Magic: the Gathering

Deck Guide

Reforçando o Precon Commander: Divine Convocation (Kasla, The Broken Halo)

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Uma análise e guia de upgrades do deck pré-construído de March of the Machine: Divine Convocation, com a comandante Kasla, the Broken Halo!

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revisado por Tabata Marques

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Os decks de Commanderlink outside website de March of the Machine possuem como tema a batalha entre os phyrexianos e o resto do multiverso. Hoje falaremos da Kasla, The Broken Halo, a comandante principal do deck.

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Ela é um anjo, nas cores Jeskai Magic Symbol wMagic Symbol uMagic Symbol r, custo de mana convertido 6, Convoke, Vigilance, Haste e Flying. E com o seguinte texto de habilidade: “Toda vez que você conjurar uma mágica com Convoke, use scry 2 e compre uma carta."

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O deck se baseia em tirar proveito da mecânica Convoke. A seguir analisaremos a lista, suas estratégias e como melhorá-lo.

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Sobre Kasla, the Broken Halo, temas e construção

O tema do precon Divine Convocation é o exército sendo liderado por anjos. Para representar essa ideia, temos diversos geradores de tokens de criatura, como por exemplo Goblin Instigator, Chasm Skulker, Elspeth, Sun’s Champion e Secure the Wastes.

A grande quantidade de tokens que o deck consegue gerar combina com o tema de exército, além de ajudar o uso da habilidade Convoke. No setor “divino” do precon, temos, além da própria comandante, Angel of Salvation, Seraph of the Masses e Angel of Finality.

No geral, o deck possui uma quantidade razoável de card draw, remoções pontuais e ramp, levando em consideração que muitas mágicas possuem Convoke e por esse motivo, cada token gerado conta como um ramp para elas.

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O baralho sendo Jeskai acaba gerando um inconveniente: as principais cores da habilidade convoke geralmente são verde e branco. Sem o verde, você perde o acesso a muitas cartas excelentes com a habilidade. Como consequência, temos o deck preenchido com várias cartas de qualidade questionável para ter uma recompensa no uso de Kasla, the Broken Halo e sua última habilidade, sendo Flight of Equenauts o principal exemplo.

Para compensar isso, são trazidas cartas novas que dão Convoke para próxima mágica (Wand of the Worldsoul, Flockchaser Phantom) e várias que possuem algum efeito por ser viradas (Wildfire Awakener, Goblin Medics, Fallowsage, Saint Traft and Rem Karolus).

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Por último, é relevante mencionar que nessa edição a mecânica “Planechase” está de volta e algumas cartas que interagem diretamente com essa mecânica foram incluídas.

Resumidamente, a estratégia funciona como um deck de tokens que tenta vencer tirando valor de grandes mágicas com Convoke. Temos bem superficialmente uma mecânica de blink e ETB, com Cloud of Faeries, Spirited Companion e Mistmeadow Vanisher, mas honestamente, poucas cartas e pouco payoff para considerar, além da completa falta de sinergia com o resto da lista.

Apesar da ideia parecer muito divertida, para dar um upgrade fica complicado, pois a mecânica de Convoke é algo limitado. Sofre o mesmo problema que o Ranar the Ever-Watchful, Otrimi, the Ever-Playful ou qualquer outro comandante que funciona na base de uma mecânica que apareceu em poucos sets: pool pequena, tornando os decks iguais ou fracos.

Dito isso, gosto de tokens, adoro de Jeskai e gosto muito da ideia de jogar meu comandante sem ter que pagar mana para isso, então eu quebrei a cabeça para descobrir como melhorar o precon e qual estratégia utilizar!

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O processo de Pesquisa e Mudanças

Inicialmente, a primeira coisa que eu fiz foi pesquisar quantas cartas com convoke ou que interagem diretamente com a mecânica nas cores: 52, já incluindo as que serão lançadas com o precon e o set MOM. Uma quantidade ridiculamente baixa, foi o que pensei inicialmente. Contudo, discutivelmente temos 22 cartas, além da comandante, que possuem qualidade para entrar na lista.

Idealmente, quando eu quero fazer uma estratégia tribal ou temática, busco usar algo entre 27-32 cartas dentro da tribo ou tema, para ter consistência.

Mas a realidade é que nem o deck na sua forma pré-construída tenta fazer isso: possui 17 cartas com convoke e 7 “payoffs” para a mecânica. São 24 cartas dentro do tema. Tem também 17 geradores de tokens, deixando-o bem dividido entre a temática de tokens e a de convoke.

Há o argumento de que o gerador de tokens faz parte do tema de convoke, pois precisamos deles para a mecânica valer a pena. Concordo que precisamos. Dito isso, meu ponto é que se até o precon que poderia lotar o deck com cartas de convoke mais fracas, dado o contexto de possuir power level mais baixo, não o faz, então nós também não precisamos.

