Magic: the Gathering

Review

cEDH - Top 10 Cartas dos precons The Brothers' War + Transformers

, Comment regular icon1 comments

Analisamos as 10 cartas que acreditamos ter maior potencial para o cEDH nos produtos suplementares de The Brother's War: os decks de commander, Jumpstart e as cartas exclusivas de Universes Beyond!

Writer image

revisado por Tabata Marques

Edit Article

Introdução

A coleção e os decks de Commander The Brothers' War preconstruídoslink outside website já estão praticamente entre nós, com lançamento oficial para o dia 18 de Novembro. Para ajudá-los em suas compras fizemos um levantamento das cartas com maior potencial.

Para quem não viu, o Felipe Torres escreveu um artigo sobre o top 10 do set e que você pode conferir clicando aquilink outside website.

Ad

No meu artigo analisaremos as demais cartas relacionadas à coleção, especificamente aquelas que não serão lançadas na coleção principal e nem serão válidas no Standard. Portanto, meu top 10 se baseia apenas nas novas cartas dos decks de Commander (inclusive as exclusivas dos set boosters de The Brothers’ War), Jumpstart e as cartas de Transformerslink outside website de Magic: The Gathering's Universes Beyond que serão lançadas nos set boosters e collector boosters The Brothers' War.

Lembrando que a análise será feita para Commander, pelo viés do cEDH (o Commander competitivo).

Top 10

10 — Ratchet, Field Medic / Ratchet, Rescue Racer

Loading icon

Abrindo nossa lista temos um Transformer icônico, o médico dos Autobots, Ratchet, Field Medic! Ele possui uma recursão muito interessante com artefatos direto ao campo, porém com 3 restrições relevantes:

• A primeira é depender de ganho de vida, uma mecânica ruim quando em geral seus oponentes vencem com combos. Ao menos é minimizada pelo fato de Ratchet possuir Lifelink, o que facilita pelo menos o retorno de artefatos custo 2 ou menos.

• A segunda é um freio na habilidade de recursão, já que o artefato é devolvido ao campo, mas infelizmente, virado. Isso dificulta e restringe as cartas que poderiam fazer parte de um looping.

• A terceira restrição é a mais importante e o que realmente impede de abusarmos da carta. Convertido como Ratchet, Rescue Racer só poderemos desencadear sua habilidade de Convert uma vez por turno. Se quisermos usá-las mais de uma vez precisaríamos ter alguma forma de blink para sair e voltar ao campo como um novo objeto. Nesse sentido, em minhas pesquisas, desconheço qualquer carta, especialmente em Mono White, que não exija um setup enorme para permitir isso de forma recorrente.

Em suma, é uma carta muito interessante, mas com dificuldades agregadas para explorá-la e que nos faz depender de cartas ruins para extrair uma utilidade honesta. Caso insista na ideia, tenha em mente cartas como Proper Burial, Circuit Mender, Filigree Familiar, Cleric Class e Alhammarret's Archive. Fique de olho especialmente em Bottle Gnomes, já que potencialmente pode vir a ficar abusiva com Ratchet no futuro com potenciais novas cartas para o deck.

Portanto, para fazermos nosso Autobot funcionar precisaríamos de novas cartas que ainda não existem. Quem sabe algo que permita um blink toda vez que ganharmos vida?

Por hora, acredito que talvez ele tenha seu papel dentro de decks mais obscuros como em alguma versão de Oswald Fiddlebender ou Heliod, Sun-Crowned.

9 — Flamewar, Brash Veteran // Flamewar, Streetwise Operative

Loading icon

Nossa 9º carta é Flamewar, Brash Veteran, dando um grau diretamente do universo de Transformers! O mais usual provavelmente será conjurá-la por Magic Symbol BMagic Symbol R na versão motorizada.

Ao conectar o ataque poderemos gerar card advantage ao exilar cartas do nosso próprio grimório ao causar dano de combate, o que é facilitado pela evasão proporcionada por Menace e o desestímulo aos bloqueadores devido ao Deathtouch.

Ad

Ao convertê-la após o dano, essa Decepticon se torna um sac outlet de artefatos, embora só possa ativá-la uma vez, já que só podemos usá-la em velocidade de feitiço e ela irá ser convertida novamente em Flamewar, Streetwise Operative ao resolver a habilidade.

