Magic: the Gathering

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Metagame: A volta de velhos conhecidos do Pioneer e os ciclos do Modern

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Veremos os resultados da League Weekend no Standard e Historic, velhos decks ressurgindo no Pioneer e uma rotatividade semanal entre os melhores decks do Modern.

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revised by Tabata Marques

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Jogadores e Jogadoras, estamos de volta com mais um Metagame da Semana, onde fazemos nossa análise dos torneios do último fim de semana.

Como vocês podem ter notado, houve uma mudança no título dos artigos: Não mais esta série de artigos se chamará Metagame da Semana. Ao invés disso, estarei nomeando-o apenas de Metagame, já que acredito que o propósito dos artigos já ficou claro para os leitores.

Mas, se por acaso você chegou aqui agora, o Metagame tem como principal objetivo fazer uma análise do panorama dos formatos competitivos a cada semana, identificando e analisando os decks que sobem e descem, o impacto de novas coleções, a diversidade geral do formato, as inovações e listas novas que surgem nos torneios.

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O meu objetivo é trazer uma análise que seja compreensível e interessante para o leitor, mas, enquanto fornece os detalhes necessários para tornar possível compreender o movimento dos formatos em cada semana.

É um projeto que, particularmente, passou a ter cada vez mais consideração para mim e eu agradeço aos leitores que dedicam seu tempo a ler a minha análise.

Dito isso, vamos ao que interessa:

Standard

O Standard Challenge de sábado teve o seguinte Top 32:

6 Sultai Ultimatum

5 Naya Adventures

5 Jeskai Cycling

4 Mono-Red Aggro

3 Izzet Dragons

3 Gruul Magda

2 Rakdos Sacrifice

2 Dimir Rogues

1 Temur Lukka

1 Mono-Green Midrange

E terminou com o seguinte Top 8:

2 Sultai Ultimatum

2 Jeskai Cycling

2 Naya Adventures

1 Rakdos Sacrifice

1 Mono-Red Aggro

Já no domingo, o Standard Challenge fechou com o Top 32 abaixo:

12 Sultai Ultimatum

6 Jeskai Cycling

3 Dimir Rogues

3 Rakdos Sacrifice

3 Naya Adventures

1 Mono-White Aggro

1 Esper Control

1 Gruul Magda

1 Sultai Nest

1 Golgari Elves

E este Top 8:

3 Jeskai Cycling

3 Sultai Ultimatum

1 Dimir Rogues

1 Esper Control

Também tivemos neste fim de semana o 5K da Insight E-Sports, no formato de Standard, com 95 jogadores.

O evento terminou com o seguinte Top 32:

9 Jeskai Cycling

5 Sultai Ultimatum

3 Gruul Adventures

3 Mono-Green Aggro

2 Jeskai Mutate

2 Dimir Rogues

2 Dimir Control

2 Izzet Dragons

1 Esper Control

1 Mono-White Aggro

1 Naya Adventures

1 Rakdos Sacrifice

E o Top 8 foi composto por:

3 Jeskai Cycling

1 Dimir Rogues

1 Naya Adventures

1 Jeskai Mutate

1 Mono-White Aggro

1 Sultai Ultimatum

Além disso, neste fim de semana tivemos dois eventos com jogadores profissionais disputando vagas para o Mundial, que ocorre em outubro: O Magic Pro League e o Rivals League.

Estes eventos são bons parâmetros com relação a decisões de com quais decks jogar, pois falamos de jogadores que, muitas vezes, dedicam suas vidas ao Magic e que estão competindo em um evento cuja premiação é extremamente relevante para eles. Portanto, eles escolherão os decks que consideram estar melhores posicionados dentro do Metagame, dando uma visão geral do comportamento do formato como um todo.

O Metagame do Magic Pro League deste fim de semana teve os seguintes decks:

5 Naya Adventures

3 Sultai Ultimatum

2 Jeskai Cycling

2 Temur Lukka

1 Abzan Yorion

1 Dimir Rogues

1 Gruul Adventures

1 Izzet Dragons

Já o Rivals League apresentou um Metagame diferente:

8 Jeskai Cycling

7 Sultai Ultimatum

5 Naya Adventures

3 Temur Lukka

2 Dimir Rogues

2 Mono-Red Aggro

2 Jeskai Mutate

1 Sultai Rogues

1 Temur Adventures

1 Gruul Adventures

O que podemos concluir deste fim de semana?

