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Review de Adventures in the Forgotten Realms para o Pioneer

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No artigo de hoje, faço uma análise das cartas de Adventures in the Forgotten Realms e suas possibilidades para o Pioneer!

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revisado por Tabata Marques

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Enquanto escrevo este artigo, o Metagame do Pioneer parece um formato diversificado: se olharmos os decks mais jogados do formato nos últimos três meses, podemos ver que nenhum deck chegou a mais do que 10% de parcela do Metagame, com o Niv-to-Light sendo o deck mais presente com 9,3% do Metagame, seguido do Izzet Phoenix com 8,5%, e o Bant Spirits com 8,2%.

Desde o banimento de basicamente todos os decks de combo do formato, o Pioneer tem se mostrado um formato saudável e sem um exato melhor deck do formato. Pelo contrário, se você diminui a amplitude dessa pesquisa para 30 dias, você vê um aumento no número de Bant Spirits e Izzet Phoenix nas últimas semanas, com 10% cada e, com 14 dias, o Izzet Phoenix chega a exatos 12%.

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Mas este é um número natural para qualquer formato e é normal que o “melhor deck” vá rotacionando de acordo com como o Metagame se adapta para diferentes estratégias.

O Pioneer hoje apresenta toda categoria de arquétipo: do Aggro ao Control, do Combo ao Tempo, passando pelo Ramp e pelo Midrange. Porém, o formato sofre atualmente com um problema de popularidade e identidade própria, como mencionei recentemente neste artigolink outside website, onde aponto o que acontece com o formato e o que pode ser feito para dar a ele maior espaço e aumentar sua popularidade.

Porém, hoje o assunto é Adventures in the Forgotten Realms e o seu impacto para o formato e, sem mais delongas, vamos direto ao que interessa:

Branco

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Este card possui uma interação interessante com cards como Faceless Haven e Mutavault, onde você pode transformá-los em criaturas e ativar a habilidade de The Book of Exalted Deeds para adicionar um marcador nessas criaturas, já que elas são anjos além de todos os outros tipos, e então nunca mais ativá-los para não perder mais o jogo.

Hoje, não existe necessariamente um deck branco que utilize estas manlands, mas não me surpreenderia ver esta combinação sendo utilizada em decks como Mono-White Humans ou até mesmo esta carta se tornar um ótimo motivo para tentar migrar as listas de GWx Angels do Historic para o Pioneer.

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Um espírito que oferece proteção não apenas contra Supreme Verdict, mas também contra cards que exilam como Shadows’ Verdict e Extinction Event possui suas utilidades no Sideboard do Bant Spirits e/ou de decks de criaturas que utilizem branco.

O card, infelizmente, não possui evasão e, portanto, não consigo o imaginar sendo utilizado de maindeck, mas é outro ótimo meio de proteção para decks de criaturas e com certeza terá seu espaço no formato.

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Eu não acredito que Dungeons vão ser relevantes, mas ter uma criatura que lhe oferece Hexproof possui algumas vantagens contra o Mono-Red ou o Boros Burn, já que essencialmente este card funciona como um Standard Bearer.

Por outro lado, Leyline of Sanctity existe no formato e vê pouco ou nenhum jogo no Metagame atual. Portanto, não acredito que Keen-Eared Sentry possui o suficiente para fazer algum impacto no formato.

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Ter um card que pune interações de Instant-Speed por uma mana é um ótimo hate contra Spirits e Dimir Control, e possui algumas utilidades minimamente relevantes contra Burn.

O fato deste card poder ser utilizado posteriormente para se tornar um Glorious Anthem também não é uma opção descartável. Pode ver jogo em alguns sideboards, especialmente de decks de criatura.

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Um Fatal Push branco que exile outras permanentes pode possuir alguma utilidade no Pioneer, mas o Metagame atual não é necessariamente ditado por ameaças de custo 1 ou 2 e o fato desta carta não lidar com Arclight Phoenix e/ou as criaturas mais relevantes do Spirits, do Mono-Black ou do Niv-to-Light, parece limitar muito a sua utilização no formato hoje.

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Ainda assim, é uma resposta eficiente caso, em algum momento, a curva do formato volte a abaixar.

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Existem alguns decks de Yorion, Sky Nomad que ocasionalmente aparecem tentando abusar de efeitos de ETB com criaturas e, apesar de não saber se este card realmente possui um lar nestes decks, é uma boa adição que, inclusive, pode ser utilizado no Enigmatic Fires já que pode ser sacrificado com Enigmatic Incantation para buscar algumas criaturas relevantes.