Colocar marcadores +1/+1 pode ser relevante para quando ela for novamente um veículo novamente, já que o número de cartas exiladas é igual ao dano causado. Com uma quantia suficiente de ataques, podemos ter um número expressivo de cartas exiladas (com 2 pancadas bem sucedidas são aos menos 5 cartas).

Se você estiver com um deck que jogue bem para a frente, é possível que já tenha usado a maior parte das cartas da sua mão, o que faz a última habilidade ser muito vantajosa ao repor a mão ao custo de poucas cartas descartadas (que inclusive pode ser muito útil com linhas de reanimação ou para abusar de Underworld Breach).

De modo geral, apesar de possuir algum potencial, o que fará seu uso ser limitado é a dependência de combate para converter entre as 2 faces, o que faz com que a progressão de draw seja lenta, além da sua habilidade de sac outlet ser limitada a 1 ativação na prática, e que dificulta seu uso em decks que se beneficiariam de sacrifício de artefatos, como aqueles que contam com Krark-Clan Ironworks e Myr Retriever.

8 — The Archimandrite

Loading icon

Em 8º lugar temos The Archimandrite. Seria pouco provável vermos essa carta dentro das 99 de algum deck, o que deve fazê-la ficar restrita a zona de comando. Nesse aspecto, 5 manas é um custo alto e está no limite do aceitável, mas ao menos está em uma combinação de cores interessante (Jeskai Magic Symbol UMagic Symbol RMagic Symbol W).

As suas 2 primeiras habilidades estão ligadas a ganho de vida e combate, o que para o contexto de cEDH possui pouca relevância.

A terceira habilidade é a que nos traz mais potencial, já que está diretamente ligada a card draw, que enche os olhos dos combeiros. O requisito para abusarmos aqui é ter uma densidade de criaturas do tipo Advisor (nosso comandante já conta), Artificer e/ou Monks.

Felizmente temos algumas boas opções como Goblin Engineer, Goblin Welder, Imperial Recruiter, Ledger Shredder, Serra Ascendant e Monastery Mentor. Aqui gostaria de destacar o quão insano Monastery Mentor pode se tornar nesse deck, já que produzimos fichas de Monk (com Prowess), facilmente podendo desandar para os nossos oponentes.

A carta chave para fazê-lo funcionar bem provavelmente será Jeskai Ascendancy, que fará com que nossas criaturas sejam desviradas a cada conjuração de não-criaturas enquanto cava no deck com nosso comandante e pelo looting do próprio encantamento.

Desse modo, para manter a engrenagem funcionando, o deck provavelmente precisará de uma quantidade expressiva de cartas de custo 0, o que talvez o faça ter uma pegada como os decks de Jhoira, Weatherlight Captain.

Em uma construção como essa, Whirlwind of Thought parece promissora. Além disso, o uso de um combo clássico faz sentido aqui: Isochron Scepter + Dramatic Reversal. Basta ter mana rocks que gerem ao menos 3 manas e 3 criaturas do tipo com o qual The Archimandrite se importa.

Ad

Por fim, para o formato Conquest vale destacar a possibilidade de utilizar Paradox Engine (banido no Commander), que facilmente é a carta mais forte nesse deck.

7 — Disciple of Caelus Nin

Loading icon

Disciple of Caelus Nin ocupa a 7ª posição do nosso ranking devido as suas habilidades que a permitem transitar entre um removal global e uma peça de stax. Como um removal global tem um efeito mediano ao forçar os jogadores a ficarem com apenas 5 permanentes, o que pode ser extremamente punitivo para decks que precisam crescer o board state enquanto não fará absolutamente nada com quem pouco se importa com permanentes. Nesse sentido, um Flash não ia cair mal entre as habilidades para pelo menos ter um fator surpresa. Pena.

Seu pezinho no Stax é criar um efeito restritivo para phasing ao impedir com que as permanentes retornem. Imagina a felicidade de um coleguinha que usou um Teferi’s Protection ou Guardian of Faith anteriormente para se proteger. Cabe observar também que ela forma uma bela dupla com Teferi, Master of Time.

Não acredito que Disciple of Caelus Nin vá sequer chegar perto de se tornar uma staple, mas é possível que vá ser testada em alguns decks como Winota, Joiner of Forces, como uma opção para punir metagames especialmente dependentes de boards cheios.

6 — Rootpath Purifier

Loading icon

Na 6ª posição está este elfo com uma habilidade singular: transformar nossos terrenos em campo e no grimório em terrenos básicos. Por que choras Blood Moon e Back to Basics?

