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Standard: Mono Black Midrange Deck Tech e Sideboard Guide

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O Mono Black Midrange foi um dos decks mais famosos do Standard, mas ele poderia manter-se competitivo sem The Meathook Massacre? No artigo de hoje, dissecamos a lista pós-banimentos!

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revisado por Tabata Marques

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A primeira semana do Standard com The Meathook Massacre banido demonstrou algumas mudanças pontuais no Metagame, em especial com arquétipos de quatro ou mais cores surgindo nos torneios, enquanto um notório acréscimo de decks Aggro ocorreu nas partidas rankeadas do Magic Arena.

O Mono Black Midrange foi o primeiro deck a estabelecer a predominância dos Black-Based no formato, e consequentemente foi o que mais sofreu com o banimento, já que não possui tanta flexibilidade quanto as demais cores para cobrir determinadas fraquezas. Seus únicos sweepers agora são condicionados a lidar apenas com criaturas menores, dos quais não parecem impactar tanto o cenário competitivo hoje.

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No entanto, a estratégia ainda demonstra ser uma opção sólida para os jogos ranqueados hoje, e, portanto, abordaremos neste artigo a versão atualizada do Mono Black Midrange após os banimentos.

A Decklist

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O plano do Mono Black Midrange é bem objetivo: você realiza trocas de 1-por-1 com seus removals para então soterrar o oponente em card advantage a partir do turno 3 ou 4. Ele é excepcional contra arquétipos baseados em criaturas que não geram valor adicional, e consegue se portar bem contra os demais Midranges caso esses não possuam meios para jogar "por cima".

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Nesse sentido, o Mono Black é a versão mais tradicional do que um Midrange propõe fazer, enquanto segue também uma ligeira linha de Control voltada em atrasar o jogo do oponente e então conjurar Invoke Despair — um mini-Cruel Ultimatum capaz de ganhar a partida por conta própria pela quantia absurda de card advantage que ele gera por conta própria.

Maindeck

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Nosso early-game é focado em dois elementos: ameaças ou interação. Felizmente, a maioria de nossas criaturas fazem algo além de atacar, gerando efeitos de 2-por-1 e/ou obrigam o oponente a respondê-los imediatamente para não serem soterrados em card advantage.

Evolved Sleeper e Concealing Curtains são one-drops pouco impressionantes, mas são também dois poderosos mana sink no late-game. Normalmente, usam-se apenas duas cópias de Concealing Curtains, mas com o acréscimo de Aggro e a baixa flexibilidade do Mono Black de lidar com ameaças variadas, a inclusão de uma terceira e talvez até quarta cópia é uma opção viável.

Tenacious Underdog é um bom clock contra decks mais lentos e um bom blocker contra Aggro, já que seu corpo 3/2 troca relativamente bem com criaturas dessa mesma sequência de turnos, atrasando o clock do oponente em um turno.

Graveyard Trespasser é uma dor de cabeça para arquétipos interativos e/ou que dependem de um elemento específico no cemitério para funcionar. Seu hate acidental torna-se ainda mais útil num formato onde a maioria dos demais Midranges está recorrendo á cartas como Tenacious Underdog, Malevolent Hermit e Dennick, Pious Apprentice.

Por fim, Reckoner Bankbuster é uma engine de valor extra que também oferece um bom clock contra Control. Ele não é a melhor opção contra arquétipos baseados em velocidade, mas colabora muito em jogos de atrito.

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O nosso late-game é composto por três bombas. Sheoldred, the Apocalypse é uma powerhouse e vira jogos por conta própria. Sua mera presença pode atrasar tanto o jogo das estratégias mais agressivas quanto punir o oponente por demorar demais para finalizar o jogo.

Sorin the Mirthless é outra engine de card advantage que oferece bons corpos evasivos para o combate. Sua habilidade positiva é um pouco arriscada numa lista com muitos cards de custo alto, mas temos slots o suficiente de curva baixa para tirar proveito dela.

