Magic: the Gathering

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Deck Tech Commander: Lathril, Blade of the Elves

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Dentre todas as tribos do Magic, uma das mais queridas são os elfos! No artigo de hoje, iremos aprender a como utilizar Lathril, Blade of the Elves para levar os orelhudinhos a vitória.

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revised by Tabata Marques

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Por mais que o nosso querido Commander sirva para que coloquemos nossas mais loucas ideias em ação, existe sempre um lugar comum, que cativa diversos jogadores. Assim, sempre irão haver opções super populares e listas que jogadores sabem de cor e salteado.

Se é Niv-Mizzet, Parun, precisa carregar uma Curiosity consigo, Atraxa, Praetor’s Voice geralmente significa que se trata de um baralho de Super Amigos e que quase todo deck se beneficia de um Arcane Signet, então é seguro dizer que a nova face dos decks de Elfos é sem dúvida Lathril, Blade of the Elves, uma das comandantes mais populares dos últimos anos!

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Sobre Lathril, Blade of the Elves

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Lançada faz alguns anos como a cara do deck Pré-Construído de Kaldheim, Lathril, Blade of the Elves faz um pouco de tudo que se deseja de uma boa comandante de elfos. Possuindo as duas melhores cores da popular tribo, Lathril tem uma habilidade capaz de criar um bom número de fichas, algo sempre bem-vindo para decks élficos, e uma segunda habilidade que se aproveita muito bem dessas fichas, drenando uma boa quantidade de pontos de vida dos oponentes e aumentando a sua.

Como a habilidade de produzir tokens da elfa é desencadeada sempre que um ataque dela conecta, a palavra-chave “Ameaçar” cai como uma luva nas suas habilidades, e é a cereja do bolo que permite que ela consiga uma melhor evasão, atrelada a uma ótima produção de Tokens. Além disso, quatro manas é um bom custo, e permite que ela entre no turno 2 com o auxílio de um Sol Ring.

E claro, o tipo “Elfo” dispensa apresentações e é capaz de uma grande sinergia tanto qualitativa, como quantitativa, com algumas das melhores cartas do jogo. Como veremos a seguir, eles irão elevar Lathril quando ela estiver em campo e criar uma mesa consistente mesmo em sua ausência.

Deve-se ressaltar, também, que o ato de “virar dez elfos” que você controla é um custo vindo da comandante que dá alvo a outras criaturas do tipo e não dos elfos em si. Assim, podem ser tanto elfos que estão desde o começo do jogo, como tokens recém criados, com enjoo de invocação.

Decklist

Com isso tudo bem explícito, vamos ver como ficou o deck:

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Os Combos

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O baralho é capaz de produzir combos de mana infinita através de Staff of Domination.

Em conjunção com Wirewood Channeler, Priest of Titania, Elvish Archdruid e Marwyn, the Nurturer, e gerando no mínimo cinco manas, o cajado pode criar uma situação em que ambos vão ser virados e desvirados, continuamente, gerando grandes quantidades de mana e permitindo a conjuração de cards como Finale of Devastation e Torment of Hailfire, ou comprar infinitos cards com o próprio Staff of Domination para achá-los e assim finalizar o jogo.

Wirewood Channeler, em especial, é capaz de criar mana da cor preta, caso não a tenhamos disponível.

Lordes para seus Elfos

O plano inicial da comandante é bater uma pancada bem dolorida, para assim criar muitas fichas de elfinhos e, com a ajuda do dano causado, drenar bastante vida dos oponentes, aumentando a sua como medida de proteção.

Já o plano secundário é usar seu exército de elfos para bater em grandes quantidades de dano e assim provar que a melhor remoção que você pode ter em seu deck é a remoção de jogador.

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Tendo você que optar entre plano A ou B, você fará bom uso de seus lordes, que são criaturas capazes de aumentar as estatísticas de outras criaturas do mesmo tipo na mesa. Alguns deles estão na forma de criaturas e outros na forma de artefatos.

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Bater com várias fichas bem fortes é uma estratégia tão viável quanto bater com uma Lathril, Blade of the Elves gigante que irá criar uma grande quantidade de Tokens, ou até mesmo vencer por dano de comandante.

Uma opção bem interessante de lorde é Coat of Arms, capaz de deixar seus elfos bem grandinhos e bem rápido, precisando de poucos deles para acabar com a partida. Está com dez elfos 1/1 na mesa? Não faz mal, cada um deles agora é 10/10, o suficiente para passar o carro facinho em mais de um oponente ao mesmo tempo, dependendo do estado do jogo.

E claro, se você estiver com Lathril, Blade of the Elves em campo, uma pancada com o artefato na mesa não só vai lhe gerar muitas fichas, como também pode lhe garantir uma vitória por dano de comandante.

Mana para seus Elfos

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Uma grande facilidade da tribo é a capacidade de gerar mana sem grandes complicações, através apenas de criaturas. O card mais básico que faz isso é Llanowar Elves, mas podemos contar também com Priest of Titania, criatura que faz mana em quantidades enormes.

Com esses carinhas produzindo recursos em alta velocidade, o uso de pedras de mana se torna dispensável. E torna-se possível abrir mão de alguns terrenos, também, o que deixa o deck mais dinâmico, atrelado a boa capacidade de comprar cards do verde e do preto.

