Reforçando o Precon Commander - Blast From The Past (The Fourth Doctor e Sarah Jane)

Neste artigo, iremos falar novamente sobre os incríveis baralhos de Doctor Who. Mais precisamente, iremos trazer um deck tech melhorando Blast From The Past, um baralho nas cores Branco, Azul e Verde focado nos oito primeiros Doutores, suas companheiras e situações da série clássica de Doctor Who, de 1963.

Diferente da série moderna, não sou tão familiarizado com a maioria dos personagens e situações presentes no Classic Who. Eu assisti alguns dos episódios protagonizados por William Hartnell, o primeiro Doutor, e vi bastante da era do quarto Doutor. Também tenho o livro Shada, uma história não utilizada na TV, mas escrita por Douglas Adams (autor do Guia do Mochileiro das Galáxias) para o quarto Doutor.

Agora que eu já falei de Doctor Who como planejava desde o início, vamos falar do deck!

A estratégia principal desse precon gira em torno de cards históricos. Vejam bem, Histórico não é só o nome de um formato do Magic Arena; é também uma “família” de cards que agrupa artefatos, sagas e cards lendários, sejam criaturas, encantamentos ou o que for que tiver este supertipo.

Este baralho já é incomum pelos comandantes The Fourth Doctor e Sarah Jane Smith pré-estabelecidos. Estes são o Doutor mais famoso e a Companion mais importante da série. Esta é a lista do precon:

Uma vez que este deck vem abarrotado de Doutores, Companions e outras criaturas lendárias, é possível criar diversas combinações de comandantes diferentes e válidas nas cores deste deck. Com toda essa diversidade, poderíamos ficar aqui um bom tempo nos divertindo e procurando ideias de combinações e mudando este baralho para incluir filosofias e estratégias diferentes. E se você me der tempo o suficiente com as opções em mãos, uma hora eu tenho certeza que sai um Bant Burn.

Assim, iremos utilizar os comandantes da capa deste deck, The Fourth Doctor e Sarah Jane Smith. Ambos têm uma grande sinergia: Sarah lhe permite criar diversos tokens de Pista com a entrada de permanentes históricas, enquanto o Doutor lhe permite jogar o famoso Street Magic, lhe deixando olhar o topo do seu deck sempre que quiser e conjurar cards de lá, lhe gerando fichas de Comida.

Sem mais delongas, é hora de dar uma melhorada nesse deck fantástico!

Susan Foreman

A neta do Doutor nos traz uma dicotomia interessante. Ela pode ser a melhor carta no deck ou uma carta extremamente genérica e triste, dependendo de um único fator; O quanto queremos jogar Planechase. Susan Foreman se mostra uma carta, e comandante, maravilhosa quando o assunto é Planechase, um formato cuja temática é viajar entre planos e se aventurar.

Susan nos permite escolher o próximo card de plano que será ativado e, em conjunto com ferramentas como The First Doctor e TARDIS, poderá tirar muita vantagem dessa ferramenta que torna o Planechase único.

Dito isso, caso você não esteja jogando Planechase, Susan Foreman é só um Llanowar Elves mais caro. Nesse caso, o melhor a ser feito é deixar ela viver sua vida com seu amado no século XXII, igual seu avô, o Doutor, fez. Em outras palavras, se você for jogar Planechase, ela fica dentro, se não, como no caso desse artigo, melhor retirá-la.

Vrestin Menoptra Leader é uma carta que me deixou bem animado da primeira vez que eu a vi, mas não nesse deck. O líder da raça Inseto (que apareceu em uma história do primeiro Doutor) faz bem o que se imagina: um enxame de Insetos que crescem e se tornam uma ameaça enorme para plantações de milho e os pontos de vida de seus oponentes.

Contudo, neste baralho ele agrega pouco, a menos que você faça algumas mudanças. Ainda assim, eu adoraria ver um deck dele, com cards como Hornet Queen e Hornet Nest para agregar muito ao que esta estratégia pode fazer de melhor.

