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Pioneer: Boros Convoke - Deck Tech e Guia de Sideboard

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O Boros Convoke foi a grande febre do Pioneer na última semana. No artigo de hoje, fazemos uma análise do deck e apresentamos um guia de como jogá-lo contra os principais competidores do formato!

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revisado por Tabata Marques

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Na última semana, a comunidade de Pioneer entrou em alvoroço com um novo deck, que fechou com duas cópias no Top 2 do Pioneer Challenge, em 21 de maio - o Boros Convoke.

Desde então, Invasion of Gobakhan, Reckless Bushwhacker e Knight-Errant of Eos explodiram de preço, e as redes sociais foram tomadas por debates sobre o power level da nova estratégia, até com comparações ao famoso deck de Hogaak, Arisen Necropolis do Modern.

Neste artigo, abordamos a fundo como este novo arquétipo funciona.

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O que é o Boros Convoke?

Boros Convoke é uma nova estratégia que surgiu a partir da interação de criadores de fichas com mágicas com a habilidade de Convoke. Seu sucesso deve-se ao lançamento de Knight-Errant of Eos em March of the Machinelink outside website.

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Além de ser conjurada de graça, Knight-Errant of Eos oferece uma habilidade poderosa de filtragem e card advantage, da qual permite ao seu controlador manter o fôlego mesmo após esvaziar a mão nos primeiros turnos para lotar a mesa de criaturas.

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Outro elemento importante que permite ao Boros Convoke ser tão rápido é a famosa interação de Gleeful Demolition com cards que criam tokens de artefato ou são artefatos. Com um Thraben Inspector no primeiro turno, e um Gleeful Sabotage destruindo a token de Clue no segundo, seu controlador já possui recursos o suficiente para conjurar Knight-Errant of Eos ou Venerated Loxodon.

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Por fim, ao popular o campo com tantas criaturas pequenas, e ainda conseguir conjurar mágicas de graça, o Boros Convoke é o lar perfeito para Reckless Bushwhacker, que também transforma seu exército de criaturas 1/1 em um clock que demanda respeito do seu oponente.

Por que o Boros Convoke é uma boa opção no Pioneer?

A estratégia do Boros Convoke é muito eficiente, e o deck é hoje um dos arquétipos mais rápidos do formato, sendo capaz de finalizar a partida tão cedo quanto no terceiro turno, enquanto consegue também manter-se na partida em jogos de atrito.

Ele possui os exatos elementos que tornam de híbridos de combo perigosos: o potencial de explodir e fechar o jogo cedo demais, enquanto também consegue jogar o "Magic justo".

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Outro motivo do sucesso do arquétipo é o Metagame. O Boros Convoke é rápido demais para os decks de Nykthos, Shrine to Nyx conseguirem segurar sua agressão, pois demandam três até quatro turnos de setup antes de começarem a fazer suas jogadas absurdas.

Além disso, o melhor deck do formato, Rakdos Midrange, é naturalmente mal-preparado para lidar com uma estratégia onde todas as ameaças fazem as mesmas coisas e têm o mesmo corpo. Quando todas as suas criaturas são 1/1, sem efeitos, e ficam maiores conforme você joga outras mágicas, você "piora" as remoções do oponente, porque matar qualquer uma delas se torna redundante.

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Esse novo arquétipo consegue também jogar por baixo dos decks Control, com uma resiliência muito alta contra sweepers graças à Knight-Errant of Eos, além de contar com um plano de atrito eficiente nos jogos pós-Sideboard. Por fim, por conta da sua velocidade, ele também consegue ficar à par do Abzan Gresefang, com o potencial de fechar um "hit-kill" mais cedo do que o oponente consegue fechar o dele.

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Ou seja, o que torna do Boros Convoke tão eficiente é uma mistura dele estar bem posicionado no Metagame e o fato dos principais decks do formato não estarem tão preparados para lidar com ele.

Decklist

Após realizar experimentos e testes por dois dias, essa é a minha lista atual.

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Essa versão é próxima da utilizada pelo jogador Sodeq para vencer o Challenge de 21 de maio. A exclusão mais notória na minha versão é Castle Embereth, que foi removida para realizar alguns testes com Sokenzan, Crucible of Defiance e Den of the Bugbear, além de uma Planície básica.

