Magic: the Gathering

Deck Guide

Avaliando e Melhorando os Pioneer Challenger Decks

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Afinal, os Pioneer Challenger Decks realmente valem a pena? Neste artigo, avalio o potencial de cada um dos decks lançados hoje, e apresento as melhorias que podem ser aplicadas neles!

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revised by Tabata Marques

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Esta semana foram lançados os Pioneer Challenger Decks, e tratam-se de quatro decks construídos essencialmente para você poder colocá-los num shield e jogá-los imediatamente nos eventos da sua loja local, muito parecidos com os Challenger Decks de Standard, lançados anualmente.

Porém, como em todo produto voltado para o competitivo, as listas não costumam vir completas e fechadas, mas costumam oferecer uma boa base para poderem ser utilizadas imediatamente, enquanto também oferece espaço para que o jogador exercite sua criatividade ou decida investir mais numa versão 100% competitiva do deck.

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Portanto, neste artigo pretendo explorar e elaborar as maneiras possíveis de fazer melhorias em cada um dos decks: Azorius Spirits, Mono-Red Aggro, Orzhov Auras e Lotus Combo, além de também explicar como cada lista funciona, comentar do valor de jogabilidade direto da caixa e avaliar, ao final, quais são os decks que mais valem a pena de se comprar em jogabilidade.

É válido ressaltar que, no caso de alguns decks, tentarei primeiramente realizar uma melhoria baseada na estratégia proposta pelo produto fechado antes de partir para a versão mais competitiva o possível, já que acredito que, desta maneira, o jogador que o adquirir pode fazer uma “escada” entra a versão da caixa, uma versão intermediária, e a versão mais competitiva possível que o deck proposto na caixa pode chegar.

Azorius Spirits

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O Azorius Spirits funciona essencialmente como um Tempo deck, que almeja avançar com suas criaturas evasivas enquanto atrasa o jogo do oponente respondendo aos seus cards com counterspells como Lofty Denial ou cards que realizam efeitos relevantes enquanto também são criaturas, como Spell Queller, enquanto aposta na sinergia tribal que Espíritos e/ou criaturas com Flying possuem graças a Supreme Phantom e Empyreal Eagle para acelerar o clock e encerrar o jogo rapidamente.

Este é o tipo de deck para jogadores que gostam de ter um plano proativo, mas sem abrir totalmente a mão da interação contra o oponente, tendo cards que funcionam em ambas as ocasiões, enquanto a sinergia tribal com certeza também atrai jogadores casuais para esta lista.

Porém, dentre os quatro, este é o que eu menos recomendaria para um jogador novo. Primeiramente porque um deck como o Spirits não é simples de pilotar e é muito punitivo para poder ser utilizado de maneira despretensiosa e sem planejar jogadas cuidadosamente e, além disso, este é de longe o que está pior construído para o pick-and-play.

Começando pelos terrenos, a lista conta com duas cópias de Glacial Fortess e quatro cópias de Temple of Enlightenment, e apesar de o manafixing e do scry serem úteis, um Tempo deck como o Spirits, que possui uma curva crescente, definitivamente não pode jogar com terrenos que entram virados de maneira incondicional, por ser extremamente punitivo para o jogador, já que um terreno virado no turno 3 pode significar não poder anular a carta-chave do oponente com Spell Queller, por exemplo.

Indo para as criaturas, a lista possui números muito estranhos de suas principais cartas: duas cópias de Spell Queller e Mausoleum Wanderer, além de uma cópia de Selfless Spirit são números muito questionáveis para lo torna funcional mesmo se jogado contra os outros três produtos, direto da caixa. É como se este deck tivesse sido construído para você precisar comprar dois deles para começar a jogar.

Por fim, o Sideboard possui uma mistura igualmente estranha de cards, mas todas são relativamente compreensíveis, dado que estes produtos não foram construídos para serem inteiramente completos, apesar de ainda considerar que existem opções melhores que poderiam ser aplicadas, como um acréscimo no número de Devout Decree.

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Em resumo, o Azorius Spirits, apesar de ser atrativo e com uma boa estratégia, parece incompleto demais para poder ser jogado direto da caixa porque sua estrutura possui muitas cartas essenciais com poucas cópias e sua manabase é bem ruim para um Tempo deck.

Então, como podemos melhorá-lo?