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Por fim, Invoke Despair é o pesadelo que todo Midrange quer evitar que você resolva. Ela oferece um 3-por-1 poderosíssimo em jogos de atrito, punindo as listas que buscam resolver uma ameaça por vez e/ou ganhar através do acréscimo de valor, e apesar de não tão efetiva contra estratégias de "go wide", a mágica ainda exerce uma troca favorável para o seu controlador.

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Nosso pacote de removals buscam lidar com as principais ameaças do Standard hoje.

Cut Down é melhor contra criaturas pequenas, mas também lida com Evolved Sleeper, Raffine, Scheming Seer e outras permanentes que se encaixam na sua equação. Infernal Grasp é uma resposta universal, porém menos útil quando se é pressionado pelo beatdown do outro lado do campo de batalha.

Soul Transfer é uma resposta decente contra Planeswalkers da qual também funciona para remover Ao, the Dawn Sky e Junji, the Midnight Sky sem nenhum drawback e, na pior das hipóteses, pode-se usá-la também para devolver Sheoldred, the Apocalypse ou outra criatura importante do seu cemitério.

Sideboard

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Duress é nossa melhor opção de "resposta abrangente" no Standard hoje. Outra opção nesse slot seria Pilfer pela sua abrangência, mas em toda partida em que ele seria importante, sinto que estou desperdiçando slots tentando remover recursos do oponente ao invés de acumular os meus.

Convenhamos, Duress também não é uma opção muito decente contra Midranges, e sua principal função no Sideboard é evitar e punir arquétipos que precisam de peças específicas para funcionar, como as listas de Invoke Justice.

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Você deve ter percebido e estranhado a ausência de Liliana of the Veil no Maindeck, e a realidade é que no Metagame em que estamos agora, Liliana tem feito menos que o desejado para uma jogada de custo 3.

Primeiro, a Planeswalker é notoriamente pior quando existe espaço para listas de "go wide" punirem removals pontuais, o que se fez possível com o banimento de The Meathook Massacre, e também motivou jogadores a buscarem jogos rápidos nas partidas ranqueadas na última semana. Segundo, Liliana foi também pouco impressionante contra o melhor deck do formato atualmente, Esper Midrange.

Ela ainda é um card excelente em mirrors de Midrange, especialmente contra outros Black-Based que não busquem popular a mesa como o Esper, mas sua inclusão no maindeck não soa favorável para o Metagame atual.

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Ainda focando nas partidas de atrito, temos uma cópia extra de Reckoner Bankbuster para obter mais card advantage, e duas cópias de Junji, the Midnight Sky como uma ameaça poderosa e extremamente punitiva de se remover.

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Para melhorar nossa partida contra os "go-wide", contamos com um pacote adicional de removals.

Path of Peril é o sweeper mais decente que restou aos Black-Based, já que existem mais criaturas de uma ou duas manas que não morrem para os vários efeitos de -2/-2 por três manas disponível no Standard hoje, enquanto são poucas as permanentes que Path of Peril não mataria, mas as outras opções sim.

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Parasitic Grasp é um bom meio de atrasar os "go wide" do formato. No Mono Red, ela lida com Radha's Firebrand, Reckless Stormseeker, Kumano Faces Kakkazan e Reinforced Ronin por duas manas, enquanto mata qualquer outra criatura por três, garantindo 3 de vida no processo. E contra Humans, ela não lida apenas com Adeline, Resplendent Cathar e Jodah, the Unifier, a principal engine da versão de cinco cores.

O terceiro Soul Transfer é voltado para as mirrors de Midrange como outro meio de interagir com Planeswalkers.

Mulligan e Postura de Jogo

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Mulligan

Mono Black não é um deck difícil de pilotar, mas requer um grande conhecimento prévio de quais estratégias estão sucedendo no formato para identificar, através dos primeiros land drops, o tipo de postura que você precisa tomar naquele jogo.