Embereth funciona como um pump massivo e interage bem com o resto do arquétipo, mas sua restrição de custos e/ou tipos é importante, e ela é um keep ruim no early-game, quando precisamos do maior número possível de terrenos desvirados. Além disso, Den of the Bugbear e Sokenzan agregam no plano de atrito para caso o oponente tenha respostas para o nosso exército de tokens, e ajudam bastante nas partidas de Midrange e Control.

Maindeck

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Esse arquétipo não existiria sem bons payoffs para focar na estratégia de encher o campo de batalha de criaturas para conjurar mágicas com Convoke de graça.

Knight-Errant of Eos é o grande habilitador do arquétipo. Além de ser uma criatura 4/4 que pode ser conjurada de graça, a nova adição de March of the Machine permite encontrar mais duas ameaças para repôr a sua mão.

O cavaleiro também interage bem com Reckless Bushwhacker, pois, caso encontre ela e outra criatura entre os cards do topo, ele prepara o setup ideal para pagar o custo de surge de Bushwhacker.

Apesar da criatura acima agregar na resiliência, é Venerated Loxodon que transforma suas criaturas pequenas em um exército respeitável. Se conjurada a partir do segundo turno com uma combinação de Thraben Inspector e Gleeful Demolition, o Loxodonte transforma todas as suas criaturas em 2/2, e soma um total de 12 de poder, distribuídos entre cinco ameaças.

Venerated Loxodon funciona bem em qualquer estágio da partida, pois garante maior resiliência às suas ameaças enquanto não lhe deixa desprotegida e sem bloqueadores.

Outro destaque dessas duas criaturas são seu custo e corpo em relação às principais remoções do formato. Cinco é um número ímpar, enquanto zero é tratado como um número par, e várias das nossas criaturas estão no escopo de número par para Extinction Event, enquanto quatro de resistência significa que essas ameaças sobrevivem a alguns dos principais sweepers do Metagame atual, como Brotherhood's End e Anger of the Gods, além de não serem alvos válidos para Temporary Lockdown.

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Nossa estratégia demanda ditar o Tempo da partida quanto antes. Logo, usamos um pacote de interações de criaturas que criam tokens de artefato com Gleeful Sabotage para adicionarmos três de poder na mesa ainda no primeiro, ou segundo turno.

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Além disso, os tokens criados por Voldaren Epicure e Thraben Inspector servem para ganhar fôlego no late-game ou filtrar a mão com um topdeck ruim. Já Ornithopter, além de servir como uma "Mox" para conjurar os cards com Convoke, também habilita o custo de Surge de Reckless Bushwhacker de graça.

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Para complementar nossa estratégia, contamos com cards de duas manas que também colocam mais do que um corpo no campo de batalha.

Forbidden Friendship não é uma criatura, e isso traz alguns problemas com Knight-Captain of Eos ou o nosso Sideboard, mas ele cria um token com Haste e um token de criatura branca, ambos essenciais para pagar o custo de Convoke.

Resolute Reinforcements não possui o impacto imediato de Forbidden Friendship, mas o fato dela poder ser conjurada no turno do oponente faz com que a matemática do jogo se torne mais complexa para ambos os lados. Afinal, a possibilidade de adicionarmos mais 2 de poder e, no turno seguinte, pumparmos eles com Reckless Bushwhacker é uma ameaça real nesse deck.

Clarion Spirit não gera corpos por conta própria, mas transforma cada segunda mágica conjurada no turno em um token extra. Esse espírito é importante na lista porque ele é o único card que cria tokens com voar.

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Para transformar nosso exército em uma ameaça, precisamos de cards que aumentem o poder delas e possibilitem um único ataque explosivo.

Reckless Bushwhacker é a principal wincondition da lista, e quase todas as variantes jogam com quatro cópias dele. Não é difícil conjurá-lo pelo custo de Convoke, e qualquer outra criatura que tenha sido conjurada ao lado dele será mais uma ameaça no campo de batalha.

