Introdução
Meu nome é Thiago Fogaça e alguns de vocês já devem me conhecer de tempos antigos aqui da Cards Realm, onde eu falava sobre Commander e suas derivações. De lá para cá, muita coisa aconteceu, de modo que, hoje, tenho um canal no YouTube onde falo sobre Pioneer, e, justamente este será nosso assunto de hoje.
Falando sobre esse nosso querido formato, o Pioneiro surgiu em 2019 como uma alternativa para um formato não rotacionado onde as cartas que saíssem do Standard pudessem encontrar um lugar, já que o Modern não mais conseguia fazer esta função graças à sua pool. De lá para cá, muita coisa aconteceu e o formato teve altos e baixos, de um modo que 2021 foi um ano importante para a consolidação e popularização do chamado “formato do povo”. Com isso, nosso artigo de hoje tem como objetivo recapitular através de um top 10 alguns fatos importantes na história deste breve formato e os principais decks do meta neste ano.
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10. Mono-Green Walkers
Iniciamos nossos decks com o famoso Tron do Pioneer, o Mono-Green Walkers. A ideia do deck é impor pressão de modo rápido com um ou mais PW que são colocados na mesa o mais rápido possível através de ramps e outras techs.
Com a pressão imposta na mesa, as listas conseguem desviar a atenção dos aggros, gerar mais valor que os midranges e ser rápidas o suficiente para dificultar o trabalho dos controles. Porém, são facilmente hateáveis, sejam elas com Vorinclex, Monstrous Raider, ou com Karn, the Great Creator, de modo que o deck nunca se consolidou entre o top 3, mas, durante o ano, esteve bem colocado em vários momentos.
9. Vampires
Em seguida, vamos para um novo destaque no formato, o Vampires. Recentemente, o lançamento de Innistrad Voto Carmesmim nos deu a versão dos vampiros com Sorin the Mirthless, e Edgar, Charmed Groom, a qual está no topo do meta atual.
A lista Mono-Black que contava com apenas o Sorin, Imperious Bloodlord de 3 manas como tech principal esteve presente no meta durante o ano, recebendo mais consistência com as adições de Innistrad, se tornando um Midrange completo, não dependendo mais da linearidade proporcionada pelo ladrão de curva.
8. Mono-Black Aggro
Seguindo na vibe do preto, vamos para um deck que está presente desde a primeira fase do formato em 2019. O MBA atualmente se vê em baixa, mas sua presença em 2021 foi significativa, principalmente após o ban ocorrido em fevereiro, onde decks agressivos tinham mais espaço no formato, principalmente se tivessem respostas para outros possíveis aggros.
Sua tendência, infelizmente, é continuar em baixa, pois não consegue competir em velocidade nem em valor com outros decks do topo do meta.
7. Naya Winota
E falando em valor, vamos para uma das mestras desta característica no formato. Winota teve diversas builds, incluindo criaturas do tipo humano que criam fichas de não-humano para triggar nossa menina.
Essa shell seguiu até o lançamento de Innistrad Caçada à Meia-Noite, onde os lobisomens surgiram e tornaram o Naya este monstro atual, mas, sua posição acaba descendo pela falta de predominância antes de tal fato, mesmo que a tendência atual seja que ela ocupe uma posição alta no meta de 2022.
6. Dimir Control
Se temos decks de valor aparecendo, os controles também devem surgir para segurar as builds super gananciosas. Com isso, o UB Control se destaca como o principal Draw-Go do formato, fato possível a partir do ban do Teferinho.
Sua dominância também contou com sua força contra o Niv to Light, deck o qual esteve predominante durante um bom tempo, de modo a ser substituído justamente pelo Dimir, que, por sua vez, deu lugar ao meta diversificado atual.
5. Spirits
Se por um lado temos os decks de valor, por outro temos decks tempo com uma boa presença no Pioneer, e, sem dúvidas, o principal deles é o Spirits, deck tribal que conta com versões Bant, Azorius e Mono-Blue.
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Sua característica inclui lords e tricks baseados em criaturas com flash que conseguem povoar a mesa e impor pressão, ao mesmo tempo em que estas estabelecem respostas ao jogo do oponente, ganhando tempo para o finishing da partida. Ele em si nunca esteve no topo, mas é o tipo de deck que sempre estará próximo disso ou que, ao menos, comerá pelas beiradas.
4. Rakdos Pyromancer
A palavra-chave até aqui foi valor, como puderam perceber, e, pensando nela, surge este lindo deck, o Rakdos Pyromancer. Também chamado de BR Arcanista, ele aposta não na geração de valor para seu próprio jogo, mas pelo decréscimo do valor do oponente, através de descartes, remoções e outras opções de trocas 2 ou 3 para 1 que respondam o jogo do adversário.
Falando assim, parece que o deck não tem defeitos, porém, sua dependência do grave faz com que seja facilmente contornado, de modo a sempre estar entre as cabeças, mas nunca no topo do pódio e atuar como uma polícia para decks gananciosos que surgem.
3. Burn
Além do Arcanista, temos outra polícia no formato para decks mirabolantes, e, claramente, o nome dela é Boros Burn.
Mesmo não sendo um Burn tradicional, tendendo mais a ser um Red Deck Wins, o deck vermelho com splash para o branco acaba por ser um dos mais rápidos do formato, se não o mais, e ter uma consistência absurda. Este fenômeno faz com que ele seja excelente para metas pós ban ou para ceifar decks de valor despreparados, garantindo sua presença em 3º lugar de nossa lista.
2. Niv to Light
Como já puderam perceber, o ano de 2021 foi o ano dos decks de valor, e, durante a maior parte deste, o Niv to Light foi o principal expoente para os midranges do formato.
Sua dominância durou até o Dimir Controle o tirar do topo, mas ele não desapareceu do meta mesmo após sua queda, tornando, assim, este toolbox baseado na Bring to Light ganha o segundo colocado desta lista.
1. Izzet Phoenix
Por fim, chegamos ao primeiro colocado, o qual não podia ser outro: Izzet Phoenix. Após o print de Iteração Expressiva, tivemos uma virada de chave neste deck que passou a ser o principal expoente de valor do formato.
O print de Considerar e a atualização da shell para usar várias mágicas de custo baixo que se reciclam e permitem uma grande consistência no ato de retornar as fênix para o campo acabam por garantir que todo deck que se preze necessite de hates para esta estratégia e que o Phoenix termine 2021 como o deck to beat do Pioneer.
Conclusões
E, com isso, meus queridos, chegamos ao fim de nosso artigo. No geral, o meta do Pioneer está inclinado para midranges e/ou decks que consigam gerar valor na mesa graças à desproporcionalidade entre ameaças e respostas. Esta realidade está começando a mudar com o print de cartas como Thalia, Guardiã de Thraben, Arconte de Eméria e outras do tipo, fato o qual espero que altere a perspectiva do formato para 2022 e faça o Pioneiro continuar saudável assim como ele merece.
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