Magic: the Gathering

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Metagame do Pioneer: Os Decks Mais Jogados

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No artigo de hoje, analiso o atual Metagame do Pioneer, explicando como os principais decks do formato funcionam, e quais outras listas você pode encontrar ao jogar um evento online ou presencial!

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revised by Tabata Marques

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Na última semana, eu fiz um artigo onde analisei a qualidade e a jogabilidade dos Pioneer Challenger Deckslink outside website, explicando seus altos e baixos, pontos fortes, fracos e como melhorá-los gradualmente para torná-los a versão mais competitiva o possível.

Porém, para jogar Pioneer, é necessário também entender o próprio formato, suas principais estratégias, como eles funcionam e quais são os decks prováveis de se enfrentar atualmente.

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Portanto, no artigo de hoje, pretendo apresentar os principais arquétipos do que compõem o Metagame do Pioneer hoje, e procurar explicar como suas estratégias funcionam e quais são seus principais cards, e o que esperar deles.

Ressalto que o Metagame do formato é um tanto diversificado, e muitas estratégias inesperadas podem surgir, além de que as adições poderosas em cada novo lançamento tem impactado de alguma maneira muitos decks, fazendo com que alguns arquétipos subam e se tornem populares enquanto outros caem, e outros permanecem no topo.

Também ressalto a importância de lembrar que, no caso de lojas e eventos locais, o Metagame pode ser muito diferente do que estou apresentando, dado que uma comunidade local pode utilizar uma quantia maior de listas menos padronizadas, e não será incomum ver jogadores apostando em listas pouco usuais na sua loja ou evento de comunidade.

Dito isso, estes são os principais decks do Pioneer em Outubro de 2021, numa análise que considera as listas mais utilizados nos últimos 30 dias, data que coincide com o lançamento de Innistrad: Midnight Hunt.

Izzet Phoenix

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O melhor deck do formato atualmente é o Izzet Phoenix, compondo cerca de 16% do Metagame.

É difícil incluir o Izzet Phoenix numa única categoria, mas ele funciona como um Tempo deck, com alguns elementos de “combo” por conta da interação de Arclight Phoenix com suas mágicas, que criam ameaças recorrentes.

Na realidade, gosto de nomear o Izzet Phoenix como um deck de Turbo Xerox, dado que ele é um tribal de cantrip já que a maioria das listas utiliza em torno de 19 a 22 mágicas que compram cards, muito mais do que os habituais 12~16 da maioria dos outros arquétipos desta categoria no formato.

E faz muito sentido que o deck necessite desta quantidade de cantrips, já que seu plano de jogo envolve duas estratégias distintas que funcionam muito bem em conjunto: A primeira estratégia envolve jogar um alto número de Arclight Phoenix para o cemitério com cards como Chart a Course e Lightning Axe e então utilizar uma sequência de três mágicas para trazê-las de volta do cemitério atacando, criando uma ameaça ágil, resiliente e que removals convencionais não conseguem lidar permanentemente.

A segunda estratégia envolve conjurar Thing in the Ice, realizar uma sequência de quatro mágicas para transformá-lo, devolvendo todas as outras criaturas para as mãos de seus donos e tendo a mesa limpa para uma criatura 7/8 e, preferencialmente, algumas Arclight Phoenix voltando do cemitério, atacarem.

E é com estes dois planos de jogo distintos, mas que costumam funcionar em conjunto, que o Izzet Phoenix se torna o melhor deck do formato atualmente, já que ele possui uma série de vantagens na composição de suas listas, em especial suas engines de Card Advantage, que interagem muito bem com as diversas cantrips utilizadas.

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Treasure Cruise é um card banido de essencialmente todos os formatos eternos, afinal, por um custo muito baixo em ternos de investimento no jogo, você possui um Ancestral Recall que, geralmente, fará com que o deck continue mantendo a sequência de suas mágicas e/ou comprar mais ameaças.

O outro card que se destaca é Expressive Iteration, um dos mais poderosos lançamentos numa coleção de Standard recentemente, e que frequentemente garante o seu land drop e uma carta na mão no early-game, enquanto garante duas mágicas para reanimar suas Arclight Phoenix no late-game.

