Magic: the Gathering

Deck Guide

Modern: UB Mill e o suporte bem feito

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Observamos mais de perto um dos decks que está lutando com cada vez mais novos recursos para conquistar espaço no meta, millando oponentes o mais rápido possível.

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Olá pessoal!

Essa semana, ao analisar os últimos Challenges de Agosto (que foi um mês com fortes emoções, com decks novos como o Jund Foodlink outside website e um retorno triunfal do Mono-Green Tronlink outside website), um deck específico me chamou muito a atenção, um clássico que explora a regra do Magic de que "quando o jogador é obrigado a comprar uma carta e o grimório não tem mais cartas, aquele jogador perde o jogo".

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Sim! O UB Mill está dando as caras! Além de recorrentes 5-0 em ligas, o baralho Dimir conseguiu alcançar o Top 8 do Challenge de Sábado e o de Domingo com listas quase idênticas.

Vamos analisar uma dessas listas e descobrir porque aparentemente triturar as cartas do oponente é uma boa ideia no cenário atual.

Antes de tudo, a lista

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Ao observar a lista, já temos uma evidência bem concreta: esse arquétipo recebeu bastante suporte ao longo das últimas coleções.

Começando com a edição Trono de Eldrainelink outside website, Drown in the Loch é uma das cartas mais versáteis (e uma das minhas favoritas) do Magic atual. Por servir como counterspell ou remoção, a carta joga até em baralhos que não utilizam a temática de Triturar (ou Mill, como ficou mais popular), porém aqui temos um uso super otimizado da mesma, já que o deck consegue facilmente proporcionar um alcance do efeito praticamente definitivo.

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Não parando por aqui, Renascer de Zendikarlink outside website trouxe uma forte temática de Mill com os Rogues, mas quem realmente roubou a cena no arquétipo foi o Ruin Crab. Sendo quase um reprint funcional do Hedron Crab, essa adição trouxe consistência ao deck, que agora possui acesso a oito drops 1 de impacto para o plano de Triturar.

Indo para coleções especiais, Modern Horizons 2link outside website veio com Fractured Sanity, uma mágica versátil e potente, sendo tanto um Mill de alta quantidade, quanto um Mill de alcance menor, mas que quase não pode ser anulado e se repõe, sendo um recurso valioso ou até um finisher, dependendo da sua necessidade e quantidade de mana.

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Por fim, temos nossa última adição presente nas listas atuais, o Tasha's Hideous Laughter. Essa carta é extremamente poderosa no metagame contemporâneo por dois motivos:

Exilar as cartas ao invés de triturá-las pode ser um pequeno "nombo" com cartas como Drown in the Loch e Surgical Extraction, mas é um pequeno preço a se pagar pela vantagem em um formato que cada vez mais está utilizando o cemitério como recurso, assim você atrapalha um pouco cartas como Lurrus of the Dream-Den e Snapcaster Mage, além de não ser tanto punido por Dragon's Rage Channeler e Tarmogoyf ("tanto" é a palavra-chave aqui, já que é impossível evitar acelerar o plano dessas cartas).

O segundo ponto é que lidar com o Mana Value das cartas pune (e muito) os decks de curva baixa, como os Grixis e Izzet Tempo, ou também baralhos que utilizam muitos terrenos, como o Amulet Titan.

Todas essas vantagens fazem com que Tasha's Hideous Laughter seja uma arma poderosíssima para decks que querem exaurir os recursos do oponente de um dos jeitos mais simples, mandando as cartas do grimório direto para o cemitério ou exílio.

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Mas não só de carta nova vive um arquétipo, e se todas essas adições estão vendo jogo, é porque o baralho já possuía uma base sólida e consistente, com cartas como Archive Trap, que na esmagadora maioria das vezes vai custar 0 manas, além de Visions of Beyond, que nesse contexto vai funcionar quase sempre como um Ancestral Recall. Todas essas cartas conseguem dar um gás absurdo para nosso querido Mill.

