Magic: the Gathering

Review

Modern: Review de March of the Machine para o formato!

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March of the Machine traz algumas adições pontuais importantes para o Modern, enquanto abre potencial para uma dúzia de novos combos.

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revisado por Tabata Marques

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Na terceira parte da temporada de reviews de March of the Machinelink outside website, analisaremos as novidades da edição e o potencial dos seus cards no Modern, onde o power level é mais alto e a eficiência de mana é um dos fatores que determinam a jogabilidade de um card no formato.

Battles no Modern

Por serem algo completamente novo para o jogo, as Battles podem trazer efeitos imprevisíveis ao Metagame do Modern, ou não gerar nenhum impacto imediato com essa edição.

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Como cada Battle possui um efeito de ETB e/ou um valor agregado, assim como no meu review de Pioneer, estarei analisando elas com base no valor dos seus efeitos, ao invés de na condição desencadeada caso elas transformem.

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No entanto, o Modern conta com cards que interagem com os marcadores de defesa e transformam as Battles imediatamente. Logo, haverão casos onde considerar o potencial da transformação é uma opção viável.

Branco

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Por mais que considere Elesh Norn como o card mais forte de March of the Machine, a sua inclusão no Modern parece muito mais improvável do que no Standard e no Pioneer.

Nas partidas onde sua primeira habilidade é punitiva, como contra Burn, conjurá-la no quarto turno significa já estar à frente no jogo. E se esse não é o caso, colocar uma criatura em jogo sem impacto imediato e/ou que não lhe garante um fôlego extra, ou um meio de travar a mesa, não é uma estratégia ideal para o Metagame atual.

A transformação em The Argent Etchings também não parece muito viável, além de ser suscetível demais a Prismatic Ending e/ou Leyline Binding.

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Phyrexian Censor é uma boa variante de Archon of Emeria em partidas onde o campo de batalha importa tanto quanto a quantidade de mágicas conjuradas. Seu corpo 3/3 o permite sobreviver bem no combate.

Em um vácuo, Archon of Emeria parece mais propenso ao Modern, dada sua interação com terrenos não-básicos, mas Phyrexian Censor pode merecer um espaço na sua pool, principalmente em decks de Aether Vial.

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Surge of Salvation é, talvez, o card mais importante de March of the Machine para os formatos eternos. Ele não está no mesmo power level e proteção que Veil of Summer, mas opera tão bem quanto nos arquétipos que desejam esse efeito.

A primeira vantagem dela contra o Metagame do Modern é que ele é uma proteção embutida contra Fury para os decks Aggro. Além disso, garantir hexproof para você e as permanentes que você controla significa ter uma camada extra de proteção contra Grief, ou contra hates específicos, como Force of Vigor contra o Hammer Time.

Essa mágica também previne dano proveniente de fontes pretas e vermelhas, habilitando algumas pequenas combat tricks, ou até um "turno extra" contra Burn, Death's Shadow, ou Rakdos Evoke.

Por conta das inúmeras possibilidades que ela habilita e seu espaço quase certo no maindeck ou sideboard de alguns dos principais arquétipos do Modern, considero Surge of Salvation como o melhor card de March of the Machine para o formato!

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Menção honrosa. Imagino alguns cenários onde ter Invasion of Gobakhan disponível como um "descarte temporário" para decks brancos possa fazer alguma diferença em um Metagame mais voltado para combos ou peças-chave.

Azul

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Menção honrosa. Com Counterspell disponível no Modern, há poucos motivos para jogar com Change the Equation, mas haverão situações onde ele adentre ao maindeck ou sideboard de arquétipos que usem Jegantha, the Wellspring.

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Chrome Host Seedshark não é um Shark Typhoon por três manas. Precisar pagar um custo adicional para colocar pressão na mesa não é uma tarefa fácil em um formato tão eficiente de mana, e a maioria das listas onde imagino sua presença se dariam melhor jogando com Monastery Mentor.

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Faerie Mastermind não é um card fraco, e há bastante potencial nele em um formato com Ledger Shredder e cantrips baratas. No entanto, essa criatura joga muito mal contra Wrenn and Six e troca negativamente contra a maioria das criaturas do Modern.

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Rona, Herald of Invasion interage com alguns combos parasíticos envolvendo Mox Amber.

Ela, o artefato, e Kethis, the Hidden Hand garantem looting infinito, tal como ela também interage com os loopings de Underworld Breach com Emry, Lurker of the Loch e Mox Amber. E no final, tudo termina com um meio de conjurar Thassa's Oracle e ganhar o jogo.

Não creio que os combos com ela são melhores do que os com Underworld Breach e Grinding Station, mas reconheço a possibilidade de subestimarmos seu potencial no Modern, ou de lançamentos futuros tornarem dela uma staple.

Preto

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Com o Infect tendo resultados ocasionais, e uma variante Golgari dele estando favorecida no Metagame por conta da "proteção contra as principais remoções do formato" de Phyrexian Crusader, Grafted Butcher merece uma menção honrosa pelo seu potencial de fazer uma mesa com mais de uma criatura tornar-se ameaçadora ao oponente.