Leela, Sevateem Warrior entra naquela eterna máxima do Magic: é uma carta com um poder gigante, mas sem nenhum tipo de evasão, e é perfeita para ser bloqueada por aquele Goblinzinho 1/1 no campo do oponente. Além disso, esta companheira da era do The Fourth Doctor tem o grande problema de precisar que seus oponentes comprem cartas que não sejam as das etapas de compra deles para crescer.

Assim, podemos simplesmente substituí-la por uma Narset, Parter of Veils que, ao invés de depender da vantagem de cartas de outros jogadores para crescer uma criatura que não adiciona muito ao jogo, irá simplesmente desligar as compras extras dos seus oponentes.

Sergeant John Benton também é um card interessante, e já me foi útil nos meus testes com este baralho pré-construído, mas ele funcionaria mais em um deck de Group Hug ou de Pillow Fort, talvez encabeçado pelo The Second Doctor, ou com o auxílio da já citada Narset, Parter of Veils.

Iremos retirar também Adric, Mathematical Genius, um dos Companions do Doutor - um dos mais chatos, diga-se de passagem. Seu efeito é bom, mas não tem muito local nesse deck, com o jogador ficando, muito tempo, a espera de um motivo bom para o ativar, mas sempre se decepcionando.

No campo dos artefatos, podemos retirar Ace’s Baseball Bat, que me serviu muito no jogo com os baralhos principais, mas não vai muito longe. Esta carta interage apenas com Daleks, um tipo de criatura existente só em Doctor Who, e em cards com a habilidade Changeling. Seu outro efeito é bem interessante, dando +3/+0 e Iniciativa para uma criatura equipada, mas infelizmente só enquanto essa criatura está atacando. Esse taco de beisebol consegue bater bem forte, mas, caso você precise jogar mais recuado e ele ainda esteja equipado por algum motivo, não irá ajudar muito.

O mesmo vale para Hero’s Blade, um equipamento bem genérico que não agrega muito. Já Bessie, the Doctor's Roadster encaixa muito bem em decks que precisam desse aspecto Imbloqueável, o que não é nosso caso.

The Caves of Androzani é uma saga bem lenta que não faz muito até seu quarto capítulo, quando ela serve de tutor para algum Doutor em seu ddeck. Caso não tenha nenhuma criatura virada quando ela entrar em jogo, ela simplesmente não ativará nenhum efeito, e seus dois próximos capítulos irão ter sinergia apenas com marcadores que podem não estar em campo numa grande variedade ou até mesmo serem redundantes em números grandes.

The War Games é outra saga com um funcionamento meio lento e com um comportamento até um pouco estranho. Muitas vezes seu capítulo final não terá nenhuma serventia.

O mesmo vale para City of Death, que piora quanto menos tokens você tem na mesa. The Sea Devils é outra saga que podemos retirar, uma vez que, mesmo em seu capítulo final, depende totalmente de você ter Salamandras em campo.

A base de mana do deck é forte e sólida, e é uma das melhores já feitas em produtos pré-construídos, assim se mostrando bem fechadinha direto da caixa. Caso ainda queira incrementá-la, as Thriving Lands, como Thriving Isle, são a melhor opção para retirar e trocar. Não iremos alterar a base de mana nesse artigo, mas fica a dica.

Cartas a Incluir

Mesmo sendo um card com um preço muito acima da média, Urza, Lord High Artificer cai como uma luva nesse deck. Estamos falando de um baralho que gera muitas fichas de artefatos como consequência dos próprios comandantes, e poder transformá-los em pedras de mana agregaria muito ao baralho, permitindo diversas jogadas novas e turnos explosivos.

Falando em Urza, podemos utilizar um Urza’s Ruinous Blast, uma mágica jogável com a habilidade de The Fourth Doctor diretamente do topo do deck, uma vez que ela pertence ao supertipo lendário, e, logo, é uma mágica histórica.

Na mesma pegada de Urza, Jaheira, Friend of the Forest irá lhe permitir utilizar todos os seus tokens como pedras de mana, dessa vez gerando mana verde ao invés de azul.