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Inicialmente, focarei na versão Azorius, pois a estratégia proposta direto da caixa encontra-se nesta combinação e base de mana. Logo, o investimento necessário para melhorá-lo será menor se inicialmente o mantermos na base Azorius e, para isso, elaborei uma lista fortemente inspirada na utilizada pelo jogador Bandit Keith, que comumente está no Top 4 do Pioneer Royale.

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Primeiramente, o deck necessita de quarto cópias de seus principais cards, isso é óbvio e não deveria haver tantos 2-ofs na lista original. A única exceção é Selfless Spirit, do qual você pode utilizar 2 ou 3 cópias no Maindeck, a depender do seu Metagame local.

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A outra mudança obrigatória na lista do Challenger Deck é uma melhoria da manabase, e não tenha receio de investir em terrenos, porque eles sempre serão úteis, mesmo que você decida mudar de deck.

Hallowed Fountain pode entrar desvirada em qualquer estágio do jogo enquanto interage muito bem com Glacial Fortess.

Hengegate Pathway é outra das melhores duais de cores aliadas que temos no Pioneer atualmente, mas deve ser utilizada sempre planejando adiante nas necessidades do seu deck, já que, quando você escolher um lado, ela só gerará mana de uma cor.

A propósito, caso a inclusão de Hengegate Pathway deixe o orçamento pesado demais, você pode utilizar algumas cópias de Port Town, já que ela interage bem com Hallowed Fountain, mas tenha consciência que haverão horas em que você poderá ter um terreno virado em momentos indesejados.

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Um card muito funcional num Metagame de criaturas é Nebelgast Herald, que essencialmente transforma todos os seus Espíritos em uma espécie de disrupção para remover bloqueadores do caminho ou travar o combate do oponente, algo que também é feito com Shacklegeist.

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Apesar de Skyclave Apparition ter um preço alto no momento, ele é a melhor opção que o arquétipo possui para lidar com diversas permanentes problemáticas, que vão de criaturas como Kroxa, Titan of Death’s Hunger até Arclight Phoenix, passando por criaturas encantadas, alguns Planeswalkers, e outras permanentes.

Você pode substituí-lo por Detention Sphere ou Deputy of Detention se preferir, mas Skyclave Apparition é uma staple de múltiplos formatos e definitivamente vale o investimento.

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Settle the Wreckage é muito relevante contra outros decks de criatura e pode virar o jogo a seu favor, já que, comumente, estas partidas funcionam como uma corrida entre os jogadores, onde cada um tenta atrasar o clock do oponente enquanto avança com o seu e nessas situações, Settle the Wreckage pode encerrar o clock do oponente por definitivo, colocando-o muito atrás na partida.

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Seguindo para a versão mais competitiva do deck, o Bant Spirits essencialmente utiliza a mesma base do Azorius Spirits, mas inclui um splash ao verde para um card que faz uma diferença gigante no arquétipo:

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Collected Company essencialmente lhe permite colocar duas criaturas do seu deck em jogo, em Instant-Speed, o que comumente cria tanto aberturas absurdamente explosivas onde você ganha o jogo no turno seguinte, como também permite ao arquétipo procurar a resposta necessária entre as seis cartas do topo para cada situação, seja com um counterspell com Spell Queller e Mausoleum Wanderer, ou com um removal com Skyclave Apparition.

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E o custo disso inclui melhorias significativas na base de mana para tornar do acesso ao card, que se torna pilar do arquétipo, sendo a jogada mais temida pelos oponentes em todos os estágios do jogo a partir do turno quatro.

Olhando para o cenário competitivo atual, o Bant Spirits é extremamente viável em torneios maiores, sendo o quarto deck mais jogado do formato atualmente e consegue obter resultados em praticamente todos os Challenges do momento.

Em resumo, o Azorius Spirits é um deck meio ruim vindo direto da caixa, mas que possui o potencial para ser bem jogável com algum investimento leve onde ele mantém a sua base Azorius e torna-se muito mais funcional e flexível contra os mais diversos oponentes num metagame local, e também torna-se um dos melhores decks do formato atualmente caso você resolva, posteriormente, investir mais e montar a sua versão Bant.