Uma mão ideal começará com duas a três lands, além de jogadas de early e mid-game que incluam removals e criaturas. Normalmente, seu plano inicial é de estabilizar a partida no early-game para soterrar o oponente em card advantage a partir do turno 4, e para tal, é possível contar que o topdeck proverá o que for necessário conforme o jogo se estende.

Não é recomendável tentar manter mãos muito gananciosas. Um Invoke Despair necessita de cinco manas para ser conjurado, e se você não tiver três ou mais land drops e/ou uma pressão inicial para colocar na mesa ou interação o suficiente, ele não resolverá todos os problemas sozinho. O mesmo pode ser dito de Sheoldred, the Apocalypse, se você não pressionar o oponente nos primeiros turnos, você não capitalizará em cima dos removals que ele gastar nas demais criaturas, ou na que ele está guardando para resolver a pretora Phyrexiana.

Postura

Diferente dos demais Midranges, o Mono Black não é tão flexível em relação a como se comportar em cada partida. Você em partes segue um script clássico de manter um fluxo de acréscimo de curva em cada turno enquanto interage com o oponente.

Obviamente, contra Aggro, você quer estender a partida para o late-game, onde Sheoldred e Invoke Despair estabilizarão a partida ao seu favor, e contra Control você quer pressionar o oponente com Tenacious Underdog e Graveyard Trespasser para puní-los por gastarem recursos demais segurando o jogo e/ou por se darem tapout turno após turno, possibilitando o cast de Sorin the Mirthless e outras bombas.

O verdadeiro desafio está no jogo contra Midranges. Neles, você é severamente punido por tomar as escolhas erradas por seus cards serem menos flexíveis que os deles. Portanto, avalie calmamente se você realmente precisa remover o que está na mesa naquele momento, ou se o oponente abriu algum indício do que ele pretende fazer no turno seguinte, e principalmente se vale o que você planeja conjurar não vai oferecer um Tempo positivo para o outro lado.

Guia de Sideboard

Esper Midrange

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Com uma infinidade de efeitos de 2-por-1 e um plano de jogo que transita entre o beatdown e o control com maestria, o Esper Midrange é uma das, se não, a pior matchup do Mono Black, o que provavelmente justifica o declínio do arquétipo na última semana.

No Game 1, sua melhor opção é a de responder apropriadamente às suas principais ameaças, mas não são poucas: Raffine, Scheming Seer, The Wandering Emperor, Sheoldred, the Apocalypse e Ao, the Dawn Sky são cards problemáticos por conta própria e normalmente vão lhe soterrar em valor.

Pós-Sideboard, tentamos adaptar nosso plano de jogo ao deles jogando por cima, melhorando nosso late-game e adicionando Duress, que apesar de pouco recomendável nesse tipo de jogo, é a melhor opção que temos para garantir que mágicas importantes como Invoke Despair resolvam. Removemos Graveyard Trespasser porque, apesar do bom corpo e de forçar um 2-por-1, o oponente pode bloqueá-lo facilmente e sem nenhum sacrifício sustancial para isso, além dele não oferecer nenhum valor imediato na partida. O mesmo vale para Tenacious Underdog.

Rakdos Midrange

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O Rakdos, apesar de incluir mais uma cor, funciona basicamente como uma Mirror Match, onde tentamos sequenciar nossas mágicas contra as deles. No entanto, essa variante possui uma diferença crucial: Fable of the Mirror-Breaker, que basicamente melhora a engine deles e permite, inclusive, conjurar Invoke Despair mais rápido.

Essa não é uma match boa, mas é definitivamente mais tangível que contra Esper Midrange, já que seguimos essencialmente o mesmo script de buscar sequenciar nossas ameaças turno após turno. Nossa melhor chance, no entanto, é direcionar nossa interação para aquilo que gera algum tipo de valor imediato ou de longo prazo, especialmente Fable of the Mirror-Breaker.