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Se analisarmos os Challenges, podemos ver um aumento significativo dos decks de Sultai Ultimatum no formato, com uma redução do Izzet Dragons.

O Sultai Ultimatum é um deck que essencialmente vai ganhar o jogo contra a maioria dos outros decks orientados para valor porque não existe late-game melhor no formato do que Emergent Ultimatum para Alrund’s Epiphany e qualquer outra mágica.

Logo, a melhor forma de se apresar desse deck é tentar ir por baixo e estabelecer uma pressão onde o oponente não consiga conjurar suas bombas a tempo e/ou ser tarde demais quando ele o fizer porque o seu jogo já está garantido, portanto, decks agressivos são sua melhor opção.

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E é aí que entra o Izzet Dragons, sendo o principal deck que se apresa dos decks agressivos com removals, efeitos de 2-por-1 e um clock relevante com Galazeth Prismari e Goldspan Dragon. Se o Metagame se curva demais a se apresar do Sultai Ultimatum, este deck se beneficia porque sua lista é projetada para lidar com criaturas e gerar valor.

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É aí que entram os decks que possuem um clock agressivo enquanto conseguem gerar valor com suas jogadas, como é o caso do Naya Adventures.

O pacote de Edgewall Innkeeper e as Aventuras é essencialmente um pilar do formato e é a base de outros decks como o Gruul Magda e o Temur Lukka, mas quando você adiciona Elite Spellbinder, Reidane, God of the Worthy e Showdown of the Skalds, além de Giant Killer como uma resposta eficiente para muitas criaturas do formato e Clarion Spirit para popular a mesa, você cria uma verdadeira máquina de card advantage que apresenta um clock agressivo o suficiente para conseguir aplicar pressão o suficiente no Sultai Ultimatum enquanto pune o Izzet Dragons por apostar nas trocas de 1-por-1.

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E então entra o Jeskai Cycling, que possui essencialmente o mesmo potencial de ser agressivo e agregar valor em simultâneo, como o Naya Adventures, mas que troca a infinidade de efeitos de 2-por-1 por uma engine robusta e extremamente consistente, onde todas as cartas existem com o mesmo propósito: serem recicladas ou se beneficiarem da mecânica do deck.

O misto de clock ágil, atacar por diversos ângulos e ter inevitabilidade na forma de Zenith Flare pode facilmente tornar do Jeskai Cycling a melhor opção do formato até o lançamento de Adventures in the Forgotten Realms, como foi exemplificado pela Rivals League neste fim de semana, onde foi o deck mais jogado e também pela forte presença no Top 8 de todos os eventos.

Dito isso, o Standard tem ainda mais uma semana antes da chegada da nova edição ao formato, e acredito que o Metagame permanecerá o mesmo até o dia 15. Portanto, se você tem os cards para tal, eu apostaria em jogar com o Sultai Ultimatum nessa semana e, caso você não o tenha ou prefira um plano de jogo mais ágil e proativo, o Cycling continua sendo uma ótima opção que é também financeiramente sustentável.

Adventures in the Forgotten Realms chega ainda esta semana ao Magic Online e ao Magic Arena e poderemos ver já na próxima semana o impacto da nova coleção no Standard.

Historic

O torneio 1K da Insight E-Sports teve um total de 24 jogadores, com o seguinte Metagame:

4 Izzet Phoenix

3 Jund Food

3 Dimir Control

3 Mono-White Aggro

2 Izzet Creativity

2 Gruul Aggro

1 Jund Company

1 Azorius Auras

1 Bant Ramp

1 Five-Color Niv

1 Mono-Red Aggro

1 Mono-Blue Tempo

1 Gruul Ponza

E o evento terminou com o seguinte Top 8:

2 Dimir Control

2 Jund Food

1 Izzet Phoenix

1 Mono-White Aggro

1 Five-Color Niv

1 Izzet Creativity

Já o Metagame da Magic Pro League foi definido por:

5 Dimir Control

3 Izzet Phoenix

2 Mono-Black Aggro

1 Azorius Auras

1 Bant Angels

1 Jeskai Control

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1 Selesnya Company

1 Temur Creativity

1 Izzet Creativity

E por fim, a Rivals League teve os seguintes decks:

10 Izzet Phoenix

4 Temur Creativity

3 Azorius Auras

3 Bant Angels

3 Dimir Control

2 Jeskai Control

2 Mono-Black Aggro

1 Esper Control

1 Five-Color Niv

1 Mono-Red Aggro

1 Selesnya Company

1 Temur Marvel

O Historic tem mudado, e eu particularmente acredito que apesar de o Izzet Phoenix ainda ser o melhor deck do formato, o Metagame parece estar conseguindo contornar sua predominância e novos decks estão emergindo como competidores dentro do Metagame.