Uma vez que trabalhamos muito com tokens de utilidade, Pistas, Comidas e Tesouros, nada mais justo que aproveitar isso e seus gatilhos de entrada no campo de batalha também. Academy Manufactor será simplesmente o melhor amigo desse deck nesse quesito, e pode lhe gerar os três tipos de ficha como consequência quando alguma fonte coloca apenas um deles em campo.

Samwise Gamgee também funciona em uma pegada parecida, assim como Peregrin Took, que puxa um efeito parecido ao de Academy Manufactor, mas mais puxado para os tokens de Comida. Além disso, ambos te permitem avançar sua estratégia com o custo de sacrificar Comidas, seja voltando uma mágica importante do cemitério ou comprando um card.

Oko, Thief of Crowns, meu card favorito do Magic, também se encaixa bem nesse baralho. Ele não só cria fichas de Comida como também espalha diversão e sorrisos pelo campo todo. É impossível não se divertir com esse carinha em campo.

Narset, Parter of Veils já foi citada anteriormente na sessão de cartas que podem ser retiradas. Já Martha Jones, Companion do décimo Doutor e disponível no baralho Jeskai da coleção, Timey-Wimey, interage lindamente com esse baralho, entregando um valor a mais para o sacrifício de lands do tipo ficha.

Cyberdrive Awakener funciona como um finalizador perfeito. Após a criação de diversas fichas, é possível transformar todas em criaturas grandes, 4/4, com Voar, e entregar a vitória para seu deck.

Por fim, existem diversos cards, como Parallel Lives, Anointed Procession, Mondrak, Glory Dominus e Doubling Season, que são capazes de criar o dobro de fichas que seriam criados por qualquer efeito, simplesmente enchendo sua board de tudo o que você precisa.

Você pode usar qualquer um desses em seu baralho - neste, usaremos Doubling Season por ser a versão mais forte e completa do efeito, mas sinta-se livre para usar o que estiver a mão!

Com isso, podemos usar Whir of Invention como uma condição de vitória, uma vez que juntamos muitos artefatos com nomes iguais, como Pistas, Comidas e Tesouros. Usar esse encantamento é perfeito em jogos travados, que é algo comum quando temos tantas lendas com uma grande sinergia em campo.

Outras Sugestões para Entrar

Astrid Peth e Sally Sparrow são criaturas lendárias presentes no deck Timey-Wimey, e ambas têm uma sinergia boa com fichas dos tipos que queremos nesse deck; Comida e Pista. Conforme o jogador for expandindo mais suas preferências e modificando este deck, essas duas lendas podem ser ótimas adições ao baralho.

No fim, este deck, após algumas alterações, mudanças e trocas de cards, irá ficar bem parecido com isso:

Que tal mudarmos um pouco este deck e focarmos em The Seventh Doctor e em Ace, Fearless Rebel para construir um baralho focado em jogar um Minigame?

Graças a habilidade de The Seventh Doctor, podemos utilizar um card não revelado e fazer uma pergunta ao oponente: "O custo desse card é maior ou menor ao número de artefatos que eu tenho em campo?" e tentar conjurar um card gratuitamente caso o oponente erre.

Durante esse tempo todo, minha mão estava tremendo de vontade de simplesmente lhe dizer, “na dúvida, jogue os dois Radagasts de Lord of the Rings: Tales of Middle-Earth, diz que eles são considerados como tendo o tipo Time Lord Doctor e sejam felizes.” Infelizmente, ambos estes Magos não lidam bem com este baralho, então seria apenas uma escolha por flavor.

“Que Flavor?”, você pode perguntar. Bem, durante os filmes da Terra Média, em que o personagem Radagast, o Marrom aparece, ele é interpretado pelo ator Sylvester McCoy, o sétimo Doutor. Incluir esses magos neste baralho seria muito divertido nessa questão, mas infelizmente não o melhoraria muito. Mas quem sabe um dia eu não construa este deck e peça gentilmente para meus oponentes considerá-los como um Doutor?

Até a próxima!