Regal Leosaur é um card que experimentei jogando no Magic Arena, onde Reckless Bushwhacker ainda não está disponível na plataforma. A criatura de Ikoria é, em muitos casos, uma versão menos explosiva de Bushwhacker, mas ele possui algumas qualidades inerentes em um campo já estabelecido, com o seu acréscimo extra de poder sendo o maior atrativo para esse split de 3-1.

O outro motivo para esse split se refere ao topdeck: não é raro precisarmos contar com os cards que vêm nos nossos draws para resolver uma mesa travada ou desfavorável. Nesses casos, Reckless Bushwhacker se provou um topdeck pior, especialmente se falharmos em garantir muitos land drops ou se comprarmos mais cópias de Gleeful Demolition do que temos de artefatos em jogo.

Regal Leosaur, por outro lado, é um topdeck excelente nessas ocasiões, e pode fechar a partida no mesmo turno em que usamos seu custo de mutação em um Ornithopter ou qualquer outra ficha de não-humano.

Um split de 4-1 também é possível se removermos uma cópia de Resolute Reinforcements. No entanto, precisamos de consistência para conjurar nossas criaturas com Convoke, e retirar mais dos nossos produtores de tokens é um problema quando dependemos de Knight-Errant of Eos para filtrar nosso topo.

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A nossa lista conta com cerca de quatro slots flexíveis, com os dois principais sendo os de Giant Killer. No começo, eu estava cético sobre a inclusão desse card, e ele era meu principal candidato a sair para a inclusão de Regal Leosaur (e essa ainda é uma opção válida, caso você queira mais consistência nos hit-kill).

Só que o Pioneer têm uma abundância de criaturas com quatro de poder que demandam resposta imediata - Sheoldred, the Apocalypse, Greasefang, Okiba Boss, Polukranos Reborn, Atraxa, Grand Unifier e Omnath, Locus of Creation são alguns dos principais exemplos - logo, precisamos de, pelo menos, um meio de interagir com essas ameaças quando necessário.

Além disso, em jogos contra Aggro, Giant Killer também serve para lidar com possíveis bloqueadores e para atrasar o clock do nosso oponente.

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O Boros Convoke é muito ganancioso em mana. Às vezes, você quer Magic Symbol W no primeiro turno, e precisa de Magic Symbol RMagic Symbol W no segundo para conjurar uma sequência de Thraben Inspector, Gleeful Demolition e Knight-Errant of Eos. Em outros momentos, você precisa de múltiplas instâncias de Magic Symbol R ou Magic Symbol W no terceiro turno para fazer as melhores jogadas.

Portanto, priorizamos o maior número possível de duais que entram desviradas nos primeiros turnos, além de um split entre Needleverge Pathway e Mana Confluence, para garantir o melhor acesso possível às nossas cores.

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Temos duas cópias de lands utilitárias, que servem para ampliar o nosso fôlego no late-game, além de garantir um desempenho melhor em jogos de atrito.

Uma cópia extra de Den of the Bugbear aumenta a consistência contra Midrange e Control. No entanto, ele é um land drop de terceiro turno ruim, e há vários momentos em que precisamos de três manas desviradas no terceiro turno para conjurar um one-drop e Reckless Bushwhacker, ou para conjurar Regal Leosaur e fechar o jogo.

Sideboard

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Nosso pacote contra listas com remoções e/ou muito interativas.

Thalia, Guardian of Thraben, além de contribuir para o custo de Convoke, também atrasa em um turno o cast de sweepers do nosso oponente, que costumam se tornar o nosso maior obstáculo em vencer rápido no early-game.

Invasion of Gobakhan é um card estranho nessa lista. Nós queremos ser muito proativos e punir nosso oponente por manter mãos lentas, mas precisamos supor que ele tenha a oportunidade de lidar com o nosso clock cedo e nos atrasar por tempo o suficiente para encontrar uma resposta apropriada, ou tomar o controle do jogo.

Nessas ocasiões, Invasion of Gobakhan, apesar de não ser sinérgico com nosso plano de jogo, providencia a informação que precisamos para nos adaptar às respostas do nosso oponente, enquanto transformá-la garante uma mistura perfeita entre pump para nossos tokens e proteção contra remoções ou sweepers.

