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Standard: Dimir Seedshark - Deck Tech e Guia de Sideboard

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Combinando Chrome Host Seedshark e Tezzeret, Betrayer of Flesh com uma base sólida de ameaças e respostas do formato, esse novo Dimir Midrange pode se tornar mais um dos principais competidores do Standard!

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revisado por Tabata Marques

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O lançamento de March of the Machinelink outside website trouxe novidades para todos os formatos competitivos. Como observamos na análise da primeira semana da ediçãolink outside website, o Standard foi o ambiente onde os novos cards tiveram maior relevância.

Dentre eles, um arquétipo que se destacou no Top 8 dos Challenges foi o Dimir Midrange, ou Dimir Seedshark. Hoje, vamos nos aprofundar em sua estratégia, além de apresentar um guia contra as principais partidas do Metagame.

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O que é o Dimir Seedshark?

O Dimir Seedshark é um deck Midrange que busca vencer a partida por meio de ameaças impactantes e trocas de 2-por-1. Sua lista segue o padrão do que vemos nos Black-Based que estão no topo do Metagame hoje, com remoções eficientes e ameaças poderosas, mas seu diferencial está na combinação do recém-lançado Chrome Host Seedshark com Tezzeret, Betrayer of Flesh.

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Chrome Host Seedshark transforma qualquer mágica de não-criatura que você conjura em uma ameaça ao criar um token de Incubator com X marcadores +1/+1, sendo X o valor de mana desses cards. Essa criatura, sozinha, ajudou a reestabelecer a presença dos decks Control no Standard, pois oferece uma wincondition barata e condizente com os demais cards utilizados nessas estratégias.

Essa versão busca levar Incubate para o próximo nível com Tezzeret, Betrayer of Flesh: sua habilidade passiva permite transformar um dos tokens em Phyrexiano sem pagar custos adicionais, enquanto sua habilidade de +2 torna de qualquer Incubator uma criatura 4/4, que será ainda mais forte por conta dos marcadores +1/+1.

A Decklist

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Minha decklist apresentada acima segue o mesmo padrão utilizado pelo jogador MJ_23 para chegar ao sétimo lugar do Standard Challenge de 23 de abril, com algumas mudanças pontuais com base na minha experiência com o arquétipo.

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A mudança mais notória é a exclusão de March of Wretched Sorrow. Apesar da sua interação com Chrome Host Seedshark, a Instant de Neon Dynasty era pouco útil como uma remoção eficiente contra o resto do formato. Logo, ele foi substituído por mais uma cópia de Go for the Throat, e uma cópia de Duress no maindeck.

Maindeck

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O coração da nossa estratégia.

Chrome Host Seedshark é uma wincondition por conta própria, garante valor extra para cada mágica que jogamos, e tem um corpo eficiente que sobrevive a uma parcela grande de remoções. Outro ponto importante é que os tokens produzidos por ela são criaturas artefato. Logo, elas desviam de Go for the Throat, uma das remoções mais famosas do Metagame hoje.

Tezzeret, Betrayer of Flesh é um divisor de águas. Por um lado, em combinação com Seedshark, ele transforma a nossa proposta de jogo em uma estratégia injusta, da qual acelera absurdamente o nosso clock, e mitiga o dano de uma resposta do oponente ao já garantir a transformação de duas Incubators.

Por outro, Tezzeret é o four-drop menos relevante do deck, pois ele não interage bem com o restante da nossa estratégia. Sua habilidade de looting, enquanto útil, é pouco impressionante para o seu custo, e temos poucos artefatos para transformar em criaturas sem Seedshark em jogo.

Talvez, conforme o Metagame se desenvolva, jogadores recorrerão a menos cópias do Planeswalker.

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Sheoldred, the Apocalypse é a criatura mais importante do Standard hoje, pois define jogos por conta própria. Quatro cópias dela garante que sempre teremos a opção de tentar mantê-la no campo de batalha para acumular uma vantagem sobre nossos oponentes.

Graveyard Trespasser é uma ameaça e um hate de cemitério necessário em um Metagame onde ainda existem jogadores que investem em reanimar Atraxa, Grand Unifier ou Etali, Primal Conqueror. Ele também oferece um clock eficiente contra decks justos.

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Nosso pacote de remoções.

Com o acréscimo de Mono Red Aggro na primeira semana de March of the Machine, Cut Down se tornou uma remoção obrigatória para segurar a agressão deles, enquanto também resolve outras ameaças importantes, como Raffine, Scheming Seer.

Go for the Throat é a mágica preta mais eficiente para lidar com criaturas por duas manas. Na maioria dos jogos, no entanto, você deve manter seu uso para as ameaças que realmente importam e das quais Cut Down não pode lidar, como Sheoldred, the Apocalypse, Atraxa, Grand Unifier ou Archfiend of the Dross.

