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Top 10 Cartas de 2021 para o Pioneer

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No artigo de hoje, analiso os dez cards (ou ciclo de cards) que considero os mais importantes para o Pioneer em 2021!

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revisado por Tabata Marques

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Estamos de volta com mais uma retrospectiva de cards que mais impactaram os formatos competitivos em 2021, e hoje estaremos falando sobre o meu formato favorito nos últimos meses, o Pioneer!

O Pioneer em 2021

O ano de 2021 foi estranho e atípico para o Pioneer. No começo dele, tivemos uma massiva onde de banimentos em diversos formatos competitivos que, no Pioneer, levou as cartas Teferi, Time Raveler, Wilderness Reclamation, Uro, Titan of Nature’s Wrath, Balustrade Spy e Undercity Informer. Com os dois primeiros cards sendo considerados poderosos demais, enquanto Balustrade Spy e Undercity Informer se tornaram consistentes demais por conta das Spell-Lands de Zendikar Rising.

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Após esse período, o Pioneer parecia estar sendo lentamente deixado de lado. Deixado tanto pelos jogadores, com Challenges e outros eventos não atingindo o quórum mínimo por várias semanas, quanto até mesmo pela Wizards, quando esta anunciou que estaria adiando (e posteriormente, cancelando) o Pioneer Masters, edição que traria o formato para a plataforma do Magic Arena.

Este ciclo de que o formato parecia esquecido e abandonado se repetiu por diversos meses durante 2021, até que a Wizards finalmente deu algum sinal de que ainda tinha planos para o Pioneer quando, em Agosto, a empresa anunciou os Challenger Decks para o formato. Foram quatro listas quase prontas para se abrir e jogar em comunidades locais. Elas reacenderam uma parcela significativa do interesse da comunidade, além de torná-lo mais acessível para os jogadores que nunca tiveram contato com o formato e nem tinham um meio de conseguir, por um preço acessível, um deck para jogar.

Com isso, o Pioneer voltou a atrair a atenção do público, e tenho visto eventos de lojas locais tendo um ótimo quórum para o formato durante este fim de ano, enquanto novos decks e novas ideias tem imergido nos últimos meses com as recentes adições de Crimson Vow e Midnight Hunt.

Falando nisso, eu não comentei sobre o Metagame do formato, pois ele pareceu estar em uma situação onde os melhores decks revezaram entre si na maioria do tempo. Até que Strixhaven trouxe Expressive Iteration, que alavancou o Izzet Phoenix para o topo do formato por bastante tempo e, até hoje, ele pode ser considerado o melhor deck do atual Metagame.

Outras aparições significativas foram os Lobisomens de Midnight Hunt, que deram ao Naya Winota a engine necessária para se tornar um dos arquétipos mais poderosos do formato. Enquanto Crimson Vow trouxe Edgar, Charmed Groom e Sorin the Mirthless, que colocaram o Vampires como um dos decks no topo do formato.

Dito isso, poderemos falar melhor de arquétipos que surgiram este ano com as cartas que foram, para mim, as mais impactantes para o Pioneer em 2021.

As dez cartas mais importantes de 2021 para o Pioneer

10 — Portable Hole

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Portable Hole é um removal barato capaz de lidar com muitas das ameaças que o formato apresentou por bastante tempo, e até hoje prova-se um meio eficaz de interação dos decks agressivos brancos para lidar com criaturas de custo baixo.

Porém, o principal motivo pelo qual Portable Hole encontra-se na lista, enquanto outros removals não estão presentes é que o artefato foi um dos principais responsáveis pela reaparição do Azorius Ensoul. Este deck esteve entre os principais tiers do formato por algum tempo após o lançamento de Adventures in the Forgotten Realms, enquanto também teve sua utilidade ampliada para outros arquétipos, como o Mono-White Humans.

9 — Ciclo de Duais de Midnight Hunt

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É de conhecimento popular que a mana base do Pioneer é pior para as cores aliadas do que para as cores inimigas. Estas combinações não possuem alguns ciclos importantes como Fastlands, Manlands ou Painlands para aumentar a sua consistência, o que fez sempre com que listas aliadas parecessem utilizar versões sub-otimizadas de terrenos.

