Magic: the Gathering

Review

O Commander sem Motor do Paradoxo - Baral, Chief of Compliance

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Não entrando nos méritos de se o banimento foi justificado ou não, hoje nosso objetivo é curar essa ressaca causada pela quebra de uma estratégia que era presente em cerca de 1/4 do meta, dando, assim, alternativas para quem seguirá com os mesmos comandantes – para isso, o escolhido de hoje será Baral, Chefe da Conformidade.

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Olá, meus queridos! Tudo bem com vocês? Meu nome é Fogaça e estou aqui novamente para falar sobre Commander.

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Na última segunda-feira, o cEDH sofreu um grande golpe; almoçamos com a notícia de que Motor do Paradoxo foi banido do formato, com a justificativa de que estava contra os princípios do que o Comitê entende como Filosofia do Commander. Não entrando nos méritos de se o banimento foi justificado ou não, hoje nosso objetivo é curar essa ressaca causada pela quebra de uma estratégia que era presente em cerca de 1/4 do meta, dando, assim, alternativas para quem seguirá com os mesmos comandantes – para isso, o escolhido de hoje será Baral, Chefe da Conformidade.

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CONCEPÇÕES INICIAIS

Para os íntimos, Baral é uma pequena caixa de frustração em forma de deck, de modo que chegou a ser banido do formato x1 da Wizards. Sua estratégia derivará do característico plano de jogo do azul, aproveitando suas habilidades para anular os oponentes e controlar o jogo, sempre colocando o jogo dos adversários a frente do seu – o conhecido arquétipo Draw-Go.

CONSTRUÇÃO DO DECK

Para iniciarmos o deck build, temos de ter consciência de como os primeiros turnos do Commander funcionam; os jogadores têm a opção de entrar explosivos (priorizando acelerações e coisas do gênero), tirar vantagem da aceleração dos oponentes – a clássica mana, rêmora, vai – ou deixar seus recursos abertos para responder os adversários, caso seja necessário. Nesse quesito, nosso humano mago difere do comum, tendo uma particularidade para os primeiros turnos – iremos focar em baixar nosso general de forma rápida, mas sem priorizar o crescimento de nossa mesa.

Vamos explicar melhor como isso funcionará: para os que leram os artigos sobre Kreko, Chefe da Turbalink outside website, e Geist de Santo Traftlink outside website, o conceito será parecido com a idéia do aggro no mesão, assim, trabalhando com uma eminente pressão na mesa (recomendo a quem não leu os artigos citados que o faça). A melhor característica do azul, em minha opinião, é a reatividade, podendo responder a mágicas e jogadas dos oponentes; esse fato será usado para recuar o jogo dos outros três players, fazendo com que reconsiderem suas jogadas e atrasem seu gameplan, mas, para isso, necessitaremos sempre deixar manas abertas.

Peço que notem em nossa lista a relação de CMC de nossas instantâneas e feitiços com seus efeitos, assim como o número de anulações presentes em nosso arsenal. Isso será importante, pois sempre jogaremos fora de nossos turnos, aproveitando a fase final do jogador à nossa direita para prosseguir com nossas mágicas; esse fato permitirá que nossa ameaça continue impondo o ritmo da mesa, aliando-se ao baixo custo de nossas mágicas em velocidade de feitiço.

Dito tudo isso, vocês devem estar se perguntando: mas o que isso tem a ver com Motor do Paradoxo? É simples, o Motor dava poder ao deck para finalizar o jogo, aliando um grande card draw com um baixo custo e uma grande densidade de pedras de mana; sua dupla com Reversão Dramática + Cetro Isócrono permitia a consistência que a build necessitava, não sendo obtida sem Paradoxo. A chave para contornarmos isso será a apropriação de um velho conhecido dos pilotos de Baral – Polimorfismo! A idéia deste será readaptada para nosso novo recurso, assim, sendo usada para cavar Tirano Cabeça-D’Água, o qual substituirá nosso falecido artefato.

Exclusivamente explicando o combo, precisaremos do Tirano em campo e de duas pedras de mana em mãos, de forma que estas juntas gerem uma mana a mais do que seus custos. Se isto soou complicado, vamos para a prática! Usando Cálice do Fluxo Perene e Anel Solar, iremos conjurar o Cálice para desencadear a primeira habilidade do Tirano, voltando qualquer outra permanente para a mão de seu dono; após, jogaremos o Anel, voltando o Cálice para nossa mão; o ciclo se iniciará ao gerarmos duas manas com o Anel e conjurarmos o Cálice declarando zero para sua habilidade, voltando Sol Ring para nossa mão. A partir de agora, é só repetir o processo para mana infinita incolor, a qual será usada para criar um novo loop com outras pedras (dessa vez, artefatos que gerem mana colorida) para obtermos mana azul infinita. Depois de tudo isso, cartas como Golpe de Gênio e Zênite do Sol Azul nos darão a capacidade de millar os oponentes, nos conferindo a vitória.

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Além dos característicos counters, também contamos com remoções gerais e algumas peças de stax para frustrar o jogo de nossos amigos. Algo ser destacado é a base de mana simplificada, a qual permite uma consistência maior para nossas ações iniciais.

SUBSTITUIÇÃO DE CARTAS DE ALTO VALOR

Nossa lista usa consideravelmente poucas cartas de valor monetário alto, sendo que a maior parte destas são anulações. Pensando nisso, poderemos trocar nossas mágicas por outras com a mesma função, tendo um bônus de equivalência dado pela habilidade de redução de custo de Baral. Especificamente neste deck, os terrenos mais caros podem ser substituídos por ilhas básicas.

POR ONDE COMEÇAR?

É interessante que consolidemos uma idéia sólida para nosso jogo, assim necessitando de anulações, remoções, pedras de mana e cartas de compra para jogarmos com o Chefe da Conformidade. Após darmos prioridades a estes, as chamadas peças complementares – stax e cartas de valores mais altos – podem ser adquiridas, tendo, assim, um caráter secundário.

CONCLUSÃO

Com posse de todas essas informações, podemos concluir que há substitutos viáveis para o Motor do Paradoxo, não necessariamente fazendo com que seu banimento encerre o jogo de vários decks baseados nele.

Por hoje ficamos por aqui. Agradeço a todos que tem acompanhado essa série de artigos e peço que sempre deixem seu feedback para continuarmos melhorando. Até a próxima, meus queridos!