Um Phyrexian Crusader ao lado de Inkmoth Nexus ou Glistener Elf garante cinco marcadores de veneno no turno em que Grafted Butcher entra em jogo. Logo, apesar de não ser a jogada mais otimizada que o Infect deseja fazer, seu suporte para o tipo Phyrexiano o torna digno de menção honrosa.

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Pile On faz muito pouco e custa muito alto para seu efeito. Mas não podemos subestimar uma remoção flexível conjurável por até uma mana, e talvez ele mereça slots no Sideboard de arquétipos que tenham um número suficiente de criaturas para conjurá-la por até duas manas.

Vermelho

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Khenra Spellspear é uma criatura decente para o Mono Red Prowess, onde o arquétipo não tem acesso a Sprite Dragon.

Diferente de Kiln Fiend, Khenra Spellspear interage com o recente "combo" de Mishra's Bauble com Underworld Breach, onde seu controlador utiliza os cards em seu cemitério para conjurar o artefato repetidas vezes, e desencadeia múltiplas instâncias de Prowess em um único turno.

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Lithomantic Barrage é uma resposta bem sólida para o Metagame hoje.

Por uma mana, e sem oportunidade de respostas, você lida com Teferi, Time Raveler, Ledger Shredder, Omnath, Locus of Creation, todas as ameaças do Azorius Control, e até com o Ragavan, Nimble Pilferer de oponentes descuidados que o conjuraram pensando estar seguros com um Counterspell de backup.

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Valerá um slot nos Sideboards na maioria das ocasiões onde Fry seria uma opção viável.

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Apesar do hype, Urabrask não parece bom o suficiente para o Modern, pois demanda trabalho demais para funcionar, o que o torna inferior a Baral, Chief of Compliance ou Birgi, God of Storytelling nos decks de Storm.

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Menção honrosa. O ETB de Invasion of Kaldheim dobra o número de cards em sua mão, caso você esteja executando um turno de combo. Quatro manas parece um custo muito alto para os padrões dos combos do formato, mas seu efeito é forte o suficiente para merecer um espaço neste artigo.

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Invasion of Tarkir merece passar por alguns testes no Izzet Murktide, pois tem sinergia com duas das principais criaturas do arquétipo: ela aumenta as chances de desencadear o Delírio de Dragon's Rage Channeler, enquanto podemos revelar Murktide Regent da nossa mão para aumentar o escopo do seu dano.

Não o considero uma staple, mas dentre todas as Battles lançadas nessa edição, ela é a mais viável em relação ao custo e eficiência para o principal deck do formato hoje, e seu lado transformado, Defiant Thundermaw, garante uma remoção recorrente ou um acréscimo relevante de clock nos turnos seguintes.

Talvez, essa tech funcione apenas no Legacy, onde podemos usar Chain Lightning para transformar Invasion of Tarkir em uma criatura.

Verde

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Atraxa's Fall é a remoção de artefatos e encantamentos mais flexível dos últimos tempos. Além de lidar com as Battles, caso elas se tornem relevantes, essa mágica também destrói outros alvos importantes do formato, como Murktide Regent, Leyline Binding, Sigarda's Aid, Fable of the Mirror-Breaker e Amulet of Vigor.

Ser um feitiço prejudica a sua viabilidade no Modern, mas a sua abrangência de alvos válidos lhe dará espaço pontual em alguns sideboards.

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Deeproot Wayfinder interage com Urza's Saga e Fetch Lands, mas requer esforço demais para funcionar em uma cor onde, no Modern, já costuma-se usar Wrenn and Six, que não necessita de passar pela fase de combate para lhe oferecer essa mesma recursão.

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Outro dos melhores cards do set para o Modern, mas para uma estratégia específica.

Ozolith, the Shattered Spire faz tudo o que decks de Hardened Scales buscam para a sua lista hoje. Ele funciona como cópias extras do card que dá nome ao deck, é um artefato, portanto, interage com outras peças do arquétipo, como Arcbound Ravager, tem uma habilidade de mana sink que colabora em não passar turnos sem fazer nada, e ainda possui cycling para que seu controlador não fique com cópias presas em sua mão.

Seu valor agregado para essa estratégia é tão alto que é difícil imaginar que, pelo menos, duas cópias não entrarão no maindeck. Porém, não sou versado o suficiente em Hardened Scales para afirmar o que deve sair da lista.

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Minha análise de Wrenn and Realmbreaker em quase todos os formatos competitivos é bem cética.

O fato dela custar duas manas verdes é um agravante menor em um formato com Fetch Lands, e ter um exército de criaturas 3/3 com hexproof pode ganhar jogos sozinha, mas o problema que vejo nessa Planeswalker para o Modern é que seu efeito de recursão é muito limitado, e apesar dela interagir bem com Wrenn and Six, que outros cards podemos retirar para adicioná-la ao principal arquétipo que se interessaria nela, os decks de Goodstuff?

