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Review de Innistrad: Midnight Hunt para o Pauper

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Com o fim da spoiler season e toda a coleção revelada, fazemos um review de Innistrad Midnight Hunt para o Pauper!

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revisado por Tabata Marques

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O spoiler completo de Innistrad: Midnight Hunt chegou, e não apenas temos acesso à todas as cartas comuns que estarão presentes na edição, como também tivemos uma atualização de banidas e restritas que, após três árduos meses, baniu Chatterstorm e Sojourner’s Companion do formato, trazendo à comunidade a possibilidade de finalmente jogar um formato mais justo e menos quebrado, onde você não é obrigado a escolher entre três decks que compõem 70% do Metagame.

Muitas coisas mudarão para o Pauper à partir de agora, e apesar de eu ter minhas previsões pessoais sobre o que acontecerá com o Metagame, prefiro aguardar os resultados das primeiras semanas pós-banimentos antes de anunciar qual é o cenário competitivo que podemos esperar.

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Portanto, existe um ponto que sinto a necessidade de ressaltar sobre o review de hoje: O formato que estou avaliando nele não existe, portanto, estarei fazendo uma análise dos cards com base nos decks do Pauper, e não necessariamente em um Metagame estabelecido.

Por conta disso, será muito comum você ver comentários da minha parte sobre algum card ter utilidades, mas também comentar no mesmo card que, muitas vezes, existem cards melhores e/ou mais relevantes para os arquétipos em que o card entraria. Isso não significa que estou desconsiderando o card, mas preciso ser realista com como cada card pode impactar ou não um formato competitivo.

Innistrad: Midnight Hunt é um set voltado para o Standard, tal como vemos com outros sets como Adventures in the Forgotten Realms ou Strixhaven, essa edição também traz cards que podem ser úteis ou são relevantes como ampliação do espaço de design para as comuns, mas que poucas ou nenhuma adição realmente torna-se uma staple prioritária do formato.

O que, sendo sincero, é uma coisa boa, dado que passamos por um momento muito turbulento no formato e precisamos readaptá-lo a ser um formato jogável e minimamente justo.

Vamos ao Review:

Branco

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Nós temos algumas opções mais interessantes para lidar com artefatos ou encantamentos, mas nenhuma delas é um corpo 3/1 com Flash monocolorido.

Cathar Commando pode ter um custo muito alto de três manas para lidar com permanentes problemáticas, mas ele agrega vantagens em ser um corpo que ataca bem (e bloqueia mal), tendo mais valor como slot de maindeck caso o formato se torne muito voltado para artefatos ou encantamentos, ou quando você está jogando com um deck proativo, mas precisa se livrar de Myr Enforcers, Etherium Armors e Armadillo Cloaks.

Este card pode ver jogo em decks brancos agressivos, dado que Qasali Pridemage também viu jogo em alguns decks, e o fato dele ter flash significa que ele também pode servir como “removal” contra criaturas menores que atacam sem voar (e ele troca com Boarding Party).

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Um pump permanente que ativa triggers de Heroic duas vezes por duas manas pode ter alguma utilidade no arquétipo, especialmente com criaturas evasivas como Akroan Skyguard.

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Este card é... interessante.

Num deck agressivo, você comumente pode jogá-lo por uma mana ou duas no turno 3 sem dificuldades, dependendo de como são seus turnos iniciais, e o draw é importante para um deck que possa estar jogando da maneira mais proativa o possível.

Por outro lado, este card é pior que outras opções que temos no formato em decks menos dedicados a atacar rapidamente: por quatro manas você possui Palace Sentinels e por três manas você utiliza Priest of Ancient Lore.

No final das contas, gosto da adição deste tipo de card no Pauper, mas acredito que o branco possui opções bem mais eficientes e sinérgicas com suas devidas estratégias.

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Mais um efeito de Soul Warden (que desta vez, só funciona com suas criaturas) por uma mana é muito bem-vindo para o Soul Sisters, especialmente agora que Suture Priest não se faz mais necessário, já que Chatterstorm está banido.

