Magic: the Gathering

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Metagame: o novo Jund do Modern e a ascensão do Selesnya Depths no Legacy

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No artigo de hoje, vemos uma diferença entre o Standard do MTGO e do Arena, uma nova variante de Living End e uma nova versão de Jund no Modern e o aumento da presença do Selesnya Depths no Legacy!

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revisado por Tabata Marques

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Jogadores e Jogadoras, estamos de volta com mais um Metagame da Semana, onde faremos uma análise dos resultados dos eventos deste fim de semana!

Como parte das minhas observações iniciais, informo que não estarei abordando o formato Historic neste artigo, já que não houve torneios com quórum suficientes para se tornar possível fazer um levantamento do Metagame deste formato nessa semana.

Provavelmente voltaremos a abordar o formato na semana que vem, e possivelmente com as adições de JumpStart: Historic Horizons que saiu na última quinta-feira no Magic Arena!

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Standard

O Standard Challenge de Sábado terminou com o seguinte Top 32:

14 Sultai Ultimatum

4 Naya Winota

3 Naya Adventures

3 Rakdos Sacrifice

2 Dimir Control

2 Gruul Magda

1 Jund Magda

1 Dimir Rogues

1 Mono-Green Aggro

1 Azorius Artifacts

E o Top 8 foi composto por:

5 Sultai Ultimatum

1 Dimir Control

1 Gruul Magda

1 Naya Winota

No Domingo, o Top 32 do evento foi composto por:

9 Sultai Ultimatum

8 Dimir Control

4 Naya Winota

4 Gruul Magda

2 Naya Adventures

2 Dimir Rogues

1 Mono-Red Aggro

1 Rakdos Sacrifice

1 Mono-Green Aggro

E o Top 8 foi composto por:

3 Gruul Magda

1 Sultai Ultimatum

1 Mono-Red Aggro

1 Naya Adventures

1 Dimir Control

1 Naya Winota

Nós estamos observando um movimento muito interessante no Standard:

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Sultai Ultimatum e Dimir Control estão ascendendo significativamente no Metagame dos Challenges no Magic Online, mas estes números não estão sendo refletidos no Magic Arena segundo as estatísticas do site Untapped, onde o Sultai Ultimatum está abaixo do Gruul Magda e do Naya Winota em números de winrate, logo, a ascensão do Sultai Ultimatum nas últimas semanas parece ser um efeito específico no Magic Online que não está sendo refletido, até então, no Magic Arena.

Ou seja, é um momento no jogo onde o Magic Online e o Magic Arena apresentam metagames diferentes com relação a quais são os decks que mais estão fazendo resultados, um efeito que comumente vemos ocorrer no mundo real em formatos eternos, onde o metagame Modern/Legacy de uma região de um país é totalmente diferente do metagame de outra região.

Eu não acredito que isso tenha impactos práticos fora que se torna óbvio que, se você está jogando os Challenges, você precisa respeitar os decks Control de maneira mais significativa do que você talvez respeite no Magic Arena, mas é a primeira vez desde que comecei esta série de artigos que vejo esta diferença acontecendo de maneira tão notável.

Pioneer

No Sábado, o Top 32 do Pioneer Challenge foi composto pelos seguintes decks:

4 Vampires

4 Rakdos Pyromancer

3 Jund Sacrifice

3 Azorius Ensoul

3 Jeskai Control

2 Lotus Combo

2 Niv-to-Light

2 Izzet Phoenix

2 Four-Color Ascendancy

1 Bant Company

1 Bant Spirits

1 Boros Burn

1 Boros Feather

1 Izzet Dragons

1 Temur Flash

1 Dimir Control

E o Top 8 foi composto pelos seguintes decks:

2 Jund Sacrifice

2 Four-Color Ascendancy

2 Jeskai Control

1 Lotus Combo

1 Bant Company

No Domingo, o Pioneer Challenge terminou com o seguinte Top 32:

6 Rakdos Pyromancer

4 Vampires

3 Izzet Phoenix

3 Azorius Ensoul

2 Jeskai Control

2 Mono-Green Stompy

2 Boros Burn

2 Jund Sacrifice

2 Niv-to-Light

1 Bant Spirits

1 Mono-Blue Spirits

1 Mono-Red Aggro

1 Bant Company

E o Top 8 terminou com os seguintes decks:

1 Bant Company

1 Mono-Green Stompy

1 Jeskai Control

1 Vampires

1 Boros Burn

1 Izzet Phoenix

1 Rakdos Pyromancer

1 Bant Spirits

Antes de falarmos dos eventos em si, você sabia que teremos Challenger Decks de Pioneer saindo no dia 15 de Outubro?

É verdade, e você pode conferir as decklists aquilink outside website.

