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Standard: Dimir Midrange pós-Ban - Deck Tech e Guia de Sideboard

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Análise completa da nova versão do Dimir Midrange no Standard! Veja as mudanças na lista, estratégias de jogo, dicas de mulligan, plano de sideboard e por que essa pode ser a melhor escolha para enfrentar o meta atual.

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Nesse artigo, focaremos na nova versão do Dimir Midrange do Standard; Um deck que por muitos pode ser chamado de “Golfinho”, pois sobe e desce no meta conforme as coisas mudam, agora novamente volta a superfície do Metagame.

Discutiremos as novas ideias do deck e adaptações para o meta atual, juntamente com um guia de sideboard!

Guia de Deck: Dimir Midrange Standard

Esse deck acabou se tornando o meu deck preferido, pois responde bem a um meta diversificado, basicamente como estamos até o momento pós-banimentos: a grande maioria das pessoas continua procurando a nova resposta ideal, e eu estou com um deck sólido e preparado para todos esses testes.

Hoje, irei te mostrar como ele pode te levar ao mítico e voltar a dominar o meta atual!

Decklist

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Sobre o Dimir Midrange

Já essa nova versão do Dimir Midrange é uma adaptação própria, pensada especificamente para o metagame atual, que está bem mais diversificado. Nesse cenário, percebo que podemos adotar uma postura mais agressiva, focando no plano principal com Kaito, Bane of Nightmares e Enduring Curiosity.

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A principal adição aqui é Cecil, Dark Knight, que considero hoje um dos melhores drops 1 do formato. O Deathtouch naturalmente dificulta os bloqueios por parte do oponente, além de ser um ótimo defensor no early game. E não para por aí, ele ainda pode flipar em um 4/4 com Lifelink, o que o torna uma carta extremamente completa e relevante no campo.

Também incluí 3 cópias de Faerie Mastermind, pensando nas mirror matches e em como podemos tirar proveito dos draws dos oponentes, especialmente contra decks de controle. Já os 3 Floodpits Drowner permanecem como uma peça central: versáteis, encaixam perfeitamente tanto numa postura ofensiva quanto defensiva, e funcionam bem com nossa proposta de ritmo mais acelerado.

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Optei por utilizar apenas 1 cópia de Saiba Cryptomancer, mas sua presença é justificada. Usada no momento certo, pode ser decisiva, seja segurando uma remoção importante, protegendo o plano de jogo ou até finalizando uma partida de forma ofensiva. Outra peça que retorna ao deck é Gix, Yawgmoth Praetor, que embora tenha caído em desuso nos últimos tempos, volta a ganhar espaço como mais uma forma de gerar valor, especialmente agora que estamos com as 4 cópias de Enduring Curiosity. Com isso, o deck se torna ainda mais sólido em partidas mais longas, principalmente contra controle.

Kaito, Bane of Nightmares segue como o coração do deck. Nosso plano ideal envolve baixar um drop 1 ou 2 nos dois primeiros turnos e então jogar o Kaito na curva 3. Isso abre caminho direto para o Enduring Curiosity e, frequentemente, essa sequência por si só já é suficiente para levar o jogo, especialmente se o oponente não tiver uma resposta à altura. Na verdade, até mesmo quando o oponente tem uma mão forte, muitas vezes não consegue lidar com essa pressão inicial.

Outra novidade relevante é a inclusão de Sheoldred’s Edict no main deck. Ela tem se mostrado eficaz principalmente contra planeswalkers, que voltaram a aparecer nos decks de controle, e claro, nas mirrors.

Sideboard

No sideboard, o plano é lidar com os poucos pontos fracos que o deck possa encontrar. Ainda que eu não veja nenhuma bad match clara para essa lista, o que, inclusive, é um dos grandes motivos de eu querer pilotá-la: temos boas respostas para quase tudo. Duress contra decks mais controladores, Ghost Vacuum como hate de cemitério, e Disdainful Stroke para segurar jogadas de valor no late game. Negate também se mostra indispensável, ajudando contra qualquer ameaça não-criatura relevante.