Azul

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Decks de Ensoul estão sempre ali na margem entre o Tier 1.5 e o Tier 2 do formato, e acredito que todo tipo de suporte para o arquétipo é muito bem-vindo.

The Blackstaff of Waterdeep é essencialmente um Ensoul Artifact um pouco mais fraco e mais lento, porém recorrente, o que é importante para não criar os famosos efeitos de 2-por-1 que acabam por ser um problema para os decks de Ensoul já que suas criaturas são naturalmente fracas.

Existiu um cuidado por parte da Wizards em fazer com que o artefato não possa ser ativado a qualquer momento, portanto, não possa ser utilizado como uma forma de combat trick, que o tornaria infinitamente melhor do que ele é.

É uma boa adição, mas ainda não parece o suficiente para tornar dos decks de Ensoul mais competitivos hoje.

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Muito se fala da possibilidade de utilizer este card no Izzet Phoenix, e eu particularmente acredito que pelo menos no Phoenix do Pioneer, este card não vale a pena.

O principal motivo é que o Pioneer possui Treasure Cruise, que já faz um bom uso de seu cemitério, portanto, não parece oferecer espaço para que Demilich possa ser utilizado em seu completo potencial, já que você sempre irá preferir exilar mágicas para comprar mais cards do que para jogar um 4/3 sem evasão e que precisa desvirar antes de começar a acumular valor.

O segundo motivo é que, particularmente, acredito que o Izzet Phoenix se daria melhor utilizando Stormwing Entity antes de utilizar Demilich e atualmente o arquétipo sequer pensa em utilizar o Elemental de M21, optando por cards como Crackling Drake, Brazen Borrower ou Thing in the Ice.

Dito isso, eu poderia ver o Demilich surgindo em decks Control que podem tirar proveito da redução de custo e proteger o Demilich para gerar valor com ele no turno seguinte, além de transfomá-lo numa ameaça recorrente.

Afinal, este card me lembra de certa maneira o Snapcaster Mage, enquanto me lembra Dreadhorde Arcanist como uma ameaça que gera valor todo turno em que você desvira com ele.

O tempo vai dizer se estou certo ou errado quanto ao esqueleto, este card tem muito potencial em diversos formatos e não me surpreenderia estar errado, mas, hoje, este card não é uma inclusão óbvia em decks como o Izzet Phoenix.

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Este card é uma ameaça difícil de remover no azul e que oferece uma abundância de card advantage.

Dragonlord Ojutai não vê jogo no Pioneer, então sou cético quanto ao espaço de Iymrith dentro do formato, mas eu poderia ver alguns jogadores optando por utilizar esta carta no sideboard como uma ameaça difícil de interagir.

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Preto

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Este card possui um 2-card combo com Omnsicience onde você pode se aventurar infinitamente na dungeon The Lost Mine of Phandelver e utilizar a sala Dark Pool para dano infinito.

Como ambas as cartas são essencialmente inúteis sozinhas e Omniscience custa muita mana para ser utilizada, não acredito que essa combinação tenha um lar no Pioneer nem mesmo numa shell de Combo-Control, por ser lento demais.

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Uma ameaça 5/2 com Flash reutilizável do cemitério quando uma criatura morrer pode ter um lar em decks de Sacrifice ou no Mono-Black Aggro como uma boa ameaça contra decks Control ou Midranges que não possuam tantas ameaças com voar.

Este card também poderia ter potencial nos decks de Rakdos Pyromancer, mas não acredito que o arquétipo queira deixar de utilizar Lurrus of the Dream-Den para utilizar este card.

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Um 5/3 por 2 manas pode possuir um lar, desde que você consiga sacrificar criaturas consistentemente. Porém, ele está competindo com cards ou efeitos muito mais poderosos como Kroxa, Titan of Death’s Hunger ou muito mais sinérgicos para a estratégia de Sacrifice como Zulaport Cutthroat.

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Um removal eficiente contra criaturas X/1 que também serve para matar praticamente todas as criaturas do Spirits é uma adição interessante para o sideboard dos decks pretos do formato.

Resta saber se é mais eficiente do que as respostas já disponíveis no formato contra este arquétipo.