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Interações com o meta

Bom, agora que já falamos sobre o deck, vou passar um pouco da experiência que eu tive com a lista no nosso querido ambiente do Magic Online, aonde eu joguei com o baralho em diversas ligas e jogos individuais.

Uma comparação que já ouvi muito ao longo da minha vida é que "O Mill é um Burn com outro propósito". Não discordo totalmente dessa frase, já que ambos não tentam gerar valor e sim finalizar o jogo quanto antes possível, mas o fato do nosso baralho possuir mais recursos reativos e vantagens estratégicas é a maior diferença aqui, e é o que nos dá vantagem contra os decks atuais, como o fato de Drown in the Loch e Fatal Push serem cartas-chave contra Hammer Time e Burn, lidando com as ameaças oponentes por tempo suficiente para um Tasha's Hideous Laughter bem encaixado finalizar ou chegar perto de finalizar o adversário.

Contra o Novo Jund e o Izzet tempo é um pouco diferente; mesmo com nossas disrupções nos ajudando, o oponente também possui interações e numa quantidade maior, isso sem contar citado anteriormente sobre o Mill potencialmente adiantar o clock inimigo por conta de cartas como Tarmogoyf e Dragon's Rage Channeler.

Dito isso, também possuímos respostas para cemitérios (ainda mais porque essa lista em específico usa Soul-Guide Lantern, que é uma opção interessante tanto pela recursão com o Lurrus of the Dream-Den, quanto pela possível limpeza global do cemitério oponente, então a partida se torna bem equilibrada, com trocas de recursos, tempo plays e desenvolvendo pequenas vantagens a cada jogada.

Contra Crashing Footfalls e Living End o nosso Drown in the Loch brilha novamente, pois conseguimos anular as winconditions do oponente em absoluto, já que elas custam 0. A match contra o Living End, especificamente, pode ser mais perigosa pelos Millings encherem rapidamente o cemitério oponente, mas com cautela e auxílio das Surgical Extraction no sideboard (que a outra lista utiliza de maindeck), é uma match geralmente tranquila.

Num geral, o baralho está realmente bem posicionado e tem poucos predadores, sendo uma ótima opção até para enfrentar o meta em um ambiente mais abrangente, como as ligas do Magic Online.

Alternativas para o deck

Após os testes e observações de diversas outras listas, eu trouxe algumas opções interessantes e que podem ser benéficas para o deckbuilding do baralho.

Começando com duas opções semelhantes de recursão, o Snapcaster Mage e a Mission Briefing são duas opções válidas e que possuem vantagens diferentes, mesmo fazendo o mesmo trabalho. Se por um lado as Instruções te dão uma seleção maior com o surveil e é mais versátil por conseguir conjurar a Archive Trap pelo seu custo alternativo, por outro lado, nosso mago é uma adição interessante com o Lurrus of the Dream-Den, o que traz um nível de recursão maior em jogos mais arrastados.

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Caso esteja procurando mais interação, Counterspell é uma opção totalmente confiável, já que esse deck não tem dificuldades de gerar duas manas azuis. Mesmo não acelerando o plano de Milling, essa opção pode ser útil caso queira um jogo melhor contra decks como o Eldratron e o Mono-Green Tron.

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Já para mais card advantage, Into the Story é uma ótima carta para se pensar em algumas cópias, comprar quatro cartas em velocidade instantânea é um ótimo negócio por quatro manas, assim, junto a Visions of Beyond, ajudando o deck a manter o gás.

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Conclusão

Um empurrãozinho ajuda, não é? Vimos hoje como diversos suportes aliados a uma base sólida podem ser benéficos a um arquétipo, o que faz até com que tenhamos esperanças de que aquele nosso deck tier 2 do coração um dia verá seu lugar ao sol.

E nessa nota esperançosa e positiva eu me despeço de vocês, até a próxima!