Pioneer: Mono Red Axonil - Deck Tech e Guia de Sideboard

Desde seu lançamento em Lost Caverns of Ixalan, Amalia Benavides Aguirre se estabeleceu como uma poderosa peça de combo em um dos arquétipos mais eficientes do Pioneer atual, em um deck que visa interações com ganho de vida e um plano de beatdown justo ao lado de um combo explosivo e capaz de vencer a partida em um único turno.

Enquanto o debate sobre os problemas logísticos que Amalia traz aos eventos presenciais e digitais e sobre sua posição no Metagame continuam a se expandir, jogadores não possuem outras opções se não lidarem com o mais novo competidor e adaptar suas listas e estratégias em torno do novo combo e das novas nuances do cenário competitivo - por exemplo, decks Control começaram a incluir Change the Equation como um counterspell digno de maindeck.

Um dos que buscam a adaptação é o Mono Red Aggro, cuja ressurgência veio da necessidade de jogar por baixo das estratégias de atrito, mas que, na teoria, deveria sofrer significativamente contra o Abzan Amalia e outras peças de ganho de vida, como Sheoldred, the Apocalypse. Entretanto, o arquétipo continua a produzir resultado evento após evento e se consolidar como um dos dez principais competidores do Pioneer hoje.

Neste artigo, dissecamos a nova versão do Mono Red para entender como ele também se adaptou aos novos padrões do formato!

O Mono Red Axonil é a variante mais recente do Mono Red Aggro, um arquétipo tão antigo quanto o próprio Pioneer e que teve seu espaço no formato em diversos momentos da história.

Carregando a mesma essência dos seus antecessores, esta versão utiliza as principais staples de Mono Red do formato, como Soul-Scar Mage e Monastery Swiftspear ao lado de mágicas baratas como Play with Fire e Monstrous Rage para iniciar uma abordagem agressiva da qual pressiona o oponente a partir do primeiro turno.

Seu diferencial está no topo da sua curva, com Ojer Axonil, Deepest Might. O deus de Lost Caverns of Ixalan possui uma interação poderosíssima com fontes de dano fora do combate, sejam eles por meio de mágicas ou habilidades. Logo, o Mono Red agora utiliza mais permanentes para causar dano de combate indireto ao oponente com meios de os punir por tomar ações durante o jogo.

Assim, a atual versão do deck consegue atacar por diversas frentes, com a pressão inicial já bem reconhecida no Pioneer sendo complementada por efeitos que “taxam” através do dano as iniciativas do oponente de progredir na partida, além de recorrer agora a um 4/4 com Atropelar cujo conjunto de habilidades dificulta que seja destruído de maneira permanente.

Essa é a lista que tenho utilizado tanto em Ligas de Pioneer quanto nas ranqueadas do Magic Arena, com duas diferenças pontuais nesta plataforma: Roast e Wild Slash não estão disponíveis no Arena - enquanto Wild Slash foi fácil de substituir com Shock, a ausência de opções equivalentes para Roast em sua principal função me levaram até Nahiri’s Warcrafting, capaz de oferecer card advantage além de manter seu propósito como um meio de destruir Sheoldred, the Apocalypse.

O restante do deck é essencialmente o padrão do que vemos nas listas atuais, sem grandes mudanças e com três cópias para cada opção no Sideboard porque acredito que o Mono Red Aggro precisa apostar em redundância ao invés de abrangência, visto a baixa oportunidade que temos de encontrar one-ofs e/ou cards para situações mais específicas no timing certo.

Maindeck

Os one-drops que se tornaram o pilar dos aggros vermelhos no Pioneer.

Soul-Scar Mage e Monastery Swiftspear são ideais para começar a partida com um plano de agressão e controle de mesa e/ou agressão e burn, onde conseguimos puxar a pressão e fazer nossos oponentes gastarem os primeiros turnos buscando respostas e interação.

Kumano Faces Kakkazan é um excelente follow-up já que desencadeia o prowess das nossas criaturas e, no turno seguinte, amplifica o poder de Rampaging Ferocidon ou Eidolon of the Great Revel, além de colocar outro corpo no campo de batalha quando transformado, e sua primeira habilidade interagir bem com Ojer Axonil.