NOTA: 5/10

Mono-Red Burn

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O Mono-Red Burn é, como o nome sugere, um deck Aggro cujo objetivo é levar os pontos de vida do oponente a zero na menor quantidade de turnos o possível e, para concluir este objetivo, conta com criaturas de custo baixo que possuem uma ótima sinergia com as mágicas utilizadas, já que Soul-Scar Mage e Monastery Swiftspear crescem toda vez que você utiliza uma mágica que não seja de criatura, enquanto Ghitu Lavarunner torna-se uma ameaça imediata quando você possui dois ou mais Instants, ou Sorceries no cemitério.

Além disso, a lista possui também algum alcance e jogadas de impacto nos turnos posteriores, como Bonecrusher Giant, que pode ser um removal no early-game enquanto também é uma ameaça a partir do turno 3, enquanto Bomat Courier e Light up the Stage permitem que ele não perca o fôlego rapidamente após as primeiras jogadas.

Considerando o fator jogabilidade, o Mono-Red Burn é o segundo melhor deck para se jogar direto da caixa, pois sua base é muito consistente, seu plano de jogo é rápido e suas principais cartas encontram-se presentes na lista em quantidade abundante, além de que arquétipos como o Mono-Red sempre possuem aquele botão de “free-win” contra oponentes despreparados, ou punem keeps ruins, ou mulligans muito pesados.

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Começando a falar de melhorias, o Mono-Red Aggro é um deck que faz alguns ocasionais resultados no Pioneer e, para a felicidade dos jogadores, boa parte do que consiste as principais listas estão presentes no produto fechado, enquanto os restantes são cards recém-lançados, ou que provavelmente se tornarão mais acessíveis por estarem presentes na caixa em pequenos números, exceto por uma staple de Born of the Gods.

Esta versão acima é uma mescla das principais listas de Mono-Red que fizeram resultados recentes nos eventos de Pioneer, com modificações e adições que, particularmente, considero benéficas para seu plano de jogo.

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Começando pelo card mais caro da lista, e um que o deck não possui absolutamente nenhuma cópia, Eidolon of the Great Revel é uma staple de basicamente todos os arquétipos de Burn do Pioneer, Modern ou Legacy e, apesar de parecer contraintuitivo para um jogador novo (o que acredito ter colaborado para sua ausência no produto), faz uma enorme diferença ao estabelecer o clock contra oponentes que fazem diversas mágicas num turno enquanto também funciona para atacar o oponente.

É importante ressaltar que, diferente do Modern ou do Legacy, onde você costuma querer utilizar o Eidolon quanto antes, existe uma quantidade significativa de vezes onde, por conta de como o desenvolvimento dos jogos no formato funciona, você precisa primeiro estabelecer alguma pressão e/ou vantagem de dano na mesa antes de conjurá-lo, já que você comumente ainda terá cards para jogar ao decorrer da partida, e você não deseja arriscar acabar ficando para trás no dano e ser punido pela sua própria criatura.

Porém, onde esta criatura se destaca é nas partidas menos agressivas, onde o oponente não costuma estabelecer um clock rápido o suficiente, como é o caso dos decks Control, ou em partidas onde o oponente procura utilizar múltiplas mágicas num turno, como contra o Lotus Combo ou o melhor deck do formato atualmente, Izzet Phoenix.

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Den of the Bugbear foi um terreno lançado recentemente, em Adventures in the Forgotten Realms, e que encaixa-se muito bem neste arquétipo para melhorar a manabase, que passa a adotar entre 22 e 24 lands por conta do aumento na curva, enquanto sua habilidade ativada permite que ele se transforme num mini Goblin Rabblemaster, tornando-se um poderoso manasink no late game, que estabelece uma pressão maior em mesas vazias após um sweeper, por exemplo.

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Existem pouquíssimas ocasiões onde Wild Slash será melhor que Play With Fire no Pioneer atualmente, e o Scry 1 oferecido pela nova adição de Innistrad: Midnight Hunt faz alguma diferença num arquétipo que não possui meios de obter card selection e joga com poucos recursos de card advantage.

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Falando em card advantage, a curva do deck sobe um pouco com estas mudanças, e cards como Ghitu Lavarunner e Light up the Stage perdem parte da sua utilidade pela redução no número de mágicas de dano direto e em criaturas que jogam muito “por baixo” do oponente e, com isso, torna-se possível tirar um melhor proveito de um dos cards vermelhos mais poderosos do formato: Chandra, Torch of Defiance.

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Os jogadores que viveram a época do Ramunap Red do Standard sabem do que estou falando: Chandra é card advantage, mana ramp, removal e wincondition num mesmo card e oferece todo o alcance que um deck vermelho agressivo pode precisar para manter-se na partida e/ou jogar por cima das versões de “Burn”, que costumam jogar com um foco maior em dano direto.