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O ciclo de Slow Lands de Innistrad: Midnight Hunt deu aos decks monocoloridos um acesso mais consistente às cores necessárias para que estes arquétipos possam operar bem. Isto sem, em muitas ocasiões, precisar atrasar seu plano de jogo por conta da ausência de cores específicas de mana ou de lands que entram viradas em momentos pouco-propensos, e são amplamente utilizados em diversos decks com, pelo menos, 2-ofs.

O ciclo de cores inimigas apresentado em Innistrad: Crimson Vow também tem demonstrado ter alguma presença e impacto no Metagame, estando presente até mesmo como 2 ou 3-of no Izzet Phoenix e outros arquétipos com uma mana base já bem consistente.

8 — Graveyard Trespasser

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Apesar de termos um ciclo de criaturas que interagem com cemitérios de forma recorrente em Crimson Vow, o mais poderoso hate de cemitério na forma de uma criatura lançado em 2021 veio em Midnight Hunt, Graveyard Trespasser.

Eu não tenho certeza do motivo pelo qual Cemetery Desecrator é tão ruim se comparado ao resto do ciclo, e ainda pior se comparado a esta carta. Tenho certeza que Graveyard Trespasser poderia ter sido a versão a estar presente em Crimson Vow porque ele é exatamente o que o ciclo oferece: uma maneira de lidar com cartas pontuais no cemitério do oponente e receber um benefício por isso.

No caso, Trespasser permite que você exile cartas de cemitério e aumente o seu clock através do dano causado por esta habilidade, ou diminua o clock do oponente através do lifegain, enquanto um corpo 3/3 que pode tornar-se um 4/4 com uma forma de proteção embutida com pouco esforço.

É claro que o sucesso desta criatura no atual cenário do Pioneer muito se deve ao fato de que o formato hoje encontra-se muito focado em arquétipos que utilizam seus cemitérios para obter algum proveito ou vantagem. Sua utilidade pode ser mitigada quando arquétipos com outros tipos de estratégia tornarem-se predominantes.

7 — Prosperous Innkeeper

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Prosperous Innkeeper não recebeu o devido reconhecimento quando foi inicialmente lançado em Adventures in the Forgotten Realmslink outside website, mas logo mostrou ter um enorme potencial nos mais diversos formatos competitivos, como o Standard, Historic e também no Pioneer.

No nosso formato, o card inicialmente surgiu como mais um meio de dar consistência e acelerar a mana do Jund Citadel. O deck era uma versão mais voltada para o combo do Jund Sacrifice, onde o objetivo é conjurar Bolas’s Citadel quanto antes e, a partir disso, ter dez permanentes no campo de batalha (e preferencialmente um Mayhem Devil) para fechar um combo-kill.

Neste caso, Prosperous Innkeeper não apenas deu ao deck um meio de acelerar o plano de jogo, como também adiciona duas permanentes em jogo quando a mana extra não é mais necessária. Além do seu lifegain ocasional também servir para mitigar os custos de conjurar as mágicas do topo de seu deck com o artefato.

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Outro arquétipo onde o card se destacou é no Naya Winota, onde a criatura oferece mais um consistente meio de conjurar Winota, Joiner of Forces no turno 3 enquanto também é mais uma permanente que desencadeia a habilidade da peça central do arquétipo. O considero o mana dork mais importante do deck atualmente já que, além de entrar em jogo no exato sequenciamento onde você pode conjurar Winota no turno 3, a criatura não precisa ser virada para gerar mana, tornando-se uma ameaça imediata quando se torna apto á atacar.

Por conta dessas qualidades e por tornar-se uma peça importante de dois arquétipos do formato, Prosperous Innkeeper encontra-se no meu Top 10.

6 — Ciclo de Manlands de Adventures in the Forgotten Realms

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As manlands de Adventures in the Forgotten Realms possuem uma relevante presença no formato, estando presentes em alguma quantidade em diversas listas.

Dentre eles, Hall of Storm Giants tem sido amplamente utilizado nos decks Control, enquanto também encontrou seu espaço no Izzet Phoenix quando o arquétipo adotou o combo: Galvanic Iteration + Temporal Trespass, servindo como mais uma poderosa e consistente wincondition alternativa.

