MTG: Teorias sobre o novo tipo Battle e March of the Machine

Hoje discutiremos sobre o que será que pode vir este ano após a volta triunfante de não apenas uma, mas várias coleções de Phyrexias seguidos de uma fala oficial da Wizards:

Uau, então quer dizer que teremos não apenas uma, mas duas coisas para teorizar! Vamos começar.

Ok, antes de começarmos nosso brainstorm, vou colocar as cartas na mesa:

Tudo começou por conta da Wizards of the Coast, que disse para esperarmos coisas impactantes. Hype a parte, não foi só um comentário entre vários outros: tivemos recentemente a divulgação da então nova Atraxa, Grand Unifier. E de cara já pensamos, opa, tem algo diferente nesse texto!

A carta deixou (acredito que propositalmente) ser divulgado um novo tipo de carta em que é explicito que, sim, teremos algo a mais que será acrescentado ao jogo nas próximas edições.

E a partir daí, diversas foram as especulações... seria talvez uma etapa a mais durante o combate? (já que battle e combate andam lado a lado), entre outras teorias mais exóticas. Só que parando para pensarmos como o jogo funciona hoje, podemos tirar algumas conclusões (quase que concretas). São elas:

Possíveis Conclusões

O texto da habilidade onde está inserido é bem claro a se referir a carta dentro do nosso grimório, logo, não haverá um novo grupo de cartas, ou cartas "por fora" do jogo (não precisaremos temos um novo take the initiative ou companion). Mas guardem este ponto que será algo importante a frente: o novo tipo está dentro do grimório.

1. Ainda não foi divulgado se será uma permanente, porém hoje de todos os tipos de carta existentes (tipos, não subtipos), apenas 2 não são permanentes, sendo eles Mágica Instantânea e Feitiço.

Todos os demais são permanentes: Artefato, terreno, encantamento, criatura e planeswalker. Por isso, a chance dele se comportar como uma permanente é alta, mas também abordarei uma alternativa que pode se encaixar como não permanente, devido ao ponto importante que comentei acima. Para reforçar este ponto, veja esta resposta do MaRo em seu blogatog:

2. Ele provavelmente deverá ter um custo para jogar ou uma exceção muito clara. Se pensarmos novamente nos tipos existentes, apenas Lands são "gratuitos" (por padrão) para jogar, porém, temos a restrição básica de 1 por turno. Considerando que eles estarão no deck e você poderá abrir uma mão com até 7 deles, criar algo para ser lançado sem custo no mínimo criará regras de exceção. Mas não é porque não tem custo que não custa alguma coisa. Pense nisso.

3. No ponto anterior, mencionei que você poderia abrir até 7, pois levamos em consideração que ele está no deck, e você poderá ter 4 cópias, e muito provavelmente devemos ter vários "modelos" diferentes, faz sentido ele ser algo normal até certo ponto.

Antes de continuarmos, eu gostaria de listar também os descartes, mesmo já falando acima, li muita coisa que não se encaixa mecanicamente no design (não irei cortar ideias, mas precisamos de limites).

Li teorias que chegaram a usar a posição do texto onde está Battle ser mencionado como fato, os tipos estão em ordem alfabética na carta.

Em outra teoria, alguém falou que Battle mudaria o campo de jogo, criando subdivisões como existe em outros cardgames, onde apenas criaturas naquele "quadrante" poderiam atacar e defender. O problema desta teoria é imaginar quão complexo o jogo de Commander se tornaria, já que com 4 jogadores, você teria isto multiplicado por 4, com 16 "campos de batalha". Por isso, acho difícil criarem algo nesse sentido.

Até este momento, temos algumas afirmações que parecem promissoras e alguns pontos que podem não fazer muito sentido. Mas vou além, em várias edições tivemos artigos onde os designers falam sobre como foi construir a edição, os desafios e deixam escapar mecânicas e coisas novas que naquele momento não estavam prontos para serem disponibilizados, mas quem sabe em um novo futuro...

Este foi o caso de Ward, a nova habilidade que foi lançada em Strixhaven.

Agora vejamos resistence, uma habilidade que não vingou em Ikoria:

"Okay, we were close. Red-green had two keywords and blue-black had none. Also, prowess was a bit problematic as it was the only evergreen keyword that stacked, that is, it functionally mattered if you had two copies of the keyword counter. Our solution was to make a brand-new keyword for blue-black, something we thought could maybe one day become an evergreen mechanic. We called it "sneaky," and it had the following text: "This creature can't be blocked by creatures with power 3 or greater." There were also a few other ones we messed around with over the length of design: ward (Once each turn, you may draw a card while this creature's the target of an opponent's spell or ability), resistance (This creature isn't a legal target of a spell or ability an opponent controls unless they pay {o2} as that spell or ability resolves), and camouflage (As long as this is untapped, it can't be the target of spells or abilities your opponents control). "Fonte

Então, voltando a pensar em um outro momento de guerra em uma escala gigantesca como estamos presenciando, temos Guerra da Centelha, e olha o que achamos justamente no texto falando sobre a criação da coleção:

"The main advancement was tied to dealing combat damage. We wanted the skirmish "sub-game" to tie directly into the main game, and combat seemed the perfect flavor match. You were fighting a war, so clearly you wanted to deal damage to the opponent. The trigger only cared that you dealt some combat damage, so there was no difference between one creature dealing damage and many dealing damage. (There was one playtest that cared about batches of damage, so first strikers dealing combat damage actually got to advance the skirmish an additional time. This was not very intuitive and made first strikers a bit too strong, so we changed it for the next playtest.)

