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Deck Tech Pioneer: Izzet Drake

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No artigo de hoje, dissecamos o Izzet Drake, utilizado por Daniel Schriever para ganhar o Mythic Championship Qualifier na SCGCon, evento da StarCityGames que ocorreu no último fim de semana!

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revisado por Tabata Marques

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Faz um bom tempo desde a última vez que fiz um Deck Tech, essencialmente porque, em geral, os formatos competitivos estão em constante mudança e apenas analisar um deck está um pouco fora do que procuro trazer aos leitores atualmente quando quero comentar sobre um arquétipo ou um formato competitivo.

Porém, com o SCGCon da StarCityGames ocorrendo no último fim de semana, e tendo dentre seus eventos paralelos um Mythic Championship Qualifier no formato Pioneer, não pude deixar de ver os decks do Top 8, que em muito representa como o formato tem se apresentado num Metagame geral:

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3 Izzet Phoenix

1 Izzet Drake

1 Rakdos Arcanist

1 Boros Burn

1 Bant Spirits

1 Azorius Ensoul

E apesar de não termos todo o Metagame do evento, e nem as demais listas (o que, no meu ver, é uma tremenda falha por parte da equipe responsável pela organização), a lista utilizado pelo ganhador, Daniel Schriever, foi um Izzet Drake, o que chamou a minha atenção o suficiente para querer dissecar um pouco a lista e elaborar quais são suas vantagens diante do atual Metagame e, principalmente, do deck mais jogado do formato atualmente, o Izzet Phoenix.

Portanto, hoje estarei apresentando um Deck Tech do Izzet Drake, utilizado pelo jogador Daniel Schriever para ganhar o Mythic Championship Qualifier da SCGCon!

Entendendo o Izzet Drake

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Acredito que podemos nomear o Izzet Drake como um deck Midrange, já que, apesar de ser uma lista proativa com poucos counterspells (e seu único counter de maindeck é condicional), é muito mais voltado para o grind, contando muito mais com respostas para as mais diversas ocasiões, enquanto seu abundante número de cantrips permite que ele encontre as respostas necessárias no momento certo.

Seu objetivo aqui é de trocar seus recursos contra os cards do oponente, além de utilizar de cards como Expressive Iteration e Treasure Cruise para repor seus recursos, enquanto suas criaturas o permitem fechar a partida rapidamente, já que comumente oferecerão um clock de três ou menos turnos.

De muitas maneiras, esta lista lembra-me o Izzet Dragons do Standard, utilizado por Yuta Takahashi para ganhar o Campeonato Mundial deste anolink outside website, onde respostas eficientes combinados com um clock rápido permitem uma vitória fluída e, fazendo com que o oponente seja muito cuidadoso em como jogar seus removals e quando deve se estender demais porque suas criaturas podem virar o jogo se permanecerem em campo, enquanto suas boas decisões e compreender o timing de cada jogada são altamente bem recompensadas.

Tal como as listas de Izzet Phoenix, o deck conta com um poderosíssimo pacote de cantrips que permitem ao arquétipo acelerar a quantidade de mágicas conjuradas para ativar Thing in the Ice ou aumentar o poder de Crackling Drake, ou aumentar o número de cards no cemitério para conjurar Treasure Cruise, tornando-o extremamente interativo entre si e com diversas maneiras de extrair valor de cada um de seus cards.

Sem mais delongas, vamos compreender a função de cada um dos cards inclusos na lista:

Maindeck

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Começando pelas nossas ameaças, temos um set complete de Thing in the Ice, criatura que bloqueia muito bem os decks agressivos no Early-Game, e pode, com apenas algumas mágicas, virar o jogo a seu favor enquanto se torna uma criatura 7/8, estabelecendo um gigantesco clock para o oponente.

Um ponto importante da habilidade de Thing in the Ice é que é possível manipular o sequenciamento de suas mágicas para ativá-lo em momentos oportunos e até mesmo protegê-lo de determinados removals, seja deixando para conjurar a quarta mágica no final do turno do oponente, ou em resposta a um Lava Coil ou outro efeito que comumente o mataria, e entender quando utilizar sua habilidade agressivamente ou esperar o momento mais oportuno é algo que requer alguma paciência para se aprender.

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Nossa outra grande ameaça é Crackling Drake, uma criatura que cresce exponencialmente nesta lista conforme o jogo se prolonga, normalmente com o primeiro entrando no campo de batalha como um 7/4, enquanto o segundo já possui um aumento significativo de poder, comumente estando em torno de 11/4 ou maior, sendo desta maneira uma criatura que pode acabar com o jogo em um ou dois ataques.