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Além disso, um turno de Ornithopter + Gleeful Demolition seguido de Invasion of Gobakhan é o early-game perfeito. Porém, as partidas onde quero a nova batalha não são as mesmas onde eu gostaria de ter slots para cards que não fazem nada por conta própria.

Wedding Announcement parece um tanto lento em muitas partidas, mas contra Midrange e Control, o fato dela produzir draws e tokens por conta própria para, depois, aumentar o poder das nossas criaturas, colabora muito para o plano de longo prazo que precisamos adotar contra Midrange ou Control.

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Rending Volley é a resposta padrão do Pioneer contra criaturas brancas e azuis. Ela é muito útil contra Greasefang, Humans, Spirits, Angels, e qualquer outro arquétipo que use criaturas nessas cores.

Imposing Sovereign é um card esquecido de M15, que funciona muito bem no Metagame atual contra os demais decks Aggro, mas também na Mirror Match. Muitos dos jogos de Mirror são baseados na quantidade de criaturas desviradas que cada jogador possui para bloquear um possível Bushwhacker do oponente, e quanto mais bloqueadores, menos favorável são suas chances de atacar.

Sovereign não só reduz o número de bloqueadores por turno, como também "locka" as jogadas surpresas de Reckless Bushwhacker, reduzindo bastante o clock do oponente. Por fim, diferente de Magmatic Chasm ou End the Festivities, esse card é uma criatura, logo, ajuda com o custo de Convoke e podemos encontrá-la com Knight-Errant of Eos.

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Assim como outros decks do Pioneer, temos Jegantha, the Wellspring como Companion por conta da nossa lista não abrir nenhuma concessão para usá-la, enquanto sua inclusão nos dá acesso a uma possível ameaça de late-game quando necessário.

Não creio que jogadores devem restringir sua deckbuilding para comportar Jegantha no Boros Convoke, mas na ausência de opções melhores com duas cores iguais na lista, sua inclusão é uma adição útil em algumas partidas.

Dicas e Truques

Mulligan

O Boros Convoke tem um plano, e precisamos estar de acordo com ele. Nossa mão inicial precisa de um número relevante de criaturas e/ou produtores de tokens, somado a, pelo, menos, um payoff - seja ele Venerated Loxodon, Knight-Errant of Eos, ou Reckless Bushwhacker.

Nosso topdeck nos pune mais do que nos favorece. Logo, não podemos manter mãos que precisem de um card específico no topo. Por outro lado, nós temos muita redundância, o que significa que um mulligan para cinco, ou até quatro, ainda nos garante um plano de jogo consistente.

Postura de Jogo

Conjure criaturas, convoque seus payoffs, pressione o oponente e encontre a melhor brecha para finalizar o jogo. É sério, nossa postura em toda partida é basicamente essa. Isso não significa que o Boros Convoke não tenha tomada de decisões. Na verdade, há uma série de micro-decisões que precisamos fazer para sucedermos na partida.

Por exemplo, o token de Clue de Thraben Inspector é um dos nossos recursos mais importantes conforme o jogo progride, pois ele garante um draw extra numa lista que carece muito de draws. O mesmo vale para o token de Blood de Voldaren Epicure, que nos permite filtrar nossa mão, e há momentos onde descartar um card importante para tentar achar um Reckless Bushwhacker é melhor do que esperar mais um turno.

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Outro exemplo é o que devemos colocar em nossa mão com Knight-Errant of Eos. Como ambos os cards são revelados ao oponente, eles também revelam o que pretendemos no próximo turno. Caso tenhamos um Reckless Bushwhacker em nossa mão, precisamos buscar outro e revelar para nosso oponente a possibilidade de um hit-kill em prol da consistência de ter duas cópias dele? Não há uma resposta exata, e depende da sua postura na partida.

Um ponto importante é quando e como devemos pagar nossos custos de Convoke no late-game. Quais são as criaturas que podem bloquear se necessário? Quais queremos pumpar com Venerated Loxodon? E quantas precisamos virar para encontrar o card que queremos com Knight-Errant of Eos?

Apesar do seu plano de jogo linear, há diversas micro-decisões que o jogador precisa tomar enquanto pilota o Boros Convoke que o tornam mais complexo do que muitos o consideram ser.