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Ampliando nosso pacote de interações, temos Make Disappear como um counterspell eficiente. Considerei incluir Disruption Protocol em seu lugar, mas assim como Tezzeret, essa mágica não interage com o restante da lista, e ficaria dependente dos tokens de Chrome Host Seedshark para funcionar.

Duress está incluso como um one-of para jogar mágicas decisivas. Seu número poderia ser amplificado caso o Metagame do Magic Arena fique menos voltado para decks Aggro nas próximas semanas. Nesse caso, podemos substituir Cut Down por mais uma cópia.

Blue Sun's Twilight era um card do qual eu estava cético sobre seu uso quando construí a lista. Afinal, ela parecia apenas mais uma interação bonita com Chrome Host Seedshark. No entanto, como temos um número baixo de ameaças, tomar o controle das criaturas do oponente é uma estratégia viável, principalmente se pudermos copiá-la.

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Reckoner Bankbuster é quase onipresente no Standard em qualquer deck Midrange ou Control, e não seria diferente numa estratégia com Tezzeret, Betrayer of Flesh para transformá-lo no late-game.

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Além de um set de todas as melhores dual lands das nossas cores, temos também alguns terrenos utilitários, como Otawara, Soaring City e Takenuma, Abandoned Mire, além de Blast Zone, que dobra como uma remoção eficiente, ou pode até ser um sweeper no late-game.

Sideboard

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Hate de cemitério extra.

No Standard hoje, uma dúzia de arquétipos adotam alguma categoria de recursão ou meios de trazer bombas de volta do cemitério: The Cruelty of Gix, Invoke Justice, Phoenix Chick, Bloodfeather Phoenix, Razorlash Transmogrant e Bloodthirsty Adversary são alguns exemplos.

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Logo, Graveyard Trespasser e Unlicensed Hearse são necessários para controlar esses jogos e atrasar o plano do oponente por tempo suficiente. Unlicensed Hearse, inclusive, é uma excelente ameaça de late-game que também interage com Tezzeret, enquanto Trespasser funciona melhor em mirrors de Midrange.

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Interação extra contra Midrange e Control.

Com a volta dos Blue-Based e a possibilidade de interação cedo contra nossa principal wincondition, precisamos de Duress para amplificar nosso escopo de interpretação da partida, enquanto Negate, além de proteger nossas ameaças, também evita que o oponente vire o jogo com um Invoke Despair ou The Cruelty of Gix vinda do topo.

Disdainful Stroke é uma staple das partidas de atrito, onde ela resolve Sheoldred, the Apocalypse, Ao, the Dawn Sky, Invoke Despair, Etali, Primal Conqueror e outras ameaças importantes com um único card.

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Mais interação de mesa.

Rona's Vortex funciona como uma jogada de Tempo no early-game contra decks agressivos, e como uma remoção eficiente contra ameaças pontuais dos Midranges. Sua versatilidade a torna, inclusive, uma opção para o Maindeck.

Malicious Malfunction é uma resposta direta aos arquétipos que tentam jogar por baixo, e das quais possuem ameaças recorrentes, como Bloodfeather Phoenix e Grafted Butcher, além de lidar com os tokens de Wedding Announcement e Skrelv's Hive.

Mulligan e Postura de Jogo

Não há muitos segredos em como decidir o seu keep com o Dimir Seedshark. Ele é um Midrange na sua composição clássica, com respostas baratas e ameaças eficientes.

Contra um oponente desconhecido, seu foco deve ser em ter um plano em sua mão inicial. Ou seja, não adianta ter uma mão muito responsiva, com counterspells e remoções, se você não tiver uma ameaça para apresentar um clock. Da mesma maneira, uma mão agressiva demais levará muitos turnos para fazer algo, deixando-o muito vulnerável à race de um Aggro.

Após o primeiro game, quando já sabemos qual é o deck do oponente, precisamos considerar nosso keep baseado em como podemos interagir com o plano de jogo dele. Isso requer um bom entendimento do formato e de como partida se desenvolve para ambos os lados, além de demandar um treino extensivo com a lista para compreender o que funciona contra cada oponente.

Guia de Sideboard

Rakdos Reanimator

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O maior problema na partida contra Rakdos ou Grixis Reanimator é que o plano de jogo justo deles é muito eficiente. Logo, precisamos nos preocupar em evitar que Atraxa entre no campo de batalha, enquanto também precisamos nos preparar para uma partida justa.

Nosso melhor plano no Game 1 é tentar antecipar-se ao que o oponente tenta fazer, e responder às principais ameaças enquanto estendemos a partida ao ponto onde conseguimos ter Chrome Host Seedshark somado à proteção e/ou outra mágica impactante no mesmo turno.

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O principal alvo das mágicas do nosso oponente deve ser Seedshark e Sheoldred. Busque tirar proveito disso para pressioná-lo, e não se dê ao luxo de se dar tapout e tomar um Invoke Despair na volta.