Junji, the Midnight Sky e Liliana of the Veil são boas opções para o Game 2, pois ajudam a punir o oponente por jogar muito para trás, enquanto usamos Duress especialmente para lidar com Planeswalkers e a saga de Neon Dynasty.

Você deve perceber que removemos duas cópias de Concealing Curtains, mesmo ela operando como um descarte pontual e ameaça, e o fazemos porque o oponente tem muitos meios de interagir com ela em Instant-Speed, e na draw, ela fica um turno atrasado em comparação ao cast da principal ameaça deles ao nosso jogo. As demais criaturas saem por não gerarem valor imediato e/ou serem fáceis de responder na partida.

Mono Blue Delver

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A partida contra Mono Blue é desafiadora. Ele tem respostas melhores para nossas ameaças e o fato de exercermos uma curva crescente de mana não ajuda a manter a paridade de recursos por muito tempo. Soma isso ao fato de Haughty Djinn e Tolarian Terror desviarem de Cut Down e temos sérios problemas à frente. A nossa melhor rota no Game 1 é de tentar pressioná-los com nossas ameaças de early-game para forçá-los a jogar na defensiva.

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Pós-Sideboard, removemos Cut Down porque raramente matará algo relevante na lista além de Delver of Secrets, e também cortamos Invoke Despair já que o oponente raramente deixará que ela resolva, e cinco manas é um custo muito alto contra um Tempo Deck, enquanto adicionamos meios baratos de garantir que nossas criaturas e/ou removals funcionem, além de removals mais baratos, incluindo Liliana of the Veil para lidar com Tolarian Terror.

Mono Red Aggro

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A partida contra Mono Red é bem equilibrada. Se você evitar que acumulem coisas demais na mesa com os seus removals, você provavelmente terá a vantagem a partir do momento em que conjurar Graveyard Trespasser no turno 3 para atrasar o clock deles, e a partir disso, se estabelece uma bola-de-neve contra o oponente com Sorin the Mirthless e Sheoldred, the Apocalypse.

Pós-side, a partida tende a melhorar por conta do nosso acréscimo de interação, enquanto removemos cards que interagem mal com a proposta que buscamos nessa partida, mas lembre-se que o alvo primário de Soul Transfer deve ser Chandra, Dressed to Kill, Squee, Dubious Monarch ou, caso o oponente use no Game 2, Atsushi, the Blazing Sky.

Five Color Humans

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Five Color Humans é um arquétipo go-wide que surgiu ainda no Early Access e reapareceu desde o seu resultado no último Standard Challenge. Ele é focado em jogar humanos lendários com Jodah, the Unifier para criar um exército poderoso, e a ausência de The Meathook Massacre o ajudou á tornar-se mais relevante no Metagame.

Contra ele, temos duas vantagens: a primeira é que sua manabase é MUITO inconsistente e depende de Katilda, Dawnhart Prime para funcionar como o esperado, e a segunda é que seu early-game é relativamente lento. Por outro lado, as coisas podem facilmente sair de controle se deixarmos as ameaças erradas permanecerem em jogo.

Nosso foco aqui é lidar com Jodah, the Unifier, Halana and Alena, Partners e qualquer criatura que ofereça card advantage e/ou faça a mesa do oponente crescer rápido demais. Lembre-se que os tokens de Adeline, além de alguns dos two-drops mais importantes, podem ser removidos com Path of Peril, então busque economizar removals para o que realmente importa no decorrer do jogo.

Conclusão

O Mono Black Midrange ainda é uma escolha sólida no Standard caso você espere enfrentar mais Aggro, Control ou listas voltadas para uma tática específica, como reanimar ou rampar Titan of Industry, mas quando comparado aos demais arquétipos da sua categoria, ficam notórias as falhas de seu plano de jogo linear.

Ele funciona bem em jogos ranqueados e provavelmente pode ganhar FNMs e outros eventos menores com facilidade, mas num cenário super competitivo, o deck tornou-se datado devido ao desenvolvimento dos demais arquétipos.

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Obrigado pela leitura!