Fable of the Mirror-Breaker parece uma opção melhor, Teferi, Time Raveler é uma interação essencial para o Metagame hoje, e qual slot flexível estamos dispostos a abdicar para adicionar outro drop três?

Não ficaria surpreso se a minha análise de Wrenn and Realmbreaker se provar errada e ela for melhor do que aparenta.

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Invasion of Ikoria possibilita um combo de "um card" com Vampire Hexmage, onde você conjura a Batalha com X = 2, busca a vampira do seu deck e a coloca em jogo, e a utiliza para transformar Invasion of Ikoria em Zilortha, Apex of Ikoria, uma criatura 8/8 com Alcance, do qual permite que criaturas não-humanas causem dano de combate como se não tivessem sido bloqueadas.

Quatro manas por um 8/8 sem impacto imediato não é o que esperamos de um combo para ganhar jogos no Modern. No entanto, Invasion of Ikoria é um tutor aos moldes de Finale of Devastation, e merece uma análise quanto à sua qualidade individual, ao invés de apenas como uma peça do combo.

O principal deck de Finale of Devastation o usa para buscar Asmoranomardicadaistinaculdacar, do qual Invasion of Ikoria não encontra porque ela é uma criatura do tipo Humano. Logo, precisaríamos de uma base mais eficiente e interativa para com a proposta da Battle para tirar o máximo de proveito dela.

Talvez, a melhor opção seja uma estratégia que tire proveito desses novos tipos de card, como uma lista que jogue com Tarmogoyf e Dragon's Rage Channeler ao lado de disrupção barata, ou um deck de toolbox eficiente, que possa encontrar o combo enquanto conta com outros mecanismos de valor para fechar a partida.

Ressalto, no entanto, que Zilortha, Apex of Ikoria tem um corpo grande o suficiente para sobreviver contra Unholy Heat e Fury, então, na shell certa, tê-lo na mesa rapidamente pode vencer jogos por conta própria. Por outro lado, assim como Crashing Footfalls não funciona vindo do Suspend contra Teferi, Time Raveler, o outro lado das Battles não podem ser conjuradas caso o Planeswalker esteja em jogo.

Multicolorido

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Tal como Arcane Proxy, Halo Forager permite conjurar mágicas sem valor de mana, como Living End e Crashing Footfalls, sem pagar seu custo. E, por ter as cores preto e azul, essa criatura é um pitch perfeito para Grief ou Subtlety, tornando-o uma opção ideal para os decks de Living End.

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Outro ponto relevante de Halo Forager é que sua habilidade permite conjurar um card de um cemitério, ou seja, você pode dar alvo nos cards do cemitério do oponente. Isso tem implicações importantes como, por exemplo, conjurá-lo em uma mirror de arquétipos de Cascade para jogar a mágica do cemitério do oponente sem pagar seu custo, ou virar o jogo em uma mirror.

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Por conta do trigger de Kroxa and Kunoros ser um ETB, ele possibilita um combo de self-mill infinito ao lado de Altar of Dementia, onde seu controlador pode sacrificá-lo em resposta ao trigger, triturar seis cards, e usar cinco para devolver Kroxa and Kunoros para o campo de batalha, criando um looping. O último trigger pode, então, devolver Thassa's Oracle para o campo de batalha para ganhar o jogo.

Não considero esse combo como mais eficiente do que o Grinding Breach, e nem vejo essa dupla de criaturas como um alvo mais eficiente para Persist ou Indomitable Creativity do que Archon of Cruelty ou Atraxa, Grand Unifier. Logo, não tenho altas expectativas quanto ao potencial deste card no Modern.

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Menção honrosa. Invasion of Alara tem um efeito de ETB poderosíssimo para decks de Goodstuff, onde quase todas as mágicas reveladas por ela terão um grande impacto.

Artefatos

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Apesar de considerá-lo mais relevante no Legacy, Sword of Once and Future traz proteções importantes para um pacote de Stoneforge Mystic. Dependendo do arquétipo, esse equipamento consegue produzir uma quantia alta de valor ao lado de mágicas baratas, como Expressive Iteration.

Porém, os decks de "Stoneblade", exceto pelo Hammer Time, que é uma estratégia de combo, estão em baixa no Modern faz algum tempo, e não há uma previsão breve de Stoneforge Mystic voltar ao topo do formato, e sem estar em uma base de combo.

Conclusão

March of the Machine traz algumas adições úteis ao Modern, onde destaca-se Surge of Salvation pelo seu potencial em um dos melhores arquétipos do Metagame, além de sua capacidade de resposta abrangente contra uma parcela dos demais decks competitivos.

Outras peças pontuais, que podem impactar o maindeck ou o sideboard de arquétipos específicos, também se destacam como parte do diferencial deste set. Já as Battles, apesar de terem potencial, ainda são uma incógnita no cenário competitivo, e apesar de algumas delas terem payoffs eficientes, a maioria parece limitada demais para o power level do formato.

Obrigado pela leitura!