Magic: the Gathering

Deck Guide

Deck Tech Commander - Heliod, the Radiant Dawn

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Dentre os novos cards de March of Machine, poucos são mais chamativos do que o card de dupla face Heliod, the Radiant Dawn. No artigo de hoje o daremos um deck digno de um deus grego!

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revisado por Tabata Marques

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Introdução

Quando chegamos a novas coleções sempre olhamos e desejamos trazer o maior número de baralhos que se apoiam em cartas novas, tanto para artigos como esse quanto para nossa mesa de jogo, a fim de sempre experimentar e disseminar novidades. Assim, sempre vamos atrás de dois tipos de baralho; os mais poderosos que são capazes de centralizar mesas de jogo em torno de si e os mais diferentes, inusitados, que vão arrancar olhares intrigantes dos seus colegas e encher as partidas de ânimo.

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Na nova coleção, March of the Machinelink outside website, temos Heliod, the Radiant Dawn, mais precisamente seu lado transformado Heliod, the Warped Eclipse, que tem uma habilidade muito interessante.

O Comandante - Heliod, the Radiant Dawn

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A parte da frente do card, Heliod, the Radiant Dawn, é bem simples. Uma criatura encantamento lendária de quatro manas que quando entra em campo pode recuperar um encantamento do cemitério que não seja do tipo “deus” para a sua mão, o que inviabiliza um pouco um tribal desse tipo.

Diferente dos últimos deuses de Theros, como Heliod, Sun-Crowned, esse carinha não tem a habilidade de ser indestrutível ou de exigir devoção para se transformar de um encantamento com efeitos estáticos em uma criatura. Mas o que chama a atenção é a sua última habilidade, que com mana azul phyrexiana e três genéricas o permite se transformar.

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Após transformado, temos Heliod, the Warped Eclipse, que é onde esse baralho fica interessante. A lenda não só ganha mais um par de braços, como também, ganha a cor azul e duas habilidades interessantíssimas.

A primeira é permitir que suas mágicas sejam jogadas como se tivessem lampejo, fazendo com que criaturas, artefatos, encantamentos e feitiços possam conseguir tirar muito mais de suas habilidades e explorar seu potencial ao máximo.

Nossa segunda é a habilidade de diminuir o custo de mana genérica de suas cartas para cada carta que seus oponentes compraram neste turno, independente se a compra veio de fontes que você controla ou que eles controlam. Isso permite que em estágios mais avançados do jogo você conjure cards como Ulamog, the Ceaseless Hunger e uma Walking Ballista enorme no meio do turno de um oponente turno e sem gastar nenhuma mana.

Heliod, the Warped Eclipse irá então ser um comandante que faz muitas coisas pesadas próximo ao fim do jogo, mas para isso temos que montar o deck de forma bem sinérgica.

A Lista

O jeito mais simples de tirar grande valor com draws é montar o deck em uma estratégia conhecida como Wheels, ou Rodas, em português. O nome dessa estratégia vem do card Wheel of Fortune, que descartava a mão de cada jogador e os fazia comprar 7 cards. Se pararmos para pensar, com três oponentes comprando sete cards em um turno, temos então a redução de 21 manas genéricas no custo de suas mágicas.

É importante deixar claro que: uma compra de card por um oponente irá diminuir o custo genérico de todos os seus cards. É uma redução de custo e não uma habilidade que gera mana. Assim, se você tiver diversas cartas na mão, você tem o custo de todas elas reduzido.

Por último, vale lembrar que diminuir custo ajuda, sim, a conjurar mágicas de custo X mais barato. Assim sendo, mágicas como Sphinx's Revelation e Secure the Wastes se tornam muito mais fortes, podendo ser conjuradas com um valor alto de X e com muito pouco esforço.

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Aqui está o baralho que iremos usar:

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Infelizmente algumas peças desse deck são bem carinhas, mas ainda assim dá para mitigar bastante os preços! Temos uma versão budget ao final do artigo.

Funcionamento do Deck

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Como falamos, usaremos efeitos que lembram o card Wheel of Fortune. Mesmo este sendo vermelho, podemos encontrar no azul muitos efeitos parecidos, como Windfall.

Day’s Undoing é de um funcionamento interessante, pois ela prevê a possibilidade de ser conjurada no turno do oponente, dando para seu conjurador o demérito de que conjurar ela no seu turno encerra o mesmo. Day’s Undoing praticamente foi feita para ser jogada junto com Heliod, the Warped Eclipse.

Teferi’s Puzzle Box permite que seus oponentes sempre rodem toda a sua mão no começo de seus próprios turnos, permitindo uma constante diminuição de recursos necessários e maior eficácia na hora de conjurar suas mágicas com velocidade de lampejo.