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Como o deck agora foca um pouco mais em jogar com ameaças impactantes, Goblin Chainwhirler também já definiu o Standard. Tal como na época em que era uma grande staple do formato, aqui ele interage muito bem com Soul-Scar Mage para causar dano a todas as criaturas do oponente em forma de marcadores -1/-1, o que faz uma grande diferença no decorrer da partida e que, somado ao corpo 3/3 com First Strike, o torna uma ameaça considerável para os oponentes.

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Existem muitos cards nos slots de Rimrock Knight, como Kari Zev, Skyship Raider, Torbran, Thane of the Red Fell, Zurgo Bellstriker ou Anax, Hardened by the Forge ou mais mágicas de dano direto como Wild Slash, mas optei por Rimrock Knight porque interage bem com o resto da lista, adicionando triggers de Prowess para Soul-Scar Mage e Monastery Swiftspear, dando um aumento de poder significativo para um Goblin Chainwhirler bloqueado e é uma criatura 3/1 por duas manas por conta própria, além de ser muito fácil de encontrar e muito acessível.

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Como muitos cards do sideboard do deck original vão para o Maindeck, entram diversas novas opções.

Rampaging Ferocidon é muito útil em evitar que seus oponentes ganhem vida enquanto estabelece um clock, e também pune decks que utilizam meios de fazer diversas criaturas, como o Bant Spirits ou o Rakdos Pyromancer.

Grafdigger’s Cage é uma staple do formato e necessária para combater diversas estratégias que estão entre os arquétipos mais utilizados hoje, como conjurar cards do cemitério ou trazê-los de volta ao jogo como o Rakdos Pyromancer e o Izzet Phoenix fazem, ou jogando cartas direto do próprio deck, como o Bant Spirits.

Aethersphere Harvester é uma boa carta em partidas agressivas, em especial a mirror de decks vermelhos, já que é uma ameaça evasiva que pode lhe dar até 6 de vida com suas ativações.

Lava Coil é um removal eficiente em lidar com criaturas que voltam do cemitério como Arclight Phoenix, enquanto também resolve a outra ameaça do arquétipo, Thing in the Ice. Você pode colocar outros removals neste slot, mas considero o Izzet Phoenix relevante o suficiente no momento para você precisar respeitá-lo.

Agora, se você quiser investir ainda mais e partir para sua versão mais competitiva, o Boros Burn é um dos três melhores decks do formato atualmente!

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O Boros Burn possui diversos resultados consistentes e, inclusive, é um dos decks que mais utilizei no Pioneer Royale, ao ponto de que criei um guia do decklink outside website e um guia de sideboardlink outside website que, apesar de um pouco datados (eles foram escritos em Janeiro) podem lhe ajudar a compreender como ele funciona e como se portar nas partidas, já que poucos cards mudaram da lista desde então, apesar de o Metagame ter passado por mudanças muito relevantes.

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O Boros Burn funciona de maneira mais próxima da lista vinda direto da caixa, mas requer um investimento bem maior conta da sua manabase que inclui uma abundância de terrenos duais para você ter, de maneira consistente, o acesso à mana branca num deck que simplesmente não pode ter terrenos entrando virados nos primeiros turnos do jogo.

E o motivo de você utilizar branco, essencialmente, não se encontra no maindeck:

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Você utiliza branco na lista para ter melhores respostas no sideboard, e para ter acesso a um dos cards mais poderosos de Magic lançados recentemente, Lurrus of the Dream-Den.

Lurrus funciona como uma oitava carta na sua mão, da qual você pode ter acesso a qualquer momento, e pode virar o jogo a seu favor quando você conjurá-lo na hora certa que, comumente, será quando seu oponente já tiver gasto seus recursos contra suas criaturas no early game e já tiver sofrido dano o suficiente para estar sempre no limiar de perder o jogo com uma sequência mais explosiva.

Quando Lurrus está em jogo, cada turno que seu oponente não o responde comumente significará uma ameaça a mais que ele precisará lidar na mesa, e isso fica ainda pior quando elas possuem impacto imediato, como Monastery Swiftspear ou Viashino Pyromancer.

