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Modern: Zombies Bombardment e o novo potencial

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Nesse artigo exploraremos algumas listas baseadas em interações de sacrifícios e zumbis, estratégia que parece muito promissora por ter recebido novas adições.

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revisado por Tabata Marques

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Innistrad: Crimson Vow acabou de chegar para concluir o retorno do plano para as novas coleções, e como em toda coleção que acabou de sair, claro que sempre estamos procurando cartas que possam dar suporte ou criar uma nova estratégia para o nosso formato favorito.

No caso de Innistrad, é impossível não pensarmos nas tribos presentes no plano. "Será que algum humano vale a pena pro Humans?", "Talvez alguma brew de vampiros finalmente fique jogável" e "Algum dos espíritos novos vai fazer meu bant Spirits voltar ao meta?" são pensamentos que passaram na cabeça de todos durante a temporada de spoilers, mas no fim de tudo, um suporte específico chamou minha atenção e me mostrou certo potencial: os novos Zumbis de Innistrad, mais especificamente para a estratégia de Zombies Bombardment!

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A Mecânica de Sacrifícios

Zombies Bombardment é um baralho que existe no Legacy baseado em sacrifício e retorno de criaturas, aonde sua core principal consiste em retornar várias vezes o Gravecrawler do cemitério e usá-lo como fonte de sacrifícios para os efeitos do baralho, como o Carrion Feeder e claro, para a Goblin Bombardment.

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Lendo essa descrição, é claro que nos lembramos de decks como o Jund Food, que foi bastante impactante no Standard, ou até do BG Yawgmoth (que inclusive já falamos sobre em um artigolink outside website). Mas a principal diferença que os zumbis têm, principalmente após os suportes que vieram nessas duas últimas coleções, é o potencial de poder agressivo. Para demonstrar isso, montei algumas listas do que acredito que podemos fazer com o deck, e é sobre elas que vamos falar agora!

Rakdos Zombies - Direto ao Ponto

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E aqui temos um exemplo claro do que exatamente queremos fazer!

Essa lista é totalmente focada na interação entre as criaturas, temos fontes constantes de sacrifício, criaturas que retornam do cemitério e criaturas que se beneficiam da entrada ou saída de zumbis, por isso, acho perfeito usarmos essa versão para uma análise completa do objetivo do baralho.

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Como fontes de sacrifício temos os já citados Carrion Feeder e Goblin Bombardment. O Feeder é uma das criaturas de mais alto impacto do baralho, podendo crescer constantemente a cada loop com Gravecrawler e se tornando cada vez mais difícil de se bloquear. Seu defeito é ser frágil a remoções, principalmente no early game, além de não poder bloquear, mas o fato de ser uma criatura de curva 1 que puxa remoções de oponentes já mostra a importância e força que esse carinha tem.

Goblin Bombardment ganha seu espaço por sempre ser um bom sac outlet, podendo servir como remoção ou principalmente para fechar o jogo com dano direto. O encantamento faz com que você sempre tire algum valor de suas criaturas, sendo um ótimo recurso em matchs mais arrastadas e um bom board control quando o oponente é o beatdown.

Um ponto importante que serve para ambas essas cartas é que elas proporcionam uma grande vantagem contra remoções de exílio, como Path to Exile e Prismatic Ending, cartas que normalmente seriam problemáticas contra o nosso deck totalmente baseado em cemitério.

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Mas fontes de sacrifício apenas são úteis quando aliadas a criaturas que querem ser sacrificadas. Para isso, a tribo conta com criaturas extremamente funcionais.

Vamos começar com o mais importante: Gravecrawler é a engrenagem principal e mais vantajosa para qualquer interação de sacrifício do deck. Sua condição de retorno é extremamente simples e de baixo custo, o que faz com que suas sinergias funcionem praticamente como um "mana sink", fazendo com que cada fonte de mana preta extra seja um recurso para suas fontes de sacrifício.

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Jadar, Ghoulcaller of Nephalia é um suporte recente que solidifica bastante a estratégia, gerando corpos que sozinhos já causariam uma boa pressão no oponente, já aqui, podemos explorar seu potencial ainda mais, utilizando seus zumbis decaídos como sacrifício para nossos efeitos. É mais lento que o Gravecrawler, já que ele praticamente gera um token por turno, mas ainda assim é um recurso constante, nos ajudando no early e no late game.

Dreadhorde Butcher é uma das criaturas mais estratégicas para serem sacrificadas, pois normalmente você irá sacrificá-lo apenas uma vez, mas se tudo der certo, ele vai causar um bom estrago, sendo perfeito para finalizar jogos ou remover criaturas importantes, além de naturalmente ser uma ameaça crescente. Fazer um butcher no turno dois e conseguir conectar provavelmente vai fazer o seu oponente se coçar para tentar removê-lo o quanto antes possível.

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Para concluir nossa sinergia, contamos com payoffs poderosos, cartas que irão se beneficiar da nossas sinergias de alguma forma. Um exemplo disso é o Champion of the Perished, que vira uma ameaça cada vez maior sempre que um zumbi entra em campo de batalha, e como praticamente tudo o que fazemos resulta em zumbis entrando e saindo de campo, não é incomum o Campeão ficar muito grande muito rápido.

Undead Augur é o único zumbi do deck que proporciona compra de cartas (e ele compra bastante carta), além de trazer uma vantagem natural contra remoções, te repondo uma carta caso ele morra. O Augure é uma máquina de Card Advantage, seu defeito é te causar bastante dano no processo, mas como estamos falando de um deck bem agressivo, geralmente vale a pena.