Nosso pacote de dano fora do combate.

Eidolon of the Great Revel foi um pilar do Burn no Modern e no Legacy, mas nunca chegou a esse estágio no Pioneer por conta dos custos mais altos no formato. Agora, com Ojer Axonil e a parcial redução de custos no Metagame pós-Smuggler’s Copter, além de tornar dos efeitos de ganho de vida do Abzan Amalia menos punitivos para o nosso clock.

Por falar em ganho de vida, Rampaging Ferocidon no maindeck é a nossa adaptação e resposta ideal para um Metagame onde o Abzan Amalia continua a crescer. Além disso, ao lado do card-chave dessa versão, o dinossauro faz com que oponentes precisem escolher meticulosamente quais criaturas querem em jogo, já que quatro de dano para cada uma delas se acumula rapidamente.

Chandra, Dressed to Kill é outra peça da qual interage muito bem com Ojer Axonil e oferece aceleração de mana para conjurar o deus vermelho, ou para ativar cards com valor de mana mais alto, como Ramunap Ruins ou Den of the Bugbear. Chandra também é responsável por dar mais alcance ao deck, sendo uma de suas principais fontes de card advantage.

Ojer Axonil, Deepest Might foi o principal card que revitalizou o Mono Red Aggro como opção no Pioneer ao lhe dar um meio de tirar proveito das fontes indiretas de dano para punir o oponente, além de oferecer um corpo decente e evasivo do qual, se destruído, também acelera nossa mana e pode retornar ao campo de batalha em condições específicas onde conseguimos sequencias várias fontes de dano.

Play with Fire e Wild Slash se complementam como remoções baratas e interação de mesa, enquanto também são meios de potencializar o impacto de Axonil na lista, transformando-os em versões melhoradas de Lightning Bolt.

Monstrous Rage garante mais alcance para nossas criaturas além de contribuir para o fator surpresa com Monastery Swiftspear e Soul-Scar Mage. Também podemos usá-la para aumentar o poder de Rampaging Ferocidon e fazê-lo lidar com seus dois bloqueadores numa troca favorável e/ou igualitária de recursos.

Light up the Stage permanece como um dos meios mais eficientes de decks de Burn ganharem um fôlego extra, dada que a diferença de mana entre ela e Reckless Impulse ou similares é bem relevante em uma lista que busca tirar o máximo de proveito da sua mana.

Ramunap Ruins é outro card que exponencialmente nessa versão, onde Ojer Axonil transforma seu efeito em um Flame Javelin, o terreno também é responsável por garantir mais alcance no late-game.

Den of the Bugbear e Sokenzan, Crucible of Defiance são outros meios de manter a pressão na mesa sem reduzir nosso número de terrenos, além de serem dois bons meios de jogar em torno de sweepers.

Sideboard

Nosso pacote de remoções.

End the Festivities é uma opção excelente contra decks de go-wide como o Boros Convoke, além de crescer como uma fonte de dano ao lado de Ojer Axonil, Deepest Might e possuir uma interação excelente com Soul-Scar Mage.

Roast é nossa melhor resposta contra Sheoldred, the Apocalypse e outras criaturas com resistência alta, sendo o melhor card de duas manas no formato para lidar com a pretora phyrexiana.

Rending Volley é uma necessidade para lidar com Thing in the Ice, criaturas maiores do Boros Convoke e também opera como resposta contra Greasefang, Okiba Boss e Spirits.

Além de ser outro meio de prevenir ganho de vida, Roiling Vortex funciona como excelente card e alcance e atrito em jogos mais longos, como contra Azorius Control, ou alguns decks Midrange.

Unlicensed Hearse é o hate de cemitério mais eficiente para nossa estratégia e funciona muito bem contra Izzet Phoenix, além de lidar com ocasionais interações com o cemitério do Abzan Amalia e Rakdos Sacrifice enquanto cresce como ameaça na mesa.

Rakdos Midrange

IN

OUT

Abzan Amalia

IN

OUT

Azorius Control

IN

OUT

Izzet Phoenix

IN

OUT

Boros Convoke

IN

OUT

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