A outra vantagem que o Izzet Phoenix possui é que suas ameaças precisam, comumente, de respostas distintas: Fatal Push é ótimo contra Thing in the Ice, mas terrível contra Arclight Phoenix. Da mesma maneira, Magma Spray é ótimo para lidar com Arclight Phoenix, mas não faz absolutamente nada contra Thing in the Ice e, se você somar isso às diversas outras ameaças que as listas podem utilizar, como Brazen Borrower, Crackling Drake ou até mesmo Planeswalkers como Chandra, Torch of Defiance, torna-se muito difícil para uma quantia significativa de arquétipos conseguir responder à todas as ameaças.

Por conta disso, as melhores estratégias para lidar com o Izzet Phoenix costumam envolver estabelecer pressão cedo, como o Boros Burn faz, ou ter boas respostas universais, como é o caso do Azorius ou do Dimir Control.

Dito isso, o Izzet Phoenix é extremamente adaptável ao Metagame, e é justamente por isso que ele está ao topo do formato atualmente.

Boros Burn

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Um dos decks que pode começar a ser construído à partir dos Challenger Decks e encontra-se numa boa posição no Pioneer atualmente é o Boros Burn.

Essencialmente, o Boros Burn é o “fun police” do Pioneer, porque ele estabelece o clock do formato e, se você não interage com este clock, ou se seu setup envolve mais turnos do que o Burn permite que você tenha, provavelmente você perderá o jogo.

Sua estratégia é bem direta: conjure suas ameaças de custo baixo no early-game, como Soul-Scar Mage e Monastery Swiftspear, utilize suas mágicas de dano para limpar a mesa de outros decks agressivos enquanto suas criaturas crescem, ou para aumentar a pressão sobre o oponente e ganhe o jogo antes que eles consigam se recuperar.

O que diferencia o Boros Burn de outros decks Aggro, entretanto, é que ele é muito consistente, já que quase todas suas cartas fazem essencialmente a mesma coisa, e também possui um alto nível de resiliência e alcance com cards como Light up the Stage e Lurrus of the Dream-Den.

Em Janeiro, fiz um Guia de decklink outside website para o Boros Burn, onde explico a escolha de cada card e os motivos para você querer jogar com este arquétipo.

Rakdos Pyromancer

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O principal Midrange do formato atualmente, e o melhor deck de Thoughtseize é o Rakdos Pyromancer, que procura abusar de cards em seu cemitério para realizar jogadas explosivas com Dreadhorde Arcanist e Kroxa, Titan of Death’s Hunger, enquanto utiliza de interações de custo baixo para atrapalhar o plano de jogo do oponente ou responder às suas ameaças.

Seu objetivo é de tentar reduzir significativamente os recursos de seu oponente utilizando os seus, comumente levando ambos os jogadores para o topdeck, onde Kroxa, Titan of Death’s Hunger e/ou Lurrus of the Dream-Den estabelecerão a vantagem para você.

Ou seja, o Rakdos Pyromancer é, basicamente, o “Jund” do formato, e a vantagem que o arquétipo possui sobre os demais decks Midrange do Pioneer é que seus cards são muito sinérgicos entre si e possuem uma curva de mana baixa.

Por exemplo, Stitcher’s Supplier ajuda a acelerar o Escape de Kroxa, Titan of Death’s Hunger ou a ter mágicas para se utilizar com Dreadhorde Arcanist ainda nos primeiros turnos, e é o alvo perfeito de mágicas como Village Rites, que também funciona muito bem com um Kroxa conjurado da mão, já que você pode responder ao trigger dele sacrificando-o para comprar dois cards, ou também com os tokens de Young Pyromancer, que essencialmente “anula” seu custo adicional.

Adicione à soma a capacidade de reutilizar cards como Dreadhorde Arcanist com Claim // Fame e atacar no mesmo turno para conjurar outra mágica, ou até dar Haste para Kroxa e atacar com um 8/6 no turno em que você jogá-lo pelo custo de Escape.