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Echo of Eons e Emergency Powers são outras wheels com mudanças interessantes no funcionamento, como a capacidade de conjuração através de Flashback na primeira, enquanto a segunda tem a capacidade de colocar uma permanente capaz de virar o jogo em campo gratuitamente.

Mas o melhor e mais interessante jeito de se usar esse tipo de mágica é com a ajuda de Smothering Tithe, que graças a alguns reprints, se encontra bem mais barata, ainda que longe do preço ideal. O card irá gerar muito valor a cada draw coletivo de seus oponentes, e com o uso de Wheels tudo isso se torna mais fácil.

Decks de Wheels normalmente puxam uma atenção bem positiva dos seus oponentes. Usar a técnica do “Vocês estão comprando cards graças a mim” pode ajudar você a se segurar um pouco enquanto o jogo não estabiliza.

Condições de vitória

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Tendo em mente que utilizamos poucas criaturas, e em sua maioria não combativas, temos que achar meios interessantes para a vitória. Psychosis Crawler funciona de mais de um jeito, permitindo acesso a uma criatura tão grande quanto os cards em sua mão, e também pinga dano sucessivamente em todos os seus oponentes a cada card comprado. É um grande motor de jogo, capaz de te levar vitória sem grandes problemas.

Shabraz, the Skyshark e Azor, the Lawbringer conseguem causar dano com evasão aos oponentes através da habilidade de voar. Assim como Shark Typhoon que é capaz de conectar dano no ar com suas fichas graúdas geradas por muitas mágicas de custo X que podem ser conjuradas.

Vale falar que eu não acho Chrome Host Seedshark horrível nesse deck, apenas que Shark Typhoon cumpre bem melhor o papel dele. Recomendaria o tubarão de chromo para uma build em que Shark Typhoon não estivesse à disposição, mas num geral ou até mesmo para a redundância, é um card um pouco mais fraco e aconselhável caso outra carta não estivesse disponível. Um uso bem interessante para ele é acompanhado de uma Elesh Norn, que irá tirar muito valor das fichas não incubadas e deixará seu campo muito confortável. E, por fim, esse tubarão também é uma das artes que eu mais achei bonitas em March of Machine.

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Também dispomos de Approach of the Second Sun, icônica carta de decks Control em sua era de ouro no Standard. Nesse baralho, comprar 7 cartas não é difícil, graças as Wheels, tornando a tarefa de achar o feitiço muito fácil.

E claro, poder esperar o jogador com anula usar toda a sua mana para então conjurar esse card com flash e por um custo reduzido torna esse card ainda mais forte.

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Por ser um deck que dá muita compra de cartas também para os oponentes, podemos usar disso como artifício para criar poderosas alianças, com o auxílio de alguns floodgates como Propaganda e Ghostly Prison, desestimulando ataques mirados a você.

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Além disso, podemos fazer a estratégia reversa ao mill: ao invés de triturarmos nossos oponentes ou fazemos eles comprarem mil cards em busca de esvaziar seus baralhos, podemos sempre focar em fazer isso com os nossos, de modo que Laboratory Maniac irá cantar de alegria ao termos um deck vazio.

Possíveis Adições

Poderíamos usar de diversos outros artifícios para essa estratégia de auto-mill. Jace, Wielder of Mysteries e Thassa’s Oracle são ótimos exemplos disso.

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Cartas que visam que seu deck esteja deck vazio para que elas possam te gerar uma vitória, ao invés de uma derrota, através dessa situação inusitada. Mas sendo totalmente francos, essa estratégia é tão sem graça e repetitiva que resolvi tirá-los do deck, deixando apenas o Laboratory Maniac, que, de certa forma, é bem mais frágil que os dois. Assim a estratégia fica muito mais arriscada e eletrizante para o jogador.

Versão Budget

Além da lista já apresentada, também dispomos de uma versão com cards mais baratos, mas ainda assim capazes de criar situações igualmente interessantes em jogo:

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Considerações Finais

Não irei mentir, essa era uma build para um comandante o qual eu não dava nada, mas conforme eu fui lendo suas habilidades e entendendo como jogar com ela meu interesse foi crescendo e o jogo com esse comandante foi visivelmente evoluindo.

Não só cards como Sphinx's Revelation sinergizam perfeitamente com a habilidade de diminuir custo de suas mágicas baseado no tanto de cards que oponentes compraram, como também o custo X de cards como ele e Mass Manipulation podem ser aumentados com isso, de forma que sempre seja possível fazer Tokens grandes com Shark Typhoon ou aumentar seu Psychosis Crawler. É um deck que dá muito antes de receber a sua recompensa.

Baralhos assim são um tanto raros no Commander, um formato que está cada vez mais focado na própria board, e aprender a jogar com eles pode ser uma grande dádiva e diversão.

Até o próximo!