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A lista que mais se destacou neste fim de semana foi o Dimir Control, inclusive foi o deck que obteve maior sucesso na League Weekend e não é para menos: sua lista é feita para lidar com todo tipo de estratégia.

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Com Brainstorm posicionado como o grande pilar do formato, ter um playset de Narset, Parter of Veils é uma das melhores coisas que este deck pode ter, principalmente considerando que a planeswalker serve como um Dig Through Time parcelado em dois turnos e permanece em jogo após fazê-lo, atrapalhando significativamente qualquer deck que procure comprar uma quantidade significativa de cards em um único turno.

O deck também conta com boas disrupções de Early game e counters eficientes para lidar com Indomitable Creativity e outras mágicas problemáticas dos decks de combo, e Cling to Dust é uma ótima cantrip de maindeck que também ajuda a segurar os decks de Izzet Phoenix e demais decks que possam tirar proveito do cemitério como o Mono-Black Aggro, que tem ressurgido nas últimas semanas.

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Outro deck que chamou minha atenção neste fim de semana foi o Temur Marvel pilotado pelo jogador Shintaro Ishimura, que tal como visto na versão do Pioneer na semana passada, procura conjurar um Ulamog, the Ceaseless Hunger o mais rápido o possível utilizando o famoso artefato.

Este deck pode ser muito funcional, especialmente quando os oponentes não esperam por ele, mas particularmente não o vejo se tornando uma força no Metagame porque é um deck previsível, com interações previsíveis e que utiliza cards sub-otimizados para fazer coisas quebradas.

Visto que o formato conheça o deck e espera por ele, torna-se muito mais difícil jogar um Ulamog na 4 e, sem isso, o deck não parece ter o suficiente para segurar bem o jogo.

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Outro deck que tem se destacado esta semana é o Bant Angels, um deck que possui uma match positiva contra Izzet Phoenix e contra outros decks Aggro, mas uma match ruim contra decks de Control ou muito voltados para removals.

Pioneer

O Pioneer Challenge de sábado terminou com o seguinte Top 32:

5 Mono-Black Aggro

4 Bant Spirits

4 Niv-to-Light

3 Izzet Phoenix

2 Lotus Combo

2 Rakdos Pyromancer

2 Grixis Arcanist

1 Enigmatic Fires

1 Gruul Aggro

1 Jeskai Control

1 Dimir Control

1 Jund Sacrifice

1 Abzan Company

1 Mono-White Humans

1 Boros Heroic

1 Esper Control

1 Orzhov Yorion

E o Top 8 foi composto por:

3 Mono-Black Aggro

2 Bant Spirits

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1 Enigmatic Fires

1 Niv-to-Light

1 Lotus Combo

Já no domingo, tivemos o Pioneer Showcase, que terminou com o seguinte Top 32:

8 Izzet Phoenix

4 Mono-Black Aggro

3 Rakdos Pyromancer

3 Boros Burn

2 Vampires

2 Dimir Control

2 Niv-to-Light

2 Mono-Red Aggro

1 Lotus Combo

1 Gruul Aggro

1 Jund Sacrifice

1 Four-Color Ascendancy

1 Jeskai Ensoul

1 Sultai Valki

E o Top 8 foi composto por:

2 Rakdos Pyromancer

2 Dimir Control

1 Vampires

1 Four-Color Ascendancy

1 Mono-Black Aggro

1 Izzet Phoenix

O Pioneer continua a nos mostrar opções interessantes de decks que não costumam estar no radar e fazem bons resultados nos torneios competitivos.

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Um bom exemplo é o Four-Color Ascendancy que fez 8-0 no Pioneer Showcase de domingo.