Vermelho

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Este card está apenas a um ano e meio de atraso de ser a resposta perfeita contra Oko, Thief of Crowns e Uro, Titan of Nature’s Wrath, mas ainda possui muitas utilidades no formato como uma resposta contra Niv-Mizzet Reborn, Nissa, Who Shakes the World, Omnath, Locus of Creation, entre outras permanentes problemáticas verdes que o formato possui.

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Não acredito que este card seja competitive o suficiente para o formato, mas ela possui um combo com Combat Celebrant para combate infinito que envolve atacar com ambas as criaturas, criar uma cópia de Combat Celebrant para ganhar uma fase de combate adicionar e criar um token com Dina que é uma cópia de Combat Celebrant e repetir o processo para combate infinito, e jogadores podem encontrar um meio de abusar dessa interação no formato.

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Flameskull é uma ameaça recorrente que pode ser utilizada no Mono-Red contra decks Control, já que não conta com Lurrus of the Dream-Den e outros cards para ter recursividade.

Uma ameaça 3/1 com evasão é algo a ser respeitado, e poder ser reutilizado do cemitério todo turno significa sempre criar uma ameaça que o oponente pode precisar responder se não o exilar diretamente.

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Minion of the Mighty possui um combo-kill envolvendo pump spells e Terror of Mount Velus, onde você faz com que o Kobold possua 6 de poder e jogue o dragão com sua habilidade, dando Double Strike para ambas as criaturas e causando um total de 22 de dano ainda no turno 2.

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No Pioneer, você possui acesso a alguns cards que podem ajudar a acelerar este processo e ainda criar um plano de jogo efetivo com Ghor-Clan Rampager, Blossoming Defense ou Become Immense, e conta com criaturas de custo baixo como Monastery Swiftspear e Soul-Scar Mage para fazer esta conta de criaturas subir rapidamente em poucos turnos.

Acredito que a grande dúvida é se realmente vale a pena gastar 8 slots em cartas pouco úteis apenas para criar um combo-kill num deck cujo set de cards possui como objetivo ser agressivo rapidamente e não dar espaço para o oponente se proteger bem ao decorrer da partida.

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O Lotus Combo utiliza Fae of Wishes para buscar cards do Sideboard desde sua concepção, e Wish me parece uma inclusão imediata no arquétipo, talvez até mesmo substituindo a fada, apesar disso dificultar um pouco os custos de mana e Fae of Wishes servir como um ótimo blocker no Early Game contra decks agressivos.

Este card também parece abrir possibilidades para outras interações e outras categorias de combos utilizando o Sideboard e/ou Lotus Field. Portanto, me surpreenderia vermos novas variantes do Lotus Combo surgindo nos próximos meses.

Verde

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Long Rest é um element de recursividade muito interessante para decks que conseguem ter alguma abundância de mana como é o caso do Lotus Combo e do Mono-Green Walkers.

No Mono-Green Walkers, dificilmente você alcançará o limiar de oito cards retornados dessa maneira, mas conseguirá voltar cards o suficiente para voltar para uma partida quase perdida ou gerar muito valor nos turnos seguintes.

No Lotus Combo, onde é menos improvável de você ter oito cards de valor de mana diferentes para voltar com este card, você pode essencialmente “resetar” o clock dos decks agressivos e acumular um número absurdo de valor mesmo que você tenha perdido o combo para descartes e counters contra Control, lhe dando essencialmente diversos turnos extras contra Aggro e uma quantidade absurda de Card Advantage contra Control.

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Werewolf Pack Leader é uma boa adição tanto para os decks de Mono-Green ou Simic Stompy quanto para as diversas variantes de Gruul Aggro como uma criatura com um bom corpo que oferece card advantage com facilidade em decks que utilizam criaturas como Steel-Leaf Champion, Bonecrusher Giant e Gruul Spellbreaker.

O Gruul Aggro já utiliza Gallia of the Endless Dance para obter algum valor no jogo e, apesar do seu custo ser mais restritivo quando conjurada junto de uma Burning-Tree Emissary, Werewolf Pack Leader me parece como uma opção mais eficiente para este tipo de efeito em decks agressivos, especialmente considerando a capacidade dela de aumentar o próprio poder.

Multicolor

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Eu descobri recentemente que Colossus Hammer é válido no Pioneer.

E já que Colossus Hammer é válido, seria possível termos com Bruenor Battlehammer a nossa própria versão de Puresteel Paladin?

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É claro que Bruenor custa mais alto e não temos acesso a cards como Steelshaper’s Gift ou Stoneforge Mystic, mas o Pioneer é um formato mais lento que o Modern e cards como Open the Armory e o recém-lançado Fighter Class existem no formato enquanto Sigarda’s Aid já é válido no Pioneer também, além de Ornithopter.