E para aumentar as sinergias, o deck também conta com Lurrus of the Dream-Den para dar ainda mais valor e recursão às criaturas, algo que também pode ser feito com a staple de múltiplos formatos, Kolaghan’s Command.

Portanto, se você é uma desses jogadores que adoram jogar de “Jund” nos formatos competitivos e possui afeição pelo arquétipo desde seus tempos gloriosos no Modern, o Rakdos Pyromancer é sua opção no Pioneer!

Naya Winota

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Winota, Joiner of Forces é o tipo de card que está sempre no limiar entre ser muito bom ou absolutamente quebrado, tanto que está banido no Historic.

No Pioneer, Winota costumava fazer dupla com Angrath’s Marauders para criar diversos estilos de “combo-kill” ao duplicar ou até triplicar o dano que suas permanentes causam, mas os lançamentos recentes e, em especial, Innistrad: Midnight Hunt, trouxeram poderosíssimas atualizações ao arquétipo.

Kaldheim trouxe Jaspera Sentinel como mais um mana dork que consegue acelerar uma Winota no turno 3, enquanto aumenta o número de criaturas que habilitam o trigger do card, e também trouxe a atual staple do Standard, Esika’s Chariot, que cria dois tokens que ativam o trigger de Winota, enquanto também funciona para acumular valor ao decorrer da partida.

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Adventures in the Forgotten Realms trouxe Prosperous Innkeeper como mais um mana dork que desencadeia a habilidade de Winota enquanto também acelera, com consistência, a quantidade de vezes em que você consegue conjurar a principal engine do deck no turno 3.

E, por fim, Innistrad: Midnight Hunt trouxe um pacote muito poderoso de cards para o arquétipo na forma dos Lobisomens, criaturas do tipo Humano no lado da frente, enquanto perdem este tipo de criatura quando se transformam e, dado que eles possuem um impacto imediato na mesa, eles são ótimos para se utilizar com Winota.

Brutal Cathar exila um possível bloqueador do oponente e oferece um bom corpo, enquanto Tovolar’s Huntmaster funciona essencialmente como um Grave Titan verde se transformado, enquanto empilha ainda mais triggers para Winota com os tokens que ele gera.

Essa mistura de mana dorks + Humanos com impacto imediato + Esika’s Chariot tornou dos decks de Winota muito mais fortes e resilientes do que costumava ser, dando uma probabilidade ainda maior de criar poderosos efeitos de bola-de-neve contra o oponente caso não seja respondida imediatamente.

Azorius Control

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O primeiro dos Control decks da atualidade, o Azorius Control, funciona como uma lista clássica do arquétipo, utilizando cantrips de custo baixo, counterspells eficientes como Dovin’s Veto e Absorb, bons removals na forma de Fateful Absence (um dos melhores cards para lidar com Arclight Phoenix e Thing in the Ice) e bombas que dominam o jogo por conta própria, como Teferi, Hero of Dominaria e Shark Typhoon.

O arquétipo também conta com alguns poderosos efeitos de Card Advantage, como Dig Through Time, Narset, Parter of Veils e Memory Deluge, que permitem que você olhe muitas cartas do topo e possa escolher as melhores dentre elas, alimentando significativamente a consistência da lista.

Além disso, o Azorius Control possui uma vantagem interessante em relação aos outros arquétipos do formato: ele é outro deck que possui diversos ângulos de ataque, o que dificulta significativamente as formas como o oponente deve interagir.

Teferi, Hero of Dominaria pode “lockar” o jogo se permanecer na mesa por muito tempo e, apesar de não ganhar o jogo por conta própria, ele ajuda o arquétipo á encontrar os outros meios de ganhar o jogo.

Por exemplo, Shark Typhoon, quando conjurado, muitas vezes ganhará o jogo por conta própria, mas não é incomum o card ser reciclado no Late-Game para criar um token grande, como um 7/7, que será protegido com Counterspells e Removals.

Falando em criaturas, a lista também conta com Kaheera, the Orphanguard como seu Companion, já que ele corresponde à clausura de Kaheera por simplesmente não utilizar criaturas, e pode esperar o tempo que for para estabelecer o jogo e, em seguida, utilizar uma criatura 3/2, devidamente protegida, para ganhar a partida.