O objetivo do deck é essencialmente jogar o máximo de terrenos em e, com Jeskai Ascendancy em jogo, conjurar Sylvan Awakening (que convenientemente torna seus terrenos indestrutíveis também) e à partir daí começar a jogar sucessivas mágicas para desencadear a habilidade de Jeskai Ascendancy para aumentar significativamente o poder dos seus terrenos até eles poderem atacar para letal.

O deck, que por um tempo foi considerado uma das grandes promessas do Pioneer na sua concepção, nunca acabou fazendo grandes resultados por conta da quantidade de interações presentes no formato como Thoughtseize e pela falta de consistência, já que depende não apenas de um 2-card combo, mas também de uma significativa falta de interação, pois seus cards precisam ser utilizados proativamente para aumentar os triggers do encantamento.

Porém, talvez pegando os jogadores desprevenidos e com a inclusão de cards poderosíssimos recentemente lançados como Omnath, Locus of Creation, que gera uma quantidade significativa de valor e Expressive Interation, que se tornou uma das melhores cartas lançadas recentemente, o deck conseguiu atingir um resultado perfeito neste evento e possivelmente isso motivará mais jogadores a experimentá-lo nas próximas semanas.

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Outro fato que chamou a atenção neste fim de semana foi o retorno do Mono-White Humans, outro deck que surgiu ainda nos primeiros meses do Pioneer e que recebeu ótimos elementos ao decorrer de 2020 e 2021 como Luminarch Aspirant, Seasoned Hallowblade, Faceless Haven e Rally the Ranks, adicionando ainda mais consistência ao deck e permitindo-o manter uma curva baixa que habilitou o uso de uma grande staple do Pioneer e de outros formatos: Lurrus of the Dream-Den.

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Ainda falando de decks que ressurgiram, o Jeskai Ensoul apareceu novamente nesta semana, e é mais um deck que tira proveito da inclusão de Lurrus, enquanto apresenta um clock rápido e uma quantidade significativa de sinergia.

Modern

O Modern Challenge de sábado terminou com o seguinte Top 32:

5 Izzet Tempo

5 Temur Cascade

4 Hammer Time

4 Rakdos Midrange

3 Living End

3 Izzet Blitz

1 Jund

1 Grixis Shadow

1 Four-Color Scapeshift

1 Four-Color Cascade

1 Four-Color Taking Turns

1 Mono-Red Prowess

1 Grixis Control

E o Top 8 foi composto pelos seguintes decks:

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3 Izzet Tempo

1 Temur Cascade

1 Izzet Blitz

1 Living End

1 Hammer Time

1 Scapeshift

No domingo, o Modern Challenge teve os seguintes decks no Top 32:

4 Izzet Tempo

3 Hammer Time

3 Izzet Blitz

2 Elementals

2 Temur Cascade

2 Living End

1 Mono-Green Scales

1 Grixis Shadow

1 Humans

1 Foodgaak

1 Ad Nauseam

1 Tron

1 Scapeshift

1 Orzhov Stoneblade

1 Mono-Red Aggro

1 Bant Stoneblade

1 Esper Control

1 Eldrazi Tron

1 Rakdos Midrange

1 Azorius Stoneblade

1 Abzan Midrange

E seu Top 8 teve:

1 Hammer Time

1 Mono-Green Scales

1 Izzet Tempo

1 Grixis Shadow

1 Humans

1 Azorius Stoneblade

1 Five-Color Elementals

1 Abzan Midrange

O Modern continua a manter um estado cíclico mesmo após mais de um mês desde o lançamento de Modern Horizons II na plataforma digital.

Enquanto, na semana passada, o Rakdos Midrange foi o deck que se destacou com diversas colocações nos eventos, esta semana foi o Izzet Tempo que se destacou e está sendo nomeado por alguns jogadores como “O melhor deck do formato”.

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Sobre o termo “Melhor deck do formato”, tenho a tendência a concordar que Xerox decks (ou seja, decks que costumam utilizar uma abundância de cantrips e respostas/ameaças de custo baixo) costumam, sim, ser o melhor deck do formato na maioria das ocasiões em que o formato não esteja quebrado.

Basicamente, a grande vantagem que estes decks possuem sobre outros decks é que eles conseguem filtrar melhor as cartas que eles precisam e como eles precisam delas, considere que as cantrips do deck são basicamente pequenas engrenagens que fazem com que o deck funcione de maneira otimizada em torno do objetivo de ganhar o jogo.

