Introdução
Após um breve momento de reinado do Channel na temporada anterior, o formato traz de volta mais equilíbrio na temporada 24, que tem nos apresentado diversos decks diferentes tomando a dianteira ao longo das semanas desta Season.
Veremos como estamos até agora e o que deverá aparecer no PD500 já com data marcada para o próximo dia 30 de Abril!
Resumo:
Temporada: 24
Data de rotação prevista: 05/05/2022
Qnt de eventos: 48
Qnt de players: 182
Tipos de decks usados: 132
Color Pie
Não muito diferente das temporadas anteriores, as cores mais utilizadas nos decks são o azul e vermelho, com verde sendo a menos usada.
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Muito impulsionado pela quantidade de decks Izzet e RDW, além das cartas de suporte azuis que jogam em diversas variantes como o Haups, combos e midranges que fazem uso de diversas peças de suporte como Gitaxian Probe, Ponder e Treasure Cruise que são utilizadas praticamente em todos os decks que possuem a cor. Das 20 cartas mais usadas, 10 são azuis.
Apesar da cor preta ser a 4.ª mais presente nos decks no geral, a terceira carta mais utilizada e maior hate contra grave nesta temporada é preta: Ravenous Trap, atrás apenas de Ponder e outro grave hate, Lantern of the Lost (todos preparados para lidar com grave, porque será?).
Para o espectro geral isto é o que temos, mas quando olhamos a evolução ao longo das semanas, podemos ver uma crescente das cores branco e verde com uma pequena redução do vermelho, fazendo com que as cores mais usadas na última semana sejam azul e branco. Muito do impulso da cor verde se deve à utilização do deck parente do Tron: o Greenpost, que tem conseguido alguns lugares ao sol nestas últimas semanas, conseguindo até TOP1.
Já no Branco, temos Orzhov Midrange saindo de uma média de 1 aparição nas primeiras semanas para 10 nas semanas mais recentes, sendo o segundo com maior quantidade de utilização na temporada (50 aparições, 6% do total) atrás apenas do RDW que vem caindo de utilização depois de uma alta participação nas semanas 3, 4 e 5.
Metagame
Winrate
Não surpreendendo a quantidade de hate grave bastante presentes nos sideboards, entre os top 10 decks com mais win% temos dois decks que fazem uso do grave para vitória. Se você não tiver uma resposta nos primeiros turnos, a derrota é quase certa. São eles Aggroslide (Cycling) com 65% de vitórias e Oops All Spells com 66%.
O primeiro utilizará o grave para alimentar o Zenith Flare e o deck de Oops All spells ou Oops All Lands, como os nomes sugerem, consistem em millar seu deck inteiro para colocar em campo pelo menos 3 Narcomoeba, então usar Dread Return do grave com flashback e reanimar Lotleth Giant, que causará dano suficiente para ganhar.
Outro ponto interessante deste gráfico é podermos ver que há representante de Aggros com Merfolks, Vampiros e Shamans (tribais), Combos com Oops e Mindcrank e Midrange/Controls como Bluepost, Izzet Control, Aggroslide e Astral Slide, todos acima de 60% de aproveitamento.
Quantidade
No próximo gráfico temos os decks que aparecem em maior quantidade, que nem sempre são os que fazem mais resultado. RDW aparece como o mais utilizado (muito presente nas semanas 3, 4 e 5), sendo 9% do meta, seguido pelo BW Mid e Izzet Tempo, ambos já comentados antes.
Um ponto importante de se observar é que os 10 com mais aparições possuem uma taxa próxima de 60% de aproveitamento, o que não é nada mal e mostra que não há um deck despontando à frente como tivemos Channel na última temporada, ganhando 90% dos torneios em que participou e presente em todos os torneios.
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Preço
Se seu objetivo é tentar economizar, aqui estão as 10 listas com melhores resultados e baixo custo. Como sempre mantendo seu preço baixo, o Aggroslide (Cycling) é um dos decks mais baratos e ao mesmo tempo com um winrate bem alto.
O deck consegue ser bem resiliente, com diversas linhas de vitória. Seguido pelos Oops, que consegue ser bem barato também, ambos ficam em 1 tix para comprá-los. Isso se paga fazendo um top8 em qualquer torneio.
Mono Blue tempo é outro deck que deve ser levado em consideração, no PD 500 anterior apareceu no top8 e sempre consegue ser adaptável ao meta, lidando bem contra aggros e contra combos.
