Análise de Innistrad: Crimson Vow para o Standard

Olá! A nova coleção de Innistrad: Crimson Vow está completa e com isso, vamos a clássica análise das cartas com mais potencial de jogo, separadas pelas cores. A coleção parece mais fraca do que Midnight Hunt, mas tem boas cartas para complementar os decks atuais.

Training é razoável, mas o problema é ter cartas boas para aproveitá-la.

Cleave é mais um tipo de kicker muito bom, gosto de cartas com a flexibilidade de ser conjurada por um custo menor com menos efeitos ou pagando mais manas para ter mais efeitos, é sempre bom ter mana sink na coleção.

As fichas de sangue são interessantes, mas incorre no mesmo problema de ter cartas boas que geram essas fichas.

Exploit pode ser aproveitada em decks de sacrifício ou aristocratas, caso esses arquétipos ressurjam no Standard.

Para mais detalhes e explicações sobre as mecânicas de Innistrad: Voto Carmesim, recomendo este artigo do juiz Antonio Faillace.

Thalia, Guardian of Thraben é sem dúvidas uma das melhores cartas da coleção. Prometendo ser o terror do Izzet Turns e outros combo/control, o Mono White fica bastante forte com a volta de Thalia para o formato. Vai ver muito jogo até o fim da rotação em qualquer deck aggro que use branco.

Voice of the Blessed ou o Ajani’s Pridemate melhorado é bastante sinérgica em baralhos de ganho de vida. Essa carta pode ajudar um Orzhov ou Selesnya Lifegain. Vale lembrar que Righteous Valkyrie ainda está no formato e ganha vida quando clérigos entram em campo sob seu controle...

Geralf, Visionary Stitcher é uma das criaturas que pode viabilizar um Dimir Zumbis. Não acho que tenham pay-offs suficientes no formato, mas o arquétipo deve incluir essa carta, caso exista.

Hullbreaker Horror vem sendo bastante comentado como mirror breaker em partidas de combo/control. Não acho que seja tanto o caso num field onde Fading Hope e Divide By Zero são amplamente usadas, mas pode ser outra opção a Cyclone Summoner, apesar de ser pior por precisar conjurar mágicas para triggar seus efeitos.

Necroduality parece uma carta meme, mas pode causar problemas se ficar 2 ou mais turnos na mesa. Outro problema é não ter bons zumbis não lendários para copiar e ser lenta.

Patchwork Crawler é outra carta que habilita o Dimir Zumbis. Bastante sinérgica com self mill e cartas como Egon, God of Death.

Syncopate é a famosa anulação quebra-curva extremamente chata de tomar, assim como Jwari Disruption. Acredito que veja jogo em decks tempo e talvez em decks azuis que não usem Lier, Disciple of the Drowned.

Thirst for Discovery lembra Thirst for Meaning que jogou um pouco na última rotação. Acredito que a carta possa ser utilizada em alguns decks control pelo baixo custo.

Wash Away é uma boa anulação por sua versatilidade de counterar cartas do cemitério ou exiladas com Expressive Iteration por 1 mana, ou anular qualquer mágica por 3 manas. Em decks azuis sem Lier, deve jogar.

Bloodvial Purveyor tem um ótimo corpo para um drop 4, não morrendo para uma remoção vermelha, além de ter atropelar, dificultando os bloqueios. Não vejo o MonoW resolvendo essa criatura sem Fateful Absence e o próprio Izzet Turns precisa dar bounce com Fading Hope. Ótimo drop para um Rakdos Vampiros ou Mono Black Aggro.

Dreadfeast Demon não é exatamente uma criatura muito boa, mas vejo cenários onde, num deck que consegue criar fichas e sem remoções do outro lado, ele sai do controle rapidamente. Talvez um Golgari midrange com Snakeskin Veil seja o caminho para protegê-lo de remoções e ter várias fichas com Sedgemoor Witch, por exemplo.

Gift of Fangs é um Dead Weight melhorado porque pode buffar seus vampiros ou ser uma remoção. Boa carta para o Rakdos Vampires ou MonoB.

Graf Reaver pressiona bastante a partir do turno 3 e seu drawback de perder 1 de vida toda manutenção não é muito relevante contra controls e decks de Alrund’s Epiphany. Um drop 2 que habilita o MonoB ou Dimir Zumbis.

Hero’s Downfall jogou muito no outro formato Standard e dessa vez não deve ser diferente. Lida com qualquer criatura ou planeswalker por 3 manas sem condicionalidades.

Abrade é um ótimo reprint que vai jogar muito nesse Standard, assim como da outra vez. Pode lidar com Werewolf Pack Leader ou Esika’s Chariot por duas manas ou Reidane, God of the Worthy.

Alchemist’s Gambit é bem interessante, mas não para o Izzet Turns. O Turns não precisa de mais turnos extras até porque esse sempre vai custar 7 manas para não morrer ao final do turno. Sendo assim, talvez use 1 cópia, 2 se o formato estiver muito lento.

O que me interessou nesse turno extra foi a possibilidade de usar 1 ou 2 cópias num Mono Red, Rakdos ou Gruul para jogar outro turno por 3 manas com letal garantido na mesa. Quantas vezes não aconteceu de faltar aquele 1 ou 2 de dano para ganhar e acabou perdendo na volta? Dessa vez, pode ser que não tenha volta jogando outro turno!