Falando em vantagens contra remoções, é hora de falar sobre a carta que me fez escrever esse artigo. Headless Rider é um zumbi que acabou de chegar em Innisatrad: Crimson Vow e cabe perfeitamente nesse baralho.

Criando novos zumbis sempre que suas criaturas morrem, o simples fato do Rider estar no campo faz com que as remoções do oponente sejam bem menos vantajosas. Mas quando pensamos que todos os nossos loops criam um corpo 2/2 a mais é que realmente o potencial da carta: vejo essa criatura com ótimos olhos e talvez ele seja o suporte faltante para os zumbis terem seu lugar na lua.

Como pudemos ver, a sinergia entre as peças do baralho se encaixam muito rápido, gerando bastante potencial ofensivo, aliado a uma curva baixíssima e um sistema de mana sink que irá otimizar bastante nossa curva e sequenciamentos.

Mardu Zombies - Lurrus entra na jogada

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Claro que quando pensamos em baralhos de curva baixa que utilizam o cemitério, Lurrus of the Dream-Den já se destaca na nossa mente. Nesse trecho do artigo, vamos dar uma olhada em quais são as vantagens e desvantagens em usar tanto o famoso gatinho, quanto a terceira cor no deck.

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Pensando em adicionar a cor branca, duas cartas se detacam para o deck.Wayward Servant é bem útil para a estratégia, sendo um bom payoff que vai desequilibrar o jogo ao seu favor, já o Tidehollow Sculler é uma ótima opção de interação, principalmente quando temos Lurrus e uma das nossas fontes de sacrifícios, pois tirando o Sculler do campo antes que o primeiro efeito dele resolva, o segundo efeito é "driblado", assim, você consegue tirar cartas do oponente sem se preocupar com um possível retorno delas.

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Outra grande vantagem é o uso de Mishra's Bauble, que é perfeita em conjunto com o Gato, criando uma vantagem em cartas interessantíssima. Convenhamos que Lurrus of the Dream-Den consegue explorar bastante o seu potencial aqui, já que estamos constantemente mandando nossas próprias cartas ao cemitério.

É importante falar também sobre os benefícios de trazer branco ao sideboard, sendo uma das melhores cores para a reserva. O branco possui permanentes que podem atrapalhar bastante o oponente, além de lidar melhor com os hates adversários, por possuir em seu arsenal mais remoções de artefatos e encantamentos.

Mas sobre as desvantagens, creio que temos duas muito relevantes, a primeira sendo referente à base de mana. Como eu disse ali em cima, o baralho sempre tem uso para mana preta por conta do Gravecrawler, então adicionar cores novas e outros terrenos que não conseguem conjurar o nosso querido zumbi pode ser problemático em momentos cruciais da partida.

Agora, a principal desvantagem aqui é sobre o uso do Gato excluir os drops 3 do baralho. Como foi dito, o Headless Rider é, na minha opinião, um dos suportes mais importantes que pode alavancar o baralho, e deixá-lo de fora parece ser bem prejudicial e creio que possa diminuir muito o alcance que o deck pode atingir.

Menções Honrosas

Ao montar uma lista, diversas cartas interessantes passam pela sua cabeça ou são sugeridas, mas acabam não ficando no deck final. Achei importante falar um pouco sobre algumas dessas cartas, até porque elas também são possibilidades para futuras construções.

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Cryptbreaker é um ótimo drop 1 e traz grandes vantagens com o Headless Rider, que vai criar mais board para você comprar mais cartas. Seus problemas são o pouco potencial ofensivo, já que sua habilidade de gerar zumbis é bem lenta e ele não tem o melhor corpo para combate do jogo. Além disso, temos Undead Augur, que mesmo custando uma mana a mais, compra mais cartas e tem um corpo mais forte.

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Já o Plague Belcher é uma das maiores criaturas possíveis para o baralho, mesmo com o drawback de diminuir/matar uma das suas criaturas, 5/4 é um corpo ofensivo bem interessante, além de que a habilidade estática do zumbi é extremamente interessante para o intuito do deck, que com os loops de voltar criaturas para o cemitério vão causar dano adicional. O problema é que a curva 3 do baralho está praticamente no limite, e o Headless Rider acaba sendo melhor que essa carta em tudo.

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Splashar verde foi uma das primeiras coisas que pensei quando pesquisei sobre o baralho; Grist, the Hunger Tide é ótimo quando pensamos em todas as nossas sinergias com cemitério e sacrifício, e Collected Company é perfeita para cavar criaturas específicas e colocá-las diretamente em campo quando o oponente menos esperaria.

Mas além do problema da base de mana, a curva do baralho é muito curta para que a Company valha a pena. Fazer a Company e puxar duas criaturas de custo 1 me parece um jeito bem ruim de se usar a carta, e com doze ou dezesseis criaturas nessa curva, temo que esse cenário não seja tão improvável.

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Conclusão

Montar listas é uma tarefa difícil e julgar se as mesmas são boas o suficiente para o meta é mais difícil ainda, mas com um grande potencial ofensivo, curva baixa e interações bem construídas, o Zombies Bombardment aparenta ter tudo para ser um tribal interessante para o Modern. Com toda a certeza adorarei testar o Headless Rider na lista assim que possível e trarei o resultado para vocês.

E com isso me despeço, até a próxima!