Além disso, Crackling Drake se repõe em sua mão quando entra em jogo, tornando de qualquer troca que o oponente fizer com ele virtualmente desvantajosa, já que ele estará gastando um card para lidar com sua criatura, enquanto ela já lhe deu, pelo menos, um draw antes de ser removido.

Por fim, temos Brazen Borrower como um card que funciona tanto como uma forma de interagir com determinadas permanentes do oponente, quanto como outra ameaça evasiva que, se bem protegido ou na ausência de bloqueadores, pode estabelecer a pressão necessária contra o oponente para você ganhar o jogo.

Brazen Borrower é nossa principal e única maneira no maindeck de lidar com encantamentos e Planeswalkers que já tenham sido resolvidos, então deve ser utilizado com sabedoria.

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Para interagir com o oponente, contamos com um pacote de removals que parecem ter sido especificamente selecionados para lidar com o atual Metagame do formato.

Magma Spray é um ótimo card para lidar com Arclight Phoenix, enquanto também é muito útil em lidar com mana dorks, Young Pyromancer, as criaturas de custo baixo do Burn, dentre outras ameaças, e também possui uma peculiar serventia onde você pode utilizá-lo num Kroxa, Titan of Death’s Hunger conjurado da mão do oponente para forçá-lo a ser exilado com seu próprio trigger.

Fiery Impulse funciona da mesma maneira, mas pode, em poucos turnos, também lidar com criaturas que Magma Spray não alcança, como Bonecrusher Giant, Dreadhorde Arcanist, Spell Queller, Supreme Phantom e Archon of Emeria.

Lava Coil é ótimo em lidar com Thing in the Ice e Winota, Joiner of Forces, enquanto também funciona com todos os cards que as demais opções resolvem.

Por fim, Anger of the Gods é o melhor sweeper vermelho presente no formato atualmente, já que pode exilar múltiplas cópias de Arclight Phoenix enquanto retém sua utilidade em lidar com arquétipos que procuram popular a mesa com criaturas, algo recorrente dentre os decks agressivos do formato.

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Como procuramos realizar trocas justas com o oponente utilizando nossos removals, precisamos de meios de repor os recursos em nossa mão, já que precisamos continuar a estabelecer o controle ou acelerar nosso plano de jogo.

Expressive Iteration é um dos cards mais poderosos lançados em Magic: The Gathering recentemente, servindo para comumente garantir seu land drop no early-game, enquanto também garante duas mágicas para serem utilizadas no Late-Game, e remove uma carta inútil do topo do deck, essencialmente sendo um “draw 2” por duas manas.

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Treasure Cruise tem protagonizado muita polêmica nas últimas semanas na comunidade de Pioneer, por recompensar determinados arquétipos por fazerem naturalmente aquilo que já almejam, tornando-se uma espécie de Ancestral Recall de acordo com como o jogo se prolonga.

A lista também conta com Search for Azcanta, um card que parece contraintuitivo com Treasure Cruise, e que o próprio piloto do deck, Daniel Schriever, admitiulink outside website ter utilizado meramente porque a loja não tinham mais cópias de Consider para vender.

Porém, estou interessado em saber o quanto Search for Azcanta foi útil nas partidas, e quantas vezes suas ativações foram, de alguma maneira, relevantes nos jogos, já que minha experiência com o card não foi significativa o suficiente para considerar mantê-la na lista.

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Também contamos com um pacote e cantrips e card selection poderoso.

Opt é amplamente conhecido no formato como a melhor cantrip que tínhamos acesso até o lançamento de Consider, permitindo-o filtrar minimamente o topo e comprar um card.

Consider interage melhor com o deck e é uma cantrip muito superior a Opt meramente por lidar permanentemente com um card indesejado, jogando-o para o cemitério, onde ele pode ser reutilizado para alimentar Treasure Cruise.

Falando em Treasure Cruise, um card que também serve com o propósito de acelerar Treasure Cruise e aumentar o poder de Crackling Drake, enquanto conta como dois casts para Thing in the Ice, tudo isso enquanto filtra os seus próximos draws em Instant-Speed é Otherworldly Gaze, do qual sinceramente me impressionou muito durante meus testes.

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Por fim, temos Spell Pierce como uma interação de custo baixo que pode servir para proteger suas criaturas, ou para responder a um Planeswalker, ou qualquer outro propósito necessário, mas que perde a utilidade de acordo com como o jogo se prolonga.

E Kazuul’s Fury, do qual Daniel admite estar na lista no lugar de uma das cópias de Consider, mas que pode servir como um land drop e uma espécie de 2-card combo com Crackling Drake, onde você pode sacrificá-lo no Late-Game para causar dano letal ao oponente e ganhar a partida.