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E como mencionei neste artigolink outside website (onde inclusive faço um review das listas e de todos os lançamentos anunciados para 2022), esta é a melhor decisão que a Wizards tomou pelo bem do Pioneer após um ano tão turbulento para o formato como 2020, e com certeza será de grande ajuda para promover o formato em lojas e comunidades locais.

Portanto, deixo aqui o mesmo conselho deixado no artigo: se você quer apoiar o Pioneer, adquira este produto, mostre para a Wizards que a comunidade aprova esta decisão, mostre que o Pioneer traz um bom retorno financeiro, e que Challenger Decks do formato são muito bem-vindos tanto para trazer novos jogadores quanto para tornar o formato mais acessível em comparação aos demais formatos eternos!

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O grande destaque desta semana fica para o Bant Company, que fez resultados no Top 8 de ambos os eventos.

O Bant Company é essencialmente uma variante de Selesnya Company com um splash para azul, que habilita o uso de um removal extremamente eficiente com Deputy of Detention, a adição de respostas eficientes como Mystical Dispute no Sideboard, e a sua principal inclusão parece ser Linvala, Shield of Sea Gate, que funciona basicamente como um Selfless Spirit com um corpo mais relevante, já que sua habilidade de Party não possui meios eficientes de ser ativada ao decorrer da partida.

Eu não tenho certeza do quanto esta versão dos decks de Company é superior ao Selesnya Company, mas a adição de melhores respostas que estão disponíveis no Azul faz algum sentido num Metagame tão pluralizado como temos visto o Pioneer se tornar nos últimos meses.

Possivelmente veremos o Bant Company realizando outros resultados na próxima semana, já que parece se tratar de uma versão mais abrangente de seu antecessor.

Modern

O Top 32 do Modern Challenge de Sábado foi composto pelos seguintes decks:

3 Dimir Mill

3 Grixis Lurrus

3 Hammer Time

2 Azorius Control

2 Boros Burn

2 Living End

2 Temur Tempo

1 Jund Lurrus

1 Rakdos Lurrus

1 Mardu Lurrus

1 Belcher

1 Jund Delirium

1 Four-Color Creativity

1 Bogles

1 Eldrazi Tron

1 Heliod Company

1 Hardened Scales

1 Infect

1 Dredge

1 Tron

1 Ad Nauseam

E o Top 8 do evento foi composto por:

2 Boros Burn

1 Jund Lurrus

1 Azorius Control

1 Dimir Mill

1 Mardu Lurrus

1 Grixis Lurrus

1 Belcher

No Domingo, o evento terminou com o seguinte Top 32:

5 Izzet Tempo

3 Hammer Time

3 Jund Lurrus

3 Living End

2 Boros Burn

2 Tron

2 Gruul Delirium

1 Naya Delirium

1 Mardu Lurrus

1 Temur Cascade

1 Golgari Yawgmoth

1 Hardened Scales

1 Grixis Shadow

1 Heliod Company

1 Elementals

1 Azorius Spirits

1 Soulherder

1 Four-Color Creativity

1 Azorius Control

E o Top 8 do evento terminou com os seguintes decks:

2 Living End

1 Izzet Tempo

1 Azorius Control

1 Temur Cascade

1 Boros Burn

1 Golgari Yawgmoth

1 Hammer Time

Temos algumas novidades que ocorreram durante os Challenges desta semana:

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O primeiro ponto é que os decks de Living End estão começando a migrar sua base para uma lista mais próxima de um Midrange que utiliza o card para obter valor ao unir cards do arquétipo junto de cards do Temur Cascade para criar outra variante do deck.

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Esta variante consegue jogar o “fair game” muito melhor do que as listas que utilizam Grief e são mais voltadas para o combo ao utilizar cards castáveis como Bonecrusher Giant, Brazen Borrower e Endurance, apostando na combinação de Shardless Agent + Living End para virar o jogo rapidamente em situações desfavoráveis nas quais o oponente possui uma posição de mesa superior, enquanto esta base também evita jogos onde o deck não faz absolutamente nada nos primeiros turnos, estabelecendo uma pressão maior contra decks disruptivos.

O destaque da lista fica para Titanoth Rex, um card reciclável que também é uma criatura 11/11 com Trample, podendo acabar com o jogo rapidamente caso seja devolvido ao jogo com Living End.

Este arquétipo é um dos mais interessantes de se observar nos últimos meses, dado que ele evoluiu significativamente várias vezes ao decorrer de 2020/2021, enquanto se manteve, em todas as situações, como um dos principais competidores do Modern, e é fascinante poder observar essa “evolução” do arquétipo em tempo real.