Incluí ainda mais uma cópia de Sheoldred’s Edict para reforçar contra planeswalkers e mirror matches, e 2x Tishana’s Tidebinder, que brilha nas mirrors e contra diversas criaturas importantes do meta que podem ser “anuladas” com ela.

Preacher of the Schism, que antes era parte do main, agora aparece em 2 cópias no sideboard, voltando a ser útil contra estratégias mais agressivas. Pensando especificamente em duas cartas que têm atrapalhado nosso plano, Caretaker’s Talent e Unholy Annex // Ritual Chamber, trouxe também 2 cópias de Withering Torment, que podem acabar servindo contra outros encantamentos também.

Por fim, optei por manter apenas 1 Gix’s Command no sideboard. Antes utilizado tanto no main quanto no side, agora ganha espaço só contra decks mais agressivos, quando precisamos de uma forma forte de resetar a mesa e retomar o controle do jogo, assim mantém nossa curva de mana mais baixa.

Por que Jogar com Dimir Midrange?

Desde sua breve queda de desempenho após os grandes torneios do início do ano, o Dimir Midrange voltou a se consolidar como uma das escolhas mais sólidas e versáteis do formato. O motivo principal está na diversidade do metagame atual. Com o enfraquecimento de arquétipos extremamente lineares como o Izzet Prowess e Monored, os jogadores voltaram a explorar outras estratégias, o que abriu espaço para um deck capaz de se adaptar a diferentes tipos de partida, como é o caso do Dimir.

Dessa vez, não estamos falando de uma tentativa de combater diretamente um "deck dominante", mas sim de estar bem posicionado contra um campo aberto. Muitos decks atualmente tentam encontrar o equilíbrio entre agressividade e valor, e é justamente aí que o Dimir Midrange brilha. Com seu plano central baseado em Kaito, Bane of Nightmares + Enduring Curiosity, temos uma linha agressiva difícil de lidar, que exige respostas imediatas. Ao mesmo tempo, temos também uma capacidade de grindar o jogo gerando muito valor com o Draw Advantage das principais cartas.

Outro ponto forte está na estrutura da nova lista: temos ferramentas eficientes para qualquer situação. Seja removendo criaturas no early game com Cut Down e Go for the Throat, pressionando com criaturas com flash, ou protegendo nosso plano de jogo com interações pontuais e sinergias bem definidas, como Kaito, Bane of Nightmares + Enduring Curiosity ou Cecil, Dark Knight na 1 como um ótimo blocker entre outras, o deck consegue mudar de postura conforme a necessidade do matchup.

Por fim, o motivo mais importante para jogar com Dimir Midrange hoje é sua consistência. Não é o tipo de deck que ganha apenas por pegar o oponente desprevenido. É um arquétipo que recompensa decisões bem pensadas, domínio da curva de mana, conhecimento dos matchups e leitura precisa do jogo. Portanto, se você está em busca de um deck competitivo, com diversas linhas de jogo e que te permita vencer de forma justa e inteligente, o Dimir é, sem dúvida, uma das melhores escolhas no momento.

Só não se esqueça: a curva de aprendizado continua sendo alta. São muitas decisões por turno, várias mãos que parecem “meio jogáveis”, mas exigem domínio do plano de jogo, e partidas que podem ser vencidas ou perdidas por uma pequena escolha. Mas, uma vez dominado, o Dimir Midrange é um dos decks mais recompensadores e completos do formato.

Dicas de Mulligan

O Mulligan é, sem dúvida, um dos pontos mais delicados de qualquer partida, especialmente com um deck como o Dimir Midrange. No geral, não é recomendado mulligar agressivamente no G1, a não ser que já domine realmente o deck e saiba o que está procurando. Isso porque o deck possui uma base de mana bem equilibrada e uma curva inicial consistente, com diversas opções de drops 1 e 2. Ainda assim, avaliar a qualidade da sua mão inicial é sempre determinante para o rumo da partida.

De modo geral, prefira manter mãos que apresentem ao menos alguma interação nos turnos iniciais ou um plano claro de desenvolvimento. Mãos reativas, que oferecem controle de mesa, ou mãos com um bom sequenciamento ofensivo, costumam ser as melhores opções para o G1.