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Para ter acesso consistente e recorrente à mana branca, você precisa de uma base de duais boas o suficiente e, como o deck não pode se dar ao luxo de jogar com lands que entram virados, é necessário utilizar as melhores lands disponíveis nas cores de Boros.

Estes terrenos entram desvirados nos momentos certos da partida e recomendo muito evitar cards como Clifftop Retreat ou Needleverge Pathway, já que a Check Land pode interagir muito mal com as outras dual lands, e o Pathway é punitivo demais para um arquétipo que quer ter acesso a Eidolon of the Great Revel e Lurrus of the Dream-Den, ocasionalmente no mesmo turno.

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Visto que você utiliza branco, você pode utilizar Boros Charm, a mágica que mais causa dano no formato por duas manas, enquanto também serve para proteger suas criaturas de sweepers ou até mesmo fazer com que Monastery Swiftspear ou Soul-Scar Mage causem muito dano ao proporcionar Double Strike a eles.

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A importância de Sacred Foundry também conta devido a Chained to the Rocks, um dos melhores removals de custo 1 do formato, mas que só interage com Montanhas e, portanto, possui uma grande limitação em seus terrenos, mas que se torna irrelevante para um deck que utilize uma quantidade significativa de Montanhas, como é o caso do Boros Burn.

Chained to the Rocks essencialmente lidará com qualquer criatura que seus removals tradicionais não lidam, e pode ser reutilizado com Lurrus caso seja anulado ou destruído pelo seu oponente.

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Falando em reutilização com Lurrus, você pode fazer de Soul-Guide Lantern uma espécie de cantrip recorrente, ou também uma maneira de manter o cemitério do oponente sempre vazio.

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No final das contas, meu veredito é que o Mono-Red Aggro, direto da caixa, faz um bom trabalho em te oferecer os cards para ambas as bases de versões mais competitivas dos decks vermelhos, enquanto também funciona muito bem de maneira individual, já que possui uma base consistente, monocolorida e com quatro cópias de seus principais cards.

NOTA: 8.0

Orzhov Auras

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O Orzhov Auras é, no meu ponto de vista, o deck mais completo dentre as quatro listas, pois possui praticamente todos os cards necessários para que funcione em sua melhor forma, seus terrenos duais são excelentes se comparados aos da outra lista de duas cores, e sua base de criaturas e mágicas é essencialmente a mesma das listas mais competitivas.

O Auras essencialmente funciona como um “voltron”, ou um “Bogles” do Pioneer, onde você, ao invés de utilizar criaturas com proteção embutida, se beneficia do uso de cards que dão proteção ou indestrutível para as suas criaturas encantadas, que comumente serão ameaças evasivas e/ou que possuem algum valor agregado, como Lifelink.

O deck roda em torno de Sram, Senior Edificer e Hateful Eidolon, ambos os cards servem para que você mantenha a mão-cheia mesmo utilizando suas mágicas ou caso uma criatura encantada sua morra, o que permite ao arquétipo manter seu fluxo de cards sem ser prejudicado por removals, enquanto permanentes como Ethereal Armor e All That Glitters fazem com que suas criaturas fiquem gigantescas em poucos turnos.

O grande problema do Orzhov Auras, entretanto, é que o arquétipo encontra-se em baixa no Pioneer atualmente e fez poucos ou nenhum resultado expressivo nos últimos meses, mas, para um Metagame local, este deck com certeza funciona bem e consegue ganhar jogos por conta própria contra oponentes despreparados, enquanto seu Sideboard permite uma melhor interação nos games 2 e 3.

Além disso, a lista já vem com seu Companion: Lurrus of the Dream-Den, que se encaixa perfeitamente nesta estratégia.

Portanto, o Orzhov Auras é ótimo para se jogar direto da caixa, e apenas precisa de algumas alterações pontuais em suas lands e Sideboard para ser a versão mais competitiva o possível.

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Esta é uma versão atualizada do deck construída por mim, com base nos resultados que o arquétipo teve entre Setembro e Outubro e, como podemos ver, o que é incluso na lista são melhorias na manabase para aumentar a consistência do arquétipo, além de melhores opções no Sideboard.

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A inclusão de Godless Shrine e Brightclimb Pathway permitem ao arquétipo sempre ter o acesso à mana necessária no momento necessário. Apesar de não ser um deck com requerimentos de mana muito pesados, a consistência de dezesseis duais oferece muita versatilidade quanto a como jogar seus cards e abre um leque de possibilidades bem maior, especialmente em jogos de pós-sideboard.