Rootpath Purifier tem um custo alto para seu efeito, mas pode permitir sinergias muito interessantes, como buscar qualquer terreno com um Fabled Passage, por exemplo. Jogar um Cultivate para pegar Dark Depths e um Thespian's Stage parece revigorante, não? Ou quem sabe estourar um terreno de um oponente com base de mana bem gananciosa e sem terrenos básicos usando um Demolition Field enquanto você busca seu Gaea’s Cradle?

As possibilidades são inúmeras. Essa é a grande força de Rootpath Purifier, tornar cartas medíocres em boas cartas.

Mas essa é também sua maior fraqueza. Ao construir um deck com uma maior quantidade de cartas medíocres, mas sinérgicas com terrenos básicos, você estará diminuindo o power level do seu deck de maneira geral e contando com uma carta que não estará na sua zona de comando por não ser lendária e que ainda custa 4 manas. Então cuidado com a empolgação.

Essa carta pode ter sua casa em decks bem específicos, como Azusa, Lost but Seeking, Titania, Protector of Argoth, Tatyova, Benthic Druid ou Lord Windgrace, decks que estão na zona do discutível em termos de power level para Commander Competitivo.

5 — Scholar of New Horizons

Loading icon

Ocupando a 5ª colocação vamos de Scholar of New Horizons, que a princípio é uma carta bastante honesta. Apesar de condicional, com um pouco de sorte, pode puxar uma carta com tipo de Planície diretamente para campo (inclusive Old Duals, Shock Lands ou Triomas). Seu aparente drawback é necessitar remover um marcador para ativar essa habilidade, fazendo com que a princípio você a use apenas uma vez.

Ad

Só que ela se torna mais interessante quando paramos para refletir que esse marcador pode ser retirado de qualquer permanente que você controla. O uso mais abusivo é claramente com Mystic Remora, fazendo com possamos manter seu custo de manutenção sempre em Magic Symbol 1 enquanto podemos buscar uma Planície todo turno (para mão ou campo). Quem tem o mínimo de experiência com esse encantamento sabe o quanto ele define o jogo, especialmente se puder mantê-lo por um custo tão baixo e sem drawbacks praticamente.

Outras sinergias interessantes se dão com as Sagas. Você pode manter uma Saga sempre no seu primeiro ou segundo nível (nunca o último), desencadeando turno após turno a mesma habilidade. Sagas como Elspeth Conquers Death, Elspeth's Nightmare, Urza Assembles the Titans, The Horus Heresy e The First Tyrannic War. Em geral não são cartas que você irá ver no cEDH, mas no casual high power deve chatear muita gente por aí.

4 — Machine God’s Effigy

Loading icon

Nossa Cursed Mirror 2.0 vem em 4º lugar devido a sua potencialidade para combar. Ela permite copiar uma criatura no campo como um artefato (não em adição, observe). De bônus possui a capacidade de gerar Magic Symbol U. Por si só é uma carta um pouco pesada, mas versátil o suficiente para ser considerada.

Mas o que dá algum potencial de uso é sua capacidade junto a Devoted Druid, uma peça de combo que a cada edição ganha novas possibilidades. Machine God’s Effigy vem para se juntar a Vizier of Remedies, Swift Reconfiguration, Luxior, Giada's Gift, dentre outros. Apesar do custo 4 pode copiar um Devoted Druid enjoado, sem se preocupar com Haste, pode gerar mana azul infinita além de mana verde infinita e ainda tem mais um bônus que pode ocorrer quando os planetas se alinham, que é poder copiar um Devoted Druid de OUTRO jogador.

Se vier a jogar, o mais provável é que encontre uma casa dentro de decks Bant Magic Symbol UMagic Symbol GMagic Symbol W com já várias possibilidades de combos com Devoted Druid, especialmente em listas de Thrasios, Triton Hero em parceria com Ishai, Ojutai Dragonspeaker, Ardenn, Intrepid Archaeologist ou Yoshimaru, Ever Faithful.

3 — Sanwell, Avenger Ace

Loading icon

Aqui chegamos ao nosso top 3, aberto por Sanwell, Avenger Ace, que por um custo baixo pode cavar fundo em decks construídos em torno de veículos e criaturas artefato. A forma mais simples de virá-lo é obviamente por combate, o que pode ser perigoso tendo em vista que Sanwell possui uma miserável resistência 1. Ao menos atacando em conjunto com uma criatura artefato poderá prevenir o dano que seria causado nele.

