Legacy: Naya Initiative - Deck Tech e Guia de Sideboard

Olá, olá, olá, meus grandes companheiros do Legacy! A vida do jogador de Magic é uma eterna sala de espera... desta vez, escrevo este artigo enquanto estamos tanto no aguardo do anúncio de banimentos do dia 10 de Novembro quanto do lançamento de Avatar: the Last Airbender em 21 de Novembro.

Enquanto ficamos nesse tempo esperando as coisas acontecerem, por que não dar uma olhada nas coisas interessantes que aparecem no formato (até porque são potenciais caminhos a se seguirem em uma eventual reviravolta no formato)?

Pois bem, após um tempo no limbo (no Legacy, já que no Vintage a estratégia está voando alto), eis que começaram a aparecer recentemente algumas versões de decks de Initiative (Dianteira) postando resultados, desta vez numa versão Naya. Afinal, por que jogar com 4 ou 8 ativadores de Initiative se você pode usar o pacote completo de 12?

Hoje vamos usar de base o deck que o jogador kozz27 usou para alcançar um top 4 em um Challenge 32 no Magic Online com 43 jogadores (pouco tempo depois, ele também ficou em 9º em outro Challenge 32 com 45 jogadores, com algumas pequenas mudanças na lista).

O Naya Init é um deck bem direto no seu plano de jogo: fazer 4 manas e arremessar um bicho de Initiative na mesa, de preferência no turno 1 – mesmo que o oponente consiga remover a criatura, o Emblema continua sua caminhada rumo ao fim da Masmorra. Para isso, usa um milhão de acelerações como Espíritos-Guia, Lotus Petals e, nessa lista em particular, Chrome Moxes aliado a Sol Lands (Ancient Tomb e City of Traitors).

Nas vezes em que você não consegue fazer o "plano A", você tem alguns elementos de Prison em Chalice of the Void, Magus of the Moon e Trinisphere para travar o jogo até você conseguir voltar ao plano original, e temos talvez a melhor criatura Vermelha para decks Stompy: Broadside Bombardiers. O seu custo se encaixa perfeitamente aos 2 incolores das Sol Lands, é evasivo para recuperar o controle da Masmorra e sua habilidade ativada representa o potencial de dano equivalente a um soco do Myke Tyson na face do pobre oponente.

A grande diferença da lista de hoje para o que vinha sendo jogado no Naya, além das já citadas Chrome Mox, é que o kozz27 optou por usar Chancellor of the Annex no lugar de Once Upon a Time. Embora isso diminua a consistência do deck, ela abre um caminho para resolver suas cartas de turno 1 sem oposição quando você começa jogando e atrapalha o primeiro turno de decks explosivos nos jogos que você perdeu no dado. De quebra, mantém uma contagem alta de cartas Brancas, um fator relevante para as Solitude do Sideboard, além de serem uma opção fácil de serem exiladas para Chrome Mox.

O Naya é uma alternativa interessante para quem gosta de decks Stompy. Ele é menos focado em Prison do que o Red Stompy, mas é capaz de gerar situações de jogo complicadas no primeiro turno com mais frequência. Eu, em particular, sou grande fã da mecânica de Initiative e o sub-jogo que ela propõe na partida. Ou às vezes você só quer jogar com um deck com um plano de jogo que vá mais direto ao alvo.

Como é tradicional de decks Stompy, sua mão inicial é fundamental. Isso vale em dobro para esse deck, que roda uma quantidade impressionante de acelerações de uso único. Basicamente, você só mantém mãos que não fazem um camarada Initiative no 1 se ela fizer alguma peça de Prison nesse turno para seguir com a abertura da Masmorra no turno seguinte.

Exemplos de mãos:

Sem acelerações, sem condições. Veredito: Mulligan instantâneo.

É uma mão arriscada que até dá para justificar manter, mas eu não iria por esse caminho. Ela faz o Chalice no 1, mas depende de aceleração para simplesmente não perder no 2. Uma Wasteland e seu dia já era. Veredito: Mulligan, a menos que você goste de viver perigosamente.