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Falando em evolução, outro deck que evoluiu novamente conforme o Metagame foi o Jund, que segue agora a tendência dos demais decks Midranges do formato e aposta numa curva de mana baixa, fazendo bom uso da já muito bem estabelecida base de Ragavan, Nimble Pilferer + Dragon’s Rage Channeler + Urza’s Saga + Lurrus of the Dream-Den, que tem sido prevalente no Modern desde o lançamento de Modern Horizons II.

Como já mencionei em outros artigos, estamos num momento onde a palavra-chave do atual estado do Modern é eficiência de mana, e quando você possui uma criatura de custo 1 que te oferece card advantage e mana advantage, um terreno que te oferece mana, corpos e card advantage durante três turnos e uma ameaça de custo baixo que ainda te permite filtrar o topo do seu deck, não existem motivos para você querer recorrer a cards como Bloodbraid Elf ou nada próximo disso porque a base atual desses decks é infinitamente mais eficiente.

Estarei realizando uma análise mais aprofundada desta variante de Jund na próxima semana.

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Falando no pacote de Ragavan + Channeler + Urza’s Saga, um deck que surgiu esta semana e chamou a atenção da comunidade foi o Gruul Delirium, que une elementos de uma estratégia fortemente agressiva com o elemento de toolbox que apenas Urza’s Saga e Traverse the Ulvenwald podem oferecer!

Apesar do arquétipo utilizar meios de obter valor durante a partida, eu particularmente considero este deck um deck Aggro ao invés de um deck de atrito porque você tem um plano de jogo bem direto e com diversos meios de obter alcance e/ou melhorar sua posição na mesa como Fury, Lightning Bolt, Seasoned Pyromancer e Klothys, God of Destiny.

Wrenn and Six se tornou oficialmente o melhor matador de Ragavans do Modern, e tem sido cada vez mais utilizado no formato nas últimas semanas, o que pode apresentar um reflexo do quanto lidar com Ragavan é necessário para evitar que ele domine o jogo.

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A minha grande dúvida em meio ao que observamos nesta semana no Modern é se os decks não estão começando a ficar muito parecidos quando utilizam essencialmente a mesma base de Ragavan, Nimble Pilferer, Dragon’s Rage Channeler e Urza’s Saga, um trio de cartas que tornou uma gama significativa de outros cards existentes no formato e que eram Staples antes do lançamento de Modern Horizons II em peças obsoletas de um passado nem tão distante.

Estaria o formato se tornando padronizado ou até polarizado (não em arquétipos, mas em uso de cards) em torno dessas adições de Modern Horizons II?

Os números no presente momento dizem que pode se tornar padronizado, mas não polarizado: Ragavan e Channeler são respectivamente terceira e quarta criatura mais jogadas do formato hoje, enquanto Urza’s Saga não está entre os terrenos mais jogados e Mishra’s Bauble (comumente utilizado com o terreno), é a sétima mágica mais jogada do formato.

As próximas semanas dirão o que podemos esperar no futuro do Modern.

Pauper

O Pauper Challenge de Sábado teve o seguinte Top 32:

13 Affinity

7 DImir Faeries

6 Storm

2 Mono White Heroic

1 Orzhov Pestilence

1 Mardu Ephemerate

1 Izzet Faeries

1 Mono Blue Delver

E o evento terminou com o seguinte Top 8:

3 Dimir Faeries

2 Storm

2 Affinity

1 Mono-White Heroic

No Domingo, o Pauper Challenge terminou com o seguinte Top 32:

8 Dimir Faeries

8 Storm

7 Affinity

3 Tron

1 Dimir Delver

1 Mono Blue Delver

1 Mono White Heroic

1 Burn

1 Mono-Black Control

1 Bogles

E o Top 8 foi composto pelos seguintes decks:

3 Dimir Faeries

1 Affinity

1 Storm

1 Dimir Delver

1 Mono Blue Delver

1 Mono White Heroic.

Esta semana, a tríade Dimir Faeries-Storm-Affinity compôs um total de 82% do Top 32 do Challenge de sábado e 72% do Top 32 de domingo.

Tal como Alex Ullman mencionou em seu bloglink outside website esta semana, eu estou sem palavras para dizer qualquer coisa sobre o Pauper atualmente. Dificilmente há o que se olhar num formato onde três decks ocupam 75% dos decks que conseguem fazer melhor do que X-3 nos Challenges e compõem 71% do Top 8 das últimas três semanas.

Na próxima semana, faremos três meses desde o lançamento de Modern Horizons II no Magic Online, e três meses de um Pauper absolutamente polarizado e quebrado sem absolutamente nenhuma solução.

Este é o pior estado em que eu já vi o Pauper desde que eu comecei a jogar o formato, em 2014, e eu não sei quanto tempo mais teremos de lidar com essa situação.

Querida Wizards of the Coast, Where is the ban?!