Evite mãos como esta:

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Aqui, claramente, você não tem jogadas para os turnos iniciais; nem ofensivas, nem defensivas. Ou seja, mão sem a menor chance de keep, mesmo tendo um certo balanço entre mágicas e terrenos.

Veja este outro exemplo:

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Esta mão, apesar de não ser incrível, temos uma jogada no turno 1, caso não venha nenhum drop 2, ainda podemos usar o mapa para manipular o topo, na 3 uma jogada de valor que é o Gix, Yawgmoth Praetor e terrenos garantidos até o turno 4 para um possível Enduring Curiosity no futuro.

Lembrando que o Spell Pierce deve ser utilizado prioritariamente para proteger as suas criaturas para conseguir conectar após o Gix, Yawgmoth Praetor está em campo para gerar o valor suficiente para poder ganhar a partida. Mas claro que essa é uma mão mediana.

Agora, imagine uma mão excepcional, onde teríamos um sequenciamento incrível:

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Esse tipo de mão é o sonho do Dimir Midrange, pois temos um plano de jogo claro. Lembre-se que você quer o Kaito, Bane of Nightmares na 3, então é Spyglass Siren na 1, Duress e mapa na 2 assim temos uma enorme chance de conseguir conectar o Kaito, Bane of Nightmares na 3. Entenda que você deve procurar uma mão em que haja um equilíbrio entre mágicas e terrenos, observando, contudo, a curva de mana.

Um último exemplo seria uma mão razoavelmente floodada, com 4 ou até mesmo 5 terrenos, mas com um Duress e um Go for the Throat, que te dariam resposta para as principais ameaças e te garantiriam todos os land drops, algo muito relevante para esse arquétipo. Claramente não é a mão ideal, porém lembre-se que o Mulligan pode te punir muito por não conseguir manter os seus land drops até o turno 4.

Guia de Sideboard

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O sideboard dessa versão do Dimir Midrange foi construído para cobrir pontos específicos do metagame atual, mantendo a versatilidade sem abrir mão da consistência.

• 2x Tishana's Tidebinder entram fortes nas mirror matches e contra criaturas com efeitos desencadeados, uma carta extremamente eficiente no tempo certo.

• 2x Preacher of the Schism, que antes estavam no main deck, agora aparecem aqui como resposta contra estratégias mais agressivas, sendo excelentes para segurar a pressão e gerar valor.

• 2x Ghost Vacuum funcionam como hate direto contra estratégias de cemitério, que ainda têm presença relevante no formato.

• 2x Duress são fundamentais contra decks de controle e estratégias mais lentas, permitindo desestabilizar planos usando como early discard.

• 1x Gix's Command ajuda a resetar a mesa contra aggro, além de fornecer opções de valor em situações grindadas.

• 1x Sheoldred’s Edict entra para lidar com planeswalkers e criaturas únicas que driblam remoções tradicionais como Hexproof, especialmente útil na mirror.

• 2x Withering Torment são respostas pontuais pensadas para lidar com ameaças específicas como Caretaker’s Talent e Unholy Annex // Ritual Chamber, mas com aplicação flexível.

• 1x Anoint with Affliction serve como remoção de baixo custo adicional, ótima contra criaturas resilientes ou que voltam do cemitério.

• 1x Negate é indispensável contra decks com muitas mágicas não-criatura, excelente contra controle ou combos.

• 1x Disdainful Stroke fecha o plano com uma resposta direta contra mágicas de custo alto, muito relevante contra decks que tentam ganhar no valor do late game.

O conjunto cobre bem o espectro do meta atual, permitindo ajustar a postura do deck entre agressiva, controladora ou grind, conforme o matchup exigir.

Contra Dimir Midrange (Mirror)

Apenas um adendo: fique atento ao Kaito no turno 3, nessa partida, quem está no play tem uma vantagem significativa. Se você estiver no draw, priorize mãos que incluam ao menos uma remoção para impedir que o Kaito entre limpo no campo.

