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Kaldheim Draft: Evolução do formato

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Hoje vamos analisar como anda o metagame de Kaldheim e quais os pontos a se explorar um mês após o lançamento.

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审核人 Tabata Marques

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Saudações,

Após a pausa para o Seladolink outside website visando o Arena Open, estamos de volta com nosso formato favorito.

No artigo de hoje pretendo abordar como anda o formato e o que mudou nesse meio tempo em relação à nossa análise iniciallink outside website, e como tenho abordado esse metagame.

Neve

Uma das características que mais gosto no formato Draft é o fato de que ele se autocorrige. Quando jogadores identificam alguma mecânica poderosa como Neve, o que acontece é que ela começa a ser cada vez mais priorizada durante a escolha de cartas.

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Se apenas uma pessoa das oito que estão na mesa sabe que Neve é bom, ela vai terminar com todos os cards da mecânica que foram abertos para si, e consequentemente com um ótimo deck.

Se quatro pessoas sabem disso, estão dispostas a brigar pelo deck e não largam o osso, qual o resultado? Quatro pessoas ficarão com um deck ruim, pois não terão a densidade suficiente de recompensas para a mecânica Neve funcionar bem em seu baralho. E quando você termina com um deck de Neve medíocre, você vai tanto perder para os bons decks de Neve que tem maior qualidade de cartas do que o seu, quanto para os decks agressivos que são rápidos e resilientes demais.

A minha impressão é que as pessoas em geral estão avaliando corretamente as cartas nesse caso, e estamos mais próximos do segundo cenário. Pessoalmente eu tenho evitado começar com os cards que precisam de muita neve, priorizando apenas as cartas de “neve splashável” (exemplos abaixo) que passam, ou mesmo não me envolvendo com o tema de forma alguma - montando Selesnya ou Boros Aggro.

Neve pesada

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Neve splashável

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Começar com cartas poderosas que exigem pouca neve te permite a saída de migrar pra um deck sólido de duas cores durante o draft, pegar alguns terrenos em picks oportunos e ainda assim aproveitar as cartas. Berg Strider em especial é fantástica e ainda melhor em múltiplas e vale a pena o esforço em garantir 3 ou 4 fontes nevadas.

Não se esqueçam que mesmo que Neve esteja sendo “superdraftada” pelo resto do mundo, de vez em quando esse deck vai ser a opção correta pro seu lugar na mesa. Muita atenção nessa hora: não é porque o arquétipo não está tão aberto como nos primeiros dias do formato que ele deve ser desconsiderado.

A cor preta

Falando em coisas que tenho evitado, a cor preta nesse formato é uma delas. Existem algumas raras fortes na cor, mas quando olhamos pras comuns, o que realmente existe depois de Feed the Serpent?

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Golgari

Tribal de Elfos pode funcionar, mas você depende de payoffs raros. Um deck só de comuns e incomuns não vai muito longe já que as cartas não fazem muita coisa por si só.

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Dimir

Quer jogar de Control no Draft? Você precisa ter uma bomba muito forte que valha todo o esforço de responder às ameaças do seu oponente e estabilizar a mesa. Se você não está começando com essa bomba - e percebendo que essas duas cores estão abertas o suficiente para ter as ferramentas que precisa - esse arquétipo é uma cilada. Controlar o jogo não é o suficiente, você precisa de algo que efetivamente encerre-o.

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Orzhov

Existem bons decks Orzhov com base branca - você se aproveita da sinergia no branco e complementa com preto quando a cor está aberta. Entretanto o deck de “doublespell” é muito mais frágil e lento do que parecia, e não funciona se você não comprar seus cards na hora e sequência certas. Se quer jogar de branco, Boros e Selesnya ainda são as melhores opções.

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Rakdos

O melhor arquétipo na cor, é basicamente o que acontece quando você já tem a base vermelha agressiva e surge o Preto como opção de cor secundária. Não é muito diferente do Boros Aggro, você quer bichos baratos, equipamentos e tricks. Talvez seu deck seja ligeiramente mais lento - as criaturas pretas são piores que as brancas em agressão, mas geram algum valor de outra forma.

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Felizmente, o resto do mundo parece que ainda não percebeu isso. Acompanhando essa páginalink outside website no site 17lands, vemos que Feed the Serpent ainda é bastante priorizada por jogadores; eu diria que essa carta pode até parecer boa mas começar um Draft com ela é cilada quando olhamos o contexto da edição.