Nosso Sideboard é baseado no plano de estender a partida. Logo, mágicas que se tornam condicionais no late-game ou que interagem mal com as ameaças deles saem para dar espaço às outras que funcionam melhor nas trocas de 1-por-1.

Lembre-se que Unlicensed Hearse pode ser transformado por Tezzeret, Betrayer of Flesh, e ter o veículo em jogo se alimentando de cemitérios desde o segundo turno é uma passagem fácil para a vitória no late-game contra oponentes descuidados.

Mono Red Aggro

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Mono Red Aggro permanece em alta nas ranqueadas do Magic Arena, tanto na versão "go wide" clássica, com Squee, Dubious Monarch e Thundering Raiju, quanto nas versões "go big", mais recentes e com acesso à Khenra Spellspear e Sword of Once and Future.

Qualquer criatura equipada com Sword of Once and Future se torna imbatível contra nós. Logo, precisamos evitar que esse equipamento entre em jogo, ou que uma ameaça fique no campo de batalha no momento em que o oponente paga os custos para equipá-la.

Em ambos os casos, nossa wincondition se encontra em nossas criaturas, em especial com Sheoldred, the Apocalypse. Logo, Tezzeret se torna apenas uma mágica sem nenhum impacto imediato na partida se não tivermos Chrome Host Seedshark em jogo, e não temos tempo o suficiente para pagar quatro manas e não fazer nada em um turno.

Esper Legends

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O Esper Legends é a pior partida que enfrentei com o Dimir Seedshark durante meus jogos na ranqueada. Eles têm criaturas mais eficientes, enchem a mesa mais rápido, transicionam para um plano de atrito com maior facilidade, e não abrem muito espaço para interagirmos bem contra suas criaturas, enquanto as protegem bem com Skrelv, Defector Mite e Thalia, Guardian of Thraben.

Nossa melhor opção é usar as remoções para lidar com as ameaças mais importantes, enquanto Chrome Host Seedshark popula a mesa com tokens para transformarmos no late-game. No entanto, nosso oponente conta com meios de lidar com o nosso campo de batalha, e a qualidade individual das criaturas deles é bem maior do que a nossa.

Mono White Midrange

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O Mono White Midrange é uma partida relativamente fácil, pois eles se dão tapout com frequência para tentar conjurar bombas, e podemos tirar proveito disso para colocar Seedshark em jogo e seguir uma postura de Control com nossos counterspells.

O maior problema nessa partida são os momentos em que o oponente enche a mesa rápido demais para segurarmos com remoções pontuais. Portanto, incluímos Malicious Malfunction para segurar uma possível pressão de early-game deles, ou matar os tokens produzidos por The Eternal Wanderer e Wedding Announcement.

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Blue Sun's Twilight deve priorizar criaturas que não conseguimos matar de outras maneiras no late-game, como Steel Seraph, mas também pode ser usado para tomar o controle de tokens por um custo baixo no early-game.

Azorius Control

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O maior problema dessa partida está no fato de existirem versões variadas de Azorius Control hoje: algumas com foco em Mindsplice Apparatus, outras com Chrome Host Seedshark, outras voltadas para Planeswalkers, e assim por diante.

Somos desfavorecidos contra a maioria das versões no Game 1 por termos oito remoções pontuais e pouco úteis no Maindeck. Logo, precisamos de uma proposta proativa, de preferência com Reckoner Bankbuster no segundo turno, para mantermos nossa paridade de recursos.

Optei por apresentar um pós-side mais abrangente, com respostas genéricas que adentram contra a maioria das variantes. Podemos incluir Malicious Malfunction no lugar de Rona's Vortex nas versões com Mindsplice Apparatus e White Sun's Twilight, ou nas variantes que recorrem a Planeswalkers e tokens para ganhar o jogo.

Nossa proposta no Game 2 deve permanecer a de pressionar o oponente e tentar ditar o rumo do jogo no early-game, dado que eles têm a vantagem conforme os turnos passam. Caso você desvire com Chrome Host Seedshark, mantenha uma postura mais reativa, buscando responder ao que o oponente fizer com suas mágicas enquanto cria tokens, e transforme-os na End Step sempre que possível.

Conclusão

O Dimir Seedshark é uma estratégia interessante para o Melhor de Três, mas com algumas fraquezas notórias, como a dependência de determinadas interações para funcionar, ao invés de contar apenas com o valor individual de cada card. Isso o torna menos eficiente em sua categoria quando as peças não se encaixam.

Por outro lado, ele é uma proposta nova no Standard, e requer mais refinamento para chegar em uma versão apropriada. No final, é possível que o arquétipo apenas integre outras bombas conhecidas, como Invoke Despair, ao invés de tentar fazer combos com Tezzeret, Betrayer of Flesh, ou ficará sempre na sombra de estratégias mais eficientes hoje, como o Grixis Midrange.

Obrigado pela leitura!