epiphany trouxe este assunto de volta a tona com o deck Izzet Epiphany, que até mesmo já abriu discussões se o card deveria ser banido do Standard.

No Pioneer, Alrund’s Epiphany é um card relativamente muito lento para os padrões do formato, mas os jogadores de Izzet Phoenix encontraram um meio de criar um “combo” capaz de ganhar o jogo através de Temporal Trespass, que pode ser conjurado por três manas, enquanto, se copiado com Galvanic Iteration, oferece duas mágicas para a sequência necessária para devolver Arclight Phoenix do cemitério para o campo de batalha, ou para transformar Thing in the Ice, tornando-se uma combinação letal no arquétipo.

Porém, a combinação de Turno Extra + Cópia é tão bom quanto a vantagem que você consegue estabelecer com eles. Time Warp e Twincast estiveram juntos no mesmo Standard, e nunca deram problemas, mas Alrund’s Epiphany é muito mais poderoso que Time Warp, porque além do turno extra, ele adiciona dois tokens que podem estabelecer alguma pressão.

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Neste deck, estabelecemos a vantagem de turnos extras com ativações de Chandra, Torch of Defiance, que serve múltiplos propósitos neste arquétipo, enquanto também funciona como wincondition caso fique tempo o suficiente em jogo.

Além disso, também podemos aproveitar uma combinação de turno extra junto a uma mesa vazia para realizar ativações de Hall of Storm Giants, que funciona como uma wincondition por conta própria e estabelece alguma dificuldade para um oponente desatento interagir.

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E quanto à nova adição de Innistrad: Crimson Vow que vêm estabelecendo como decks Control devem jogar no Standard?

Hullbreaker Horror é um dos finishers mais poderosos para decks Control no Pioneer também: Além de ser uma ameaça difícil de responder com removals baseados em dano (comumente utilizados por Izzet Phoenix, Boros Burn, dentre outros) e desviar de outros removals muito utilizados, como Fatal Push, a criatura não pode ser anulada e, no momento em que você desvira com ele, dificilmente o oponente terá qualquer oportunidade de resolvê-lo, já que todas as suas mágicas automaticamente vêm com um Unsubstantiate de bônus, o que serve tanto para proteger você ou suas permanentes, quanto para remover as ameaças relevantes do oponente, uma por uma, criando uma sequência de “pseudo-turnos extras”, já que você pode devolver qualquer coisa para a mão do oponente após ele conjurá-lo, inclusive coisas das quais ele terá dificuldades em habilitar novamente, como Thing in the Ice ou Arclight Phoenix, ou até mesmo Kroxa, Titan of Death’s Hunger.

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Hullbreaker Horror também é outra ameaça letal com Temporal Trespass + Galvanic Iteration, já que comumente removerá bloqueadores do caminho, e consegue dar um total de 21 de dano ao decorrer dos três turnos em que você jogará após desvirar com ele.

Um ponto que jogadores menos experientes não costumam ter conhecimento, e que gostaria de ressaltar neste artigo, é que existem duas categorias de Control.

A versão mais comum que vemos do arquétipo, com counterspells, sweepers, e outros efeitos que procuram prolongar a partida por tempo o suficiente para esgotar os recursos do oponente e, a partir deste momento, começar a jogar suas bombas sequencialmente, é comumente chamada de Draw-Go.

Já a outra categoria é o Tapout, onde o objetivo é utilizar seus recursos de maneira reativa, mas por tempo o suficiente para poder conjurar uma mágica ou uma combinação capaz de vencer o jogo rapidamente, enquanto utiliza de meios para acelerar a jogada deste card explosivo sem abdicar do controle do jogo.

O Izzet Control, curiosamente, encaixa-se em ambas as categorias: Uma grande maioria do deck encaixa-se em interações em Instant-Speed, onde o arquétipo essencialmente reage a tudo o que o oponente jogar contra ele, ao mesmo tempo em que alguns de seus cards possuem o propósito de acelerar o jogo para que as mágicas e permanentes que ganharão a partida estejam na mesa mais rápido do que o planejado.

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E para acelerar o cast da nossa mágica que ganhará o jogo, temos Unexpected Windfall, que também é muito útil em acelerar Temporal Trespass ou outra mágica com Delve, como Dig Through Time, servindo basicamente como um grande motor para tudo o que o arquétipo se propõe em fazer.

Portanto, o plano do deck essencialmente envolve controlar o jogo nos primeiros turnos com removals e esculpir sua mão com cantrips, até que se tenham os recursos e mana o suficiente para conjurar Hullbreaker Horror e levar a partida.

Outro ponto muito importante desta lista é que muitos dos cards utilizados são respostas baratas para ameaças abrangentes, o que aumenta a qualidade com a qual o deck consegue eficientemente lidar com as jogadas dos oponentes, enquanto também tira melhor proveito das suas cantrips e dos triggers da sua principal criatura.