Dicas

Ornithopter é o card mais importante de early-game da maioria dos primeiros jogos, então não o conjure sem um objetivo. Ele serve para desencadear os triggers de Reckless Bushwhacker e Clarion Spirit, como uma "Mox" para as criaturas de Convoke, e como um alimento para Gleeful Demolition.

Clarion Spirit é outro card que você não deveria jogar sem um plano. Porém, se ele for sua única jogada de segundo turno, e não houver a opção de jogá-lo seguido de outra mágica no terceiro, é melhor colocá-lo em jogo cedo e garantir mais criaturas em jogo.

Gleeful Demolition destrói o artefato de outros jogadores sem criar tokens. Isso é essencial para lidar com peças buscadas por Karn, the Great Creator ou com Esika's Chariot.

Knight-Errant of Eos olha os seis cards do topo independente de quantas criaturas você usou para conjurá-lo. É importante saber o que pode te ajudar em cada momento para fazer a matemática de quantas criaturas são necessárias virar para encontrá-la.

⦁ Contra Midrange e Control, é muito mais ameaçador atacar uma Invasion of Gobakhan em jogo do que o oponente, à menos que você tenha dano o suficiente para letal e/ou a mesa e mão deles esteja lenta demais para lidar com suas ameaças.

Sokenzan, Crucible of Defiance custa Magic Symbol 1 a menos para cada permanente lendária que você controla. Isso importa nas partidas de atrito, com Thalia.

⦁ Busque usar, pelo menos, três criaturas para convocar Venerated Loxodon. Permanentes com Flying devem ter prioridade conforme a partida se estende.

⦁ Se seu campo de batalha já está bem estabelecido, Knight-Errant of Eos deve buscar cards que garantam uma segunda onda de ameaças, para caso o oponente responda com um sweeper.

Guia de Sideboard

Rakdos Midrange

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O Game 1 contra Rakdos é definido pelo quão bem conseguimos dominar a partida nos primeiros três turnos. Se nossa sequência incluir um número alto de criaturas e Venerated Loxodon, nosso oponente terá dificuldade em conseguir responder a tudo. Se tivermos um Knight-Errant of Eos, conseguiremos manter o fôlego por mais alguns turnos até encontrarmos Reckless Bushwhacker.

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Nosso maior pesadelo nessa partida é o oponente desvirar com Sheoldred, the Apocalypse. É comum que, nesses momentos, tokens de Blood sejam sacrificados por eles para ganhar mais fôlego e vida, sem contar a possibilidade de um Fable of the Mirror-Breaker estragar todo o nosso progresso em conjunto com a pretora phyrexiana.

Pós-Sideboard, Ornithopter e Gleeful Demolition saem porque é natural que esse jogo siga um rumo de atrito, e tentar puxar para o free-win, mesmo na play, é arriscado demais. Ambos os cards são os piores topdecks que podemos ter, então, eles abrem espaço para Wedding Announcement.

Nykthos Ramp

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O Nykthos Ramp é uma partida favorável enquanto conseguirmos colocar pressão neles. Logo, mãos com Gleeful Demolition e um enabler são excelentes, e podem carregar a partida sozinha ao lado de Reckless Bushwhacker.

Nosso problema começa à partir do momento em que Kiora, Behemoth Beckoner começa a desvirar Nykthos, Shrine to Nyx, ou quando o oponente encontra uma sequência de "barreiras", como Polukranos Reborn e Cavalier of Thorns. Nesses casos, precisamos jogar em volta deles e crescer nossa mesa para um ataque letal, e isso dá tempo demais para Karn, the Great Creator dominar a partida.

Lembre-se que Gleeful Demolition é utilizável para lidar com os artefatos buscados por Karn, caso necessário.

Nosso pós-side mantém o nosso plano de jogar por baixo do nosso oponente. Esse é um jogo onde todo turno conta, e para isso, precisamos atrapalhar a capacidade deles de usar suas criaturas como bloqueadores. Logo, Imposing Sovereign entra, enquanto Clarion Spirit sai por ser lento demais.