Cemetery Gatekeeper não é exatamente um drop 2 forte, mas a segunda parte do texto chama a atenção, podendo ser muito bom contra decks control/combo. O problema é precisar ter carta no cemitério para que justifique o uso dele, ou seja, é um drop 2 que geralmente só funciona bem a partir do terceiro turno.

Chandra, Dressed to Kill tem 3 habilidades úteis para o Mono Red. A primeira é agressiva e acelera o jogo, a segunda gera vantagem de cartas e a ultimate basicamente ganha o jogo. Até decks agressivos de duas cores podem utilizá-la desde que o vermelho não seja splash.

Kessig Flamebreather não é bom, mas com certeza vão tentar fazer um Izzet Spells com ele, Delver of Secrets e Thermo-Alchemist e só por isso cito a carta aqui, ela é boa nesse arquétipo que é ruim.

Manaform Hellkite pode ser um mirror breaker do Izzet Turns ou simplesmente um drop 4 muito bom em qualquer Izzet. Consigo ver até um Mono Red usando o dragão com 8-12 mágicas não-criatura no deck.

Reckless Impulse gera vantagem de cartas para o decks como Mono Red e Gruul de forma similar a Light Up the Stage, com certeza vai jogar em decks agressivos com vermelho.

Volatile Arsonist me parece um bom topo de curva com ímpeto para o Mono Red, e que fica melhor ainda de noite (nightbound) causando 2 de dano quando ataca ao invés de 1, podendo tirar criaturas pequenas da frente.

Voltaic Visionary cumpre o mesmo papel de vantagem de cartas para decks agressivos além de ser um drop 2 com 3 de poder, sendo boa para pressionar os pontos de vida. Sua transformação é fraca, mas a parte da frente é boa.

Ascendant Packleader era o drop 1 que o Mono Green precisava para ter ação desde o turno 1. O corpo 2/1 é bom, mas suas habilidades o deixam ainda melhor pela sinergia com cartas como Esika’s Chariot, Wrenn and Seven e Battle Mammoth.

Cemetery Prowler era o hate de cemitério barato que o Mono Green tanto precisava. Além de lidar com isso, pressiona bem a mesa, apesar de não tripular sozinho a carroça como Old-Growth Troll e justamente por disputar o mesmo slot na curva 3, acho que é uma carta de sideboard ou 1-of no main deck.

Cultivator Colossus me parece uma boa tecnologia para quebrar mirrors de aggro ou em decks ramp. Não acho melhor que outros drops altos que saíram na coleção, mas a carta em si é interessante, principalmente pela habilidade de atropelar, tornando-o muito perigoso no late game.

Avabruck Caretaker é outra tecnologia mirror breaker para o Mono Green e consegue ser útil contra decks de Epiphany graças ao hexproof. Para melhorar, a parte de trás com nightbound é insana em basicamente qualquer situação, dando hexproof para toda sua mesa e marcadores em todas as suas criaturas.

Ulvenwald Oddity é outra possível mirror breaker para o MonoG. Sim, foram lançadas algumas cartas verdes extremamente poderosas para melhorar o MonoG, mais uma vez. Todas suas criaturas terem atropelar pode acabar com o jogo do nada e essa transformação só depende de gastar manas, fazendo da carta ainda melhor para o late game.

Eruth, Tormented Prophet cheira a combo e é boa com Lier, Disciple of the Drowned, não deixando suas mágicas serem anuladas. À primeira vista não parece muito boa, mas eu priorizaria remover essa criatura da mesa rapidamente porque a vantagem de cartas gerada é muito grande e ela tem 4 de resistência, contornando a maior parte das remoções.

Halana and Alena, Partners parece uma boa carta para escalar dano em mesas travadas ou pressionar cada vez mais, especialmente dando ímpeto para criaturas que receberem seus marcadores no turno. 1 ou 2 cópias no Gruul são válidas para testar talvez no lugar de Moonveil Regent.

Torens, Fist of the Angels é muito sinérgico no Selesnya Humanos e será um dos payoffs do baralho. Talvez comecemos a ver mais desse arquétipo ao invés de Mono-White Aggro e essa carta provavelmente fará parte do baralho.

Wandering Mind é um corpo 2/1 com voar que segura o jogo contra decks agressivos e busca cartas do topo para o Izzet Turns desenvolver seu jogo. Não sei se é carta para main deck, mas deve jogar pelo menos no sideboard contra os aggros.

Sobre os arfetatos, o único bom para o construído é Lantern of the Lost. A NOVA lanterna é o hate de cemitério que faltava no formato e será bastante utilizada quanto mais decks que utilizam cemitério estiverem jogando.

Quanto aos terrenos duais, são muito bons assim como os outros lançados em Midnight Hunt e vão jogar muito até rotacionarem, não tenham dúvidas. O terreno de vampiros, Voldaren Estate, não deve jogar nem nos decks de vampiro porque é só pior do que as atuais opções para o arquétipo.

Finalizando

E essa foi a análise de Innistrad: Crimson Vow! Espero que tenham gostado e que ajude a entender um pouco melhor a coleção para o Standard. Quaisquer dúvidas, comentários ou feedback estou disponível nos comentários abaixo. Abraços e até a próxima!