Ok, então faremos um deck de tokens no Jeskai e usar a Kasla, ao invés do Kykar, Wind’s Fury, e por quê? Simples, trapacear custo de mana do comandante é divertido e eficiente. Você pode usar convoke para pagar a taxa de comandante, também. Por consequência, com o board adequado, você sempre consegue invocar a Kasla por custos baixos, tal qual o Tasigur, the Golden Fang e a mecânica delve.

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Kasla, The Broken Halo tem Vigilance, Flying e Haste, tornando ela uma excelente agressora. Infelizmente, ela tem 5 de poder e demoraria 5 turnos para tirar alguém por dano de comandante. Felizmente, Jeskai é uma excelente combinação para aumentar o poder de criaturas, seja do time todo ou individualmente.

Com isso temos um deck de tokens e um comandante jeskai que é um agressor eficiente e se importa com convoke. O que fazer?

Jeskai Ascendancy foi a resposta óbvia para mim. Muitas mágicas de não criaturas, gerar bastante tokens, comprar bastante cartas e estar constantemente agredindo.

Não seremos um voltron - pelo menos não de propósito, mas podemos virar um, caso a situação permita. E com a estratégia em mente, vamos para as mudanças.

Cartas que saem e entram

Saem os fillers

A primeira coisa a se fazer agora que temos um plano é tirar o que não encaixa no plano e contar quantos “free slots” temos. As primeiras a saírem são as que funcionam melhor com a mecânica Planechase. Particularmente acho a mecânica legal, mas só esporadicamente, cartas que só focam nisso não são valiosas para a estratégia nem quando estamos usando Planechase.

Fractured Powerstone, Ichor Elixir e Path of The Ghosthunter são cartas que só funcionam de maneira interessante quando tivermos Planechase rolando, e sem isso elas são terríveis. Talvez Path of The Ghosthunter seja mediana, mas não importa, vou para o corte.

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Com isso saíram dois “ramps” do deck e um gerador de token. Agora estamos com 6 Ramps e 16 geradores de token.

Agora vamos retirar as cartas de Convoke que não valem a pena: Joyful Stormsculptor, Seraph of the Masses, Angel of Salvation, Flight of Equenauts, Cut Short, Stoke the Flames, Temporal Cleansing, Shatter the Source e Chant of Vitu-Ghazi.

Foram 8 cartas com convoke e uma carta que te recompensa por usar convoke, mas mais importante: foram 4 de remoção pontual.

Agora temos 9 cartas com convoke e 9 remoções pontuais no deck.

No momento, o deck de 100 cartas foi reduzido para 88. Com 12 slots vagos, já é possível colocar algumas Staples das cores. Vou limitar para usar só Staples que possuem um valor mais acessível.

Entram: Jeskai Ascendancy, Frantic Search, Dig Through Time, Generous Gift, Negate,Boros Charm.

Foram metade dos slots vagos. Então temos 94 cartas, por hora. Entraram 3 fontes de card draw, duas remoções e duas proteções, Negate contando como remoção pontual e proteção. O deck originalmente contava com 8 fontes de draw, agora está com 11, uma quantidade bem razoável, principalmente considerando que temos algumas fontes constantes. O número de remoções pontuais subiu para 11.

Saindo

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Entrando

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Ramp

Na seção de fillers, tiramos dois mana rocks, o mínimo que queremos é que volte para um total de 8 fontes de ramp. Infelizmente, o deck não veio com os sinetes, mas nós colocaremos pelo menos 2. As opções são Boros Signet, Azorius Signet e Izzet Signet.

Já que temos 3 sinetes e eu não quero deixar nenhum de fora, tirarei o veículo mana rock: Cultivator’s Caravan. Mana rock de 3 manas para valer a pena tem que ter um efeito extra interessante e eu não acho que um 5/5 que você tem que virar três de poder para começar a ser usável seja interessante o suficiente.

Então ele sai, totalizando 96 cartas.

Saindo

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Cartas com Convoke

Nós retiramos uma boa quantidade de cartas com convoke anteriormente, está na hora de repor.

Sem pensar duas vezes dá para colocar Zephyr Singer e Obelisk of Urd. Duas cartas que irão melhorar o exército de tokens que pretendemos fazer.

Outra carta com convoke e excelente, mas com um preço um pouco salgado, é o Clever Concealment, versão mais amigável de Teferi’s Protection. Não vai salvar você de um golpe letal, mas protege suas permanentes e tem convoke. Perfeita para o deck.

Ainda temos o Bennie Bracks, Zoologist. Card Advantage por fazer algo que você já estaria fazendo normalmente é sempre positivo.

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Agora o deck voltou a ter 100 cartas. Então daqui em diante, para toda carta colocada, teremos que retirar algo.

Sem contar a comandante, estamos com 15 cartas com convoke no texto e 12 fontes de card draw. A ideia é chegar nas 17 iniciais. Então vamos continuar.

Uma carta que devemos colocar na lista para ajudar com convoke é a Invasion of Segovia. Ela gera tokens ao entrar em campo e caso seja transformada, vira uma criatura que dá convoke para todas as suas não criaturas, além de desvirar suas criaturas na sua etapa final.