O ideal mesmo é poder virá-lo e gerar valor no processo, então o melhor cenário aqui é utilizando habilidades de cartas como Springleaf Drum ou Relic of Legends para gerar manas e cavar no deck, ou mesmo tripulando veículos como Clown Car ou Unlicensed Hearse.

Para extrair mais valor é necessário um deck com uma densidade alta de criaturas artefatos ou veículos, o que faz com seu uso seja restrito a decks mais incomuns, como Teshar, Ancestor’s Apostle e Oswald Fiddlebender, então seu uso no cEDH, se vier a acontecer, será mais restrito. Para o Conquest cabem 2 palavras: Paradox Engine.

Ad

2 — Wreck Hunter

Loading icon

Nossa medalha de prata vai para Wreck Hunter! Essa carta é uma criatura com uma habilidade condicional que pode ser difícil de ser bem utilizada.

Vejo facilmente um cenário que você pode esperar um turno cheio de mágicas de um oponente e quando chega lá, nada acontece e você acaba fazendo 1 Powerstone se muito. Claro, o teto aqui pode ser bem alto e te garantir o jogo. Imagine um turno no qual alguém fez um Culling Ritual ou tentou uma vitória com Underworld Breach e falhou.

Nesses cenários é possível criar uma grande quantidade de Powerstones para serem utilizadas em um próximo turno, que apesar de não permitir usá-las para conjurar mágicas que não sejam artefatos, ao menos poderá utilizá-las para pagar por habilidades. Pode ser especialmente útil para comandantes que sejam sinks de mana, como Tasigur, the Golden Fang, Thrasios, Triton Hero ou Breya, Etherium Shaper.

1 — Sardian Avenger

Loading icon

E finalmente chegamos ao nosso primeiro colocado e medalha de ouro desse top 10: Sardian Avenger, também chamado de arqui-inimigo do Dockside Extortionist, já que ele atrapalha, ou até impede, que se abuse de loopings que envolvam tesouros, por exemplo, atuando como um belíssimo hatebear contra essas estratégias.

Para se ter ideia, vamos pegar de exemplo um looping econômico de Dockside Extortionist com Emiel the Blessed. Nessa situação é necessário que Dockside esteja gerando ao menos 4 tesouros para gerar um número de tesouros positivo, ou seja, com Sardian Avenger em campo, cada mana gerada nesse combo causa 4 pontos de dano, e com a vida cheia seria possível gerar 12 tesouros sem morrer ao usá-los (indo a 1 de vida).

É ótimo para situações como após o uso de Ad Nauseam, onde é comum esse jogador ficar com pouquíssimos pontos de vida em troca de uma quantia insana de cartas, na sequência gerar mana suficiente para iniciar um turno de storm, sendo comum fazê-lo por meio dos tesouros de um Dockside, ou loopings envolvendo Lotus Petal ou Lion’s Eye Diamond em conjunto com Underworld Breach. Além disso, vários outros decks são maltratados por esse goblin, como Magda, Brazen Outlaw, Teshar, Ancestor’s Apostle e Tivit, Seller of Secrets.

Em um jogo arrastado, lembre-se de que ele pode ficar enorme, já que verifica o total de artefatos de todos os oponentes. É relativamente simples esse Goblin bater com 8 de dano, tendo First Strike e Trample para desestimular possíveis bloqueadores. Te garanto que é o pavor de qualquer Farm uma criatura enorme como essa minando seus preciosos pontos de vida.

Espere ver a presença de Sardian Avenger esporadicamente daqui pra frente, nem que seja como teste, em vários decks que queiram pisar no freio e desacelerar os oponentes, como Hermit Druid (Tymna the Weaver & Tana, the Bloodsower), Jetmir, Nexus of Revels e especialmente Winota, Joiner of Forces.

Conclusão

Feito o nosso top 10 e olhando de forma ampla para a coleção, as cartas possuem um power level pouco elevado em comparação com o que predomina no metagame, o que faz com que seja pouco provável que elas passem a integrar a pool de staples do formato. Porém, mecanicamente são cartas bem desenhadas, equilibradas e podem vir a ser integradas em estratégias pouco usuais no cEDH, 500 e Conquest, mas seu lar certamente será as mesas casuais high power, onde devem acrescentar bastante à jogabilidade.

Ad

E aí, gostou do top 10? Concorda? Discorda? Algo que acha relevante ficou de fora ou que algo não merecia ter entrado de forma alguma? Deixe seu comentário!

Obrigado por acompanhar até aqui e até a próxima!