The other most commonly used advancement condition was the casting of a card with skirmish. This was important because the first skirmish card you played started the skirmish sub-game, but we wanted later cards to be relevant to encourage you to want to play a bunch of skirmish cards in your deck. (One of the problems we had was this made skirmish a little more linear than we'd intended.) We also went back and forth on whether you advanced one for the playing of the first skirmish card. This helped offset wanting to play the card when the opponent had a chance to earn a free effect." Fonte

Porém, lendo este texto e apesar de falar muito em "battle" e como você batalharia contra seu oponente, alguns pontos não se encaixam no que já falamos acima, como por exemplo, ele não seria uma "token", pois estaria em nosso deck.

O sétimo homem

No filme "Guerra Mundial Z", somos apresentados a uma teoria que é bem simples: quando uma informação é recebida e 6 pessoas concordam em um ponto, é dever da 7° pessoa de seguir uma teoria oposta. Então, e se quando falam de battle, se referem mesmo à modificação do combate?

Reparem no texto desta carta da nova edição e como ele é único e esquisito:

Achou o ponto? O texto deixa a entender que uma criatura poderia dar dano de combate a mais de um oponente, mas como isso é possível? Dano de combate seria dado ao oponente após a criatura atacar e não ser bloqueada e o dano não ser prevenido. Como as regras atuais de combate permitem que uma mesma criatura cause dano atacando dois oponentes em um mesmo combate? A resposta é: não existe uma forma de uma mesma criatura atacar dois jogadores em um mesmo combate.

Seria possível mudar a regra para, por exemplo, uma criatura de golpe duplo acertar um dano em cada oponente? Será que o ataque pode ser declarado em um mesão sem definir qual oponente? E se tivermos uma espécie de modificadores de "campo" que fizessem a criatura causar dano simultâneo de combate a todos os jogadores na mesa, sendo dano de combate?

Então, após todos estes pontos, segue como eu imagino que deva ser o novo tipo de carta:

Permanente, sem custo. Assim como Asmoranomardicadaistinaculdacar, você só pode pagar o custo realmente e fazer esta mágica criando um requisito específico, como por exxemplo: ""2R, você só pode pagar este custo durante o ataque, quando atacar com 2 criaturas da mesma cor"".

Após entrar em campo, efeitos irão modificar o campo de batalha das mais diferentes formas possíveis dentre marcadores, e talvez até modificando a forma do combate. Exemplo: "se uma criatura fosse causar dano a um jogador, ela causa simultaneamente dano de combate a todos os jogadores".

Além da modificação estática, poderíamos ter mini games embutidos, como se fossem "checkpoints" a serem percorridos e poderiam ser alcançados por ambos os jogadores. Coisas como: "na etapa inicial de combate, se aquele jogador controla 3 criaturas com poderes diferentes, confronte um oponente".

Ou quem sabe: "em cada etapa final do turno, se aquele jogador não possui nenhuma carta na mão, 5 ou menos ponto de vida e 5 ou menos cartas no grimório, ele ganha o jogo".

Além da mudança impactante no jogo, foi mencionado que a história e os Planos seriam mudados. Além do fato do óleo Phyrexiano estar escorrendo em incontáveis mundos, com vários planeswalkers sendo completados, estamos nos aproximando de um grande estratagema.

Muitas pessoas dizem e esperam que Teferi poderia arrumar uma forma de interferir ou voltar ao passado para mudar o futuro, e teríamos assim como em Tarkir um "reset".

Acredito agora em algo diferente por três pontos:

> Teferi tem uma filha viva chamada Niambi, nascida uma década depois da grande emenda. Modificar o passado, ou até mesmo criar um reset, poderia fazer com que simplesmente sua filha não existisse, ou pior. Dependendo do tempo em que esta mudança for feita, grandes partes da história poderiam ter um desfecho completamente diferente.

> Dominaria, até certo ponto da história nos primórdios do Magic, era O Universo. Na época, ainda não havia a ideia de multiverso, sendo Dominaria um plano que podemos chamar de "coluna vertebral". Diversos personagens estão ligados a este plano, histórias e outras coisas. Mexer com este plano pode ser muito arriscado.

> Após a Guerra dos Irmãos, um pouco antes da grande emenda, Teferi (naquela época) pegou todo o seu continente e decidiu "sair de phase" transplanando tudo e todos que ali habitavam pra algum lugar, fugindo do problema. Acontece que um trecho desta história foi esquecida:

Na história, Teferi e todo seu continente são trazidos de volta por Karona. Ele então vê como estava o plano, com diversas fendas temporais drenando e destruindo o plano, e resolve reunir os titãs e fazer a grande emenda de Dominaria, selando todas as fendas. Mas em uma conversa com Freyalise, ela diz a Teferi que o viu conversando com Karona, 200 anos antes de sua volta.

Porém, ele não se lembra desta conversa e neste tempo ele e todo seu continente estavam sumidos, como isso seria possível? Mas e se não fosse ele daquele tempo, e sim o Teferi da história atual que já havia ido ao passado, falar com Karona para trazê-lo de volta e com isso, tudo já aconteceu, logo, nada mudaria?

Com esses pontos e com as imagens das caixas de March of the Machine que temos que lembram demais as fendas temporais que ligavam passado e futuro, em Espiral Temporal, talvez tenhamos uma nova emenda sendo necessária à vista. Isso pode causar um enfraquecimento ainda maior dos planeswalkers, assim como foi a primeira emenda, ou mudanças ainda maiores para os planos.

Podemos ficar horas e mais horas teorizando, mas só saberemos o que realmente está por vir durante as revelações da nova edição.

Mas quando battle sair de fato, falaremos mais sobre aqui na Cards Realm! Com certeza vai dar o que falar!

Por aqui eu me despeço, mas comenta aí, o que você acha que pode ser? Até mais!