Hive of the Eye Tyrant é um poderoso Metacall num formato onde cemitérios são muito importantes, servindo como um pseudo-Graveyard Trespasser, enquanto consegue fugir de alguns dos principais removals do formato atualmente.

Por fim, Den of the Bugbear oferece um pseudo-Goblin Rabblemaster / Legion Warboss por um custo viável, e adicionou um poderoso e muito relevante meio de manter o fluxo do jogo perante removals para decks agressivos vermelhos como o Boros Burn ou o Mono-Red Aggro/Big Red.

Apesar de menos presente, Lair of the Hydra aparece ocasionalmente e ainda possui o potencial para ser muito relevante em arquétipos como Gruul Aggro ou Mono-Green Devotion

Não posso dizer o mesmo de Cave of the Frost Dragon, já que ele comumente é ofuscado por Hall of Storm Giants para os decks Control, e os decks Aggro preferem utilizar Mutavault ou até mesmo Faceless Haven.

Porém, a presença destes cards no formato é inegável, e isso é suficiente para colocá-los na sexta posição.

5 — Go Blank

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Como já mencionado algumas repetidas vezes neste artigo, o Pioneer é um formato onde, atualmente uma parcela significativa de arquétipos, incluindo o melhor deck do formato, possuem interações com cemitérios. Nesse contexto, Go Blank é o hate de cemitério mais eficiente do Pioneer atualmente, porque ele faz tudo o que é necessário para atrapalhar o plano desses arquétipos.

Decks como Izzet Phoenix, Rakdos Arcanist ou arquétipos que recorrem a Dig Through Time conseguem jogar em volta de meios de lidar com cemitérios como Grafdigger’s Cage ou Rest in Peace. Ou trazem respostas eficientes, ou alguns desses arquétipos possuem capacidade de jogar um jogo “justo” onde o cemitério se torna menos relevante.

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Mas Go Blank, apesar de não oferecer uma maneira permanente de lidar com o cemitério do oponente, oferece um elemento disruptivo na forma de um Mind Rot. Apesar de nunca ter sido um card impressionante, agrega muito quando acoplado ao exílio do cemitério do oponente porque remove ainda mais recursos que ele poderia utilizar para se recuperar ao decorrer de uma partida, fazendo com que decks que contem com o cemitério para obter card advantage ou que se apoiam demais nas mágicas de Delve para repor os próprios recursos, tornando do descarte de Strixhavenlink outside website um dos cards mais importantes do atual Metagame

4 — Thalia, Guardian of Thraben

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Dentre os reprints que tivemos em 2021 (e não foram tantos), creio que Thalia, Guardian of Thraben foi de longe o mais importante para o Pioneer.

Faz algum tempo que o formato encontrava-se num cenário onde decks que utilizavam poucas criaturas e muitas mágicas encontravam poucas ou nenhuma barreira para sua estratégia. A inclusão de Thalia em Innistrad: Crimson Vowlink outside website finalmente deu ao Pioneer um meio de mitigar ou se apresar destes arquétipos. Apesar de não ser o suficiente (já que diversos removals de custo baixo lidam com Thalia de maneira muito eficiente), é um passo na direção certa para melhorar o balanceamento do Metagame entre arquétipos de criatura e decks de não-criatura.

Por conta própria, Thalia, Guardian of Thraben foi responsável pela ascensão dos diversos e mais variadas formas de Humans. Indo do Mono-White até o Orzhov, passando por Selesnya e até mesmo Azorius e, por adicionar um efeito que até então era inexistente no formato, a carta merece estar no Top 10.

3 — Lobisomens

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Não sei se podemos de fato chamar esta categoria de cards de um ciclo, especialmente quando eles se misturam entre dois sets. Os Lobisomens possuem potencial para dominar o formato com tudo o que é necessário para esse tornar-se um dos principais arquétipos no Metagame, dando forma ao Naya Winota como o conhecemos atualmente.