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A manabase segue os padrões que vemos nas mais diversas listas Izzet, com a única notável diferença sendo a inclusão de uma terceira Fabled Passage no lugar de uma Riverglide Pathway, o que pode ser um meio de obter mais cards no cemitério, ou de conseguir reembaralhar o deck caso necessário.

De resto, temos Spirebluff Canal como nosso land drop de Early-Game preferencial, Stem Vents como a Shockland nas cores de Izzet, que interage muito bem com Sulfur Falls e Riverglide Pathway como uma land modal que pode ser utilizada para adicionar a mana necessária no momento em que você a joga, ou também deve ser utilizada para planejar jogadas posteriores, sempre considerando a necessidade de cores que a lista possui.

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Sideboard

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No Sideboard, nós temos algumas respostas pontuais para ameaças que já estão em jogo, como Aether Gust para lidar com diversas criaturas em múltiplos decks diferentes, como Kroxa, Titan of Death’s Hunger e Dreadhorde Arcanist no Rakdos Pyromancer, diversas criaturas do Boros Burn, praticamente todas as criaturas do Gruul Aggro, além de também resolver ocasionais cards que não podem ser anulados.

Fry ajuda a lidar principalmente com Teferi, Hero of Dominaria, mas também possui grande utilidade em lidar com todas as criaturas do Spirits, Thing in the Ice, Winota, Joiner of Forces, Omnath, Locus of Creation e Lurrus of the Dream-Den.

Por fim, a cópia adicional de Magma Spray é muito útil contra Izzet Phoenix, mas também serve contra Rakdos Pyromancer, Boros Burn e outras listas com criaturas pequenas.

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Também temos um pacote adicional de counterspells para diversas situações.

Invasive Surgery é ótimo para se utilizar contra Treasure Cruise do Izzet Phoenix, ou até mesmo para lidar com um dos hates mais recorrentes ao arquétipo, Go Blank, enquanto não perde a utilidade contra uma infinidade de outras mágicas.

Malevolent Hermit tem se provado extremamente poderoso no Standard e no Pioneer, capaz de ser um corpo para agredir, um counterspell e uma criatura que não permite que algumas de suas mágicas essenciais, como Treasure Cruise, sejam anuladas pelo oponente.

Por fim, Mystical Dispute é uma ótima resposta contra decks azuis, enquanto também funciona como um counterspell útil contra ocasionais Midranges que tentam jogar “na curva”.

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O sideboard conta também com alguns elementos de atrito.

Saheeli, Sublime Artificer vem ganhando espaço no sideboard do Izzet Phoenix nas últimas semanas como uma versão mais difícil de se interagir de Young Pyromancer, e é especialmente letal nesta lista pela sua capacidade de transformar um de seus tokens em cópias de Crackling Drake.

Narset, Parter of Veils é muito útil em lidar com arquétipos que procuram comprar muitos cards em um único turno, como é o caso da mirror match, enquanto também funciona contra decks Control para estabelecer Card Advantage.

Eternal Scourge, um card que nunca recebeu muita atenção fora do seu combo com Food Chain no Legacy e no Commander, tem sido utilizado em múltiplos números no sideboard dos decks Izzet pela sua enorme vantagem de ser conjurável do exílio, onde você pode deixá-lo ou até movê-lo para lá através de Treasure Cruise, servindo como uma ameaça recorrente contra listas que não estabelecem um clock, em especial contra Control.

Porque jogar com este deck ao invés do Izzet Phoenix?

Habitualmente, sou um jogador de Izzet Phoenix no último mês, e decidi jogar algumas partidas com esta lista e, particularmente, estou fascinado.

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Mas uma questão que levantamos sempre quando vemos uma lista Izzet sem Arclight Phoenix é “Por quê eu deveria jogar com essa lista ao invés do melhor deck do formato atualmente?”

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O principal motivo que encontrei é que o Metagame encontra-se num estado em que todos estão tentando ganhar do Izzet Phoenix (tal como esta lista, com três cópias de Anger of the Gods, duas cópias de Lava Coil e duas cópias de Magma Spray no Maindeck), e esta lista possui uma significativa vantagem contra oponentes que utilizam respostas significativamente boas para lidar com Arclight Phoenix porque elas são muito ruins contra Crackling Drake ou Thing in the Ice, já que estes não são muito afetados por hates de cemitério, enquanto são mais suscetíveis a cards como Mystical Dispute ou remoções de qualidade, como Lava Coil.