Com certeza será uma nova inclusão para o Soul Sisters, beneficiando cards como Celestial Unicorn ou Blood Researcher por um custo significativamente menor do que Suture Priest.

Azul

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Delver of Secrets não é mais a multi-staple de arquétipos que já foi um dia, especialmente pelo aumento dos removals de qualidade e de elementos que levam ao Pauper para jogos mais voltados ao atrito e à troca de recursos, tornando-o uma ameaça frágil no formato já que essencialmente o card “só” entra para atacar.

Com a ausência dos Combo decks, a posição dos Delver decks no Pauper fica ainda pior, já que teremos de volta um acréscimo de removals no formato, além da volta de decks que naturalmente se apresam dele como Boros Bully e Cascade.

Porém, apesar de não ser o momento mais brilhante de Delver of Secrets no formato, o card permanece como um dos pilares de um dos arquétipos mais respeitado e adorado pelos jogadores, e após uma década sem reprints fora de produtos especiais, finalmente teremos um aumento na acessibilidade do card para os jogadores de Pauper.

Essa arte nova não me agrada nem um pouco, mas vamos aprender a viver com isso.

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Para o Pioneer, eu adoro este card, é a melhor cantrip que o formato terá.

Para o Pauper? Nem tanto, porque temos acesso a Brainstorm, Ponder e Preordain.

Eu poderia ver este card sendo uma opção que substitui Thought Scour em listas como Dimir Delver ou os decks de Serpentine Curve pelo mero fato de você controlar o que vai para o seu cemitério (quem já fez Thought Scour e millou dois Gurmag Angler sabe do que estou falando), mas dado que o formato não está mais tão focado em precisar fazer uma ameaça rapidamente e, em seguida, controlar o jogo para o Storm não fechar o combo, não creio que acelerar um Gurmag Angler o quanto antes seja necessário a ponto dos decks utilizarem Thought Scour e, logo, não os vejo utilizando Consider.

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Um bounce que não oferece uma troca negativa quando você precisa proteger uma criatura sua é uma opção interessante, mas não me parece forte o suficiente para o Pauper como o conhecemos hoje.

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Temos diversas cartas que criam tokens de Zumbis com Decayed, ou seja, criaturas 2/2 que não podem bloquear, e sacrificadas ao final do combate quando atacam e, por conta disso, não consigo imaginar estes tokens sendo relevantes no Pauper a menos que você consiga utilizar uma mágica específica por repetidas vezes.

Revenge of the Drowned se encaixa na categoria de cards que podem ser muito fortes se você conseguir conjurá-lo diversas vezes, já que atrasa a posição de mesa do oponente enquanto adianta a sua.

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Vi algumas pessoas comentando que este card pode ter algum espaço no Affinity, e talvez até seja uma opção viável como mais um drop 1 para o deck, mas sinto que utilizar Witching Well ou Thraben Inspector são opções bem mais interessantes para o arquétipo.

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Card que diminui o clock do oponente, cria um token temporário na mesa E se substitui na sua mão?

Eu entendo que o valor dos tokens com Decayed é bem baixo e funcionam muitas vezes como um “bônus” nos cards, mas são vários efeitos para uma carta comum, e pode ser que se torne uma opção jogável em algum momento.

Preto

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É um pouco decepcionante que Arrogant Outlaw não seja uma criatura do tipo Rogue, ou qualquer outro tipo que compõe uma Party para interagir com Malakir Blood Priest, mas este card pode ter algum espaço no Black Burn, já que o deck não carece de meios de causar dano ao oponente antes de jogar esta criatura, indo do ataque de Changeling Outcast até Bump in the Night.

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Sign in Blood como instant-speed por uma mana a mais e com um custo de mana mais acessível é outra boa adição para o Black Burn, já que, tal como seu predecessor, o card pode ser utilizado para obter mais fôlego, ou para puxar os últimos pontos de dano contra o oponente.