Legacy

O Top 32 do Legacy Challenge terminou com os seguintes decks:

3 Doomsday

3 Senak and Show

2 Jeskai Standstill

2 Lands

2 Selesnya Depths

2 Elves

2 Death and Taxes

2 Jeskai Mentor

1 Cloudpost

1 Jeskai Stoneblade

1 Izzet Delver

1 Enchantress

1 Four-Color Loam

1 The Epic Storm

1 Omni-Tell

1 Mono-Red Stompy

1 Jund Zenith

1 Smallpox

1 Izzet Tempo

1 Mono-Black Curses

1 Bant Control

1 Bomberman

E o Top 8 do evento terminou com os seguintes decks:

2 Selesnya Depths

2 Doomsday

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1 Jeskai Standstill

1 Lands

1 Cloudpost

1 Bomberman

No Domingo, o Legacy Challenge terminou com o seguinte Top 32:

4 Izzet Delver

3 Selesnya Depths

3 Death & Taxes

3 Lands

2 Sneak and Show

1 Bant Control

1 Belcher

1 All Spells

1 Aluren

1 Hogaak

1 Karn Echoes

1 Maverick

1 Reanimator

1 Ninjas

1 Azorius Control

1 Jeskai Mentor

1 Four-Color Zenith

1 Mystic Forge Combo

1 Mono-Red Prison

1 Temur Tempo

1 Bomberman

1 Humans

E o Top 8 foi composto pelos seguintes decks:

2 Selesnya Depths

2 Izzet Delver

1 Bant Control

1 Belcher

1 All Spells

1 Sneak and Show

Essa semana, vou dar destaque para o Selesnya Depths.

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O Selesnya Depths é a versão mais efetiva das variantes de Dark Depths hoje e isso deve-se muito a como o deck é construído a nunca depender do combo, tornando-o essencialmente um botão de “free-win” que está disponível para você nas matchups onde se faz necessário, enquanto possui todos os elementos para jogar um perfeito “fair game”.

Cards como Elvish Reclaimer e Knight of the Reliquary podem ajudar a procurar o combo quando necessário, mas também são poderosas ameaças por conta própria, muitas vezes fechando o jogo sozinhas em partidas onde o combo não é tão relevante ou é facilmente resolvido pelo oponente (pelo uso de Prismatic Ending, por exemplo).

Falando em Prismatic Ending, o card é amplamente utilizado no deck, servindo como uma ótima resposta contra Delver of Secrets e Dragon’s Rage Channeler, tal como Endurance, que também opera como um hate muito poderoso contra estratégias voltadas para o cemitério enquanto oferece um clock respeitável no jogo.

Esta junção que torna do arquétipo uma espécie de “Midrange-Combo” com muitas jogadas de valor, alta consistência e ameaças boas por conta própria fazem do Selesnya Depths um dos principais competidores do Legacy hoje e um dos decks que mais tem crescido no formato nas últimas semanas.

Conclusão

Este foi a minha análise do Metagame desta semana.

O Standard está numa posição peculiar, onde o metagame do Arena e o metagame do Magic Online estão se desencontrando significativamente: enquanto o Gruul Magda continua a ser o deck mais relevante do Magic Arena, os Challenges apontam para uma direção oposta com expressivo retorno do Sultai Ultimatum ao formato.

O Pioneer receberá os Challenger Decks em Outubro, uma novidade extremamente agradável e relevante para o futuro do formato, e pela primeira vez em muito tempo me sinto otimista sobre o desenvolvimento que o Pioneer poderá ter em 2021!

Continuamos a ver o Modern surgir com novos decks, o Living End continuar a evoluir, tal como foi feito com o Jund nas últimas semanas. Permanece a dúvida se a base de Ragavan, Nimble Pilferer + Dragon’s Rage Channeler + Urza’s Saga estaria começando a padronizar de maneira significativa a forma como se pode jogar no Modern, e isso é algo que precisaremos prestar atenção nas próximas semanas.

Com 82% do Metagame de um Challenge sendo composto pela tríade de Storm, Affinity e Dimir Faeries, não lembro de ter visto o Pauper num estado tão ruim durante os sete anos em que jogo e acompanho fielmente o formato.

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Em breve, fará três meses desde o lançamento de Modern Horizons II, é um tempo absurdamente alto para se resolver um formato quebrado. Where is the Ban?!

Por fim, não há muito o que adicionar sobre o Legacy esta semana. Temos visto, desde a semana passada, o Selesnya Depths subir nas colocações e estar mais presente no formato, o que é um contraponto muito saudável para a comum predominância dos Blue-Based decks, especialmente dos Tempo Decks.

Voltarei na próxima semana com mais uma análise dos Challenges e demais eventos do fim de semana.

Obrigado pela leitura!