E apesar desta lista ser mais passível a removals eficientes, ela consegue estender o jogo por tempo o suficiente para jogar em volta destes cards com maestria, além de que qualquer ameaça que permanecer no campo de batalha será uma ameaça que o oponente deve resolver, ou perderá o jogo em poucos turnos.

Outra vantagem que esta lista possui é que você não precisa utilizar enablers para que seus principais cards sejam bons.

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Não é que Lightning Axe ou Chart a Course sejam cards ruins, mas eles possuem como principal função servir de meios para habilitar Arclight Phoenix em seu cemitério, e criam algumas situações desconfortáveis no decorrer da partida.

Por outro lado, a exclusão destes cards abrem slots que podem ser muito bem utilizados para responder melhor ao Metagame, com cards mais eficientes e/ou meios de obter uma quantidade ainda maior de grind e valor com seus recursos. Apesar de Lightning Axe ser ótimo em lidar com criaturas, Lava Coil está numa posição melhor no atual Metagame, por exemplo.

Por fim, a terceira vantagem que vi em utilizar esta lista é a maleabilidade da sua postura de jogo, onde o deck consegue seguir como o “Control” da partida de maneira muito mais eficiente do que o Izzet Phoenix, meramente porque seus cards permitem jogadas menos proativas e muitas vezes mais conservadoras para proteger suas ameaças e/ou garantir que você possui mais recursos do que seu oponente.

É claro que isso vem com um custo: ser bem menos explosivo, já que você não possui aquelas aberturas que incluem um Thing in the Ice transformado junto a duas Arclight Phoenix atacando para 13 no turno 3, mas a segurança e a versatilidade das respostas que você ganha seguindo a rota do Izzet Drake parece compensar no atual cenário do formato.

Em resumo, o Izzet Drake pode ser uma boa maneira de adaptar-se a um Metagame que está, de maneira evidente, procurando responder e apresar-se dos decks de Arclight Phoenix, permitindo-o jogar em volta das principais respostas do formato, enquanto também consegue jogar “por cima” e com respostas mais eficientes contra o resto do Metagame.

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Análise de Desempenho

Como já mencionei anteriormente, esta lista lembra-me, de muitas maneiras, o Izzet Dragons do Standard: Você passa os primeiros turnos respondendo às ameaças de seu oponente, ou conjurando um Thing in the Ice e preparando o setup com Cantrips e Expressive Iteration e, quando as trocas com o oponente já estabilizaram o jogo, Crackling Drake costuma ser a ameaça que encerra a partida e/ou exige que o oponente lide com ele em poucos turnos, enquanto você já obteve valor imediato com ele (o que, inclusive, o torna menos contra-interativo com Thing in the Ice do que Arclight Phoenix),

Além disso, o deck também possui uma capacidade absurda de filtragem de cards do topo ou da mão, o que essencialmente permite que você “escolha” o que comprar e quando quer comprar, e dentre todas que possuem esta função, uma me impressionou significativamente:

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Eu não dei muita atenção para Otherworldly Gaze, essencialmente porque ele não se substitui em sua mão, mas sendo uma Instant e podendo ser reutilizada do cemitério, Otherworldly Gaze permite que você faça diversas coisas com um único card:

Ele permite que você o utilize na end step do oponente para planejar seu próximo draw conforme as jogadas do oponente.

Permite que você jogue mais cartas para o cemitério para acelerar Treasure Cruise ou aumentar o poder de Crackling Drake.

Permite que você conjure duas mágicas para aumentar os triggers de Thing in the Ice.

Permite que você remova cards indesejados, como terrenos no Late-Game ou Sweepers numa mesa vazia, do topo do seu deck, enquanto garante seus land drops no Early-Game.

E ao todo, lhe permite “planejar” os seus próximos seis draws, o que é um nível poderosíssimo de manipulação de topo.

Então, apesar de ser pouco utilizado, Otherworldly Gaze realmente me impressionou pela sua utilidade e versatilidade, e é possível que outros decks, como o próprio Izzet Phoenix, possam fazer um bom uso deste card em suas respectivas listas.

O pacote de removals da lista provou-se muito eficiente e muito versátil em lidar com as mais diversas ameaças, e acredito que estes cards podem e devem ser alterados conforme as mudanças do Metagame, e o mesmo pode ser dito do Sideboard.

Porém, um ponto que realmente não me foi atrativo é como esta lista não é um bom agressor contra os decks Control, e não possui elementos o suficiente que o tornem um Control mais eficiente do que o Azorius ou Dimir, o que aumenta significativamente a importância que o arquétipo possui em proteger suas ameaças, e talvez a inclusão de alguns meios pontuais de obter valor poderiam ajudar nesta questão.