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Apesar de não ser um consenso nas listas, realmente acredito que ela precisa de quatro cópias de Stonecoil Serpent como uma ameaça evasiva que se torna um enorme problema se encantado com as cartas certas, e pode retornar ao jogo ainda maior através de Lurrus of the Dream-Den no Late-Game.

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A lista original possui uma cópia de Thoughtseize e três cópias de Duress, e acredito ser muito claro que o arquétipo precisa de quatro cópias de Thoughtseize (e, possivelmente, algumas de Duress, dependendo do Metagame) para interagir com o oponente sem restrições, já que existem cards de criatura ou permanentes que podem simplesmente virar o jogo para o oponente caso entrem em jogo.

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Apesar da interação de Dead Weight com Hateful Eidolon ou Lurrus of the Dream-Den ser bem sinérgica, o encantamento não lida com ameaças problemáticas como Thing in the Ice ou Kroxa, Titan of Death’s Hunger, e isso torna-se um problema quando o formato possui estas criaturas como parte essencial dos principais competidores.

Além disso, Fatal Push também interage bem melhor com criaturas maiores caso você sacrifique permanentes, como Selfess Savior para ativar o Revolt, permitindo ao removal destruir de Spell Queller até Omnath, Locus of Creation.

Meu veredito é que o Orzhov Auras é o melhor deck pré-construído dentre os quatro, possuindo um maindeck e sideboard consistente com a estratégia que as versões mais competitivas propõem, e requerendo poucos investimentos para chegar até a versão “final” da lista. Seu único defeito é o espaço onde o arquétipo encontra-se no Metagame atualmente, com poucos resultados. Mas, num Metagame local como uma loja ou um FNM, ele possui muito potencial vindo direto da caixa e cresce ainda mais quando você investe nele.

NOTA: 9.0

Lotus Combo

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Honestamente, o Lotus Combo é o deck mais difícil de avaliar dentre os quatro, pois ele possui muitas variações em suas listas e seu plano de jogo não é o mais simples de se entender diretamente.

Ele é essencialmente um Combo que procura abusar da habilidade de Lotus Field junto de efeitos de desvirar, como Hidden Strings ou Pore Over the Pages para gerar uma quantidade abundante de mana e então utilizar Fae of Wishes para conjurar mágicas extremamente explosivas do Sideboard, ou utilizar Peer Into the Abyss para comprar metade do próprio deck e continuar o looping até se ganhar o jogo com alguma combinação de cartas comumente vindas do Sideboard, utilizadas de graça por Omniscience.

No caso da lista da caixa, o plano de vitória é utilizar Approach of the Second Sun do Sideboard e, em seguida, utilizá-lo novamente no mesmo turno para ganhar o jogo. É um plano válido, mas parece sub-otimizado se compararmos com como as listas mais competitivas procuram jogar.

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Este arquétipo possui muitas linhas e muitas alternativas pelas quais você pode ir para eu poder construir uma “lista definitiva” de como ele deveria se comportar sem jogar, pelo menos, uma centena de jogos para entender todos os ins e outs que o arquétipo possui, então estou trazendo a última lista que obteve resultado em um Pioneer Challenge.

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O principal ponto positivo deste deck é que ele não necessita de Shocklands, o que torna da sua base de mana mais barata, e um playset de Botanical Sanctum tem cerca de o mesmo valor de um set de Lotus Field atualmente, mas tanto ele quanto Barkchannel Pathway servem para aumentar a consistência com qual você pode utilizar os cards necessários na hora necessária, sem se enrolar por não ter mana verde para conjurar Sylvan Scrying, por exemplo.

Blast Zone é um ótimo terreno para tutorar com Sylvan Scrying, e pode lidar com permanentes problemáticas de todo tipo, ou limpar a mesa do oponente de criaturas com custos parecidos, como no caso do Boros Burn, que possui diversas criaturas custando um ou dois.

Grasping Dunes é uma escolha peculiar, mas essencialmente funciona como um removal contra algumas criaturas problemáticas, ou serve para desacelerar o clock do oponente por um turno, o que comumente é tudo o que você precisa para fechar o combo.