Este card também é uma opção interessante para os decks Control, em especial o Dimir Teachings e o Dimir Serpentine, mas compete com Behold the Multiverse, que comumente pode ser uma opção bem mais versátil.

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Este card oferece 7 de poder em três corpos por cinco manas, enquanto exila dois cards do cemitério do oponente.

Nós temos visto variantes de decks de Reanimator e Ephemerate nas últimas semanas, como o Mardu Ephemerate, e este card parece conseguir criar uma posição na mesa poderosíssima com alguns ETBs, funcionando bem em conjunto com outros cards que possuam ETBs impactantes ou que permitam reutiliza-lo com frequência.

É possível que veja jogo em decks que procurem abusar de efeitos de Flicker, em especial o Mardu Ephemerate, que surgiu no formato nas últimas semanas e chamou a atenção dos jogadores.

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Ainda prefiro Bone Shards para os decks de Aristocrats e afins, mas exilar uma criatura torna deste card uma menção honrosa para o review, já que interage bem contra as criaturas que são normalmente devolvidas com Pulse of Murasa, como Mnemonic Wall ou Annoyed Altisaur.

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7/6 por 5 manas não é tão empolgante quanto parece nos decks em que este card poderia ser relevante.

Obviamente, esta criatura é um bom alvo para o Cascade por conta do seu corpo evasivo, mas acredito que estes decks preferem efeitos de 2 por 1 ou interações do que apenas outra criatura grande, já que normalmente Boarding Party e Annoyed Altisaur fazem um bom trabalho em estabelecer o clock.

Nos decks de Sacrifice, acredito que Bayou Groof ainda é a melhor opção, já que o deck conta severamente com o uso de uma curva mais baixa para jogar múltiplas cartas num único turno.

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Este card parece oferecer umas opções de alcance interessante para decks que enchem a mesa rapidamente, mas que carecem muitas vezes de alcance para fechar o jogo diante de um lock, como Elves ou Walls.

Além disso, este tipo de efeito pode ser utilizado (com outras criaturas) em conjunto de Village Bell-Striker e um loop qualquer de Ghostly Flicker para causar uma quantidade arbitrária de dano ou até mesmo dano infinito.

Vermelho

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Um Archaeomancer vermelho abre muitas possibilidades para os decks de Ephemerate, ou até mesmo com os decks de Reanimator (já que você pode utilizá-lo para devolver a mágica de reanimate para sua mão), já que temos visto algumas listas utilizarem Revolutionist com este propósito.

Particularmente, é o card que estou mais interessado em utilizar após o lançamento de Innistrad: Midnight Hunt, pois abre diversas possibilidades de interações com Familiars e efeitos de ETB, e Ephemerate ainda é uma das cartas mais poderosas do formato, quem sabe não veremos versões melhores de Boros, Mardu ou até Naya com poderosos efeitos de ETB sendo reaproveitados por Ardent Elementalist e mágicas de Blink ou Reanimate, como Late to Dinner.

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Uma criatura 4/3 por uma mana é um valor ótimo para os padrões do Pauper, mas as condições necessárias para que este card seja jogado por uma mana não é favorável para os decks vermelhos, já que ele demanda que você tenha causado algum dano (o que não é difícil), e você ter quatro manas disponíveis para conjurá-lo, o que não é ideal para um deck vermelho agressivo.

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Kiln Fiend ganhou um irmão mais novo e menos assustador, mas que ajuda a adicionar consistência para decks como o Mono-Red Blitz que ocasionalmente vemos nos torneios independentes ou em ligas, possivelmente substituindo Burning Prophet ou qualquer outra criatura que cresça de maneira menos explosiva.

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Este card já existia no formato e não viu jogo, mas gostaria de ressaltar ser a primeira vez em vinte e cinco anos que Immolation recebe um reprint, um marco histórico para o Magic.