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Por fim, o deck também conta com Castle Ardenvale, que pode simplesmente popular a mesa com tokens 1/1 que se acumularão e estabelecerão um clock no Late-Game.

E esta combinação de meios eficientes de ganhar a partida, bons efeitos de Card Advantage e boas respostas universais tornam do Azorius Control uma opção eficiente para o Pioneer atualmente.

Gruul Aggro

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Apesar de o Naya Winota ser um deck explosivo e conseguir ganhar partidas através de um efeito de bola-de-neve, ele possui algumas situações bem desagradáveis onde seus cards não são bons individualmente na ausência de Winota, Joiner of Forces e, caso você não queira correr este risco e prefira um deck onde todas as suas jogadas são impactantes, o Gruul Aggro é uma das melhores escolhas.

Tal como o Naya Winota, o Gruul Aggro também procura utilizar de mana dorks no early-game, mas, ao invés de tentar acelerar um card específico no turno 3, ele os utiliza para fazer uma sequência de criaturas de grande impacto ainda no turno 2, como Bonecrusher Giant, Gruul Spellbreaker ou Lovestruck Beast e seguir a sequência com Questing Beast e Glorybringer, até chegar numa situação onde o estado da mesa torna-se tão vantajoso que sua vitória é irreversível e, caso esta situação não ocorra, a lista conta sempre com um dos maiores botões de “free-win” lançados em Magic recentemente, Embercleave, que geralmente fechará a partida se equipado na criatura certa.

O deck também conta com um belo pacote de interação, que inclui Mizzium Mortars, que resolve a maioria das criaturas do formato no early-game, enquanto serve como um sweeper de um lado só no late-game, comumente deixando a mesa limpa para que suas criaturas ataquem, e também conta com a versatilidade de Shatterskull Smashing, que serve tanto como um land drop quando necessário quanto para lidar com tipos diferentes de ameaças ao decorrer da partida.

A sua manabase recebeu boas adições nos últimos meses, com Lair of the Hydra funcionando como uma manland eficiente, e Rockfell Vale melhorando a consistência da manabase Gruul, que não era uma das melhores para decks agressivos no Pioneer.

Dimir Control

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O outro grande Control do formato é o Dimir Control, sendo uma versão muito mais responsiva e muito mais voltada para o “draw-go” do que o Azorius.

Os jogadores que viveram o terror do Dimir Inverter antes de seu fatídico banimento lembram-se muito bem do quanto a base Dimir é ótima em manusear uma partida e ganhar quando os recursos do oponente estão esgotados e, apesar de (in)felizmente não contarmos mais com o combo-kill de Inverter of Truth + Thassa’s Oracle, toda a base que controlava a partida permaneceu e ganhou novas adições em 2020/2021.

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O arquétipo conta com um pacote de removals e counterspells muito mais diversificado do que as versões Azorius, em prol de uma velocidade maior em lidar com as ameaças utilizadas pelos oponentes por serem cards de custo menor, e a ausência de determinadas engines faz com que o arquétipo possa agir inteiramente no turno do oponente.

De muitas maneiras, o Dimir Control é um arquétipo de Dig Through Time, já que procura operar inteiramente em Instant-Speed e ampliar sua gama de respostas com base no que lhe é esperado naquele determinado momento do Metagame, fazendo, desta maneira, um uso muito mais eficiente de um dos efeitos mais poderosos já printados em Magic nos últimos anos.

Para finalizar a partida, a lista conta com poucas ameaças, comumente escolhendo Torrential Gearhulk pela sua capacidade de servir como um Snapcaster Mage gigante que conjura Dig Through Time do cemitério de graça, e também Shark Typhoon, que pode oferecer um exército de tokens enquanto o deck se resume em fazer o que faz de melhor: responder às jogadas do oponente.

Porém, outras opções também surgem ocasionalmente nas listas, como Lochmere Serpent ou até mesmo Jace, Wielder of Mysteries.