O grande ponto positivo que trouxe os Lobisomens ao patamar de payoff de um dos cards mais poderosos já lançados nos últimos anos é que todos eles são boas criaturas por conta própria, enquanto oferecem uma ótima sinergia entre si ou geram poderosos efeitos de bola-de-neve. Caso o oponente não interaja corretamente, o ciclo de Daybound/Nightbound torna de cada uma dessas criaturas ainda mais ameaçadoras conforme o jogo se estende, principalmente para um deck que, após estabelecer a posição de mesa, não sente a menor necessidade de conjurar mágicas porque cada uma de suas criaturas já faz um ótimo trabalho de criar efeitos adicionais.

Com isso, considero que o ciclo de Lobisomens foi o ciclo mais importante de 2021 para o Pioneer. Ele habilitou e elevou ao nível de Tier 1 um dos arquétipos com maior potencial para quebrar o Metagame, e o tempo dirá se as adições futuras tornarão do Naya Winota ainda mais ameaçador.

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2 — Expressive Iteration

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Vocês me viram mencionar este card em praticamente todos os artigos de formatos em que ele é válido, e não diferiria no Pioneer.

Expressive Iteration é, sem dúvidas, o principal responsável pela ascensão do Izzet Phoenix ao status de melhor deck do formato. Se trata de um dos card selections mais poderosos lançados nos últimos anos, oferecendo ao arquétipo a capacidade de filtrar três cards do topo do seu deck, garantir seus lands drops no early-game, aumentar o sequenciamento de mágicas para Thing in the Ice ou Arclight Phoenix no Late-Game ou até mesmo encontrar as respostas, ou ameaças certas no momento certo.

Além disso, a carta também é um dos principais responsáveis pela ascensão dos decks de Jeskai Ascendancy, já que ofereceu ainda mais consistência ao arquétipo de encontrar suas peças de combo ou manter o fluxo de spells seguindo enquanto está no meio dele. Também habilitou outros poderosos arquétipos com o passar do tempo, como alguns decks Grixis que surgem ocasionalmente, utilizando Dreadhorde Arcanist e até Lier, Disciple of the Drowned.

1 — Consider

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Numa lista com tantos cards de alto impacto e com um power level muito elevado, como uma cantrip está no topo da minha lista de cards mais impactantes deste ano para o Pioneer?

Bom, basicamente porque o formato carecia de cantrips boas, em especial cards de uma mana que pudessem ser funcionalmente melhores do que Opt, já que obviamente não temos Ponder ou Preordain e nem mesmo Serum Visions ou Portent.

Consider, no entanto, apesar de ser “apenas” uma versão com upgrade de Opt, mostrou-se ser mais que o suficiente para aumentar a consistência de diversos blue-based decks, já que pode remover cards inúteis do seu deck completamente, colocando-os em seu cemitério.

Essa interação com cemitérios, inclusive, coloca Consider num patamar muito alto no que concerne a mágicas com Delve, já que ele conta como até dois cards extras em seu cemitério. Acelera significativamente cards como Treasure Cruise e Dig Through Time e podendo ser, junto de Galvanic Iteration, um dos principais motivos pelo qual Temporal Trespass tem sido amplamente utilizado no Izzet Phoenix.

No final das contas, Consider deu maior consistência a alguns dos melhores decks do formato e impactou significativamente no valor gerado por cards com Delve, por exemplo. Vejo sendo uma staple por bastante tempo ainda, isso se não for eventualmente banido pela sua possível super-eficiência com interações com cemitério (o que, sejamos honestos, seria um erro), torna de Consider o card mais importante de 2021 para o Pioneer!

Conclusão

Esta foi minha análise dos cards mais impactantes para o Pioneer em 2021, um ano um tanto atípico para o formato, mas que se encerra com um grande potencial para ele poder crescer e evoluir.

No final das contas, o sucesso do formato depende de dois fatores essenciais: uma comunidade engajada disposta a manter o formato agitado o suficiente para ele ser visado em grandes eventos competitivos, e o suporte por parte da Wizards para que produtos voltados ao formato e eventos de grande porte de Pioneer ocorram nos momentos onde for possível jogar MagicFests e afins novamente.

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O que posso esperar, para o ano que vem, é que ambos esses fatores se encontrem em harmonia. O interesse tanto da comunidade quanto da própria Wizards possam proporcionar uma experiência de jogo no formato que ao final atraia novos jogadores e grandes competidores de outros formatos eternos ou rotativos.

Obrigado pela leitura!