Decklists
Chegamos na hora das listas que fizeram e vem fazendo mais resultado. Provavelmente uma delas será a campeã no próximo dia 30!
(Todas as listas apresentadas fizeram TOP1 em algum torneio da temporada 24)
Knights
Deck rápido e consistente, este tribal de cavaleiros tem um leve splash para vermelho e preto por conta de apenas duas cartas, mas não deixa de ser um WW: Triumphant Adventurer e Inspiring Veteran.
Talvez sua peça mais forte seja Knight Exemplar, que protege todos os outros cavaleiros. O deck consegue lidar bem com o meta, e no último PD500 tivemos um representante dele no top8.
Mono U Tempo
Um clássico Mono U para ninguém botar defeito. Perdendo duas peças importantes da última temporada, Vedalken Shackles e Counterspell, o deck parece que não sentiu tanto impacto e ainda faz bons resultados.
Greenpost
Parente do Tron, esta variação do Post foca na cor verde para trazer suas maiores forças: ramps + criaturas grandes e poderosas. O deck possui um pseudo combo com Tooth and Nail, onde você traz Terastodon + Caldera Hellion para o campo de batalha, transforma 3 lands do oponente em criaturas 3/3 que irão morrer com o ETB do Hellion, fazendo um verdadeiro LD em massa.
Outro combo que Tooth and Nail pode trazer para limpar a board de quantas criaturas houver é a dupla Mephidross Vampire + Triskelion. A cada dano do Triskelion a uma criatura, ele ganha novamente um marcador e repete o processo quanto for preciso, nada em campo fica vivo.
Hypergenesis
Se você gosta de jogar sozinho, este deck é perfeito para você. O maior vilão do deck talvez seja basicamente um keep ruim, pois no turno 3 ou mesmo no turno 2, caso consiga adiantar com Simian Spirit Guide, você consegue combar e ganhar o jogo de uma só vez utilizando as mágicas de cascata que vão trazer a única mágica no deck menor que 3 de custo: Hypergenesis. Se você tiver um counterspell e anular a mágica principal que dá nome ao deck, ele não terá o que fazer, a não ser buscar uma nova mágica de cascata para tentar novamente o combo.
Outro problema que pode acontecer ao utilizar este deck é não ter algo tão bom na mão para colocar em campo, o que é meio difícil. Aggros acabam sofrendo para ele, sem nada a fazer, mas decks controles tendem a ter uma match mais fácil.
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BW Midrange
O segundo deck em quantidade no meta atual, aparecendo bastante nas últimas semanas. Este Midrange une as melhores cartas do preto e do branco para manipular e controlar o jogo enquanto chega à vitória.
Com uma boa base de mana, tendo a Man land Shambling Vent que é excelente. Há uma carta interessante sendo usada, a nova Touch the Spirit Realm, que pode ser usada tanto para remover uma criatura do oponente, quanto salvar uma criatura sua sem chance de anula, já que channel é uma habilidade.
Com certeza teremos representantes dele no PD500.
Izzet Tempo
Mais um deck muito usado e muito forte, este Izzet consegue impor um clock absurdo com Sprite Dragon + Gitaxian Probe.
Com a volta de Sulfur Falls, o deck ganhou um gás nesta temporada e irá aparecer com certeza no Top8 no evento principal.
RDW
O deck mais usado e que também foi o mais presente nos top8 da temporada até aqui, o clássico Mono Red das massas que sempre aparece para lembrar que os decks combos devem ser mais rápidos e que os controles devem estar presentes para regular o campo.
Nesta temporada sem astrolábio e as lands nevadas, temos a utilização de mais lands duais não-básicas, como as check lands em decks multicolor, o que favorece o Mono Red, já que Price of Progress está de volta aterrorizando a vida de alguns decks — como o Post, que facilmente recebe 6 ou mais de dano.
Uma menção honrosa para o novo Reinforced Ronin que tem trabalhado bastante e servindo para aumentar os marcadores de Shrine of Burning Rage enquanto se esquiva de remoções em sorcery speed.
Astral Slide
Irmão mais velho do nosso colega Aggroslide, este Cycling BWG é focado em uma estratégia mais de ETB + blink contando com Astral Slide e Astral Drift para gerar uma verdadeira bagunça, seja com as criaturas do oponente, seja com as próprias para tirar o máximo de vantagem dos ETBs.
