Na noite de ontem, 26/08/2019, a equipe do Duel Commander divulgou a nova banlist em seu site oficial, e antes que eu me desse conta meu whatsapp estava completamente dominado por lamentações e também por comemorações referentes aos anúncios. São várias novidades que ingressam na banlist e três comandantes, banidos anteriormente em 2010, 2012 e 2014, que retornam para um período de testes, isso mesmo, o anúncio deixa bem claro que as três cartas estão liberadas como comandantes para um período de testes, o que significa dizer que um novo banimento, em um curto período de tempo, não será uma grande surpresa.
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Urza, Lord High Artificer, Yuriko, the Tiger’s Shadow, Arahbo, Roar of the World, Najeela, the Blade-Blossom e Teferi, Temporal Archmage não são mais comandantes válidos no formato que visa os jogos um contra um.
Como de praxe para cada banimento foi dada uma explicação completa do que foi analisado para chegar a essa conclusão, com muita transparência e também com alguma coisa para se ler nas entrelinhas.
Alguns nomes chamaram a atenção pela obviedade e outros nomes aparecem na lista mesmo sem apresentar grande porcentagem do Metagame atual causando certa estranheza, mas o que mais chamou minha atenção durante a leitura do anúncio é a justificativa financeira ou econômica para o banimento de Najeela, the Blade-Blossom como comandante e da Power Nine, Timetwister, banida de forma geral.
A justificativa econômica para o banimento das duas cartas parece ir contra os anúncios da Wizards of the Coast que não se preocupa em despejar cards com preços exorbitantes no Modern, seja com novas edições, com Wrenn and Six como principal exemplo, seja com o desbanimento de alguns cards como Jace, the Mind Sculptor e mais recentemente Stoneforge Mystic.
É verdade que ainda existem cards caros e difíceis de conseguir para ingressar no Duel Commander, mas a preocupação com o quesito financeiro existe e foi declarado oficialmente nos trechos abaixo:
“…The toxicity of Najeela, the Blade-Blossom as a commander can be not so easy to deceive at first, but the overly aggressive deck that it is -despite the fact that it requires a very expensive manabase, which can be segregating -…“
Quanto a Najeela existe a preocupação em explicar que o Deck não tem uma porcentagem tão elevada no Metagame por conta do custo, principalmente da base de mana do deck, esse fator econômico é apontado como uma preocupação que limita, muito o número de jogadores que podem montar esse commander, isso pode estar atrelado a uma preocupação com o Pay to Win no formato.
“…Timetwister was legal since the origins of the format for this reason as well. But it does not succeed anymore, as it turned out to a speculation tool. It became insanely hard to get one copy now, for there are fewer and fewer of them available and its colossal financial value makes it almost impossible to be borrowed…”
Timetwister estava liberado desde o começo do formato, mas a liberação da carta pode ter se transformado em uma ferramenta de especulação do valor do card o que não interessa para os organizadores do formato, durante a explicação ainda é apontada a dificuldade em se conseguir uma Timetwister, mesmo que você tenha o dinheiro disponível para compra-la. O valor exorbitante do card também é apontado como um fator que impossibilita até mesmo que alguém empreste uma Timetwister para outro jogador durante um evento.
Ainda existem cards muito difíceis de encontrar e impossíveis de substituir, como Chains of Mephistopheles, por exemplo, mas são cards menos utilizados e que não afetam o Metagame como Timetwister afetava até o seu banimento.
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Essa preocupação econômica da equipe do Duel Commander pode auxiliar no desenvolvimento do formato, facilitando o ingresso de novos jogadores com a diminuição do custo para a montagem do deck, mas pode também desanimar entusiastas mais antigos que se esforçaram para adquirir os cards banidos. Teremos de aguardar novos anúncios similares e os novos eventos para descobrir se o impacto será positivo ou negativo.
Fato é que a preocupação econômica com o formato mostra a preocupação dos organizadores com o Pay to Win, pagar para vencer, ainda que Magic the Gathering seja um jogo caro e você terá que praticar o Pay to Play em qualquer formato que deseje participar.
Carlos Eduardo Tognoli
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