Abzan Greasefang

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A partida contra Abzan Greasefang também é sobre velocidade: nosso clock é um turno mais rápido do que o deles, e temos mais redundância em executar nosso plano de jogo. Porém, o combo deles, mesmo se com Esika's Chariot domina a partida.

Pós-Sideboard, Rending Volley é nossa melhor resposta contra Greasefang, Okiba Boss, e tal como contra o Nykthos Ramp, nosso objetivo é o de desacelerar o plano deles para progredir com o nosso.

Imposing Sovereign é outra opção decente nessa partida, mas incluí-lo na lista significaria reduzir um pouco mais a nossa velocidade, e não podemos nos dar ao luxo de dar tempo demais ao oponente.

Azorius Control

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O Game 1 contra Azorius Control é bem polarizado, e depende mais do keep deles do que do nosso. Às vezes, a mão deles terá todas as remoções baratas possíveis, seguidas de um Supreme Verdict com Teferi, Hero of Dominaria no turno seguinte.

Em outras vezes, eles terão diversos counterspells, nós teremos estabelecido nosso jogo nos primeiros turnos, e só precisamos jogar em volta e pressioná-los até que surja a necessidade deles virarem seus terrenos para um sweeper, daí prosseguimos em colocar mais pressão e convocar Knight-Captain of Eos.

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Pós-Side, as coisas mudam: eles estarão muito mais preparados para lidar conosco, e precisamos aproveitar as brechas que eles deixam para extrair valor o suficiente até conseguirmos fechar um clock. Ir para a race deixa de ser uma opção, logo, removemos algumas opções pontuais do nosso plano agressivo, além de Giant Killer, que não tem quase nenhum alvo válido nessa partida.

Nos Games 2 e 3, temos dois ângulos de ataque: podemos ir para a race, forçar um sweeper, e então jogar nossas permanentes de valor, como Wedding Announcement, ou jogamos com uma agressão mais moderada e buscamos acumular recursos para pressionar o oponente aos poucos.

Qual postura tomar depende do que seu oponente apresenta com seus land drops e/ou mágicas de primeiro turno, sendo essencial resolver um Invasion of Gobakhan para entender o plano de jogo deles para a partida.

Lotus Combo

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O Boros Convoke e o Lotus Combo não interagem muito entre si. O ganhador dessa partida é quem consegue fechar o seu combo mais rápido, então foque em mãos capazes de estabelecer um clock muito grande nos primeiros turnos.

Pós-Sideboard, removemos algumas criaturas para incluir Thalia, Guardian of Thraben, visando atrasar mágicas como Sylvan Scrying, ou Ritual of Soot.

Izzet Creativity

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A postura contra Creativity é bem similar à que temos contra o Azorius Control, mas com duas diferenças: as remoções e sweepers deles são mais baratos e mais comuns de existirem no Maindeck. Nosso foco permanece o de manter a pressão nos primeiros turnos, mas resolver um Knight-Errant of Eos é mais importante nessa partida.

Lembre-se que eles podem apenas ir para um combo-kill com Fable of the Mirror-Breaker + Indomitable Creativity. Logo, se o oponente conjurar a saga em algum momento, foque em acelerar seu clock ao máximo para tentar forçar um block do token de Goblin.

Pós-Side, temos o mesmo plano anti-control que tivemos contra Azorius, mas retiramos as mesmas peças que saem contra o Rakdos Midrange, pois eles contam com remoções muito baratas para gerar um 2-por-1 em um Ornithopter cujo Gleeful Demolition deu alvo. Porém, Demolition ainda serve para lidar com possíveis tokens de Tesouro nos momentos em que o oponente não encontrou o combo, ou para tentar jogar por baixo dele com Voldaren Epicure ou Thraben Inspector.

Humans

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Humans é uma partida da qual não conseguimos jogar por baixo. Então, precisamos acumular permanentes em jogo, aumentar o poder delas com Venerated Loxodon e buscar cada pequena brecha para dar algum dano, enquanto tentamos não deixar que eles tenham uma mesa superior à nossa.

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Clarion Spirit é seu card mais importante, pois nenhuma criatura do nosso oponente voa, e se os tokens dele forem usados para convocar Venerated Loxodon, teremos um ótimo clock.