Mishra’s Bauble é, essencialmente, a melhor carta do formato hoje justamente porque ela permite a qualquer deck filtrar o topo e comprar mais cards sem custo algum e, na maioria das vezes, sem concessão alguma.

Quando você multiplica a quantidade de cards dedicados a esta função, como é o caso do Izzet Tempo com Serum Visions, Thought Scour e Expressive Iteration, você aumenta a velocidade com a qual seu deck consegue encontrar as respostas, as ameaças e as proteções necessárias para prosseguir com seu plano de jogo.

Somando a isso ao fato de que as ameaças do Izzet Tempo são todas criaturas com algum valor embutido como Ragavan, Nimble Pilferer e Dreadhorde Arcanist ou cards que fecham o jogo muito rápido como Dragon’s Rage Channeler e Murktide Regent, você cria um deck que definitivamente consegue estabelecer uma vantagem significativa no jogo.

Não sei até onde o Izzet Tempo realmente é o melhor deck do formato e, se for, por quanto tempo permanecerá com este título, mas definitivamente a inclusão dos cards de Modern Horizons II finalmente deram aos Tempo Decks um espaço para brilhar no Metagame.

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Outro deck que fez bons resultados essa semana foram as variantes de Temur Cascade, inclusive algumas que optam por adicionar um splash branco para adicionar Teferi, Time Raveler como uma engine de card advantage e um meio de impedir interações indesejadas, além de dar espaço para a inclusão de Ardent Plea como outra carta para adicionar consistência em conjurar Crashing Footfalls de graça.

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Os jogadores de Modern se preocuparam, na primeira semana de Modern Horizons II, que os decks de Cascade seriam fortes demais para o formato por conta da inclusão de Shardless Agent e este medo foi suprido com o surgimento de outros decks nas semanas posteriores e uma menor representatividade do arquétipo.

Acredito que o Cascade é um bom competidor no Modern, mas que, tal como diversos outros decks do formato, pode ser apresado por outros decks quando os jogadores estão devidamente preparados para enfrentá-lo.

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Às vezes, pensamos que cards como Liliana of the Veil e Lingering Souls como relíquias do passado, cards de uma época onde decks como Jund e Abzan recorriam a ameaças como Siege Rhino ou Huntmaster of the Fells para ganhar o jogo e onde fazer uma Liliana quanto antes era sinal de uma vantagem significativa no jogo.

A velocidade do Modern aumentou significativamente nos últimos anos e isso tornou dessas estratégias obsoletas, mas quando você possui um bom clock, boas respostas e meios de acelerar sua mana com cards como Ignoble Hierarch, estes decks acabam tendo seu espaço no formato, já que podem acumular muito valor ao decorrer da partida, e o aumento na curva permite também utilizar cards mais eficientes e mais meios de ganhar os jogos de atrito no formato.

É interessante constatar com esta lista de Abzan Midrange é que, não importa qual é o seu deck no Modern, ele provavelmente precisa de adições de Modern Horizons II, da mesma maneira que eles precisaram de adições do primeiro Modern Horizons. São cartas poderosas demais para não se usar.

Neste sentido, a Wizards tem realmente feito um ótimo trabalho em criar um produto que consiga afetar e até mesmo “rotacionar” formatos eternos ao criar cards com power level alto o suficiente para impactar até mesmo os mais poderosos e estabelecidos dos decks.

Por outro lado, isso torna o investimento para manter seu deck atualizado e a barreira de entrada do Modern cada vez maior. Decks estabelecidos do formato hoje estão custando em média 1.000 dólares ou mais, e independente do deck que você já tenha no formato, você provavelmente precisa investir mais nele agora com Modern Horizons II, criando uma maior dificuldade de ingressar no formato para jogadores novos enquanto continua a ser um investimento contínuo para jogadores de longa data.

Ou será que ainda seria possível competir no Modern com as versões mais antigas do Abzan Midrange, por exemplo?

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Deixando de lado as observações sobre as finanças do formato, o Hammer Time foi outro deck que fez bons resultados neste fim de semana e é um dos principais decks a contar com o suporte da staple de múltiplos formatos, Urza’s Saga.

Ele é, inclusive, um deck que eu recomendaria qualquer jogador a utilizar, já que possui um plano de jogo bem eficiente, redundante, intuitivo, muito resiliente e que apresenta alguns ótimos resultados nas mãos de bons jogadores.