Essa é o tipo da mão que você mantém, embora tenha alguns problemas: não consegue fazer o Adventurer no 1 protegido por Cavern of Souls ou o Magus no 1. De qualquer maneira, você já tem acesso à Initiative no 1 com a opção de segurar para fazer a carta protegida no 2 se você souber que está contra algum deck que tenha acesso a counters, mas não a Wasteland. Veredito: Keep.

Essa é a mão que faz a alegria do jogador: Initiative protegida por Cavern of Souls no 1, que já encontra o Terreno que vai fazer o Magus of the Moon no 2. Veredito: Keep instantâneo.

Esse é um deck sem cantrips e com muita dificuldade em fazer mana colorida para mágicas não-criaturas, portanto o seu Sideboard vai tão direto ao ponto quanto o seu main deck.

Faerie Macabre vai como a opção contra cemitérios – as listas com Once Upon a Time podiam optar por usar a mais abrangente Endurance já que tinham combustível para bancá-la.

Archon of Emeria é sua resposta contra Combos de várias mágicas e serve também para aumentar a sua conta de cartas Brancas para quando você precisa da próxima carta da lista; Solitude, que é uma remoção que você tem condições de jogar com a base de mana esquisita que esse deck tem.

Por fim, nesse rol de cartas de grande abrangência, fechamos o side com Disruptor Flute, util para parar tanto habilidades ativadas de The One Ring ou Nomads en-Kor quanto para atrasar a chegada de Show and Tell ou Doomsday.

Outras opções de Sideboard são Clarion Conqueror, Collector Ouphe, Dismember, Force of Vigor, Touch the Spirit Realm, Trinisphere e Unlicensed Hearse.

Dimir Reanimator

A grande dominância dos Reanimators é um dos motivos pelos quais os decks de Initiative caíram de produção: é uma cena desmoralizante ter sua exploradora de Masmorra descartada e reanimada. Então, não se engane, esse é um adversário muito difícil.

Pós-side, você reduz a quantidade dessas cartas que podem representar um risco (e Seasoned Dungeoneer permanece para manter uma quantidade razoável de cartas brancas).

Entra:

Sai:

Izzet Aggro

Chalice of the Void é excelente contra eles e Magus of the Moon atrapalha o desenvolvimento e impede a chegada de Murktide Regent. Por outro lado, eles conseguem recuperar o controle da Initiative com relativa facilidade. Você não tem realmente nada específico contra eles, apenas tira a Trinisphere porque ela é um risco contra Wasteland.

Entra:

Sai:

Forge

O jogo 1 depende de você conseguir colocar pressão o suficiente para matá-los no terceiro turno (Initiative no 1, Broadside Bombardiers + a terceira etapa da Masmorra, Trap!).

Magus of the Moon ajuda a parar mãos explosivas, mas Chalice of the Void, por mais contraditório que pareça, não é uma carta fantástica: para 0 ele te atrapalha mais do que ao oponente e para 1 pode até travar Manifold Key, mas não é garantia nenhuma de que vai impedir o jogo deles. É por isso que eles saem para a entrada de cartas mais eficientes contra eles. Como você ainda precisa achar espaço, Undermountain Adventurer sai porque é o ativador de Initiative que coloca menos pressão sobre eles.

Entra:

Sai:

Red Stompy

Ambos os decks têm uma pilha de cartas mortas e geralmente quem compra menos delas sai na vantagem. Eles têm boas cartas para reganhar o controle da Masmorra, como Broadside Bombardiers e Fury. Depois do side, a gente tenta tirar o máximo dessas cartas inúteis.

Entra:

Sai:

Cephalid Breakfast

A sua melhor chance é partir para a agressão total e torcer para eles não terem o combo ou para que Magus/Chalice consigam atrapalhar o suficiente. Como a gente tem bastante coisa para subir e eles conseguem jogar bem em volta dela, as Chancellor abrem espaço.

Entra:

Sai:

Initiative é uma das mecânicas preferidas e Boros Initiative um dos decks que mais me deu alegrias. Ver alguma versão do deck postando resultados me traz um sorriso. Vamos ver se, no caso de alguma alteração no formato, o arquétipo ganha mais espaço.

Ficamos aqui por hoje, um abraço dianteiro e até a próxima!