Maindeck

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Já fomos devidamente apresentados ao core de winconditions e aceleradores do deck, tal como também ao combo de turnos extras que o arquétipo apresenta, então como exatamente esta combinação de cards pode funcionar se não fosse pelo resto do core do deck, que apresenta algumas das melhores opções que os arquétipos Izzet possuem?

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O pacote de cantrips do deck inclui algumas das melhores opções disponíveis no formato atualmente, como Consider servindo como um meio eficiente de encher seu cemitério para suas mágicas de Delve, e Expressive Iteration sendo um dos meios de filtragem e manipulação de topo mais poderosos dos últimos anos.

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É importante notar que procuramos utilizar a menor quantidade o possível de mana para fazer a maior quantidade o possível de mágicas, tal como fazemos com o Izzet Phoenix, mas em especial porque precisamos ter um certo nível de flexibilidade com nossas mágicas para ativar os triggers de Hullbreaker Horror.

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Nossas interações também procuram sempre manter um custo baixo, mas como nos estabelecemos como um arquétipo de Control, podemos elevar um pouco a curva e jogar com mágicas como Mizzium Mortars, que pode ser utilizado para lidar com praticamente qualquer ameaça do formato, em especial Winota, Joiner of Forces, enquanto também pode tornar-se um sweeper em turnos mais elevados, sendo possível utilizá-lo até mesmo no turno 5, graças a Unexpected Windfall e Chandra, Torch of Defiance.

Fiery Impulse e Flame-Blessed Bolt são bons em lidar com criaturas menores por uma mana, enquanto Fading Hope é muito útil em resolver ameaças que estejam com algum aumento considerável de poder, ou com cards que são desvantajosos de se devolver para a mão, como Kroxa, Titan of Death’s Hunger, Thing in the Ice ou Arclight Phoenix.

Por fim, Anger of the Gods ainda é o melhor sweeper de custo baixo para um formato voltado para arquétipos que tentam jogar “por baixo” com criaturas impactantes, ou com interações de cemitério.

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Por fim, Dig Through Time é uma opção muito relevante para buscar os exatos cards que o deck precisa (o que é muito relevante, visto que utilizamos três cópias de Hullbreaker Horror), e particularmente eu consideraria adicionar mais uma cópia, especialmente visto que temos Thrill of Possibility para descartar cards inúteis e comprar mais cards.

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Além das manlands, também utilizamos uma base de mana que procura o máximo de terrenos desvirados ao decorrer da partida, algo essencial para um arquétipo que precisa ter os números certos de mana em cada turno para não atrasar seu próprio plano.

Outro card que precisamos prestar atenção neste deck é Hall of Storm Giants:

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A combinação de Temporal Trespass com Galvanic Iteration, numa mesa vazia, permite que Hall of Storm Giants torne-se uma ameaça muito poderosa e muito difícil de remover, com o potencial de causar 14 de dano ao decorrer de dois turnos extras, tornando-o um poderoso e muito eficiente wincondition alternativo.

Sideboard

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Sendo bem honesto, fico surpreso que o deck utilize apenas uma cópia de Grafdigger’s Cage, já que essencialmente não sofremos penalidades pelos seus efeitos e este artefato, sozinho, consegue atrasar três dos melhores decks do formato: Izzet Phoenix, Naya Winota e Rakdos Arcanist.

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Falando em atrasar jogos, Thing in the Ice é muito útil em segurar os decks agressivos, enquanto, ao ser transformado, pode fazer uma significativa diferença tanto em lidar com a mesa dos oponentes, quanto para acelerar o seu próprio clock, desta maneira dando tantos turnos para o seu controlador, o que costumará dar tempo o suficiente para Hullbreaker Horror dominar a partida.

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Respostas eficientes para cores específicas tem se tornado cada vez mais necessárias no Pioneer, com Aether Gust sendo muito útil contra Burn, Rakdos Arcanist e os ocasionais decks Golgari ou Gruul que comumente surgem, e Rending Volley sendo muito útil em lidar com Thing in the Ice, enquanto ambos também respondem muito bem à Winota, Joiner of Forces.

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Cinderclasm é um sweeper barato que, por um custo de mana baixo, consegue lidar com diversas criaturas do Humans, além de diversos mana dorks utilizados pelo Naya Winota, enquanto, ao pagar seu custo adicional, este sweeper torna-se ainda mais abrangente, e pode limpar a mesa de decks como o Humans com facilidade.

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Tal como o Izzet Phoenix, também utilizamos um pacote de mágicas reativas para lidar com as diversas situações em que somos postos contra decks azuis, em especial Control como Azorius ou Dimir, mas estes cards também são significativamente úteis contra outros arquétipos, como o Bant Spirits, no caso de Mystical Dispute, e o Lotus Combo, onde Negate pode lidar com uma quantidade significativa de mágicas que o oponente precisa utilizar.