Minha conclusão sobre o Modern após observar o formato neste último mês é que o Metagame do formato continua mudando e, ao que tudo indica, criando uma natureza cíclica onde toda semana existe um deck diferente que se destaca.

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Esta semana foi o Izzet Tempo, na semana passada foi o Rakdos Midrange e na semana anterior foram os decks de Urza.

Qual será o próximo deck? E será essa fórmula, seguindo os passos que costumamos comumente ver no Standard onde toda semana existe um deck que se destaca mais do que os outros, que veremos no formato daqui adiante?

O tempo vai dizer.

Pauper

Outra semana, outra ausência de uma banlist para o Pauper. Vocês podem imaginar o resultado.

O Pauper Challenge de sábado foi composto pelo seguinte Top 32:

10 Affinity

7 Rakdos Storm

3 Dimir Faeries

2 Dimir Delver

2 Jeskai Ephemerate

2 Burn

2 Tron

1 Bogles

1 Mono-White Heroic

1 Jund Cascade

E o Top 8 fechou com os seguintes decks:

2 Affinity

2 Storm

2 Dimir Faeries

1 Dimir Delver

1 Jeskai Ephemerate

Já no domingo, o Pauper Challenge terminou com este Top 32:

10 Affinity

9 Rakdos Storm

3 Burn

2 Tron

2 Dimir Delver

1 Dimir Faeries

1 Dimir Serpentine

1 Jeskai Ephemerate

1 Black Burn

1 Mono-Black Control

1 Reanimator

E o Top 8:

3 Rakdos Storm

2 Burn

1 Affinity

1 Tron

1 Dimir Delver

Honestamente, não tenho mais nada a dizer sobre Storm ou Affinity. O formato está polarizado, eles já apresentam mais de 30% de representatividade do Metagame e diversos decks simplesmente não possuem mais espaço no formato porque são presas fáceis para estes arquétipos.

Podemos dizer que existem outros decks aparecendo, mas estes dois arquétipos estão compondo juntos mais do que 50% do Top 32 dos Challenges há semanas, o que é provavelmente o pior estado em que o formato já esteve nos últimos anos e sendo comparável ou até pior do que a época do Izzet Drake.

Bom, a Wizards levou alguns meses para banir Peregrine Drake, então... Vamos falar dos decks diferentes que conseguem surgir, sobreviver e aparecer nestes Challenges.

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O Jeskai Ephemerate é, tecnicamente, os resquícios de outro arquétipo predominante no passado: O Jeskai Astrolabe que, eventualmente, levou ao banimento de Arcum’s Astrolabe (e olhando para o formato atual, nem parece o card foi tudo isso a ponto de ser digno de ban, né?).

O deck, sem sua principal engine de valor, passou a apostar numa mecânica mais reativa, abrindo mão de Kor Skyfisher em prol de utilizar outros meios de responder ao que o oponente faz ou criar outros efeitos de soft-lock.

Uma das dúvidas que eu tenho é se, com um possível banimento dos atuais decks quebrados do formato, o impacto da interação entre as novas duais artefato e Cleansing Wildfire será o suficiente para segurar a volta de decks como o Tron no Metagame, ou se até mesmo um hate pontual de maindeck do qual pode ser utilizado também para ramp e card advantage não será o suficiente para lidar com o arquétipo que se destaca como o principal Control do formato.

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Ainda seguindo a linha de que a melhor forma de lidar com o atual formato hoje é não interagindo, tivemos a presença de um Reanimator que acabou fazendo um resultado não muito bom, com 3-3.

O Reanimator é absurdamente inconsistente porque precisa de um set específico de cards para funcionar e não possui os melhores meios de filtrar suas compras para ter as três peças na mesa no tempo certo.

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Porém, o deck possui facilidade em descartar Ulamog’s Crusher ao decorrer da partida e conta com uma quantidade significativa de cards que podem ajudar a acelerar seu plano de jogo.

É o deck que funciona muito bem quando seu oponente não está interagindo com você, desde que você consiga encontrar as peças certas no tempo certo. E pouquíssimos decks conseguem voltar após um Ulamog’s Crusher atacar nos primeiros turnos do jogo.

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Seguindo para o outro lado do espectro, tivemos o Dimir Serpentine também com um resultado de 3-3.