Proteção para seus Elfos

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Uma enorme fraqueza de baralhos de elfos, e de criaturinhas em geral, é a vulnerabilidade deles perante limpezas de mesa. Fazer fileiras e mais fileiras de papelõezinhos felizes 1/1 não adianta nada quando frente a um Starstorm. Chove fogo do céu, e adivinha? Mata todos os seus elfos. O seu token com a foto do Legolas vai pro saco.

Assim, temos alguns modos de nos defender disso. Wrap in Vigor e Golgari Charm ajudam as criaturas as regenerando, já Heroic Intervention as deixando indestrutíveis e com resistência a magia, impedindo-as de morrer.

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Caso tenham morrido, temos como mitigar as perdas, deixando-as menos sofridas. Species Specialist, o único não-elfo de nosso deck, assim como Skemfar Avenger e Miara, Thorn of the Glade, podem repor a sua mão para cada elfo destruído. Prowess of the Fair repõe todos os elfos não tokens enviados ao cemitério com fichas novinhas.

Um último trunfo é Serpent’s Soul Jar que permite que elfos destruídos sejam exilados e conjurados novamente por ela. Esse artefato se comporta muito bem contra decks que utilizam cemitério, mas deve ser usado de forma cautelosa, pois uma vez com ele em campo, os elfos presentes nele ficam inacessíveis - sejam para o proveito de seus oponentes ou de você mesmo, através de um Finale of Devastation, Abomination of Llanowar ou Prowess of the Fair.

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Essa última opção pode não ser tão desejada para todos os jogadores, então pode ser trocada por um Whispersilk Cloak para dar evasão para comandante, ou algum outro elfo.

Companheiros para seus Elfos

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Como já foi dito aqui, conjurar criaturas do tipo elfo é sim bem legal, mas mais eficiente do que isso é povoar o campo com tokens desse tipo de criatura. Não só a própria Lathril, Blade of the Elves faz isso muito bem, assim como alguns outros cards do baralho conseguem fazer isso em diferentes graus de eficácia. É sempre aconselhável ter fichas de elfo em jogo para poder ativar as habilidades de sua comandante, às vezes múltiplas vezes, com o auxílio de uma Seedborn Muse.

Os favoritos sempre serão Elvish Promenade, que coloca um token em jogo para cada elfo que já esteja em campo, e Elven Ambush, que faz o mesmo efeito, mas em velocidade instantânea, povoando o campo nos momentos mais inesperados do jogo.

Utilizar de geradores de ficha torna-se muito importante para solidificar sua mesa, conforme o jogo passa, uma vez que muitas cartas, como Immaculate Magistrate, se importam com a quantidade de elfos em jogo. Para nossa sorte, temos cards como Wolverine Riders, Elvish Warmaster e Lys Alana Huntmaster, que nos ajudam de forma confiável nessa tarefa.

Elfos para seus Elfos

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Aqui temos uma interação bem divertida que não temos o luxo de ver sempre; a de cartas com o tipo ‘“Tribal”, que são as que os jogadores menos lembram na hora de fazer as contas pro Tarmogoyf. Para todos os efeitos, cartas desse tipo são consideradas pertencentes a tribo escrita como subtipo no card.

No deck temos duas cartas tribais, Elvish Promenade e Prowess of the Fair. Então, quando Lys Alana Huntmaster diz “Toda vez que você joga uma mágica do tipo elfo”, ele está contando sim esses dois cards, e sua conjuração produz os efeitos desencadeados do Huntmaster. Elas também podem ser procuradas por efeitos que buscam elfos, como Bounty of Skemfar.

Ou que tal Tyvar Kell, cuja passiva diz que os Elfos que você controla podem ser virados para gerar mana da cor preta? Bem, Prowess of the Fair está em campo, você a controla e é um elfo. Fazendo com que esse encantamento possa, sim, ser usado como fonte de mana.

Existe apenas uma ressalva para essa designação: Elvish Promenade não conta a si mesma quando está na pilha, então a conjurar com um campo vazio não irá te garantir um token de elfo. Isso acontece devido à regra 200.9 do jogo, que estipula que quando o texto de um card faz referência a um determinado tipo ou subtipo, mas não se refere a “cartas”, “mágicas” ou “fontes”, coisa que Elvish Promenade não faz, ele se refere apenas a permanentes.

Versão Budget

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Para aqueles que buscam uma versão mais budget para provar desse deck e ir evoluindo a lista ao longo do tempo, existe essa versão levemente alterada, baseada na lista do jogador Igrissom:

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Considerações finais

Existe um motivo para que Lathril, Blade of the Elves seja uma das comandantes mais populares do formato. Ela é uma cola perfeita que une diversas das criaturas favoritas de muitos jogadores, fazendo um plano de jogo agressivo e eficaz. Pude usar, inclusive, o meu elfo favorito, Timberwatch Elf, que é capaz de, em conjunto com a comandante, dar um dano letal e criar muitos tokens de uma vez só.

Esse deck roda de forma extremamente suave e pode apresentar diversos planos de jogo diferentes, dependendo das diferentes criaturas que você reuniu e em como elas interagem com o próprio tipo delas. E, felizmente, todas as estratégias vão levando a um ponto comum: a devastação dos seus oponentes.

Uma pena que a habilidade miríade não combe muito bem com criaturas lendárias. Ia ser incrível equipar minha Lathril, Blade of the Elves com uma Blade of Selves.