Não acredito que estes cards sejam o suficiente para tornar do arquétipo uma opção competitiva para o Pioneer, mas é mais um passo na direção certa para dar a Colossus Hammer um lar no Metagame.

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Eu gosto de Drizzt como uma criatura agressiva que oferece dois corpos bons na mesa e um total de 10 de poder num único card, que pode ser revelado por Niv-Mizzet, Parun ou tutorado com Bring to Light.

Hoje, a escolha de carta Selesnya para utilizar com Niv-Mizzet é Tolsimir, Friend to Wolves, que permite ao deck colocar 6 de poder na mesa e estabilizar o jogo contra decks agressivos. Mas, se o Metagame se virar de forma que seja necessário estabelecer mais pressão ao oponente sem deixar de lado os efeitos de 2-por-1, consigo imaginar que Drizzt possa ganhar algum slot nas 75 do Niv-to-Light.

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Este card será essencialmente utilizado apenas pela sua primeira habilidade caso decks com Colossus Hammer venham a ter uma oportunidade no Pioneer nos próximos meses.

Infelizmente, as suas habilidades de Level 2 e Level 3 são pouco relevantes para este tipo de arquétipo e dificilmente farão alguma diferença ao decorrer da partida.

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Orcus, Prince of Undeath possui o potencial para limpar a mesa do oponente ou virar o jogo a seu favor com um único card caso o jogo se estenda o suficiente.

Eu acredito que o Niv-to-Light possui opções melhores para ambas as ocasiões, especialmente considerando o quanto de X você teria de pagar com um único card, mas estou o mencionando porque é um card que pode surpreender jogadores em algum mumento.

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Para um encantamento de custo baixo, Monk Class oferece alguns efeitos relevantes para decks de Tempo que procuram utilizar mais de uma mágica por turno, já que ela sobe de nível por um investimento de mana baixo, interage com a mesa do oponente, oferece Card Advantage e reduz o custo das suas mágicas.

Não parece que existe um lar para este card hoje no Pioneer, mas é uma adição interessante para o formato.

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Com o Orzhov Humans aparecendo ocasionalmente nos Challenges, Triumphant Adventurer pode ser uma opção viável para o arquétipo já que oferece uma mistura de ótimo blocker com engine de Card Advantage em um único card.

Terrenos

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As manlands provavelmente verão jogo em alguns decks conforme a necessidade dos arquétipos, mas disputam espaço com Faceless haven e Mutavault.

Consigo imaginar Den of the Bugbear vendo jogo nos decks vermelhos, já que oferece dois corpos e quatro de poder com uma ativação, essencialmente sendo uma versão mais humilde de Goblin Rabblemaster num terreno.

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Cave of the Frost Dragon é uma boa imitação de Celestial Collonade para os decks UWx Control, mas demanda uma mana mais por uma criatura com um 1 de poder á menos, e não funciona como um Color Fixing como é o caso da manland do Modern.

Lair of the Hydra é um mana-sink interessante para os decks de Mono-Green utilizando Nissa, Who Shakes the World e Nykthos, Shrine to Nyx, sendo uma ameaça respeitável para o oponente mesmo quando ele utiliza um sweeper para destruir suas outras criaturas.

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Treasure Vault é mais uma adição para o Ensoul, servindo como mais um terreno que pode ser encantando com Ensoul Artifact ou The Blackstaff of Waterdeep e que oferece um ótimo mana-sink de Late-game para criar múltiplos artefatos que podem ser transformados em criaturas posteriormente caso o jogo se estenda.

Conclusão

Felizmente para o formato, já que este se encontra hoje num estado saudável, a nova edição, apesar de trazer alguns cards interessantes, não parece trazer nada que vá de fato quebrar o Metagame, o que é muito bom, já que mexer demais na estrutura do formato agora poderia ser prejudicial.

Por outro lado, continuo a defender que o Pioneer necessita de novidades e arquétipos interessantes e únicos para cativar os jogadores, além de maior suporte por parte da Wizards para com o formato com o objetivo de revigorá-lo e, com o retorno gradual dos torneios presenciais, fazer com que o formato possa estar no cotidiano das lojas e cativar o interesse dos jogadores em participar de torneios de Pioneer, montar sua própria pool e jogar com os mais diversos decks que o formato tem a oferecer.

Obrigado pela leitura.