A ideia desta lista é simplesmente responder a absolutamente tudo o que o oponente fizer enquanto acumula cards no cemitério e no exílio para criar tokens gigantes com Serpentine Curve e até mesmo abrir a possibilidade de um combo-kill com Essence Harvest.

Apesar de ser uma opção válida, acredito que este deck não possui elementos o suficiente para lidar com múltiplas criaturas 4/4 e os Atogs que o Affinity faz, e nem para lidar com a redundância e consistência do Storm, especialmente pós-sideboard já que, sem o oponente estabelecer uma pressão, o Storm consegue esperar quantos turnos forem necessários para fazer seu combo tranquilamente.

Eu gosto dessa lista, entretanto. É o deck que se é interessante jogar e todo bom fã de um deck Combo-Control deveria conferir os decks de Serpentine Curve, apesar do arquétipo não possuir a grande vantagem que outros decks deste estilo costumam ter: conseguir ir para a race e tentar ganhar o jogo rapidamente fechando o combo em partidas desfavoráveis. O setup necessário para realizar o combo faz com que este arquétipo precise controlar o jogo constantemente.

Legacy

O Legacy Challenge de sábado terminou com o seguinte Top 32:

5 Izzet Delver

3 Doomsday

3 Azorius Urza

2 Reanimator

2 Cloudpost

2 Colorless Stompy

1 Omni-Tell

1 Aluren

1 All Spells

1 Jeskai Midrange

1 Miracles

1 Mono-Red Stompy

1 Death and Taxes

1 Infect

1 Sneak and Show

1 Elves

1 Selesnya Depths

1 Affinity

1 Cheerios

1 Welder Painter

1 HollowVine

E o Top 8 foi:

3 Doomsday

2 Izzet Delver

1 Omni-Tell

1 Aluren

1 Miracles

Já no domingo, o Top 32 foi composto pelos seguintes decks:

3 Izzet Delver

3 Cloudpost

3 Death and Taxes

3 Mono-Red Stompy

2 The Epic Storm

2 Maverick

1 Sneak and Show

1 Doomsday

1 Izzet Painter

1 Selesnya Depths

1 Temur Delver

1 Lands

1 Hogaak

1 Elves

1 Miracles

1 Galvanic Storm

1 Jeskai Delver

1 HollowVine

1 Jeskai Midrange

1 Bant Standstill

1 Colorless Stompy

E com o seguinte Top 8:

2 Izzet Delver

1 Sneak and Show

1 Doomsday

1 Izzet Painter

1 Eldrazi Post

1 Jeskai Midrange

1 Galvanic Storm

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Você conhece o Aluren?

Se trata de um deck de combo que passou por diversas transformações ao decorrer dos anos. Quando conheci o deck pela primeira vez, sua wincondition era um 3-card combo entre Aluren, Cavern Harpy e Parasitic Strix para drenar infinitamente a vida do oponente.

Os anos passaram, mais cartas foram saindo e hoje o deck, apesar de ainda contar com interações de 3-card combos como Cavern Harpy ou Arctic Merfolk e Ukkima, the Stalking Shadow, possui um plano de jogo nas cores de Bant e muito mais voltado para valor com criaturas como Uro, Titan of Nature’s Wrath, Ice-Fang Coatl e Endurance, além do pacote clássico de cantrips, removals e Force of Will, junto de um meio de tutorar as peças do combo ou até mesmo Grist, the Hunger Tide com Recruiter of the Guard.

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O que aconteceria se transformássemos este 3-card combo em apenas um 2-card combo? Pode ser o que vamos descobrir com o lançamento de Adventures in the Forgotten Realms.

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O combo funciona assim: Com Aluren em jogo, você pode conjurar Acererak sem pagar seu custo de mana. A habilidade de Acererak desencadeará, ele voltará para sua mão e você se aventurará numa Dungeon. Preferencialmente esta daqui:

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Para cada vez que você conjurar Acererak, você entrará em uma sala desta Dungeon, e toda vez que você terminar uma Dungeon, você pode escolher ela novamente quanto se aventurar de novo.

Então o truque é se aventurar infinitas vezes em Lost Mine of Phandelver para sempre entrar na sala Dark Pool cada vez em que você se aventurar, fazendo com que você cause dano infinito.

Particularmente, este combo é cheio de passos e provavelmente exige uma quantidade absurdamente cansativa de cliques e tempo para ser feito repetidas vezes no Magic Online, o que provavelmente compromete muito a sua viabilidade, já que os jogos de Legacy podem se estender significativamente.