Hoje eu digo que entraria no preto apenas por uma bomba muito insana - dependendo da opção, nem por isso - ou se parecer no meio do pack 1 que a cor está completamente aberta, com cards como Poison the Cup passando mais tarde do que deveriam.

A cor vermelha

Agora falando de coisa boa, acho que é bem seguro dizer que vermelho é a melhor cor no formato; a mais profunda e flexível.

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Essas são basicamente as três melhores remoções comuns do formato - e Demon Bolt a segunda melhor comum e ponto. Nenhuma das outras cores tem interação tão eficiente em mana.

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Esse é o Trio Maravilha quando olhamos para agressão em base vermelha, mas fato é que elas se encaixam bem em qualquer estratégia na cor. Cavalry permite virar jogos muito rapidamente. Firewalker produz vantagem de cartas a cada ataque. Hulk tem a mecânica “criatura grande” e força o oponente a um double block, o que permite maximizar a estrela Run Amok - como explicamos no Guia de Aggrolink outside website.

Começar um draft com algumas cartas vermelhas em sequência me deixa muito confortável nesse formato. Enquanto “plantamos nossa bandeira” no vermelho - o que não é difícil já que a qualidade das cartas é alta - podemos identificar qual será nossa cor secundária a partir do que está passando pela mesa e terminar com um ótimo deck. Partindo das combinações mais agressivas como Boros e Rakdos, ao Gruul que é ligeiramente maior, até o Izzet que funciona muito bem tanto midrange quanto controle.

As outras cores

Considerando vermelho no topo e preto no fundo, a minha conclusão é de que as outras cores são bem próximas entre si e não há um ranking claro.

Pessoalmente eu tenho favorecido Branco por ser uma cor bem sinérgica entre si e que funciona muito bem com o plano de Equipamentos que já discutimos no artigo anteriorlink outside website.

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Azul também é uma cor bem flexível como Vermelho, dando suporte pra decks agressivos com Berg Strider que muitas vezes coloca a tampa do caixão no oponente, ou Mistwalker que segura o jogo e depois vira de forma rápida. Ela apenas peca nas remoções que são um tanto condicionais e muitas vezes desapontam.

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E verde, apesar de conduzir naturalmente ao plano de Neve, ainda tem ferramentas adequadas para decks agressivos como uma boa remoção, além da melhor comum do formato. Sério, não passem Sarulf’s Packmate. E ultimamente Jaspera Sentinel é uma carta que só tem subido no meu conceito, brilhando todas as vezes em que entra no deck.

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Melhores comuns, incomuns e raras em contexto

Uma pequena heurística: no primeiro pick do draft você sempre pega a melhor carta. A partir do pick 2, tente identificar qual a melhor carta do booster fora de contexto, e qual a carta que melhor combina com o que você já pegou. As duas respostas são a mesma carta? Ótimo, um pick fácil! Caso não sejam, você tem que pesar o que vai perder e ganhar com cada uma das opções. Como diria o saudoso poeta Chorão, “cada escolha uma renúncia, isso é o Draft”.

Vamos apresentar quais são as melhores incomuns da edição e qual a prioridade delas em relação às melhores comuns - Sarulf’s Packmate, Demon Bolt, Behold the Multiverse. Elas não estão numa ordem exata dentro de cada "tier"; é um ponto que rende discussões interessantes e em que muitas vezes a decisão vai depender dos seus próprios vieses.

Incomuns melhores que Packmate

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Incomuns comparáveis a Packmate, melhores que Bolt

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Incomuns comparáveis a Bolt, melhores que Behold

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Incomuns comparáveis a Behold, melhores que qualquer outra comum

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Comuns que completariam meu top 10

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Raras e Míticas melhores que Svella, em nenhuma ordem particular

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Isso é o que temos pra hoje! Espero que essas noções apresentadas possam clarear seus começos de Drafts nessa terra perigosa e super complexa que é Kaldheim.

Se vocês tiverem questões sobre o formato ou sugestões de temas para abordar nos próximos artigos, por favor não hesite em deixar nos comentários!

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Bônus: Decks exemplo

O nosso clássico deck de Arado Fatal, em versão verde. King Harald's Revenge é até melhor do que Run Amok em algumas situações. A carta mais fraca do deck, acredite ou não, era Vorinclex.

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Demonstrando o poder do fixing nesse formato, um Selesnya recheado de bombas sem ter que se envolver nos temas de Neve para permitir splashes.

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Muito obrigado pela sua atenção e até a próxima!

Boa sorte ao abrir seus boosters, e tenha bons drafts!