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Vi muitos jogadores comparando este card com Lightning Bolt por razões óbvias, mas a realidade é que ao menos no Pauper, este card não possui relevância o suficiente.

Começando pelo fato de que o card depende de um estado de jogo ocasionado por uma habilidade condicional acoplada a permanentes que, no que concerne ao Pauper, são cartas ruins e de pouco impacto.

Se, em algum momento, vermos criaturas ou cartas vermelhas com um efeito de Dia e Noite que sejam boas na estratégia de decks como Red Deck Wins ou Burn, poderia se considerar utilizar Moonrager’s Slash como cópias extras de Lightning Bolt, mas ainda assim, não costumo gostar da ideia de ter um Open Fire que, ocasionalmente, será um Lightning Bolt.

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Cartas modais que servem como hate específico, mas que possuem algum efeito mais amplo são ótimas adições para o limitado e também para o Pauper.

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Não acredito que Raze the Effigy verá jogo porque existem poucos decks que realmente querem utilizar este card no lugar de Shenanigans ou Smash to Smithereens, mas cartas modais sendo printadas como comuns são um movimento muito bem-vindo por parte da Wizards.

Verde

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Outro card que provavelmente não verá muito jogo, mas é muito interessante, pois possui um ETB relevante acoplado a um corpo que agride relativamente bem e possui também a habilidade de acelerar mana.

Na curva 4, não consigo imaginar que nenhum deck como Cascade ou qualquer variante de Midrange queira utilizar já que existem ramps mais ágeis e menos suscetíveis a removals, mas o fato deste card sair como comum deve ser considerado como um avanço para o formato.

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Uma mana a menos e este card seria uma staple instantânea do Stompy.

Mas com duas manas, acredito que o card não faça o suficiente para ter espaço no arquétipo, que continuará precisando jogar “por baixo” dos demais decks do formato se quiser continuar a competir neste novo Metagame.

Artefato

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Jack-o’-Lantern é uma adição bem singular ao Pauper, com efeitos que vimos diversas vezes isoladamente no formato, mas nunca juntos da maneira como vemos neste card.

O card funciona como um artefato de custo 1 que você pode utilizar para exilar um card de um cemitério e comprar um card e, em seguida, você pode utilizar sua habilidade do cemitério para filtrar mana.

Esta junção de efeitos únicos torna deste artefato um card relativamente difícil de avaliar, porque não existe um precedente específico de até onde existe alguma viabilidade para ele nos decks competitivos.

O que posso garantir é que, caso decks que interagem com cemitério, como Tron, Cascade, Ephemerate, dentre outros se tornem prevalentes, é possível vermos algumas cópias dele sendo utilizados no maindeck de listas onde artefatos e manafixing são relevantes, mas este card não possui espaço nos sideboards, onde compete com Relic of Progenitus.

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Existem alguns decks control que procuram utilizar Guardian Idol como parte das suas winconditions e, apesar de Stuffed Bear não gerar mana, é possível que aumentar o clock com uma ameaça que você só precisa ativar quando estiver seguro o torne uma opção a se considerar para estas listas.

Conclusão

Este foi meu review de Innistrad: Midnight Hunt para o Pauper.

Como podemos ver, a edição não traz nenhuma carta realmente empolgante para o formato, ou nenhuma adição que realmente pareça que vá se tornar uma grande staple dentre os arquétipos.

Porém traz algumas cartas interessantes, como o reprint de Delver of Secrets, um artefato com uma habilidade que pode ser utilizada do cemitério com Jack-o’-Lantern, mágicas que possuem redução de custo como Search Party Captain e um Archaeomancer vermelho com Ardent Elementalist, que podem ter algum espaço no formato e com certeza motivarão jogadores á experimentar novas ideias com as novas adições.

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Innistrad: Midnight Hunt chega no dia 16 de Setembro ao Magic Online, e acredito que veremos muitos experimentos surgindo na primeira semana da edição com os novos cards, em especial nas ligas e nos circuitos de torneios free.

Obrigado pela leitura!