Mas, em torneios presenciais, eu poderia ver esta tática tendo algum sucesso, especialmente considerando que Aluren não é um deck estabelecido no formato e nem um arquétipo do qual as pessoas costumam respeitar com frequência.

Por outro lado, eu acredito que este combo seja menos eficiente do que o de Witherbloom Apprentice e Chain of Smog que temos visto no formato em diversas variantes desde o lançamento de Strixhaven, mas que nunca se tornou uma estratégia 100% competitiva dentro do Metagame, sendo então jogado para o Tier 2 do formato.

Provavelmente, o combo de Acererak com Aluren pode ter o mesmo destino, visto que o próprio arquétipo já não é tão popular ou eficiente no formato naturalmente.

Fora disso, não há muito o que dizer sobre o Legacy esta semana. O formato parece estar estabilizado.

Delver ficou de fato mais forte e é, assim como antes do lançamento de MH2, o principal deck do formato. Porém, os outros decks também ficaram mais fortes e isso acabou por equilibrar o conjunto do Metagame ao ponto de que o formato não se polarizou, como se esperava inicialmente.

Eu tenho visto alguns jogadores dizer que Urza’s Saga e Ragavan, Nimble Pilferer são cards que já estão por tempo demais no formato, e apesar de eu estar vendo uma ampla inclusão destes cards entre os arquétipos, eu não sei avaliar se eles realmente precisam ser banidos, já que não estão necessariamente apresentando números gritantes,

Na realidade, Ragavan é a quinta criatura mais jogada do Legacy atualmente (e, curiosamente, a primeira é Endurance, que é uma ótima resposta para decks de Doomsday e para decks de Delver), e Urza’s Saga não se encontra, até o momento, entre as dez cartas mais jogadas do formato.

Portanto, eu não posso simplesmente afirmar que estas cartas estão quebrando o formato. Mas Dreadhorde Arcanist, Arcum’s Astrolabe e Oko, Thief of Crowns tiveram efeitos similares em não ser necessariamente opressivos, mas criarem um Metagame que era muito voltado em torno destes cards e da permanência deles ao decorrer do jogo.

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O tempo vai dizer o que acontecerá com o Legacy, mas acredito que o melhor conselho que posso dar sobre os jogadores hoje é evitar que o saudosismo afete a sua análise sobre a saúde do formato.

Conclusão

Esta foi minha análise do Metagame desta semana.

Na próxima semana, provavelmente teremos novidades no Standard com cards de Adventures in the Forgotten Realms, e não me surpreenderia ver cards como Demolich vendo jogo no Historic ou em outros formatos.

O Historic, inclusive, parece estar cada vez mais adaptado ao Metagame atual e é possível que não se torne necessário outra intervenção direta nas próximas semanas.

O Pioneer, ao que tudo indica, continua com seu estado de formato saudável, e estratégias novas e antigas têm reaparecido constantemente.

Já o Modern parece estar criando sua própria natureza cíclica aos moldes do que vemos no Standard, onde toda semana um deck diferente se destaca, então os decks procuram se adaptar a ele e então na semana seguinte outro deck surge como melhor deck. A questão que resta é ver se o formato manterá esta natureza nas próximas semanas, o que pode ser um indicativo de um formato saudável.

No caso do Legacy, apesar de alguns comentários, parece estar saudável. Como mencionei, o Delver se tornou um deck mais forte, mas outros decks também ganharam novos elementos (especialmente Endurance e Urza’s Saga) e isso criou um Metagame onde os decks conseguem manter uma representação equilibrada no formato.

Se você quiser um exemplo de diferença entre um formato equilibrado e um formato quebrado, basta olhar para o Pauper essa semana, onde dois decks compõem mais de 50% do Metagame dos eventos e fazem resultados bons com uma margem significativa de vantagem em comparação aos demais decks.

Pode ser que todas as opiniões e análises apresentadas aqui hoje mudem na semana que vem. Afinal, Magic é um jogo que se transforma muito e que o Metagame dos formatos se comporta como um quebra-cabeça que nem sempre é óbvio de se destrinchar e analisar, e ainda veremos também se existe algum impacto para os formatos eternos com Adventures in the Forgotten Realms.

Obrigado pela leitura!