Life of Toshiro Umezawa tem um papel importante, como comentamos em nosso artigo no início da temporada.
Após o último marcador, ele se transforma em criatura, e ao ser blinkado volta a ser a saga com 1 marcador. Gerando bastante valor, pode remover criaturas pequenas do oponente, ganhar vida ou aumentar o poder de suas criaturas todo turno.
Aggroslide
Comentamos dele acima em alguns momentos. Este deck que ficou viável em Ikoria, e desde então nunca perdeu uma única peça e tem sempre aparecido nas temporadas de forma pontual, mas sempre fazendo bons resultados devido a sua vasta quantidade de winconditions, além de muitas vezes faltarem hates suficientes.
Gruul Shamans
Devo dizer que este deck me surpreendeu. Vi uma lista parecida sendo cogitada para o Modern em um artigo na semana passada, mas que lá não surtiu efeito, pois o deck acaba sendo um pouco lento para o formato. No Penny ele ficou bem páreo ao Mono Red, mas com uma sinergia entre os integrantes da tribo de shamans muito boa.
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A dupla Fanatic of Mogis + Harmonic Prodigy muita das vezes fazem com que você nem precise atacar para ganhar, duplicando o dano de devoção ou até triplicando caso tenha dois prodígios em campo. Sem contar que temos Hypergenesis no formato, e colocar todos os shamans — incluindo estas duas cartas — de graça pode fazer com que o tiro do Genesis saia pela culatra.
Talvez ele seja um dos poucos Aggros que consiga bater de frente com o Genesis.
Wizards
Mais um deck tribal que utiliza, além da Harmonic Prodigy, Naban, Dean of Iteration para duplicar os efeitos de ETB dos seus magos.
O deck roda em torno destes dois motores, mas também consegue se virar bem sem eles, tendo resposta para tudo no meta.
Grixis Haups
Voltando a dar as caras no meta agora com o apoio de Tezzeret the Schemer, o Haups (ou Joku), é um deck que deve ser respeitado. O objetivo principal do deck vai ser trazer lands indestrutíveis para o campo para destruir tudo com Jokulhaups e finalizar o jogo com Rise and Shine, Thryx, the Sudden Storm ou o próprio Tezzeret.
O deck lida bem contra a maioria dos decks do meta, mas pode sofrer um pouco para os muito agressivos, como o RDW. Apesar de ter um ótimo controle de board, tome cuidado com o preço do progresso!
Mono U Steel
Na falta do famoso Affinity por falta de pelo menos 1 land artefato que entre em pé no formato, temos um outro representante próximo que não chega aos pés do anterior que fez sucesso a algumas seasons passadas. Este Mono U focado em artefatos consegue ganhar com criaturas fortes como Myr Superion e também em massa com praticamente dois lords: Master of Etherium e Grand Architect.
E se no final não conseguir atacar, Throne of the God-Pharaoh pode ser uma outra opção.
UW Control
Com uma mana base estranha, mas funcional, com Prairie Stream e Port Town. O deck recebeu dois ótimos reforços nesta temporada com Baneslayer Angel e Kitchen Finks, além da volta de Kefnet the Mindful.
Interessante ver que o deck deixa de usar Gitaxian Probe talvez pelo custo de tomar 2 de dano "de graça". O deck curva bem e deve estar presente no torneio muito provavelmente pelos jogadores que já tem costume de jogar com ele.
Oops All Spells
Nossa última lista de hoje traz o deck também já comentado um pouco acima, que utiliza o combo de millar o próprio deck para trazer Lotleth Giant e ganhar. Nesta versão ele tenta utilizar de uma segunda opção, com Laboratory Maniac, que acaba sendo um pouco mais arriscado pois pode sofrer uma remoção.
Nesta segunda opção que comentei, a estratégia será reanimar Angel of Glory's Rise que trará todos os humanos do grave para jogo e com Azami, Lady of Scrolls ele poderá comprar a carta que precisa para ganhar com o Laboratory Maniac.
Conclusão
Chegamos ao final do nosso artigo e espero que tenha ficado uma boa noção de como está o formato nesta temporada, além de como você deve se preparar para o dia 30.
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Você pode se inscrever no torneio por este link.
Até a próxima e boa sorte!
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