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Por fim, porém não menos importante, temos Jace, Wielder of Mysteries como um card muito útil para jogar partidas de atrito, podendo servir como uma wincondition alternativa, ou até mesmo punir oponentes que coloquem cards demais no cemitério ao decorrer do jogo.

Análise de Desempenho

Eu testei esta lista em alguns jogos de tabletop, e posso afirmar que os resultados foram relativamente bem interessantes.

O Izzet Control, tal como o Izzet Drake, que mencionei em outro artigo, possui como principal vantagem que muitos decks estão procurando mirar no Izzet Phoenix com cards específicos para lidar com o arquétipo, como Go Blank, e a estratégia deste deck desvia significativamente bem destes cards, apesar de ainda ser algo problemático quando seu foco inclui utilizar Temporal Trespass.

Além disso, o Izzet Control possui uma facilidade muito maior em lidar com a agressividade de outros arquétipos, já que pode dedicar menos recursos em precisar realizar uma sequência de mágicas, podendo dedicar seus removals de maneira mais eficiente para então estabelecer a vantagem com Chandra ou com Hullbreaker Horror.

Por outro lado, ele necessita de muito mais tempo para fechar a partida, e possui seríssimas dificuldades contra arquétipos que conseguem jogar por baixo enquanto protege bem suas criaturas, ou quando as criaturas do oponente estão fora da zona onde seus removals operam, e possui ainda mais dificuldades em lidar com decks como o Burn, já que oferece tempo demais para o oponente encontrar uma sequência de mágicas de dano direto, que jamais serão anuladas porque não utiliza meios para tal.

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Dito isso, acredito fielmente que o arquétipo encontra-se muito bem preparado e posicionado para lidar com alguns dos principais decks do Metagame, mas questiono o quão útil a combinação Izzet realmente se torna quando comparado a outras combinações em um Metagame mais aberto, com uma presença menor de arquétipo como o Izzet Phoenix.

Outro ponto a se considerar é que a combinação Izzet é ótima em lidar com decks baseados em criaturas, mas não possui a mesma flexibilidade para jogar Mirrors de Control, já que conta com meios menos abrangentes e eficientes de jogar contra Planeswalkers, ou criaturas difíceis de se remover.

Possíveis Inclusões

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O primeiro ponto que me vem em mente é que este deck realmente poderia utilizar mais algumas cópias de Thing in the Ice, tanto como uma maneira de segurar melhor os decks agressivos e ganhar tempo o suficiente para virar a partida, quanto como mais uma wincondition para uma lista que pode sofrer significativamente da falta de meios de estabelecer a vitória após controlar o jogo.

Além disso, Hullbreaker Horror interage positivamente com Thing in the Ice, já que não é devolvido para a mão após a criatura de custo 2 ser transformada, o que também é um ponto importante a se considerar quando você estiver jogando contra este deck.

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Apesar de não parecer pertinente no momento, já que decks como o Azorius Ensoul estão em baixa, mas Prismari Command possui boas utilidades como removal, ramp e looting, tornando-o uma resposta versátil para diversas ocasiões da partida.

Izzet Charm segue a mesma lógica como um card que pode servir tanto como um removal quanto como um Spell Pierce, tornando de ambos os cards opções a se considerar algumas cópias entre o Maindeck e o Sideboard.

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Outro card que poderia, ocasionalmente, servir este mesmo propósito de versatilidade, especialmente em um arquétipo onde nosso objetivo é atrasar o jogo do oponente por tempo o suficiente, é Unsubstantiate, que oferece a versatilidade de lidar temporariamente com algumas criaturas, enquanto também pode devolver para a mão do oponente alguma mágica específica, incluindo cards que não podem ser anulados, como Dovin’s Veto.

Conclusão

Essa foi a minha análise do Izzet Control, que ganhou duas ótimas colocações no Top 8 do Pioneer Challenge do último Sábado.

Esta semana, vimos uma completa ausência de dois dos principais decks do formato no Top 8 dos Challenges, enquanto outros arquétipos novos surgiram e conseguiram obter bons resultados, tanto no Top 8 quanto no Top 32, e no que concerne ao Izzet Control, o arquétipo parece ter potencial para se fixar no atual Metagame, como temos visto com seus recorrentes resultados nas Ligas ao decorrer da semana.

A dúvida que paira, entretanto, é se o arquétipo conseguirá manter-se no formato após o Metagame adaptar-se a sua inclusão e se, no caso de uma mudança dentre os melhores decks do formato, a combinação Izzet ainda será a mais eficiente como um deck Control com Hullbreaker Horror, e se a combinação de Temporal Trespass com Galvanic Iteration será o suficiente por conta própria.

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Até lá, vamos acompanhar como o metagame do Pioneer se comportará nos próximos Challenges.

Obrigado pela leitura!