Possíveis Inclusões

Nesta seção, estarei mencionando os cards que, particularmente, não senti serem bons o suficiente ou necessários para a lista, e mencionarei algumas opções que podem ser interessantes ao arquétipo.

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Começando pelos cards que Daniel utilizou por não ter cópias adicionais de Consider, este deck não precisa de Search for Azcanta, especialmente com mais cópias da cantrip de Midnight Hunt.

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Basicamente, você já olha tantos cards e já compra tanto durante o jogo que as ativações de Azcanta, the Sunken Ruin tornam-se redundantes e, na maioria das vezes em que fiz o esforço de transformar o card, ele mais me foi útil como uma mana adicional do que pelo card selection que proporciona.

Por outro lado, realmente gostei da inclusão de Kazuul’s Fury, meramente por oferecer um “Splinter Twin” no Late-Game, comumente servindo como um botão de “Free-Win” contra oponentes despreparados, desatentos, ou que estão confiantes demais que podem ganhar a partida, aos moldes de como fazemos com Atog e Fling no Pauper.

Além disso, Kazuul’s Fury, tal como os demais efeitos de Fling, é excelente em responder ao removal de um oponente, e nossas criaturas são grandes o suficiente para que o dano causado pelo card torne-se relevante ou possa até mesmo ganhar jogos.

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Particularmente, Spell Pierce me pareceu bem ruim nesta lista porque seu plano de jogo envolve algum prolongamento da partida, e este card perde a utilidade de acordo com a quantidade de turnos que passam e land drops feitos.

Visto que até mesmo as listas de Izzet Phoenix procuram utilizá-lo, eu consideraria trocar Spell Pierce por Negate, como uma forma de obter uma resposta definitiva e mais segura contra as respostas do oponente, mesmo que em detrimento de seu Crackling Drake com backup poder atrasar um turno, já que o próprio Crackling Drake fica melhor de acordo com como a partida se estende.

Outro card que poderia adentrar nesta categoria é Stubborn Denial, visto que tanto Thing in the Ice quando transformando quanto Crackling Drake podem facilmente tornar da mágica um Negate de uma mana, enquanto ela ainda retém sua função como um Force Spike no early-game.

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Outra opção que considero testar na lista posteriormente é Dig Through Time pois, apesar de custar uma mana a mais do que Treasure Cruise e comprar um card a menos, lhe permite uma quantia maior de Card Selection, e pode ser utilizado em Instant-Speed, tornando-se uma opção muito mais viável no hardcast ou para responder determinadas ocasiões, o que me faz acreditar que sua versatilidade pode compensar se o formato continuar tão focado em lidar com cemitérios.

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Outra opção que poderia ser avaliada é a de adicionar mais elementos de grind nas 75 para lidar melhor contra decks Control.

Acredito que Planeswalkers sejam uma boa opção, e Ral, Izzet Viceroy e Chandra, Torch of Defiance oferecem card advantage e removals que podem ser úteis contra Midranges também, enquanto Jace, Wielder of Mysteries oferece card advantage, Self-Mill e uma wincondition alternativa muito acessível para a proposta do arquétipo.

Por outro lado, outra opção seria a de adicionar criaturas que apresam-se de decks Control por serem difíceis de matar enquanto estabelecem card advantage e/ou um clock, como Niv-Mizzet, Parun, Nezahal, Primal Tide ou mais cópias de Eternal Scourge.

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Conclusão

Este foi meu Deck Tech do Izzet Drake, lista que o jogador Daniel Schriever utilizou para ganhar o Mythic Championship Qualifier no dia 29 de Outubro, durante a SCGCon.

Em geral, o Metagame parece muito bem posicionado para que decks de Arclight Phoenix tentem variantes sem o seu principal card, que possui atualmente um enorme alvo em sua cabeça, com o resto do Metagame tentando combater o que pode ser considerado o melhor deck do formato.

Porém, com novas adições saindo para o formato, e com as mudanças ocorrendo ocasionalmente no Metagame, será necessário avaliar se o arquétipo continua sendo uma estratégia melhor do que o Izzet Phoenix caso o alvo do Metagame torne-se outro arquétipo, já que existe um preço a se pagar ao não utilizar uma das mais poderosas ameaças recorrentes do formato.

O tempo dirá qual será a melhor opção para os decks Izzet no Pioneer, mas esta lista, com suas ameaças impactantes e a sua abundância de card selection, definitivamente possui bastante potencial e consegue ganhar diversos jogos com facilidade.

Obrigado pela leitura!