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Bala Ged Recovery é a melhor versão de Regrowth que temos no formato e, além de servir como um land drop, pode ser utilizado as mais diversas maneiras: Você pode conjurá-lo para recuperar uma mágica descartada, ou você pode utilizá-lo para voltar para a mão um card que você utilizou no meio do combo para reutilizá-lo, ou para recuperar uma wincondition anulada ou destruída, entre outras opções.

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O sideboard do Lotus Combo é extremamente flexível, e você não deve necessariamente levar todos os cards que estão nesta lista como escrito em pedra e obrigatórias, pois cada jogador possui um meio diferente de utilizar o sideboard, já que ele opera como wincondition e toolbox graças à Fae of Wishes.

Nesta lista, Alpine Moon serve na Mirror Match, para invalidar os Lotus Field do oponente enquanto os seus ficam ativos.

Nine Lives pode te ganhar diversos turnos contra decks agressivos, já que previne uma quantidade significativa de dano e adiciona marcadores. O que significa que o oponente precisa ter muitas permanentes diferentes lhe dando dano para que estes marcadores se acumulem rapidamente.

Anger of the Gods funciona melhor do que Sweltering Suns atualmente, por lidar melhor com Arclight Phoenix, Scrapheap Scrounger e qualquer outra criatura que tente voltar do cemitério, o mesmo vale para Shadows’ Verdict, apesar deste estar mais direcionado para o Rakdos Pyromancer.

Mystical Dispute funciona bem contra os decks Control, permitindo que você tenha meios de responder aos counters deles ou lidar com cards específicos utilizados nestas listas.

Niv-Mizzet, Parun e Jace, Wielder of Mysteries funcionam como engine de card advantage e wincondition simultaneamente.

Niv-Mizzet Parun pode, essencialmente, ganhar o jogo se combinado com uma ou mais cópias de Peer into the Abyss, enquanto também funciona como wincondition caso você consiga colocá-lo em jogo e manter a sequência de mágicas fluindo, comprando um card e causando 1 de dano ao oponente para cada mágica conjurada.

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Jace, Wielder of Mysteries também serve como uma engine de Card Advantage em partidas onde você precisa acumular recursos, enquanto o deck possui meios de conseguir comprar todos os seus cards com determinadas sequências, tornando-o uma wincondition alternativa.

Como mencionei anteriormente, o Lotus Combo possui uma infinidade de opções disponíveis: algumas listas utilizam Ugin, the Spirit Dragon no sideboard para controlar os decks agressivos, outras utilizam Emergent Ultimatum e/ou Baral, Chief of Compliance no Maindeck, dentre outras opções, e cabe ao jogador definir qual é a melhor seleção para o seu metagame local.

Avalio que o Lotus Combo, apesar de estar bem construído e com opções lógicas, e considerando que o investimento necessário para torná-lo mais competitivo não é tão alto, é um deck extremamente desafiador para o seu piloto e, por conta disso, sua jogabilidade direto da caixa não é tão acessível ao jogador médio por conta do conhecimento que o arquétipo demanda das linhas que o seu piloto pode utilizar até a vitória.

Logo, minha recomendação é que, se você pretende comprar este deck, tenha pelo menos uma cópia de Niv-Mizzet, Parun (porque acredito ser uma wincondition melhor do que Approach of the Second Sun) e estude muito sobre ele através de artigos, vídeos e gameplays para compreender exatamente como ele funciona e aprender suas mais diversas linhas de jogo.

NOTA: 7.0

Conclusão

Esta foi minha análise dos Challenger Decks de Pioneer, que saem esta semana e parecem uma ótima oportunidade para que o formato cresça em comunidades locais e possua um público maior que pode fazer com que ele tenha a atenção merecida por parte da Wizards e do cenário competitivo do jogo.

Em geral, exceto pela lista nitidamente incompleta do Azorius Spirits, todos os decks parecem se encaixar bem no conceito de você poder comprar, colocá-lo num shield e ir direto para o evento de Pioneer da sua loja jogar com seus amigos, enquanto também possuem bastante espaço para crescimento e evolução de acordo com como você investir na sua lista.

Se você está curioso em conhecer o formato, estes decks parecem a porta de entrada perfeita para você poder fazer parte da comunidade local, ou também parece a melhor oportunidade para fazer com que sua comunidade cresça.

Portanto, se você conhece um amigo que tenha interesse em adentrar ao formato, apresente-o a este artigo e, talvez, isso o ajude a decidir qual deck será melhor com base em seu gosto pessoal ou custo-benefício.

Obrigado pela leitura!