Side In

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Side Out

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Aqui é onde você vai treinar de verdade, cada micro decisão importa muito, jogue com cautela e sem pressa.

Contra Mono White Tokens

Essa é uma das partidas que você mais vai encontrar no meta atual. Um deck focado em gerar muito valor ao longo do jogo. No G1, sua melhor chance está em adotar uma postura mais agressiva, buscando pressionar o quanto antes, evitar segurar demais as cartas é essencial, já que no late game, sem o sideboard, é difícil competir no valor devido ao número de remoções globais e ao forte Draw Advantage do oponente, sem contar a presença de Elspeth, Storm Slayer, que pode definir a partida sozinha.

No pós-side, é fundamental priorizar formas de interagir com o Caretaker’s Talent, que sozinho pode gerar um valor absurdo se não for respondido a tempo.

Side In

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Side Out

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Contra Jeskai Oculus

Este ainda está muito presente no formato, ainda mais pós-Bans. Está entre os mais jogados e com um dos maiores Winrates. Você deve estar preparado para este match.

Side In

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Side Out

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Contra Jeskai Control

Esse é um confronto difícil e geralmente focado no grind, prepare-se para partidas longas e bem disputadas. No entanto, com uma boa execução, é possível jogar levemente na vantagem.

O nosso grande trunfo aqui é o Kaito, Bane of Nightmares no turno 3: se ele não for respondido imediatamente, pode gerar uma vantagem tão grande que define o jogo ainda nos primeiros turnos.

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Side Out

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Ghost Vacuum já me ganhou muitas partidas contra o Jeskai Control. A jogada mais forte dele é o Shiko, Paragon of the Way,logo se você consegue quebrar ela, você leva vantagem.

Contra Gruul Aggro

Sim, o Aggro sobrevive, e já vem fazendo resultados relevantes com essa versão Gruul, então é algo que deve ficar atento. Inclusive com o “combo” de Screaming Nemesis mais Self-Destruct. Também já começou a aparecer aventureiros com Monoreds, então esteja preparado.

Side In

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Side Out

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Ainda estão em desenvolvimento, então as listas podem variar muito, mas entenda o que é menos efetivo nas matchs contra aggros. Kaito, Bane of Nightmares só deve ser jogado se tiver proteção, por isso é mais difícil achar um bom momento para ele conectar com esse arquétipo.

Gameplay

Considerações Finais

Encerramos aqui a análise da nova versão do Dimir Midrange, um deck que continua exigente, mas agora com uma proposta ainda mais agressiva e afiada, pronta para punir qualquer deslize do oponente.

Se você está começando com essa nova versão, saiba que os erros fazem parte da curva de aprendizado. É natural cometer equívocos nas primeiras partidas, afinal, pilotar bem o Dimir exige timing, leitura de jogo e, principalmente, experiência. Mas a recompensa está à altura: poucos decks do formato te oferecem tanto controle sobre o fluxo da partida e tanta flexibilidade de planos quanto este.

No metagame atual, o Dimir Midrange se encontra muito bem posicionado. Com sua base sólida, removals eficientes, uma curva bem ajustada e um plano explosivo com Kaito, Bane of Nightmares + Enduring Curiosity, ele consegue pressionar com qualidade e ainda grindar contra decks de valor. Além disso, com um sideboard bem planejado, ele se adapta com facilidade a quase qualquer matchup do formato.

Se você busca um deck competitivo, versátil e recompensador, capaz de jogar em alto nível e bater de frente com os melhores do meta, essa nova versão do Dimir pode ser a escolha ideal. Mas lembre-se: ele exige dedicação. Quanto mais você praticar, mais natural será tomar boas decisões com ele, e isso, inevitavelmente, te colocará mais perto do tão sonhado Mítico.

Eu sou Rodrigo Monteiro, mais conhecido como Prof. do canal ProfFriends, e agradeço por acompanhar até aqui. Qualquer dúvida, sugestão ou experiência que queira compartilhar, os comentários estão sempre abertos.

Nos vemos em breve e boa sorte com o Novo Dimir!