Bant Spirits

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Mais um dos arquétipos que pode ser construído à partir de um dos Challenger Decks é o Bant Spirits, um Tempo deck que utiliza de criaturas evasivas que possuem um valor agregado disruptivo, como Mausoleum Wanderer e Spell Queller, junto a cards que beneficiam a sinergia tribal da lista, como Supreme Phantom e Empyreal Eagle para criar uma estratégia que consegue estabelecer uma forte pressão contra o oponente enquanto atrasa significativamente suas jogadas.

O grande pilar desta versão do Spirits é Collected Company, que lhe permite colocar duas criaturas do seu deck em jogo, em Instant-Speed, o que comumente cria tanto aberturas absurdamente explosivas onde você ganha o jogo no turno seguinte ao trazer dois lords e/ou um lord e Shacklegeist para a mesa, como também permite ao arquétipo procurar a resposta necessária entre as seis cartas do topo para cada situação, seja com um counterspell com Spell Queller e Mausoleum Wanderer, ou com um removal com Skyclave Apparition.

É claro que o Bant Spirits não estabelece o clock mais rápido do mundo, considerando que ele é um creature-based deck, mas suas cartas são individualmente boas e seu plano de jogo é muito sinérgico, com cada card exercendo uma função importante em interação com o oponente, enquanto as criaturas que não interagem possuem o único e singelo propósito de aumentar o poder das criaturas em jogo, o que adiciona à pressão que cada um deles estabelece e forçando o oponente a responder adequadamente, o que prova-se um desafio quando a maioria deles podem ser utilizados em Instant-Speed, e quando a grande maioria delas possuem Flying, já que a muitos decks do formato não costumam lidar bem com ameaças evasivas.

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O Spirits também conta com outras variantes que fazem bons resultados, como a versão Azorius, que abdica de Collected Company em prol de uma interação maior na partida, e a versão Mono Blue, que tira proveito de uma manabase monocolorida para jogar “por baixo” dos oponentes de uma maneira que as versões Azorius e Bant não conseguiriam por conta dos requerimentos de mana, essencialmente funcionando como uma versão mais sinérgica do Mono Blue Tempo, utilizado por Autumn Burchett no primeiro Mythic Championship.

Niv-to-Light

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Outro dos principais Midranges do formato e também o principal “Goodstuff” deck do Pioneer é o Niv-to-Light, que oferece uma poderosa mistura de versatilidade e jogadas de alto impacto sequenciadas que oferecem uma quantidade absurda de Card Advantage.

O plano de jogo do Niv-to-Light envolve jogar menos com trocas justas de 1-por-1 enquanto tenta acelerar o uso de bombas que oferecerão um alto valor ao entrar no campo de batalha, muitas vezes soterrando o oponente com a quantidade de valor exercida por Niv-Mizzet, Reborn, que, ao entrar em jogo, comumente irá comprar quatro ou mais cards com sua habilidade, já que o arquétipo é projetado para abusar das combinações de cores de Guildas.

O deck também conta com um forte elemento de toolbox graças a Bring to Light, podendo desta maneira adaptar a lista conforme a necessidade do Metagame, incluindo alguns singletons importantes que poderão ser buscados com o feitiço pagando o custo de mana colorido necessário para buscar a mágica e, caso não tenha nada para buscar, o card serve como as cópias 5-8 de Niv Mizzet.

Falando em Bring to Light, existe uma filosofia que pode ser adotada quanto ao que escolher ao utilizá-lo, apresentado por Dmytri Butakov em um de seus artigos para a Haeruya, onde você pode separar o que deve buscar em três categorias:

— Algo para ganhar o jogo após estabelecer uma vantagem, como Tibalt, Cosmic Impostor;

— Algo para acumular vantagem ou aumentar a pressão num jogo ainda não-estabelecido, como Niv, Mizzet Reborn;

— Algo para se recuperar quando você está atrás, como um sweeper ou Tolsmir, Friend to Wolves.

Além desses, você também pode sempre optar por algo que lhe seja útil para aquela partida em específica, ou para um estágio de jogo específico: Um Slaughter Games no timing certo pode devastar o oponente, Yasharn, Implacable Earth contra um deck de Sacrifice pode atrasar significativamente o plano do oponente, e assim por diante.