Pós-Side, removemos algumas peças menos relevantes na partida, mas sem retirar todas, pois precisamos manter a consistência. Imposing Sovereign pune o oponente por nos pressionar enquanto deixa criaturas que acabaram de entrar em jogo para bloquear, enquanto Rending Volley deve ter como alvo cards mais problemáticos, como Adeline, Resplendent Cathar.

Spirits

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Spirits é uma partida bem favorável, pois nosso oponente não tem os meios para impôr o tempo deles contra nós, já que o Boros Convoke é mais rápido.

No entanto, o fato desse ser um jogo favorável não significa que é impossível perder. Afinal, as criaturas deles voam, e possuem uma sinergia tribal muito grande. Busque pressioná-los no early-game, e mantenha, pelo menos, três terrenos desvirados quando for conjurar uma criatura com Convoke nos turnos seguintes para evitar tomar um Geistlight Snare.

Temos o mesmo plano de Sideboard aqui que tivemos contra Humans, com Imposing Sovereign sendo ainda mais importante para evitar possíveis bloqueadores em Instant-Speed.

Mono Red Aggro

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O Mono Red Aggro é, em minha experiência, a segunda pior partida do Boros Convoke, sendo melhor apenas do que contra Selesnya Angels. Eles possuem um clock rápido, interações, e agora estão recorrendo à End the Festivities no Sideboard para limpar nosso campo de batalha por apenas uma mana.

A consistência do plano de jogo deles também é maior do que o nosso. Logo, nossa melhor opção é a de tentar ir para a race no early-game, tomar os danos iniciais e jogar Reckless Bushwhacker para encerrar a partida em um ou dois turnos.

Nosso pós-side é excelente contra Burn, mas sofre do mesmo problema das nossas demais criaturas: morrerem para End the Festivities, e é inútil tentar dedicar outros slots ou cards contra eles só para evitar perder para uma mágica de Sideboard.

Boros Convoke

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A Mirror de Boros Convoke é definida por qual jogador consegue estabelecer a melhor posição de mesa e tirar proveito do pump massivo oferecido por Reckless Bushwhacker. A matemática geral é o quanto de dano você consegue dar a cada turno sem arriscar morrer na volta.

Os tokens de Clarion Spirit são essenciais para puxar os primeiros pontos de dano, mas lembre-se de ter bloqueadores o suficiente para segurar a agressão deles. Conjurar Venerated Loxodon em turnos posteriores, pagando mana para pumpar apenas as suas criaturas com Flying, é uma opção.

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Pós-Side, Imposing Sovereign é nossa melhor resposta contra nosso oponente, e precisamos manter a postura agressiva do primeiro jogo. Giant Killer é pouco relevante nessa partida, apesar de matar Knight-Errant of Eos e Venerated Loxodon, que, inclusive, têm uma cópia retirada na nossa lista por ser um topdeck mais problemático quando não podemos virar criaturas demais para jogá-lo.

Conclusão

O Boros Convoke é, certamente, um deck poderoso e bem posicionado no Metagame do Pioneer. No entanto, pelo menos em sua configuração atual, ele não está nem perto de causar no formato o estrago que Hogaak, Arisen Necropolis fez no Modern.

Sua estratégia é muito linear, e um dos principais motivos para seu recente sucesso deve-se a como ele demanda respostas mais específicas para lidar com sua estratégia. Cards como Fatal Push e Dreadbore, ou até sweepers caros, como Ritual of Soot e Supreme Verdict são fáceis de se jogar em volta, enquanto remoções mais baratas, como End the Festivities e Illness in the Ranks dão mais dor de cabeça, pois nosso oponente pode jogá-las e ainda manter uma proposta proativa.

Porém, esse arquétipo ainda tem muito potencial de crescimento, e apesar dessa versão ser a mais rápida e consistente, imagino que uma evolução envolve reduzir um pouco da sua velocidade em prol de uma resiliência ainda maior aos hates do formato.

Se, ou quando essa versão surgir e tornar até das respostas específicas pouco efetivas - como Hogaak fazia com Force of Vigor em Leyline of the Void / Rest in Peace - poderemos considerá-lo como uma estratégia quebrada para o Pioneer.

Obrigado pela leitura!