Com a entrada dela, estou optando por tirar o Banisher Priest. Primeiro por achar uma remoção pontual fraquíssima. Segundo, pois o deck está com muitas criaturas.

Além dessa, eu estou relutante entre duas cartas que são boas: City on Fire e Transcendent Message. Gosto das duas e discutivelmente dá para usá-las, mas para isso precisaria de uma base de mana muito boa, já que ambas têm um custo bem alto de mana específica.

Knight-Errant of Eos e Return to the Ranks são outras excelentes opções no vácuo. Porém, a primeira não serve, pois não teremos tantas criaturas. Já a segunda é quem entrará na lista. Recursão é sempre bom e deixarei boas criaturas de custo 2 no deck. Como consequência dessa linha de raciocínio, irei tirar uma criatura de CMC 3 ou mais que tem pouca sinergia com a estratégia: Mistmeadow Vanisher.

Alcançando o número inicial de cartas com convoke, acredito que seja o suficiente para tirar proveito da mecânica da comandante e só ficaram cartas que acredito que sejam de fatos boas numa estratégia de tokens.

Saindo

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Geradores de Tokens

Elspeth, Knight Errant faz token e ainda buffa a comandante. Excelente carta aqui. Archangel Elspeth faz token, coloca marcador e ainda volta permanente do cemitério. Só falta servir café.

Saheeli, Sublime Artificer e Jaya, Fiery Negotiator fazem muito sentido aqui também.

Com isso temos 4 cartas novas. Então 4 sairão: Improbable Alliance, Cloud of Faeries, Evolving Wilds e Terramorphic Expanse.

O primeiro é um gerador de tokens ruim. O segundo faz pouca coisa pelo deck. Os dois últimos saem porque estamos com terrenos demais, agora que o estamos melhorando, e são os 2 piores terrenos.

Mas precisamos de mais geradores: Monastery Mentor e Third Path Iconoclast são dois excelentes geradores de token. Sai Nadir Kraken e Nesting Dovehawk que são geradores inferiores.

Young Pyromancer é outro excelente gerador de token por baixo custo de mana. Sai o veículo Deluxe Dragster. Eu achei a carta muito legal, mas ela não combina muito com o tema e custa muita mana.

Saindo

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Buffs

Por enquanto, mantivemos o equilíbrio inicial de draw, ramp e remoções do deck. Porém, algo que não acabou sendo o foco do pré-construído é deixar o exército de tokens mais forte.

Já temos as Elspeth que podem aumentar o poder das criaturas de uma forma ou outra, Venerated Loxodon que distribui marcadores para até 5 criaturas, Zephyr Singer que dá evasão para até 4 criaturas e Jeskai Ascendancy que deixa todas as criaturas mais fortes. Infelizmente, ainda não é o suficiente.

Elesh Norn, Grand Cenobite e Intangible Virtue são os nomes óbvios para deixar o time mais forte. Sai Goblin Medics e Village Bell-Ringer.

Saindo

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Base de mana

A base de mana não tem muito segredo, você coloca o máximo de terrenos que entram em pé e geram mais de uma cor que seu budget permitir.

Battlefield Forge, Clifftop Retreat, Deserted Beach, Glacial Fortress, Shivan Reef, Hallowed Fountain, Steam Vents, Sacred Foundry são as que colocarei nessa lista, mas dá para melhorar bastante se o dinheiro estiver disponível.

Saindo

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Fim das modificações iniciais

Bem, Commander é um formato de experimentação, principalmente quando temos alguns conceitos novos. Jeskai baseado em Convoke certamente é uma novidade.

A lista ficou desse modo:

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As modificações nessa lista foram feitas pensando em um orçamento relativamente limitado e em não modificar completamente o deck base. Então tenha em mente duas coisas: provavelmente a quantidade de mana ramp, card draw e derivados dá para balancear melhor, mas só com alguns vários testes práticos para ter certeza de como está. Não acho que vá fugir muito dos números que passei, entretanto. Remoção pontual e global vai depender do metagame.

Dá para aumentar ou diminuir cada uma delas conforme a necessidade do seu metagame. Se for colocar mais global, certamente Martial Coup é obrigatório. Eu só não coloquei, pois gosto de todos que já estão inclusos no deck e não achei que precisaria demais.

Lista Mais Cara

Aqui um exemplo de lista, caso você tenha dinheiro infinito e não tenha dó de modificar decks fechados.

Não darei detalhes, pois a ideia é a mesma da de cima, só que com cartas mais eficientes e mais caras. A ideia não é fazer um cEDH, então sem super combos e fast mana. É só muito dinheiro sendo jogado dentro do deck.

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Considerações Finais

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No final das contas, Convoke no Jeskai é bem difícil de se trabalhar, acredito que tenha feito uma lista que seja um bom começo para onde levar o deck, mas o power level sempre será limitado.

Nesse nível de Commander entre 5-7, a maioria dos slots são flexíveis e existe muita staple extremamente cara, então modifique conforme achar mais adequado. Espero que quem tenha comprado o precon consiga aproveitar essa comandante exótica.

Abraços!