A vulnerabilidade do Niv-to-Light, entretanto, é que ele procura fazer muita coisa e, ocasionalmente, pode ser apresado por decks mais ágeis ou controlado por decks que jogam em torno do Late-Game porque suas sequências de jogadas podem se atrasar pela falta das cores certas no momento certo, dado que sua manabase é diversificada o suficiente para conjurar todas as suas mágicas, mas nem sempre no devido momento.

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Azorius Ensoul

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Fechando os dez principais decks do Pioneer atualmente, nós temos o Azorius Ensoul.

Decks de Ensoul estiveram presentes no Pioneer desde a sua concepção, e comumente nas versões Izzet, onde conta com Bomat Courier e Shrapnel Blast.

Porém, durante 2020 e com o lançamento de Lurrus of the Dream-Den em Ikoria, os decks de Ensoul foram movendo-se para a versão Azorius numa época em que a regra de Companion ainda lhe permitia jogá-los diretamente do Sideboard, tornando-o um dos arquétipos que fazia a tríade de decks de Lurrus que dominaram o formato, ao lado do Boros Burn e do Orzhov Auras.

A regra de Companions mudou, e o Azorius Ensoul acabou sendo esquecido no formato por algum tempo, apesar de fazer sempre ocasionais resultados com cards como Toolcraft Exemplar.

Foi com Adventures in the Forgotten Realms que o arquétipo recebeu o boost que precisava para ser um dos principais decks do formato: The Blackstaff of Waterdeep, o deu uma consistência maior que lhe faltava, já que as listas precisavam optar entre Skilled Animator ou apostar na recursão de Lurrus, mas o card que realmente deu um aumento de consistência para o arquétipo foi Ingenious Smith, como uma poderosa engine de valor que ajuda a encontrar peças-chave na partida enquanto interage bem com a estratégia do deck, crescendo significativamente se ficar na mesa por muito tempo.

Por fim, porém não menos importante, Portable Hole deu ao arquétipo um muito necessário removal branco, melhorando significativamente as suas interações.

O plano de jogo do Azorius Ensoul é essencialmente o de um deck Aggro, numa mistura de “go big”, onde ele pode utilizar um card como Darksteel Citadel encantado com um Ensoul Artifact ou um Stonecoil Serpent grande encantado com All That Glitters para ganhar a partida com um “go wide”, onde ele pode utilizar diversas criaturas para estabelecer pressão, e ele faz ambas as coisas de maneira muito eficiente e com uma forte resiliência graças a Lurrus of the Dream-Den e Ingenious Smith.

O arquétipo também conta com bons elementos responsivos, como Stubborn Denial, para lidar com as ameaças do oponente ou proteger seus principais cards durante a partida.

Menções Honrosas

Apesar de ter mencionado neste artigo os dez principais decks do Pioneer atualmente, o formato conta com diversas outras estratégias viáveis e competitivas, e que certamente você verá jogadores nas Ligas, eventos, ou na sua loja local utilizando alguns arquétipos que não foram mencionados acima.

Abaixo, farei uma breve análise de outros arquétipos que você pode esperar encontrar ao jogar Pioneer.

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O Vampires é um Midrange, e sua estratégia envolve escalonar suas ameaças a cada turno, passando por Knight of the Ebon Legion, Gifted Aetherborn e Sorin, Imperious Bloodlord que, preferencialmente, irá “trapacear” na curva de mana e jogar um Champion of Dusk para comprar cards e manter o gás do deck.

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A lista também conta com um forte pacote de interação poderoso na forma de removals variados e Thoughtseize, que o tornam uma opção sólida no formato, especialmente para os que gostam de decks tribais.

Eu fiz um Deck Tech do arquétipo faz alguns meses, e você pode conferi-lo aquilink outside website.

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O Jund Sacrifice, ou Jund Citadel, ou Jund Company, cada pessoa chama de uma maneira diferente, foi portado do Standard e do Historic direto para o Pioneer, onde conta com a poderosa interação de Mayhem Devil com os efeitos de Sacrifício habilitados por Priest of the Forgotten Gods, Catacomb Sifter e Woe Strider, todos cards que podem ser encontrados com Collected Company.

O objetivo deste deck, todavia, não é sacrificar suas criaturas no early-game para limpar a mesa do oponente, mas sim tentar gerar a maior quantia o possível de permanentes em jogo e acelerar a mana para conjurar Bolas’s Citadel e, a partir deste momento, acumular uma quantidade irreversível de valor que, comumente, terminará com a ativação da habilidade do artefato causando 10 de dano ao oponente, e o trigger de Mayhem Devil causando os outros 10 de dano restantes.

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O Jeskai Ascendancy é, atualmente, o melhor deck de combo do formato (apesar de não ser o único), e envolve fazer uma combinação de Jeskai Ascendancy com Sylvan Awakening, que transforma todos os seus terrenos em criaturas, para, em seguida, realizar uma sequência de mágicas de custo baixo que desencadearão a habilidade de Jeskai Ascendancy, dando +1/+1 e desvirando suas criaturas, formando assim um looping constante de mana e draw que, geralmente, terminará com suas criaturas/terrenos causando uma quantidade arbitrária de mana.

Fora do combo, a lista funciona essencialmente como um Omnath Ramp, utilizando do Elemental para controlar a mesa e acelerar a mana, enquanto busca pelas peças certas do combo.

A lista pode, inicialmente, parecer estranha para quem não está acostumado, mas, acredite, ela é muito consistente.

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Apesar de serem arquétipos absolutamente distintos em estratégia, estarei categorizando-os como “Mono-Green Nykthos” neste artigo, já que ambos procuram abusar do terreno para gerar uma quantidade absurda de mana para jogar suas mágicas.

O Mono-Green Aggro é a versão mais agressiva, e procura utilizar criaturas de custo baixo e poder alto, como Werewolf Pack Leader e Old-Growth Troll para pressionar o oponente enquanto cards como Collected Company e Vivien, Arkbow Ranger estabelecem a vantagem em números e recursos.

Já o Mono-Green Walkers é um Ramp que procura acelerar a mana nos primeiros turnos para conjurar Nissa, Who Shakes the World, que frequentemente levará à jogadas cada vez mais explosivas se ficar em jogo, como Elder Gargaroth, Vorinclex, Voice of Hunger, ou até mesmo um Ulamog, the Ceaseless Hunger vindo do Sideboard através da habilidade de Vivien, Arkbow Ranger.

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Por fim, um deck que ganhou uma atenção a mais nas últimas semanas é o Zombies, graças ao lançamento de Champion of the Perished em Innistrad: Midnight Hunt.

O Zombies é um Aggro-Combo que funciona procurando sequenciar suas criaturas ao decorrer dos turnos, mas também opera com um plano de self-mill que, quando utilizado em conjunto com Rally the Ancestors, comumente criará posições de mesa absurdas com os triggers de Wayward Servant e Corpse Knight, além dos triggers de Champion of the Perished e da possibilidade de virar seus zumbis com Cryptbreaker para comprar cards antes que exilá-los.

Conclusão

E esta foi minha apresentação do atual Metagame do Pioneer, considerando os decks mais utilizados desde o lançamento de Innistrad: Midnight Hunt.

Ressalto novamente que o Metagame geral pode ser muito diferente de um Metagame local, e os exemplos apresentados aqui podem sempre não ser os decks presentes na sua loja ou nos eventos da sua comunidade.

Além disso, o Pioneer é um formato que possui um nível de diversidade alto, e há muitos decks que eu poderia mencionar e fazem ocasionais resultados, mas não o fiz, como o Lotus Combo, o Mono-Red Aggro, o Mono-Black Aggro, Enigmatic Fires, Bant Company, dentre muitos outros.

Portanto, não tenha medo de levar sua lista, seja ela um dos Challenger Decks ou uma lista própria, para jogar Pioneer na sua loja, ou nos eventos do Magic Online, como o Pioneer Royale, que ocorre toda terça-feira na Cards Realm, porque há espaço o suficiente no Metagame para experimentar novas ideias e jogar com arquétipos que estão fora do radar.

No próximo artigo, pretendo trazer algumas listas budget que podem ser utilizadas na sua loja local ou eventos pequenos.

Obrigado pela leitura!